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História Meu Maestro (Hiatus) - Primeiros momentos


Escrita por: Malu347

Notas do Autor


Bem aqui estou eu de novo, depois de uma semana de trabalhos corrida é sempre bom voltar a escrever kkkkk

Capítulo 5 - Primeiros momentos


Realmente não tinha nome melhor para nos definir, quem diria que com o passar dos anos iríamos dominar tudo, infelizmente, só um dentre todos os alunos poderia ser diciplo direto da senhora Tsunade, sendo o dever de cada professor escolher seu melhor aluno para disputar com os outros escolhidos, aquele que conseguisse esse feito passaria seus quatro últimos anos sobre a tutela dela e do antigo sensei, que seria altamente bonificado.
Todos os senseis além de dar as matérias convencionais eram especialistas em uma habilidade, o Asuma é o segundo mais habilidoso quando se tratava de um Rock pesado e com gritaria, o caso do Obito-kun e do Guy-sensei é engraçado, os dois são especialistas em MPB, ambos segundo é terceiro lugares respectivamente, mas ao contrário de toda a calma e solenidade desse género, os dois eram as pessoas mais hiperativas que eu conhecia, e adorava, já a Kurenai, a melhor entre as mulheres, sempre foi o oposto do marido, tinha uma voz suave e aguda até a alma.
Creio que talvez se perguntem do porque apenas mencionei eles, bem, foram os que minhas amigas pediram reforço e, marcaram minha passagem por àquele lugar, mas também a razão pela qual coloquei esse rank, todos lá tinham algo que sobressaía aos demais, contudo, um dos professores ocupava o primeiro lugar em quase todas as categorias, o "artista copiador", que além uma extensão vocal inumana, possui uma técnica vocal refinadíssima.

Na época nós não sabíamos quem era esse professor, só que as suspeitas foram aumentado cada vez mais para o lado do Kakashi-sensei, vários alunos começaram a puxar o saco dele, alguns até com suborno, tanto que no dia que colaram o cartaz com os professores de cada grupo, o último nome era dele com os nossos logo embaixo ,os olhares de morte que recebemos vieram até dos meninos mais legais, e nem havia necessidade daqui-lo já que eles ficariam com o Yamato-sensei.
Imprevistos a parte, no primeiro dia de aula, que ele chegou atrasado, provamos de cara o por que de tanto ódio, Kakashi tinha amor pelo que fazia, sem falar que era muito fofo explicando os conceitos básicos.
-Muito bem meninas, para começarmos a trabalhar suas vozes preciso definir suas extensões vocais, mas o que seria isso Sensei? É bem simples, sua extensão vocal define até que tom vocês podem alcançar, tanto no grave quanto no agudo, como participei de suas avaliações já tenho uma ideia básica das suas, então irei classifica-las de acordo com os seguintes termos
Soprano: com vozes mais direcionadas para o agudo e voz de cabeça
Contra-alto: que tem um preferencial no grave e voz de peito
Metzo-Soprano: que tem uma extensão tão variada que é praticamente uma mistura das duas anteriores.
Então queria dizer que ou poderíamos ser tudo ou estaríamos presas em um estilo?
-Mas Kakashi-sensei, quer dizer que se formos uma das primeiras não poderemos cantar outros tipos de músicas?
Ino foi mais rápida na pergunta, mas deu para ver que todas as meninas tinham a mesma cara de preocupadas.
-Não se preocupem pequenas, sempre quando quiserem cantar algo é dever de seu maestro adaptar o tom da música para a sua devida extensão, assim poderão cantar o que gostam de maneira segura.

Respondeu vendo nossas caras de alívio, foi engraçado adimito, acho que até vi o sorriso dele sobre a máscara.
-Voltando ao nosso raciocínio, antes de dar o veredito preciso esclarecer o que seria voz de peito e cabeça
Peito: é a nossa voz natural, ou seja, aquela que usamos no dia a dia e sua maior parte é grave
Cabeça: é quando o tom não é suportado pelo peito, exigindo uma voz mais aguda que passa para a cabeça, mas lembrem, vocês são meninas, se algum dia chamarem isso de falsete tem a minha permissão para darem um tapa, falsete é um termo apenas para homens.
"Só de lembrar em quantos fans da Mc melody já bati por causa disso, meu amado professor que prevê o futuro"
-Ino, Hinata e Temari, Sopranos
Tenten e Karin, Contra-altos
Sakura, se for bem trabalhada será uma excelente Metzo.
Simples e direto com uma cara de tédio, espera, eu era a metzo? Foi uma mistura de sentimentos muito estranho, o incômodo pelo tédio dele mas a felicidade de poder me dar bem em tons diferentes.
O resto da aula noturna foi normal, jantamos o melhor frango a passarinho que tinha e o pessoal foi dormir, era somente a segunda noite fora, porém havia batido a saudade da minha casa, minha família, especialmente da mamãe tocando piano para mim, eu tinha apenas 9 anos então não vi nada de errado em invadir a sala do piano para toca-lo, fui andando bem de mansinho para não chamar atenção, quando finalmente consegui abrir a porta e sentei no banco do piano, a luz do nada é ligada.
-Ah, se não é a menina esperta, você foi perfeita pequena, mas deixou isso cair.
"Cara, como deixei cair meus doces?"
-Me desculpe sensei, é que minha mãe tocava para mim e fiquei com um pouco de saudade.
Ele pareceu se lembrar de algo que o deixou triste, se abaixou devolvendo meu pacote de Nescau ball e sentou no banco em que eu estava.
-Não seja por isso pequena, conheço uma que você vai gostar.
Gostar não era um verbo correto para descrever o que eu senti por aquela música, no início era bem lenta, suave, com toques delicados e precisos, uma melodia meio triste, ganhando corpo conforme avançava, no refrão mudou completamente, era cheia, viva, como se tivesse se recuperado dr início mais sofrido, as expressões dele mostravam a luta, todo percurso que um ser humano havia passado em poucos anos de vida, na última parte em que repetia o refrão ele foi com força total como se desse seu último depoimento, era sem dúvidas de tirar o ar, um arranjo divino com final lindamente delicado.
-Sensei! Qual o nome dessa obra de arte?
Não consegui evitar a cara de impressionada, aquilo era diferente de muitas coisas que havia ouvido, pena que isso deu deixa para ele rir antes de me responder.
-Isso é segredo pequena, mas algum dia espero ter o prazer de ouvi-lá cantar essa maravilha, venha vou te levar ao seu quarto.
Falou pegando minha mão e me levando pelos corredores, "sem graça, não custava nada ter falado".
-Alias pequena, como conseguiu aqueles doces?
Disse levantando a sobrancelha e me encarando
"Ah agora quer respostas né?"
-Isso é segredo sensei, algum dia talvez tenha o prazer de se juntar a minha trupe de tráfico de doces.
Rimos muito no corredor, antes de ir embora ele me deu boa noite e me lembrou de rezar direitinho, não tinha uma fé definida onde morávamos, então cada um tinha sua liberdade de culto, infelizmente isso não me livrou da ignorância de meus colegas ao longo dos anos, era um tédio explicar que espiritismo, umbanda e candomblé não eram a mesma coisa, fora a parte dos médiuns e nossa visão sobre o céu e a reencarnação, tirando isso, todos os professores faziam o possível para mostrar que essa variedade de pensamentos era uma coisa boa,"sabem de nada inocentes, quem é doutrinado desde cedo a não aceitar as diferenças não vai mudar fácil", triste realidade que aprendi com as aulas de história do kakashi.

Que eram as que eu mais amava, se fosse em outra realidade, com uma escola normal, no Brasil de verdade, com certeza eu faria uma faculdade de história, o jeito que ele nos dava matéria fazia até a aula mais insuportável parecer legal, mentira, Europa na era pós queda do Império Romano do Ocidente era um saco, nunca entendi a necessidade de um povo sul americano que mora em uma colônia na Ásia aprender sobre algo que não tem nada a ver com sua história, claro que não me refiro a coisas como iluminismo, grandes guerras, ou as civilizações do passado, todos tiveram sua contribuição para os dias atuais, mas francamente, custava colocar algo mais ligado a nós? Como a África! E a Ásia!
Toda vez que eu perguntava isso para o Kakashi a resposta era sempre a mesma.
- Eu também não gosto disso pequena, mas infelizmente a maioria do nosso material valoriza mais os acontecimentos da Europa, na verdade eu levo mais tempo explicando Dinastia Carolíngia enquanto as revoluções republicanas brasileiras são em uma aula.
Agora parando para pensar, foi graças a esses detalhes em comum que nos fizeram amigos, independente do laço musical, havia outros propósitos que nos mantinha unidos, história, cinema, desenhos, e mais para frente algo que não foi por uma boa causa.
A única coisa a mais que me lembro dessa fase foi no final do outro ano, era nossa formatura antes do ensino fundamental, "que desnecessário", poderíamos escolher entre a música tema do Titanic e um musical chamado Fantasma da ópera, nem precisei fazer força, ninguém queria ouvir My Heart Will Go On de novo, além de que mesmo não parecendo, amava ópera e músicas clássicas, era um sonho de criança algum dia poder cantar como elas.
Infelizmente, meus sonhos caíram em desgraça ao ver um homem sendo enforcado pelo Fantasma, pendurando o corpo dele em cima do palco no meio de um espetáculo, fiquei tão enojada que sai da sala chorando, um tempo depois Kakashi-sensei foi me amparar tentando desesperadamente explicar o contexto do filme, mas ainda não era minha hora de compreender o verdadeiro que aquilo tinha, me recusei a fazer a apresentação e fiquei seis longos anos amargurado esse trauma, naquele dia pude ver a decepção nós olhos dele, como se tudo que ele queria era que eu gostasse do Fantasma.


Notas Finais


Uma dica de qual a música que o Kakashi tocou, a Its my life faz referência a ela na letra, vale realmente a pena procurar


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