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História Meu irmão - Apenas segure a minha mão.


Escrita por: KpoperDoida123

Capítulo 18 - Apenas segure a minha mão.


— X Daily, mentiras e blasfêmias! Você engana as pessoas, canalhas sem coração! Não é a hora da vingança! Mas, quando vier, as pessoas devem vingar-se!

Quando Taehyung pedalou pela Praça do Povo com Jimin sentado às costas, as pessoas já se reuniam em dezenas de milhares, bloqueando totalmente o trânsito. Uma mulher de cabelos curtos vestindo uma jaqueta cinza e segurando um alto-falante vermelho estava de pé diante de uma bandeira branca tão alta como ela mesma, inscrito com grandes palavras de tinta vermelha, gritando apaixonadamente o canto em direção ao mar de cabeças diante dela.

Diretamente a oeste da praça estava a prefeitura e, ao lado, era o escritório do principal jornal local, X Daily. Uma alta placa de comemoração de libertação estava no centro da praça, e em qualquer outro dia, haveria flores em torno dela. No entanto, neste dia a praça estava repleta de pessoas.

Preso em um engarrafamento de bicicletas, Taehyung saltou como os outros ciclistas e agarrou a mão do irmão. — Tem muita gente aqui. Não solte minha mão.

A mulher de cabelo curto desceu ao pódio, substituída por um homem magro e alto.

— Ontem nós paramos no tema da democracia. O que é democracia? Pelo que vejo, a 'demo' significa 'pessoas' e 'cracia' significa 'poder'. Nós, as pessoas, precisamos tomar o poder!

Uma torcida esmagadora de aplausos e torcedores explodiu entre a multidão.

Taehyung estava preso ao local como se não pudesse acreditar em seus olhos.

Jimin agarrou abruptamente seu braço.

Taehyung virou-se para encontrar ainda mais pessoas reunidas na praça, muitas das quais vieram em bicicletas com bandeiras vermelhas saindo da parte de trás.

Jimin segurava o braço de seu irmão com tanta força que seus dedos se afundavam na carne.

— Não se preocupe. Nós estamos saindo agora.

Ao empurrar a bicicleta, Taehyung tentou o seu melhor para se espremer.

— Com licença! Tentando passar!

Ele empurrou a bicicleta com uma mão enquanto segurava a mão do irmão com a outra.

Havia muitos estudantes que usavam tiras brancas distribuindo folhetos. Escrito com tinta preta em sua faixa de cabeça haviam três palavras: ‘GREVE DE FOME’.

— Por favor, apoie nossa causa!

Um desses alunos entrou no caminho de Taehyung e o mostrou um folheto.

— O país pertence ao povo, e nós somos o povo. Meu colega, sinta isso em seu coração para nos ajudar!

Taehyung pegou o folheto e observou-o – GREVE DE FOME: UMA DECLARAÇÃO.

Ele empurrou o aluno para trás um pouco. — Saia do caminho, por favor. Estamos com pressa.

Ele se virou para procurar seu irmão, e o menino apareceu bastante perturbado na turbulenta multidão.

Taehyung tomou a mão de Jimin, entrelaçando os dez dedos. — Não importa o que aconteça, não solte minha mão!

Os dois meninos estavam meia hora atrasados quando chegaram à quadra de basquete. Taehyung trancou a bicicleta e viu um Xiumin sem camisa que corria atrás da bola. Ele encontrou um banco de pedra debaixo de uma árvore de sombra para Jimin se sentar.

Xiumin viu Taehyung e saiu da quadra depois de contar aos seus companheiros de equipe.

Taehyung riu. — Hyung, desculpe, ficamos presos na Praça do Povo no caminho.

— Eu esqueci de te dizer — Xiumin bateu sua própria coxa. — Há muitos estudantes sentados em protesto na semana passada. Todas as estradas estão atoladas.

Taehyung franziu a testa sem falar.

Xiumin era uma cabeça mais alto que Taehyung. Ele tinha um rosto médio, mas era enorme e pesado. Sua pele estava escura com um tom vermelho como se estivesse queimando carvão.

Ele notou Jimin atrás de Taehyung e se inclinou para cumprimentá-lo. — Lembra-se de mim, Jiminie? Eu sou Xiumin hyung. Eu costumava ir até sua casa.

Parecia que Jimin não tinha ouvido nada.

Taehyung chutou seu amigo. — O que diabos você está dizendo, hyung?

Xiumin esfregou seu cabelo curto e começou a rir.

— Seu irmão ainda não gosta de falar, hein. Eu pensei que iria melhorar com o tempo.

Taehyung parou no meio de tirar a camisa e respondeu levemente: — Ele sempre foi e sempre será assim.

Xiumin esfregou o nariz, percebendo que ele não deveria ter dito isso.

Taehyung tirou a camisa saindo da regata branca embaixo. Ele bateu em Xiumin nas costas. — Ok. Vamos jogar bola.

Comparado com seu amigo, Taehyung tinha uma pele muito pálida e era muito mais magro. Seus ombros eram dolorosamente visíveis nas costas. Embora ele não fosse muito alto, suas proporções estavam bem equilibradas. Os músculos abraçaram seus ossos confortavelmente, fazendo com que ele parecesse uma vara magra de bambu.

— Você parece muito mais magro do que a última vez — com um olhar alto, Xiumin perguntou: — Os estudos estão te dando problemas?

Taehyung pegou uma bola de Xiumin e driblou algumas vezes. — Essa é a prova de admissão para você. Eu estive estudando muito e não dormindo bem, mas tudo ficará bem depois das provas — ele passou a bola de volta para o amigo e assentiu: — Então, vamos jogar ou não?

Taehyung esticou o corpo, afrouxando seus membros e pescoço, e pulou no local. O vento em maio ainda era frio e os arrepios subiam por toda a pele.

A luz solar dourada estava vindo do prédio para o oeste. Taehyung entrecerrou os olhos quando acenou para Jimin.

Bonk! A bola saltou do painel e girou no aro antes de cair no chão.

Taehyung limpou o suor em sua cabeça e apoiou as mãos nos joelhos enquanto ofegava por ar.

Um dos jogadores da outra equipe sinalizou para Xiumin e gritou: — Ainda temos outros planos. Vamos parar aqui.

Xiumin assentiu e foi buscar a bola que havia saído dos limites da quadra.

Ele trouxe Taehyung para sentar no banco de pedra ao lado. Ele tirou uma garrafa de água da mochila e tomou um gole antes de entregar a Taehyung.

Taehyung suou tanto que seu rosto estava um pouco pálido. Ele pegou a garrafa e deu vários goles. Então ele jogou um pouco sobre sua cabeça e passou os dedos pelos cabelos curtos.

— Obrigado — ele disse, entregando a garrafa de volta ao amigo. — Eu sempre acabo bebendo sua água toda.

— Não mencione isso — Xiumin riu. — Eu não te via há séculos. Você ficou super ocupado desde que entrou no ensino médio. Nem sequer pude fazer você sair para um jogo.

Taehyung cruzou os braços e descansou-os nas coxas enquanto sorria olhando para cima. — Se fosse outra pessoa, eu não o faria, mas por você, eu sairia, não importa o que.

Xiumin riu alegremente.

Os dois amigos ficaram em silêncio. Taehyung virou-se para olhar para Jimin que estava sentado como um aluno primário com as palmas das mãos abertas nas coxas e a cabeça inclinada para a frente. Aliviado, Taehyung se virou.

— Você tem que entregar o formulário de inscrição no final deste mês, não é? Para quais faculdades você está se inscrevendo?

Taehyung assistiu alguns homens jovens correndo na quadra de basquete. — Ainda não decidi.

Xiumin considerou por um momento antes de dizer com tranquilidade: — Eu não estou preocupado com você, no entanto. Você obteve boas notas, então você entrará em qualquer escola que se inscreva. No ensino secundário, você até entrou no topo da escola que era uma das escolas mais difíceis de entrar. Minha mãe me irritou por três dias inteiros, perguntando-me por que eu não era mais como você.

Taehyung virou-se para olhar para seu amigo de infância.

Xiumin arrancou um ramo de salgueiro acima de sua cabeça e girou para se divertir.

— Quantos pontos você fez no simulado da cidade?

Taehyung disse um número.

— Maldito! — Xiumin amaldiçoou.

Ele baixou a cabeça com vergonha. — Você não teria problemas com as escolas de classificação on-line. Se você fizer bem no dia dos exames, você pode até ir a Daegu ou para a Universidade de Busan. Será difícil para nós nos encontrarmos depois de você ir para Busan.

— Pare de besteira — retrucou Taehyung calmamente.

Xiumin riu e soltou um suspiro de frente para o céu. — Meu pai estava certo. Eu não nasci para a escola. Honestamente, mal consegui metade do que você obteve no exame simulado. A universidade provavelmente está fora do meu alcance, mas meu cunhado é um policial da cidade. Através de sua conexão, irei à academia de polícia e me tornarei policial depois de me formar.

— O que há de tão ruim em se tornar policial? — Taehyung lecionou. — É um trabalho honrado, e muitas pessoas querem, mas não podem se tornar um. Além disso, você é um cara grande e forte que dá medo nos outros. Você sempre gostou de bater em outras pessoas, e você nem pode ficar sentado em uma cadeira. Você nasceu para ser policial. Seria uma perda da parte do departamento de polícia se você não se juntasse, e as pessoas certamente se levantarão em protesto também!

Xiumin explodiu em gargalhadas. Ele bateu o ombro de Taehyung, perguntando: — Desde quando você é um bom falador?

Taehyung soltou a mão de seu amigo. — Estou falando sério!

Xiumin suspirou. — Bem, você descobriria mais cedo ou mais tarde, então pensei que quanto antes eu lhe dissesse, mais cedo eu conseguiria tirar isso do meu peito.

Taehyung lançou um olhar a seu amigo. — O que, não me diga que você também tem estresse?

Xiumin apenas sorriu.

— Oh certo, adivinhe quem eu vi no outro dia, Tae?

— Quem?

— Nosso colega de classe, seu arqui-inimigo, Baekhyun.

Taehyung mal piscou e respondeu com um "Huh" não entusiasmado.

— O cara é uma pessoa completamente diferente. Eu nem o reconheci no início, mas seu rosto quadrado e sobrancelhas finas ainda são iguais. Ele parecia jovem demais, não como alguém da nossa idade, você sabe.

Este intrigado Taehyung disse: — O que ele está fazendo agora?

— O pai dele foi arrastado para fora do escritório durante alguns anos atrás, e sua mãe se divorciou de seu pai, levando seu irmãozinho com ela. Suas notas não eram boas o suficiente para o ensino médio, então, depois do fundamental, ele começou uma empresa de construção civil com um parente. Agora eles estão indo comprar propriedades de fazendeiros.

Taehyung levantou uma sobrancelha. 

— Você não acredita, ele parece estar tendo uma boa vida. Uma corrente de ouro em volta do pescoço, um celular na mão. Meu pai e meu cunhado convidaram o administrador da academia de polícia para uma refeição no restaurante mais caro da cidade, e esse cara estava sentado na mesa ao nosso lado, falando cantonês. Você pode acreditar nisso?

Taehyung também começou a rir.

— Baekhyun falando cantonês?

— Acredite ou não! Eu nem o reconheci. Ele veio até mim primeiro e até bebeu uma rodada com todos. Esse cara tem muita tolerância para beber vodka como água. Seu rosto nem ficou vermelho. Ele até me deu um cartão, aquele pequeno idiota. Se tornou um puto amostrado, tinha um maldito perfume e uma merda de corrente de ouro. Disse que era vice gerente de alguma empresa imobiliária.

— Qual empresa?

— Não consigo lembrar, mas ele não é o grande jogador. É seu tio ou quem quer que seja. Ouvi meu cunhado dizer que o tio dele ganhou um lance da cidade para construir a rodovia interurbana.

Taehyung assentiu.

— Ah, certo, ele também perguntou sobre você. Disse que quer levá-lo para almoçar algum dia e pediu seu número.

— O quê? — Taehyung exclamou. — Baekhyun quer comer comigo?!

— Pois é, eu também estava surpreso. Ele odiava você no passado, então, teve a coragem para brigar com você, e ele mesmo intimidou seu irmão. Agora ele está agindo como se vocês dois fossem melhores amigos.

— E você deu o meu número?

— De jeito nenhum! Eu disse a ele que esqueci e deixei como estava. Se você quiser levá-lo, eu vou entrar em contato com ele.

Taehyung pensou nisso com o nariz enrugado antes de perguntar: — O que você acha que o Baekhyun quer comigo?

Ele respondeu com uma careta: — Não tenho certeza. Mas eu tenho que avisá-lo. Ele não é o mesmo Baekhyun que conhecemos desde o ensino fundamental. Você deve ter cuidado porque ele não é um de nós.

Taehyung afastou a folha que caiu em sua cabeça. — Eu sei. Eu sabia que tipo de pessoa ele era desde os doze anos.

Ele voltou a olhar para Jimin, então lembrou do que Baekhyun fez.

— Eu não quero vê-lo. Se ele perguntar por mim novamente, não fale nada.

Xiumin assentiu.



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