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História Meu Melhor Erro - Capítulo 1


Escrita por: onlyunicorns

Notas do Autor


Olá, seja bem-vindo a minha primeira história!

- É uma OneShot, portanto possui apenas um capítulo;
- Qualquer erro encontrado aqui é de minha inteira responsabilidade, e peço desculpas antecipadamente;

Espero que aprecie a leitura.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Meu Melhor Erro - Capítulo 1 - Capítulo Único

Erro: 1. ato ou efeito de errar. 2. juízo ou julgamento em desacordo com a realidade observada; engano. 3. qualidade daquilo que é inexato, incorreto.

Melhor: 1. que é superior ao que lhe é comparado. 2. que possui o máximo de atributos para satisfazer certos critérios de apreciação. 3. bem mais; em condições físicas e/ou psicológicas mais saudáveis.

 

Errar. Este verbo não existia no vocabulário de Milena Storm. Não conseguiria lembrar-se da última vez que cometera um erro, pois há muito não se permitia tal coisa. Em sua vida, todas as suas escolhas haviam sido corretas, devidamente planejadas e calculadas, para que nada pudesse chegar perto de dar errado. Ela deveria, contudo, ter imaginado que um dia poderia ser diferente. Talvez, então, estivesse psicologicamente preparada para os três erros cometidos de uma só vez.

Abriu os olhos e mirou o relógio que havia sobre o criado-mudo: onze horas da manhã. Praguejou baixo, já imaginando a bronca que receberia do chefe do seu departamento por ter faltado praticamente todo o horário da manhã.  Justin não iria ser piedoso. Ele nunca era. Primeiro erro: sair com amigos durante a semana, mesmo que seja para comemorar a chegada do filho de um deles. Fechou os olhos novamente, virou-se na cama, e gemeu de dor ao sentir uma pontada em sua cabeça. Seu estômago deu voltas, e ela se amaldiçoou mentalmente. Segundo erro: beber demais, principalmente depois de perceber que tem quase trinta anos, vinte e sete, para ser mais exata, e não tem sequer um namorado enquanto seus dois melhores amigos estão casados.

Respirou fundo, antes de finalmente abrir os olhos mais uma vez e encarar o teto branco do quarto, suas mãos massageavam suas têmporas na tentativa inútil de aliviar um pouco a dor de cabeça. Então, quando achava que sua cota de erros havia sido mais que suficiente para uma noite só, ela sentiu a cama se mexer, indicando que não estava sozinha ali. Gemeu baixinho, ao perceber que não havia nenhuma roupa em seu corpo, mas não teve coragem de virar-se para a esquerda e ver quem estava ao seu lado.

Entretanto, aos poucos, alguns flashes da noite anterior vieram à sua mente. A quantidade demasiada de álcool que havia ingerido, a raiva por estar sozinha há muito tempo, o homem misterioso que sentou ao seu lado no bar... Ela cobriu o rosto com as mãos ao lembrar que ela havia tomado a atitude pela primeira vez na vida, e o convidado para seu apartamento. Lembrou-se dos beijos no corredor, da incapacidade de ambos em abrir a porta corretamente, e das risadas que deram quando ela precisou usar as duas mãos para conseguir abrir a porta.

Ambos estavam bêbados, com toda certeza. Foi uma atitude impensada, um erro. Não se repetiria. Ela o acordaria, o mandaria embora e apagaria de sua mente aquela noite lamentável. Milena sentou-se na cama, e puxou os lençóis para si, antes de finalmente o fitar. Porém, ela definitivamente não estava preparada para aquilo. Sua dor de cabeça piorou, e seu estômago se contorceu, fazendo-a gemer. Não era um simples erro... Era o pior de todos que poderia cometer. Tinha passado a noite com o chefe de seu departamento, Justin Bieber.

Desejou que um buraco se abrisse no chão e a engolisse. Definitivamente, não queria acordar Bieber, muito menos queria ver a cara dele ao lembrar que passara a noite com ela. Não que tivesse sido ruim, ao contrário, talvez nunca tivesse tido um noite tão prazerosa. Odiava-se por admitir isso. Ele era ninguém mais, ninguém menos do que o chefe do Departamento Financeiro da empresa ao qual eles trabalhavam. O homem de confiança do Diretor Executivo. Milena sabia que não havia nada demais em se relacionar com um companheiro de trabalho, fora do trabalho... mas ainda assim... Era Justin Bieber! Ele nunca havia sequer sido gentil com ela uma única vez. Nunca iria se perdoar por ter dormido com ele.

Quando ele moveu-se mais uma vez na cama, virando-se agora para ela, Milena decidiu que deveria acabar com aquilo de uma vez. Reuniu toda sua coragem e finalmente o chamou. Não parecia suficiente, então, mesmo não desejando tocá-lo novamente, ela teve que balançá-lo pelo ombro. Assim que Justin abriu os olhos e os focalizou nela, tomou um susto e afastou-se da mulher tão abruptamente que acabou caindo no chão, embolando-se em alguns lençóis.

"Não seja tão dramático, Bieber.", ela revirou os olhos. "Também não foi nada legal acordar olhando essa sua cara."

"O q-que você está fazendo aqui?", perguntou, massageando as têmporas da mesma forma que ela fizera mais cedo.

"O que eu estou fazendo no meu apartamento?", ela enfatizou, soando possessiva. "Essa é uma ótima pergunta."

"Deixe a ironia para depois, Storm! Já é ruim o suficiente acordar ao seu lado."

"Eu realmente fico aliviada por, assim como eu, você também estar desprezando todo este momento. Mas eu preferia que se apressasse e saísse daqui o quanto antes."

"Antes, você tem que me dizer, por que me trouxe aqui?", Justin cerrou os olhos. "Isso é alguma brincadeira sua?"

"Minhas brincadeiras têm limites, Bieber, e ver você sem roupa definitivamente ultrapassou todos eles.", ela faz uma expressão enojada.

"S-sem roupa? ", ele finalmente percebeu que a única coisa que o cobria, eram os lençóis de Milena. "O que fez comigo, Storm?"

"O que eu fiz?", olhou-o chocada. "Pelo amor de Deus, Justin, você participou disso tanto quanto eu!", Milena bufou, antes de levantar-se. Começou a catar suas roupas que estavam espalhadas pelo quarto, e depois de algum tempo, Justin fez o mesmo.

"Tantas mulheres naquele bar, Deus... Por que justo ela?", ele fingiu lamentar-se.

"Você não tem noção de perigo, não é?"

"Cala a boca, Storm!", ela o fulminou com o olhar, e se aproximou.

"Você está na minha casa, portanto, veja bem como fala comigo... Eu posso alegar legitima defesa e matá-lo agora mesmo."

"Não faria isso.", desdenhou.

"Eu transei com você, Bieber, então acho que não tem mais nada que eu não faria nessa vida.", ele foi obrigado a concordar. "Eu vou tomar banho, e quando eu voltar, espero não encontrar você aqui! Essa noite foi um erro, então, vamos apagá-la da nossa mente."

"Não há nada que eu queira mais."

"Ótimo! Adeus, Bieber.", ela se virou e caminhou em direção ao banheiro.

"Storm...", Milena parou, mas continuou de costas. "Pode admitir... Eu sou ótimo na cama, não acha?"

Ela bufou de raiva, mas não respondeu, apenas bateu a porta do banheiro com muita força, o que desencandeou um sorriso malicioso nos lábios de Justin. Lembrando-se, então, de com quem havia "brincado", ele se amaldiçoou mentalmente, e após vestir-se, saiu de lá antes que cometesse outra loucura.

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Melhor. Sem dúvida, ela tinha várias coisas as quais considerava melhores em sua vida. Aquela blusa branca, bem básica, mas que definitivamente ela tinha um carinho especial por ela. E quanto aos livros? Será que ela poderia ter um livro favorito que considerava o melhor? Lembrava-se que em seu tempo de escola, era sem dúvida a coleção de “Harry Potter”. Agora, sua grande paixão era seu livro de contabilidade e finanças. Poderia passar horas lendo sobre formulas, números e as diversas maneiras de contabiliza-los.

Quanto ao sexo...? Não que fosse do tipo puritana, tampouco despreza o ato, apenas... Poucas vezes teve um relacionamento sério em sua vida, o que resultava em poucas vezes na cama com um homem. E ela só se rendia ao sexo depois que o relacionamento já estava bem sólido. Exceto da vez que dormira com Bieber, mas isso não contava, já que, foi um grande erro. Como os três homens com os quais namorou pareciam não gostar da idéia de ela trabalhar mais que o necessário como Tesoureira na empresa United Health Group, os relacionamentos duraram pouco para que ela tivesse muitas experiências na cama.

E isso com certeza a fez não ter um favorito no sexo, consequentemente não tendo um melhor. Não conseguia lembrar-se de uma noite que tivesse sido boa o bastante para fazê-la suspirar ao recordar, nem seus antigos namorados foram bons o suficiente para enlouquecê-la a fim de fazê-la ansiar por outra noite. Claro que, Bieber também não se encaixava nos requisitos para torná-lo o melhor, na verdade, ela nem deveria estar pensando nele, pois além de não ter sido muito bom, foi um erro. Parcialmente mentira... Definitivamente havia sido bom, mas com certeza fora um erro, e como tal, ela não repetiria.

"Milena?", a mulher balançou a cabeça para afastar os pensamentos impróprios e encarou a face preocupada do loiro a sua frente. "Você parece preocupada, algum problema?"

"Não, Dylan. Está tudo bem...", tranquilizou o amigo que trabalhava com ela e cuidava do Setor bancario. "Estava apenas pensando."

"Deve ser algo muito interessante pra te deixar com essa cara de quem está em transe profundo.", o comentário fez Milena enrubescer até o último fio de cabelo. Fazer sexo com Justin já havia sido ruim o suficiente, pensar sobre isso próximo a seus companheiros de trabalho era ainda pior.

"Não era nada de importante.", ela riu, nervosamente, e agradeceu mentalmente quando o garçom chegou com os pratos.

Eles estavam no restaurante em que costumavam almoçar. Dylan engatou em uma conversa animada sobre um programa de TV com Alyssa, que também fazia parte do setor financeiro da empresa. O assunto em particular deixou Milena totalmente de fora, mas ela não se importou. Decidiu não voltar a pensar bobagens, concentrando sua atenção apenas na comida. Inútil, entretanto, pois quando sentiu aquele perfume familiar passar perto de si, seus sentidos despertaram. Justin passara bem atrás de sua cadeira, ao lado de uma loira considerada completamente sem-sal por ela.

Afundou na cadeira, desejando que não tivesse sido notada, ou que ele não decidisse fazer nenhuma de suas provocações naquele momento. Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios ao vê-lo caminhar para uma mesa bem distante. Tratou de comer bem rápido para sair dali o quanto antes, porém Alyssa e Dylan mal haviam começado.

"Eu preciso ir.", avisou terminando de engolir a última garfada.

"C-como? Já terminou?", Alyssa olhou para o prato da amiga, que estava praticamente vazio.

"Sim, tenho que voltar ao trabalho. Preciso adiantar umas coisas."

"Milena, você vai ficar doente desse jeito, precisa maneirar um pouco nessa história de trabalho.", Dylan reclamou, e Alyssa concordou com um aceno de cabeça.

"Entendo a preocupação de vocês, gente, mas eu realmente preciso ir. Vejo vocês na empresa.", ela ficou de pé, despediu-se dos amigos com um beijo na face, e caminhou para pegar seu casaco no closet do restaurante. Estava terminando de vesti-lo quando alguém a ajudou. "Dylan, eu tenho mesmo que..."

"Assim você me ofende, Storm.", ela arregalou os olhos, e sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

"Acho que eu ofendi o Dylan, não você.", disse, tentando parecer o mais normal possível.

"Não vai me agradecer por ter ajudado?"

"Não pedi sua ajuda.", Milena ia se afastar, mas ele a segurou pelo braço. Ela agradeceu mentalmente estar fora da visão dos amigos, caso contrário estaria em apuros.

"Já entendi... Você prefere quando eu tiro suas roupas...", Justin sussurrou perto do ouvido dela, enquanto a encostava à parede. Milena sentiu todos os pêlos de sua nuca se arrepiarem.

"Afaste-se de mim, Bieber! Eu sou sua inferior, lembra-se? Trabalhamos juntos. Achei que não gostasse de envolver trabalho e vida pessoal.", ela lembrou-se da vez em que ele deixara bem claro que não gostava de se relacionar com funcionários para não comprometer o rendimento e crescimento da empresa.

"Se eu soubesse o quão tentadora você era, com certeza já teria deixado meus ideais de lado há muito tempo."

"Eu não sou tentadora!", exclamou chocada. "Se não me respeita, ao menos respeite sua namorada.", ele ergueu uma sobrancelha.

"Esta tentando descobrir se aquela mulher é mesmo minha namorada?", ele parecia se divertir com a ideia. "Poderia perguntar diretamente a mim."

"Não seja ridículo! Eu não tenho nenhum interesse em sua vida amorosa.", ela tentou afastá-lo, mas não foi eficiente. Ele continuou pressionando-a contra a parede.

"Não tem? Eu duvido... E aposto como não consegue me esquecer... Deve ser terrível, não é? Desejar seu... Chefe e inimigo? Aliás, nas atuais circunstâncias, talvez não inimigo, mas pelo menos alguém que você costumava desprezar..."

"É assim que se sente, Justin? Anda me desejando muito? Suas vadias não conseguem satisfazê-lo como eu?", ele cerrou os olhos, com raiva.

"Isso não se aplica a mim.", ela gargalhou.

"Eu vou fingir que acredito, Bieber. E quer saber?", Milena o encarou e sorriu. "Eu tenho coragem o suficiente para admitir que não consigo esquecer aquela porcaria de noite porque foi interessante. Não é algo que me orgulhe, mas eu realmente gostei."

"E você teria coragem o suficiente para repetir?", ela piscou atônita, fazendo-o rir.

"C-como?"

"Não é tão corajosa agora, certo, Storm?", Justin sorriu maliciosamente, encostando seus lábios na face dela.

"Não vai conseguir me levar pra cama outra vez com esse joguinho patético, Bieber.", ele, então, a beijou nos lábios, enquanto suas mãos percorriam a cintura dela.

"Será?" com um último olhar enigmático ele se afastou e, sem olhar para trás, voltou para a mesa do restaurante.

"Maldito!" ela praguejou baixinho, enquanto deixava o local.

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Certamente deveria haver um abismo entre errar e gostar do erro. Cometer um erro significava justamente que fizera algo incorreto, que não era para ser. Como poderia gostar de ter deslizado? Provavelmente, naquele dia, além de errar, havia acontecido algo mais. Talvez, Bieber tenha dado alguma poção do amor enquanto ela ainda estava no bar, ou quem sabe ele lançou alguma praga quando ela ainda dormia. A verdade era que não importava o que ele havia feito, ela gostara do bendito erro, e não conseguia tirá-lo da cabeça.

E claro que Justin também não contribuía. Para o azar de Milena, ele parecia bem disposto a atormentá-la, mas de uma maneira diferente, e sinceramente, ela estava gostando bastante da tortura. Isso tornava tudo ainda pior, como poderia esquecer aquela noite quando ele vivia aparecendo em sua sala para provocá-la? Não que estivesse fazendo alguma coisa, apenas ia até lá, fingir que estava interessado em algum documento, e quando dava um jeito de encontrá-la sozinha, começava a lembrar o que havia acontecido entre eles. Semanas se passaram. Ele não a tocou novamente, desde o dia do restaurante, mas as palavras dele a deixavam louca do mesmo jeito, e com certeza aquilo deveria fazer parte de algum joguinho psicológico para levá-la para a cama outra vez, mas Milena não cederia... Estava certa disso.

 

 

Olhou novamente para o corredor preferido dele quando aparecia naquela área da empresa, pois era pouco movimentado. Contudo, não havia sinal do maldito Bieber. Ele não havia ido aquele dia. Ela deveria agradecer por estar livre dele, mas não se sentia agradecida, na verdade, sentia-se sozinha. Ela deu um sorriso estúpido, incapaz de acreditar que estava realmente gostando da companhia de Justin. Sem dúvida, estava tudo pior do que ela pensava, afinal, se fosse apenas o sexo, menos mal, mas gostar da companhia dele? Ela precisava arranjar um namorado o quanto antes.

Assim que seu horário terminou, ela seguiu para seu apartamento. Havia pensado em visitar Dylan ou talvez Alyssa, mas desistiu da idéia. Não queria ver a maravilhosa família que cada um havia formado. Riu sozinha, estava com inveja dos próprios amigos. Entretanto, ninguém poderia condená-la. Por anos, era como se o trio fosse uma família, e agora... Cada um tinha a sua, exceto ela. E o pior era que não achava que construiria uma tão cedo. Cumprimentou o porteiro, e caminhou sem pressa até o elevador. Estava cansada, melancólica, só queria tomar um banho e dormir. Porém, ao vê-lo parado em frente a sua porta, tudo aquilo se dissipou e ela apenas conseguiu sentir-se nervosa. Bieber! Ela não podia acreditar que estava nervosa por encontra-lo.

"Boa noite, Storm.", cumprimentou com sua voz suave e aveludada. "Pensei que nunca chegaria."

"O que você quer?", ela se aproximou e parou bem em frente a ele.

"Aposto que sentiu minha falta hoje.", ele provocou com um sorriso matreiro.

"Falta?", desdenhou. "Eu fiquei foi aliviada!", Justin gargalhou.

"Você não me engana, Milena.", ele abriu um sorriso insolente. "Aposto que passou o dia todo se perguntando por que eu não apareci, olhando sempre para nosso corredor favorito, incapaz de se concentrar em suas tarefas."

"“Nosso” corredor?", ela riu. "Até parece, Bieber. Nunca existiu e nunca existirá “nosso” entre nós."

"Nosso corredor, nossa noite, nosso beijo, nosso..."

"Erro? É o único nosso que consigo enxergar.", ele deu um pequeno sorriso.

"Nosso erro... Verdade.", Justin aos poucos ia se aproximando, até que colou seu corpo ao dela, e Milena colou as costas à porta.

"Agora, pode ir embora, por favor?", ela pediu controlando sua respiração.

"Storm, você tem noção do quanto é difícil e humilhante para mim estar aqui agora? Você é Milena Storm, a mulher mais insuportável que eu já conheci, e eu definitivamente preferia estar conversando e implorando pela atenção de qualquer outra mulher nesse momento."

"Então por que está aqui? Vá em frente! Procure outras mulheres.", ela disse ríspida.

"Eu disse que preferia, mas eu não quero.", ele sorriu outra vez. "Acho que você deve ter colocado algum tipo de magia na minha bebida enquanto estávamos naquele bar, ou então lançou algum feitiço em mim...", dessa vez, ela sorriu. Pensava da mesma forma. "A verdade é que... Droga! Eu realmente gostei daquela noite, mas eu não havia cogitado um bis, contudo, eu te vi naquele dia no restaurante, e comecei a provocá-la... É muito bom provocar você.", havia um brilho divertido no olhar dele. "Quando dei por mim, estava indo a sua sala quase todos os dias e... Querendo ou não, eu gosto de sua companhia."

"O quê?", ela colocou uma das mãos sobre a testa dele. "Está doente, Bieber? Aliás, você é mesmo Justin Bieber?"

"Muito obrigado, Storm! Eu aqui sendo sincero pela primeira vez na minha vida e você rindo da minha cara!", Justin se afastou, irritado, mas foi impedido de continuar quando Milena o segurou pelo braço.

"Desculpe, apenas..".

"É surreal demais?", ela balançou a cabeça em um gesto de confirmação. "Eu sei disso. Mas, não se preocupe, eu não estou pedindo para namorar com você ou algo assim..."

"Graças a Deus!" ela disse, os dois riram.

"Então... Até mais?" olhou-o confusa.

"Pensei que tivesse vindo me fazer uma visita."

"Na verdade, eu vim provocá-la.", Justin disse, sorrindo.

"Eu imaginei, mas se quiser, podemos conversar um pouco... Civilizadamente, sem provocações de qualquer espécie."

"Está bem, é justo.", ele concordou. "E então, você já comeu? Porque eu espero que você tenha alguma coisa pra mim. Eu estou morrendo de fome!"

"Você é muito cara-de-pau, Bieber!", ela comentou enquanto entravam.

"Você me convida para entrar na hora do jantar... Sua obrigação é ter algo para comermos.", ela revirou os olhos.

"Definitivamente, você é muito folgado!", ele sorriu.

"Eu sei que você adora meu jeito, Storm."

"Eu sei que você é convencido.", ela rebateu.

"E bom de cama!", ressaltou.

"Eu disse, sem provocações, Bieber!", Milena largou a bolsa sobre o sofá, e se virou para encará-lo.

"Isso não é provocação, isso é realidade.", Justin se aproximou, e suas mãos repousaram na cintura dela.

"B-Bieber..."

"Diga que não quer que eu paro agora mesmo.", ele sussurrou perto do ouvido dela.

"Idiota! Você sabe que eu quero!", ele riu, beijando agora seu pescoço.

"Então, não nos negue isso, Milena.", Justin a beijou nos lábios, enquanto apertava o corpo dela ao seu.

Eles caminharam lentamente, sem interromper o beijo, até o sofá. Bieber só se afastou o suficiente para deita-la, e deitar sobre ela. Encarou Milena por alguns segundos, ciente da loucura de ambos, mas incapaz de retroceder. Então, suas mãos passearam por baixo de sua blusa, alcançando um de seus seios e massageando-os, até que sua respiração começou a ficar pesada. Milena podia sentir seu membro ligeiramente rijo, e por isso suas mãos seguiram para lá, em uma caricia gentil, arrancando-o gemidos abafados. Ela sabia que estava seguindo um caminho sem volta, mas estava disposta a arriscar.

 

⟷⟷⟷⟷⟷⟷⟷⟷⟷⟷

 

Pensou que transar com ela novamente acabaria com aquele desejo impróprio e constante que passara a sentir por Milena. Entretanto, acontecera justamente o contrário, estar com ela parecia viciante, e Justin amaldiçoou-se mentalmente por isso. Beijou-a no pescoço enquanto sentia que em pouco tempo chegaria ao limite, e a encarou ao sentir a mulher tremer sobre ele. Sorriu ao vê-la, contemplando seu êxtase, e orgulhoso por ter sido ele quem a deixara daquela forma.

Quando inverteram as posições, e ela se aconchegou em seus braços, Justin revirou os olhos. O que havia acontecido com ele? Era o momento de deixá-la, como sempre fazia com as mulheres com quem dormia, mas ele não conseguiu. Não era apenas o sexo com Milena que ele gostava, mas o simples fato de estar com ela. Ele, com certeza, odiava-se por isso, mas ainda assim sentia-se incapaz de fazer diferente. Então, apenas começou a acariciar suas costas nuas, provocando um sorriso nos lábios da outra.

"Como se pode gostar tanto de algo que se considera errado?", ela perguntou, enquanto passava as mãos pelo tórax dele.

"Eu não sei.", Justin suspirou, e nesse momento, ela virou a cabeça e apoiou o queixo em seu peito para encará-lo.

"Nem eu, mas... Se é possível gostar algo de errado, queria que soubesse que...", Milena sorriu, antes de continuar: "Você é o meu melhor erro."

 

The End.


Notas Finais


- Críticas são sempre bem-vindas.
- Elogios são aceitos de bom grado.
- Sinta-se a vontade para deixar sua opinião.

Obrigada por ler ❤


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