História Meu mal, Meu bem - Prólogo

             Prólogo I

– Manuela você vai perder a hora de ir para a faculdade - a morena deitada na cama se move um pouco quando sua mãe abre as cortinas das janelas, a fraca do sol desta manhã penetra o quarto dando um ar mais vivo ao local.

 – Ai mãe, que saco, eu não estou muito afim de ir pra universidade hoje – Manuela resmunga e se move para o outro lado da cama, cobrindo a cabeça com o cobertor por causa do sol. Sua mãe lhe encara com receio.

– Então fica em casa e perde a sua bolsa de estudos, que já foi um custo de conseguir – assim diz a mãe da garota antes mesmo de sair do quarto, seus pés fazendo barulho pelo chão para deixar claro sua raiva, e em segundos o quarto volta ao silêncio gostoso que a morena tanto queria.

A mesma não queria ir para a faculdade hoje, o dia seria puxado demais por conta da professora Lana que iria dar aula, simplesmente a pior de todas, por algum motivo Manuela odiava só o fato de sua professora respirar, achava que ela era o capeta e deveria voltar para seu lugar de origem, que com certeza era para bem longe dela.

Manuela tem vinte e três anos, perdeu o pai quando tinha acabado de nascer, não se lembra de absolutamente nada dele, mas também nunca sentiu falta. Sua mãe vive preocupada por conta de suas borradas, principalmente de quando se trata de educação e ensino fora de casa, quando era mais nova Manuela mora com sua avó passou a viver com a mãe quando sua avó morreu, quando passou a mora com a mãe e tirava uma nota vermelha, era normal ver um chinelo voando pelo corredor de casa, e nunca chegou a errar o alvo, que nesse caso era Manuela. A garota tem dois irmãos super ciúmentos, o mais velho se chama Marcos, tem vinte e seis anos e o do meio se chama Mateus que tem vinte e cinco. Marcos é surpreendentemente protetor e tenta privar ela de absolutamente tudo, mas a mesma é teimosa e odeia que se intrometam em seus assuntos particulares, costumava dizer a famosa frase "não meta o nariz onde não é chamado". Mateus já é o irmão que sempre salvava a irmã de suas borradas, deveria ganhar o troféu de irmão do ano. 

 Sua vida é considerada normal, mas o que a Manuela não sabe é que ela é repleta de segredos e farsas trancadas à sete chaves.

                      Prólogo

Em um sobrado extremamente rico em um bairro nobre da cidade, Lana bufava enquanto aguentava sua filha de quinze anos lhe implorar pela centésima vez.

–  Mãe... O papai cortou a minha mesada e  hoje eu quero sair com minhas amigas, conversa com ele, mãe? – diz Adriana entrando e sentado no quarto da mulher com uma carinha de dó, bico nos lábios como se ainda fosse uma criancinha de cinco anos.

– Filha eu não posso fazer nada! Agora vai se arrumar que vou te deixar no colégio – respondo ríspida.

– A senhora nunca faz nada, é a decisão do papai que sempre prevalece nesta maldita casa – disse Adriana alterada deixando Lana sem reação, do nada a garota vai de criança fofa pedindo algo para pequeno demônio birrento.

 Lana tem trinta e três  anos, é a dona de uma das melhores universidade privadas do país, casada com Eugênio, simplesmente um dos maiores advogados do Brasil. Tem uma filha chama Adriana que tem quinze anos, é mimada e odeia quando nada acontece como ela quer.

Lana é uma mulher exigente, e odiada pelos seus alunos por sua conduta de fazer a grande parte dos seus aprendizes desisterem de terminar de cursar advocacia. Seu casamento com o marido não tem sido uma das melhores desde que ela descobriu  de uma suposta traição, a mesma só tem mantido o casamento por causa de uma única coisa; sua querida filha.