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História Meu namorado é um Uchiha - Como você me quer? O que você quer?


Escrita por: wasser

Notas do Autor


ai, gente, ainda bem que eu sou evangélico.
tenham uma boa leitura, espero que gostem ♡

(não revisei o capítulo, então perdoem qualquer erro)

Capítulo 8 - Como você me quer? O que você quer?


Depois de um bom banho e de uma boa escovada nos meus dentes – isso tudo apenas após me certificar de que Madara não estava mais no meu quarto –, eu finalmente tive coragem de pegar meu celular e dar uma resposta ao meu pai; puta falta de consideração minha ter deixado o coitado no vácuo até agora, sabe?

Abri a conversa, respirando fundo antes de começar a digitar o que me parecia ser a explicação mais plausível e não tão bombástica, eu quis seguir o conselho de Madara sobre falar a verdade sobre nosso namoro, mas sabia que precisava ir com calma para não matar o meu velho do coração. Sendo assim, eu disse que estava realmente namorando Itachi Uchiha e que estava fazendo tanto mistério sobre justamente por ele ser tão conhecido, não dei detalhes e também omiti o fato de que tenho mais quatro namorados além de Itachi, mas eu esperava que meu pai entendesse meus motivos quando toda a verdade viesse à tona.

Enviei o pequeno texto e logo bloqueei a tela do celular, o colocando na mesa de cabeceira. Olhei bem para a minha cama e, sabendo que não conseguiria dormir tão cedo já que passei o dia quase todo desacordado, cheguei à conclusão de que o melhor a se fazer era me retirar daquele quarto e ir pedir carinho para algum dos Uchihas. Eu não fazia ideia de qual dos irmãos eu deveria ir atrás, mas já tinha em mente que não incomodaria Sasuke – já incomodei muito o coitado agora à noite afinal – e nem Madara.

Talvez eu devesse procurar Itachi. Precisava garantir que eu estava bem e convencê-lo de que meu desmaio não havia sido nada demais, que ele não fez nada errado. Aposto que ele não falou nada sobre isso, mas que está se culpando e se achando um péssimo namorado pelo que aconteceu hoje. Itachi costuma guardar muita coisa para si e na maior parte do tempo ninguém nota o quão sufocado e sozinho ele está.

Tudo bem, confesso: se Shisui não tivesse me passado algumas informações de uns tempos para cá, eu provavelmente não teria notado sozinho. Me sinto extremamente mal toda vez que lembro da forma como Shisui me contou sobre Itachi carregar mais responsabilidades do que deveria mesmo quando os outros Uchihas estão dispostos a ajudá-lo, como ele parece sempre se colocar em segundo lugar porque não quer prejudicar os irmãos ou atrapalhá-los (o que não faz nem sentido). Não tenho irmãos, então realmente não entendo bem como tudo isso funciona, mas não acho que Itachi deva se martirizar tanto. Ele não está sozinho, não tem que agir como se estivesse.

Caminhando lentamente pelos corredores, eu ia em busca do quarto de Itachi. Esperava que ele estivesse lá, ainda acordado, e que me recebesse de braços abertos, porque eu não estou andando até o outro lado do segundo andar da casa para ter a viagem perdida.

Com meus olhos fixos no chão, eu não estava prestando muita atenção no que tinha na minha frente, então é óbvio que levei um baita susto quando um ser humano se projetou na minha frente e esbarrou em mim. Meu nariz foi amassado no peito de alguém e eu levei a mão até o coitadinho, massageando devagar enquanto erguia o rosto para poder ver quem eu havia acabado de tentar atropelar. Um som de surpresa escapou dos meus lábios quando reconheci Obito, não por ser ele ali, mas pela forma como estava. Eu não tinha certeza do horário, mas sabia que já era tarde para Obito estar andando pela casa tão arrumado.

Se eu não estivesse tão curioso, teria apreciado melhor a jaqueta e a calça de couro que ele usava, além de prestar mais atenção no seu perfume forte. No entanto, eu só consegui focar na expressão meio assustada de Obito, algo parecido com alguém que foi pego no flagra fazendo uma coisa que não deveria.

Me assustei ao sentir suas mãos segurarem meus ombros e nem fiz questão de esconder minha confusão quando ele depositou um selinho no topo da minha cabeça.

— 'Tá com pressa? — Questionei ainda massageando meu pobre nariz — 'Tava andando igual o Papaléguas.

— Eu preciso… resolver um problema. — Sua voz estava levemente trêmula e eu sabia que tinha algo errado ali — Eu te machuquei?

— Eu sobrevivo. — Dei de ombros, afastando a mão do rosto e a colocando no ombro de Obito — Cuidado lá fora, 'tá tarde. E boa sorte com o problema, viu?

Obito parecia surpreso com minhas palavras e eu aproveitei sua expressão de mais pura descrença para me colocar na ponta dos pés e deixar um selinho demorado em seus lábios. Selinho que acabou não sendo só um selinho, pois logo senti as mãos do Uchiha segurarem minha cintura e me puxarem contra seu corpo, um suspiro escapando de seus lábios enquanto eu colocava minhas mãos em sua nuca, minhas unhas arranhando suavemente sua pele.

Sua língua tocou meu lábio inferior e eu nem hesitei em entreabrir os lábios, revirando os olhos por baixo das pálpebras ao sentir sua língua na minha ao mesmo tempo em que ele caminhava lentamente, me fazendo dar pequenos passos para o lado e para trás. Minhas costas encontraram algo duro, que eu tinha certeza de que era uma parede, tive uma sensação de déjà vu.

Suas mãos desceram da minha cintura, parando brevemente nos meus quadris só para entrarem por baixo da minha camisa, os dígitos gelados fazendo minha pele arrepiar e meu abdômen se contrair. Nossas bocas se separaram por alguns segundos, mas não tivemos como não ceder ao impulso de nos beijar novamente quando nossos olhos se encontraram.

Guiado por alguma espécie de instinto, eu agarrei uma das mãos de Obito, a tirando debaixo da minha blusa e a levando até o meu pescoço, gemendo baixo ao sentir os dedos do Uchiha o rodearem e fazerem uma pequena pressão ali. Porém, aquilo pareceu ser um gatilho para Obito que automaticamente se afastou de mim, da mesma forma que fez hoje mais cedo.

— Desculpa, eu… eu preciso ir.

E antes mesmo que eu pudesse dizer algo, ele já estava fora do meu campo de visão. Eu estava preocupado, queria entender o que estava acontecendo, e nem me refiro só a essa mania de fugir toda vez que chegar perto do meu pescoço. Nem consegui perguntar para onde ele ia, ou se eu poderia ajudá-lo com o problema. Só espero que ele se cuide.

Balancei a cabeça, em uma tentativa inútil de afastar paranóias e pensamentos ruins sobre as atitudes de Obito, e após mais alguns largos passos cheguei ao quarto de Itachi. Bati devagar na porta, não demorando a ouvir um alto e sonoro "entra", eu abri a porta em uma lentidão que eu nem sabia que conseguia ter e mordi meu lábio inferior em um misto de vergonha e insegurança (pelo que aconteceu hoje) ao ver Itachi sentado bem no meio da cama.

Não sei quanto tempo fiquei parado na porta após fechá-la, mas só tive a atitude de ir até Itachi quando ele deu leves batidas na própria perna. Sentia minhas pernas fracas e meio trêmulas por motivos que nem eu entendi naquele momento, mas consegui subir na cama e me colocar sobre o colo de Itachi, meus braços passando por cima de seus ombros automaticamente.

— Está melhor? — A pergunta me fez soltar um "uhum" e abraçar Itachi com mais força — Foi algo que eu fiz, meu amor?

— Você não fez nada, 'Ita.

Um arrepio e um calorzinho gostoso percorreu meu corpo devido ao ar que bateu na minha pele quando Itachi enfiou o rosto na curva do meu pescoço e respirou fundo. E eu acabei me movendo inconscientemente no colo dele. Eu já estava meio sensível por conta do beijo com Obito, então se ele continuasse com aquilo eu não conseguiria me conter.

— Não sabia que usava um perfume tão forte. — Murmurou contra a minha pele, me fazendo rir baixo.

— Acho que o perfume do Obito grudou em mim. — Expliquei, fechando os olhos ao sentir beijos sendo distribuídos pelo meu pescoço — Encontrei ele antes de vir aqui… disse que estava indo resolver um problema e saiu com pressa. Você sabe onde ele foi?

— Não faço ideia. — Respondeu, o tom de voz carregado de algo que parecia preocupação — Só espero que não tenha ido fazer bobagem por aí.

Enfiei minhas mãos em seus cabelos, puxando os fios sem muita força, apenas para afastá-lo do meu pescoço e poder encará-lo melhor. Passando meus olhos pelo seu rosto, eu conseguia ver claramente o cansaço em seus olhos e alguns cortes em seu lábio inferior, se aquilo não fosse desidratação então talvez tivesse alguma relação com sua abstinência ao fumo.

Trouxe minhas mãos para o seu rosto, meus polegares tocando sua boca enquanto meu cenho se franzia em um questionamento mudo sobre o que era aquilo.

— Acho que mordi sem perceber.

— Toda vez que eu te vejo, ou você 'tá tenso, ou com a boca cortada. Às vezes, as duas coisas. — Minha voz acabou saindo mais repreensiva do que eu esperava, então tentei amenizar um pouco — Tem algo que eu possa fazer 'pra te ajudar com isso?

— Você não tem com o que se preocupar, meu amor.

— E nem você. — Rebati — Se precisar de algo, é só pedir. 'Tô falando sério, eu faço o que você quiser.

Fechei os olhos e relaxei o corpo, além de colocar minhas mãos sobre minhas coxas, queria que Itachi entendesse aquilo como uma total entrega da minha parte, que eu estava completamente a mercê de suas vontades. Não esperava sexo, minha intuição me dizia que qualquer que fosse o método de relaxamento que Itachi decidisse, nenhum deles seria desse tipo; mas, eu queria que ele soubesse que pode confiar em mim.

— Se eu não te conhecesse, diria que está se oferecendo para mim de uma maneira nada casta.

— Talvez eu espere que você me jogue na cama e me chame de-

Não começa. — Ele riu e o som grave me fez abrir os olhos, o acompanhando no riso — Dorme aqui comigo. Com um pouco de sorte, eu até te trago café da manhã na cama amanhã.

— Ah, então devo informar que adoro comer frutas de manhã. — Falei como quem não quer nada, mas logo dei o meu belo bote: — Vamos dormir, maçã.

— Cert- Ah, não, Naruto!

Senti minha barriga doer de tanto que tentei segurar minha risada e acabei caindo na cama, me desvencilhando de Itachi enquanto me contorcia inteiro. Eu havia acabado de lançar o flerte do ano, sinceramente, e não conseguia conter o riso enquanto via a expressão de descrença e indignação em Itachi.

— Eu não acredito que você disse isso.

Colocando a mão no peito e me esforçando muito para parar de rir e voltar a respirar normalmente, eu mordi o interior da minha bochecha, já formulando na cabeça a próxima barbaridade que sairia da minha boca.

— Prefere que eu seja a maçã?

— Naruto, pelo amor de Deus.

Itachi balançou a cabeça de um lado para o outro, eu sabia que ele não estava bravo com o que eu tinha dito, só levemente constrangido e surpreso. Tenho certeza de que em meio ao clima gostosinho que estávamos, ele não esperava que eu lançasse essa.

— Naruto.

— Hm?

— Não gosto de maçã. — Arqueei uma sobrancelha, sem entender onde ele queria chegar — Prefiro pêssegos.

Demorou um tempo, mas quando eu finalmente entendi o significado daquelas palavras, eu senti meu rosto esquentar ao mesmo tempo em que eu voltava a rir. Não era possível que Itachi tivesse falado aquilo.

— Então, — Parei para puxar o ar com força devido ao riso — eu vou ser o pêssego mais doce do mundo.

Um som dolorido me escapou quando Itachi se jogou em cima de mim, as mãos se enfiando embaixo da minha camisa e os dedos tocando minhas costelas rapidamente, me causando cócegas e piorando meu riso. Isso é hora de estar gaitando? Não é, e eu estou com medo de alguém aparecer aqui me mandando calar a boca. Itachi, você me paga e vai ser bem caro.


[ ... ]


Claridade invadia o quarto pela janela, que não estava devidamente coberta pela cortina, e isso me fez apertar os olhos para logo depois abri-los, piscando algumas vezes até que minha visão embaçada se normalizasse e sentindo uma pequena lágrima escorrer do meu olho esquerdo. Braços rodeavam minha cintura e havia um corpo completamente colado em mim por trás, era uma manhã consideravelmente fria e ter Itachi agarrado em mim – além do grosso edredom que nos cobria – estava sendo mais que perfeito. Me remexi, tentando me desvencilhar dos braços alheios de alguma forma, mas paralisei ao sentir algo estranho tocar minha bunda, além de Itachi puxando o ar com força bem na minha nuca; mesmo com a cabeça meio grogue por ter acabado de acordar, eu não demorei a compreender o que estava acontecendo ali e, óbvio, não resisti em me mover mais uma vez, só pelo prazer de ouvir um grunhido e de sentir Itachi me abraçar com mais força.

— Para de se mexer. — Itachi murmurou contra a minha pele, a voz rouca por ter acabado de acordar, e eu mordi meu lábio inferior para conter uma resposta nada apropriada — Me dá um momento, vai passar.

Ignorando o que foi dito, movi meus quadris mais uma vez, arfando involuntariamente ao senti-lo pulsar mesmo que houvesse roupas como barreira entre nós. Itachi então retirou seus braços da minha cintura e se afastou por completo, naquele momento decidi me virar em sua direção, rindo baixo ao vê-lo deitado com as mãos sobre o rosto e com um bico nos lábios.

— Quer ajuda? — Ofereci, sorrindo largo quando Itachi assentiu devagar e logo dando um jeito de me enfiar embaixo do edredom, me colocando entre as pernas dele — Como você me quer?

— Sua boca.

Assenti, ainda que ele não pudesse ver – tanto por eu estar debaixo do edredom quanto por ele estar com as mãos tampando os olhos –, e não demorei a puxar o calção que ele usava, um som de surpresa me escapando ao ver que Itachi não usava cueca.

Me aproximei de seu membro ereto e soprei a glande, uma pontada de arrependimento tomando conta quando percebi que naquela posição eu não conseguiria ver as reações de Itachi enquanto eu trabalhava. Mas, ignorando aquela sensação de que era burro, passei a distribuir beijos por toda a extensão do Uchiha, de baixo para cima, não simples selares mas beijos completamente melados e sem coordenação alguma. Coloquei minhas mãos nas suas coxas, sentindo os músculos contraírem sob minhas palmas; eu perdi a noção de tempo enquanto permanecia apenas beijando e lambendo o membro alheio, vez ou outra também dando atenção às bolas, mas só notei que talvez estivesse torturando demais meu querido namorado quando este deu um gemido de mais pura frustração e disse:

Por favor, vai logo.

E como eu poderia negar um pedido feito com tanto jeitinho e delicadeza, não é mesmo?

Coloquei a língua para fora, subindo com ela desde as bolas até a glande, onde parei e rodei lentamente, satisfeito quando Itachi impulsionou o quadril para cima. Minhas mãos apertaram com mais força suas coxas enquanto eu finalmente abria a boca e permitia que seu membro a adentrasse lentamente, centímetro por centímetro, até que a ponta do meu nariz tocasse seu ventre. Eu me sentia sutilmente engasgado, mas me esforcei para manter minha respiração sob controle e não acabar causando uma tragédia ali.

Fiz uma contagem mental até dez para então subir e manter minha atenção na glande sensível, comprimindo minhas bochechas e pressionando a parte de baixo com a língua, gemendo baixo enquanto as pernas de Itachi tremiam levemente. Eu poderia ficar o dia inteiro assim, realmente não me importo.

Os minutos iam se passando e o que eu fazia se tornou um padrão. Eu descia, demorando um tempo apenas apertando o pau alheio na minha boca e garganta, só para mantê-lo aquecido e melado, e depois subia, fazendo questão de demorar bastante estimulando sua glande até sentir seu pau pulsar e seu quadril. Meu próprio pau já estava duro, não só pelo que eu fazia, mas pelos gemidos e arfares contidos de Itachi que parecia cada vez mais próximo de ter um orgasmo.

Fechei os olhos instintivamente quando as mãos de Itachi foram para a minha cabeça, os dedos se embrenhando nos meus fios e me fazendo desviar meus pensamentos para o fato de que preciso cortar meu cabelo antes que vire um mullet. Abandonei seu pau por alguns instantes só para agarrar o edredom e tirá-lo de cima de mim, o jogando para o lado e finalmente conseguindo encarar Itachi nos olhos.

E eu não resisti ao vê-lo parecendo estar completamente em êxtase, precisei subir em seu colo, ignorando a sensação estranha que seu pau melado encostando nas minhas coxas desnudas causava. Suas mãos permaneciam no meu cabelo, acariciando suavemente meu couro cabeludo até que eu estivesse praticamente ronronando, como um gatinho manhoso.

— Cansado?

— Minha mandíbula dói. — Resmunguei — Você demora, hein? Há quanto tempo estamos aqui?

— Eu não faço a mínima ideia. — Sua resposta veio seguida de um riso curto e meio cínico, e eu quis socá-lo — Quer parar?

— De te chupar? Querer, eu não quero, mas 'tá doendo mesmo. — Toquei minha mandíbula, massageando o local e sentindo tudo meio travado — Só não quero te deixar sem gozar. Tem alguma ideia?

Me assustei quando suas mãos deixaram meu cabelo para irem até meus ombros e me empurraram na cama. Itachi se colocou sobre o meu corpo, os dedos automaticamente segurando o cós da boxer que eu usava para puxá-la para baixo e retirá-la de mim.

Quando entendi suas intenções, abracei seus quadris com as pernas, arfando quando seu membro esbarrou no meu. Uma de suas mãos segurou os dois paus juntos e iniciou uma masturbação tão lenta que eu senti que poderia morrer ali mesmo. Eu não sabia onde segurar ou onde descontar o que eu estava sentindo, nem como conter os sons que escapavam dos meus lábios, e tinha certeza de que qualquer pessoa que passasse perto daquele quarto me ouviria.

E, comprovando aquele meu pensamento, alguém bateu na porta, o som ecoando pelo quarto e nos pegando de surpresa, mas não foi o bastante para Itachi se incomodar e parar seus movimentos. Me restou apenas a ação de colocar uma das minhas mãos sobre a minha boca, tentando ficar em silêncio.

— O que foi? — Perguntou Itachi, sem desviar o olhar do meu nem por um instante.

— Olha, Itachi. — Se eu não estivesse ficando maluco, então aquela voz irritada e meio sonolenta pertencia a Obito — Eu sei que você e o Naruto estão na flor da idade mas, porra, não são nem oito da manhã ainda. Será que vocês podem calar a boca!?

— Foi mal! — Era nítido que Itachi não estava verdadeiramente arrependido pelo barulho que estávamos fazendo e que, consequentemente acordou Obito, mas poderíamos fingir que estava.

Meus olhos se reviraram e eu mordi meu lábio, sentindo minhas pernas tremerem enquanto meu corpo ficava tenso. Enlacei meus dedos na nuca de Itachi e arqueei a coluna, falhando miseravelmente ao tentar conter um gemido alto e manhoso quando tive meu orgasmo, e tudo piorou (melhorou?) pois Itachi não parou de movimentar a mão um momento sequer.

Porém, não demorou muito para que ele também gozasse e eu juro que tudo que eu queria naquela hora era ter uma câmera à minha disposição, só para fotografá-lo porque não era possível que aquele homem ficasse tão bonito enquanto gozava; os olhos fechados, o rosto vermelho, a boca entreaberta e uma sequência de gemidos e arfares baixos escapando sem parar. E talvez por achá-lo tão adorável foi que eu o puxei para baixo, unindo nossos lábios em um beijo que já se iniciou apressado, sedento, que nem durou muito mas que nos deixou completamente sem fôlego.

— Minha camisa vai ficar manchada pelo resto da vida. — Murmurei, dando um tapinha no peito de Itachi em um pedido mudo para que saísse de cima de mim — Deveria ter me avisado o que ia fazer, eu teria tirado a roupa. — Itachi deu um risinho cínico e, fez pior, levou a mão toda melada de porra até a boca, lambendo um dos dedos enquanto me olhava nos olhos — Você é péssimo. Me leva a sério, por favor.

— Perdão. — Respondeu, abaixando para me dar um selinho bem na ponta do nariz para logo em seguida levantar da cama — Toma banho comigo?

um banho?

Itachi não me respondeu, apenas balançou a cabeça de um lado para o outro, se dirigindo ao banheiro sem nem se dar ao trabalho de olhar para mim. Sentei na cama, parando para analisar o estado da minha pobre camisa, eu torcia para que aquela mancha de sêmen saísse de lá, ou eu seria obrigado a afogar um Uchiha. E, após mais alguns minutos pensando em como eu poderia assassinar alguém sem ser preso, resolvi ir ao banheiro também. Nunca que eu vou perder a oportunidade de tomar banho com um grande gostoso- Digo, com o meu belo namorado, Itachi.


[ ... ]


O dia acabou sendo mais monótono do que eu imaginei que seria. Claro, eu e os meninos já criamos uma certa rotina durante todo esse tempo, então as novidades por aqui são relativamente raras, mas eu acho que essa é a primeira vez que tenho um dia tão parado e sem sal assim. Eu já deveria imaginar que o início da manhã com Itachi era um prenúncio do abandono que estava por vir, mas preferi me iludir.

Depois do banho com Itachi, fomos tomar café da manhã e aparentemente todo mundo tinha alguma coisa para fazer fora de casa após comer, durante a porra do dia inteiro. Todo mundo menos eu, lógico.

Nem mesmo Sasuke, que tinha um compromisso comigo, ficou em casa, e apenas me disse que à noite me pediria o que tanto queria. Estou ansioso, ele não pode fazer uma coisa dessas comigo, eu vou morrer.

Passar o dia inteiro sozinho naquela casa estava sendo quase uma sessão de tortura, porque eu já estava totalmente acostumado em ter a presença de ao menos um dos Uchihas ali. Eu nunca mais fiquei sozinho depois de vir morar aqui e talvez isso não seja algo tão bom quanto parecia ser. Eu não posso me permitir ficar tão dependente dos meus namorados, principalmente depois de tudo que já me aconteceu. Prometi para mim mesmo que não ficaria mais à mercê de outras pessoas e eu precisava ser firme quanto aquela promessa, ou me perderia novamente.

Meu pai também não falou mais comigo. Ele visualizou o que mandei ontem à noite, mas não me disse mais nada e isso tem me deixado preocupado. Eu não sabia se deveria tentar contato primeiro ou se deveria deixá-lo digerir a situação e vir falar comigo quando estivesse definitivamente pronto para isso. Só esperava que ele não ficasse bravo ou decepcionado.

Suspirei, passando as mãos sobre os olhos para então olhar para o relógio na parede do meu quarto. Estava perto de anoitecer e eu realmente precisava fazer alguma coisa, ter qualquer tipo de contato humano antes que eu ficasse maluco e pulasse de uma janela.

Levantei rápido, sentindo uma leve vertigem por conta disso, e saí do quarto cambaleando um pouco – maldita pressão baixa. Quando cheguei na escada, parei, pensando para onde eu deveria ir; a cozinha seria uma ótima ideia, eu poderia fazer um lanche, mas por outro lado, eu poderia ir à biblioteca e procurar algo para ler, ou até mesmo sair de casa.

Mas, sair de casa não é uma ideia que me deixe muito confortável, pelo menos não por enquanto. Necessito de um tempinho até me recuperar do baque de descobrir que Yamato está de volta e não vou passar por cima do meu tempo de recuperação de novo.

Ainda parado no topo da escada, olhei para um lado e para o outro, suspirando ao finalmente decidir para onde ir, no final das contas, nem biblioteca, nem cozinha. Desci quase correndo – um perigo, aliás – e fui direto para o jardim, o lanche e os livros poderiam esperar. Com um pouco de sorte eu encontraria o cachorro mais fofo do mundo do lado de fora e ele me faria companhia até meus namorados feios voltarem.

Como o esperado, Tobi estava deitado bem do lado da porta de entrada e começou a balançar o rabo assim que me viu. Um riso me escapou enquanto eu sentava no chão, ao seu lado, e ele se virara, deixando a barriga para cima, em um claro pedido por carinho naquele local. Levei minha destra até ali, acariciando sua barriga e não conseguindo conter um sorriso ao vê-lo tão contente com aquele carinho. Ainda bem que Tobi foi com a minha cara e já se acostumou com minha presença, ou eu já teria levado umas boas dentadas na bunda, porque esse cachorro é meio doido. Um dia desses, ele saiu correndo atrás de um entregador de pizza como se não houvesse amanhã, eu ri muito depois, mas na hora foi bem aterrorizante.

Me assustei ao ouvir o ranger do portão automático e nem consegui ver quem estava entrando, já que a pessoa estava dentro de um carro com os faróis acesos. A luz forte batendo na minha cara nem me deixou reconhecer o carro, quem dirá a pessoa que estava lá dentro. Achei melhor manter o olhar no chão para não ferir meus pobres olhinhos com tanta claridade, apenas quando a luz foi apagada e eu ouvi o barulho da porta do carro sendo aberta foi que voltei a olhar para a frente. Tobi latiu algumas vezes, certamente dando as boas-vindas para Obito, que saía devagar do veículo, e não demorou para correr até o dono, festejando como se não o visse há vários dias.

Resolvi levantar e ir até lá também, não custava nada recepcionar meu namorado que aparentemente estava com dificuldades de controlar o próprio cachorro. Estranhei o fato de Obito estar usando boné e óculos escuros, mas não comentei e mantive minha atenção na maneira desajeitada que ele pedia para que Tobi se afastasse. Assobiei, atraindo a atenção do pequeno, que veio até mim rapidamente, e após acariciar bem atrás de uma das suas orelhas, disse de maneira firme:

— Vai deitar, vai.

E, enquanto eu tinha meu foco em Tobi, o Uchiha aproveitou para passar reto por mim, sem nem mesmo guardar o carro na garagem ou me dar um oi. Quando me dei conta, Obito já tinha a mão na maçaneta da porta e eu precisei correr para alcançá-lo, o que nem foi o suficiente, pois ele entrou na casa antes de mim. E se eu não tivesse insistido em correr, não teria alcançado nunca. Foi no pé da escada que eu segurei o seu antebraço, o puxando para mim, mas rapidamente soltado ao ouvir um resmungo dolorido vindo dele.

Aquilo estava estranho demais para o meu gosto.

Estávamos relativamente próximos e eu segurei seus ombros, sem força dessa vez, apenas como garantia de que ele não tentaria me ignorar mais uma vez.

— Eu não recebo nem um "boa noite"? — Apesar do meu tom suave, ele não me respondeu e isso me fez arquear uma sobrancelha — O que aconteceu?

— Nada, neném. Eu só 'tô muito cansado. Desculpa.

A resposta realmente não me convenceu, mas eu não queria insistir nos meus questionamentos e acabar sendo invasivo, então me limitei a assentir. Me aproximei um pouco mais, subindo minhas mãos para sua nuca e o abraçando com força enquanto murmurava um "tudo bem". As mãos de Obito foram para as minhas costas, me pressionando contra o seu corpo ao que seus dedos agarravam o tecido da minha blusa com força. Respirei fundo, sentindo meu nariz arder levemente quando senti um cheiro extremamente forte de bebida. Não qualquer bebida.

— Derramaram uma garrafa de vodka em você?

Senti Obito ficar tenso, me soltando, e aquele foi o estopim para mim. Se eu estivesse sendo invasivo, então foda-se, eu já não me importava mais. Eu só queria entender o que realmente estava acontecendo.

Me afastei devagar, minhas mãos vindo para o seu rosto, os polegares fazendo um sutil carinho nas suas bochechas antes que eu agarrasse os óculos escuros e os retirasse dali sem dar tempo para que ele reagisse.

Obito quase que automaticamente tentou virar o rosto para o outro lado, mas eu o mantive ali, de frente para mim. E não consegui evitar o nó que se formou na minha garganta quando eu vi um corte logo abaixo da sobrancelha direita dele. Que porra era aquela?

— Obito, o qu-

— Isso não é nada, 'tá? — Me interrompeu, a voz trêmula e a expressão tão insegura quanto — Confia em mim, neném. E, por favor, não conta 'pra ninguém.

— Você enlouqueceu, porra? — Questionei, me esforçando para manter minha voz baixa e calma — O que aconteceu, Obito? Me fala a verdade.

— Eu caí.

Assim que aquelas palavras deixaram seus lábios, eu perdi um pouco da noção do que estava fazendo e novamente segurei seu antebraço, dessa vez não me importando com os murmúrios de dor que escapavam dele, e literalmente o coloquei contra a parede mais próxima, o soltando somente para conseguir puxar a jaqueta de couro que ele usava para fora do seu corpo, sentindo minha garganta fechar ainda mais quando vi sua pele marcada com roxos e vermelhos que não poderiam ter sido causados por uma simples queda.

— Caiu com a cara na mão de alguém?

— Neném, eu-

— Você não pode mesmo me falar a verdade? — Interrompi, engolindo a seco — Como eu posso confiar em você? Como eu posso manter o que eu 'tô vendo em segredo se eu nem sei o que é isso, Obito?

Me afastei, puxando o ar com força e me virando na direção oposta ao Uchiha. Eu não conseguia mais encará-lo naquele momento, eu não suportava nenhuma das teorias que invadiam minha mente sobre o que estava acontecendo ali e sabia que permanecer no mesmo ambiente que Obito apenas pioraria tudo.

Eu nunca pensei que algo assim aconteceria, nunca pensei que depois de todo esse tempo a primeira briga que eu teria com um dos Uchihas seria por uma mentira. Que aconteceria porque um deles levou uma surra de sabe-se lá quem e se recusa a contar o que aconteceu. Será que aquilo tinha alguma ligação com a saída dele ontem, tarde da noite? Eu estava mais preocupado do que decepcionado, eu só queria ajudar.

— Eu não vou contar. — Murmurei — Dessa vez, eu não vou contar. — E voltando a encará-lo, terminei: — E seja lá o que isso for, por favor, não deixa acontecer de novo.

Minha voz quebrou no meio da frase e eu nem esperei por uma resposta antes de subir as escadas. Passos lentos mas firmes, eu nem sabia direito para onde estava indo, minhas mãos tremiam e minha mente insistia em me levar para as lembranças incômodas do período em que estive com Yamato, para a forma como o comportamento de Obito me lembrava o meu comportamento toda vez que eu apanhava e não conseguia contar. Mas eu não queria pensar naquela probabilidade, eu preferia pensar que havia sido apenas alguma briga aleatória em um bar e que ele não queria me contar por, sei lá, vergonha de algo.

Completamente sem rumo, eu abri a primeira porta que apareceu na minha frente e entrei, suspirando alto ao me dar conta de que estava no quarto de Sasuke. Esses posters na parede nunca falham em entregar o lugar em que eu estava. Estava prestes a colocar o dedo na boca, para morder a ponta da minha unha, mas lembrei que estava passando a mão no cachorro poucos minutos atrás, então decidi ir ao banheiro.

Lavar as mãos antes de roer as unhas por extremo nervosismo é essencial, vai por mim.

No banheiro havia um espelho logo acima da pia e ao olhar para ele, ao invés de ver apenas o meu reflexo, me deparei com um post-it rosa pastel colado ali. Talvez eu não devesse fuçar algo que não me pertence, mas eu estava só lendo o que havia ali, que mal tinha? Aliás, não lembro de já ter comentado isso, mas a letra do Sasuke é linda, parece algo tirado diretamente de um filme de época, eu gosto bastante.

Voltando ao post-it. Uma frase estava escrita ali e se eu não estivesse tão abalado pela situação do Obito, certamente teria rido ao ver o "conta logo para ele!". Suspeitava que aquilo tivesse ligação com o pedido que Sasuke pretendia me fazer e meu coração amoleceu ao pensar no esforço que ele deveria estar fazendo para superar a timidez e me contar logo.

Balancei a cabeça, tentando não pensar muito naquilo, e finalmente voltei minha atenção para o que eu tinha ido fazer naquele banheiro. Lavei as mãos, saindo logo em seguida e me jogando na cama sem hesitar.

Até cogitei a possibilidade de ir ao closet de Sasuke e ver se conseguia furtar mais alguma roupa bonita para mim, mas achei melhor não fazer isso sem a presença do dono das roupas. Só catei aquela calça laranja para mim porque ele estava presente e me ofereceu a peça, mas eu não costumo ser tão descarado com meus roubos. Menos quando se trata de Shisui, porque já entendi que ele realmente não se importa e que, na verdade, adora me ver usando as roupas dele. Mesmo que as roupas sejam de marca, custem mais que um rim; eu me mataria se estragasse qualquer uma delas.

Aproveitando o silêncio, fechei os olhos, deixando meus pensamentos vagarem para minha relação com os Uchihas e como toda aquela dinâmica me deixava eufórico ao mesmo tempo em que me cansava, me deixava sobrecarregado. Lidar com cinco pessoas todos os dias não tem sido fácil, mesmo que eu tenha mais contato com apenas duas ou três delas, e eu não estou reclamando, eu gosto tanto deles e, no momento, não trocaria esse relacionamento por nada.

Mas eu me preocupo. Tenho medo de não dar conta e, pior, tenho medo da reação deles quando eu não der.

— Amor?

A voz de Sasuke entrou nos meus ouvidos como uma doce melodia e eu abri meus olhos devagar, os sentindo levemente úmidos pelos meus pensamentos recentes e precisei piscar algumas vezes para focar minha visão no Uchiha que sentava na beirada da cama e me encarava com uma certa preocupação.

— Tudo bem aí?

Assenti, erguendo minhas mãos e gesticulando para que o Uchiha se aproximasse, e no momento em que ele o fez, eu segurei seu rosto, o puxando para mim e unindo nossos lábios em um selar demorado, lento. Ele fez um som de surpresa e eu sorri contra sua boca, raspando os dentes suavemente em seu lábio inferior e suspirando logo em seguida. Eu não sabia o que fazer.

A destra de Sasuke segurou meu queixo enquanto a canhota era usada de apoio para o seu corpo, espalmada bem do lado da minha cabeça. Ele pressionou o polegar nos meus lábios, puxando para baixo devagar, ato que me fez entreabrir a boca. Meus olhos se fixaram em sua boca quando ele a abriu e colocou a língua para fora, se aproximando perigosamente da minha boca e me fazendo suspirar diante daquela clara provocação, já que ele sempre chegava perto e quando notava que eu tentava alcançá-lo, se afastava e guardava a língua.

Cansado de esperar por algo, segurei seu pulso, erguendo sua destra um pouco e conseguindo colocar seu indicador e dedo médio na minha boca, não demorando serpentear minha língua entre eles e chupá-los, olhando Sasuke nos olhos e gemendo por provocação ao vê-lo ficar com a respiração pesada.

Tirei seus dedos da minha boca depois de um tempo, admirando a forma como um fio de saliva os ligava até meus lábios e, mais, a expressão no rosto alheio.

— Você não ia me pedir uma coisa?

Sasuke selou nossos lábios mais uma vez, se posicionando entre as minhas pernas e levando as mãos até minhas pernas, segurando firmemente minhas coxas até que conseguisse me puxar para cima; ele sentou na cama, me levando junto e, consequentemente, me sentando em seu colo.

— Eu queria te chupar. — Murmurou contra os meus lábios.

— É isso que você faz 'pra relaxar? Boquetes?

— Não. — Respondeu, as mãos indo para as minhas costas e então descendo até chegar na minha bunda — Eu quero… aqui.

E como se quisesse complementar suas palavras, ter certeza de que eu havia compreendido, ele apertou minhas nádegas com força, me fazendo ofegar apenas com o simples pensamento de tê-lo me chupando ali.

— Se você me deixar passar uns 10 minutos no chuveiro, eu te deixo chupar absolutamente qualquer parte do meu corpo. — Respondi, rindo ao vê-lo fazer uma cara estranha — E você pretende fazer isso?

— Eu quero que você goze com isso. — A resposta me fez abrir a boca em um perfeito "o" — Nem que isso leve a noite inteira.

— Puta que pariu, Sasuke. — Fechei os olhos com força, sentindo um incômodo no meio das minhas pernas — Desde quando você fala desse jeito?

— Você não gosta?

— Acho que gosto mais do que deveria. — Confessei, suspirando enquanto me movia devagar sobre seu colo — Só não imaginei que você, todo tímido e bonitinho, fosse me mandar uma dessa. 'Tô surpreso.

Sasuke me beijou mais uma vez e eu senti algo estranho no meu estômago, era óbvio que eram borboletas – aquela boa ansiedade, não é mesmo? –, só não tinha certeza sobre a razão delas. Poderia ser apenas empolgação para o que aconteceria depois, a proposta de Sasuke era tentadora demais e eu me sentia dolorosamente excitado só de pensar nisso. Mas também poderia ser mais um sinal de que eu estava caidinho pelo Uchiha mais novo, não era ruim.

Estávamos tão presos no beijo que trocávamos, especialmente Sasuke que parecia extremamente concentrado em chupar a minha língua quase como se estivesse me fazendo um oral, que nem notamos quando a porta do quarto foi aberta e alguém entrou.

E se dito cujo não tivesse pigarreado em alto e bom som, talvez tivéssemos demorado ainda mais para notar sua presença e nos separar. Me afastei de Sasuke, a contragosto, mas sorri ao ver Madara ali.

— Seja lá o que estejam fazendo, parem agora. — Ditou, firme, me fazendo revirar os olhos — E você, não revire os olhos para mim.

— E quem vai me obrigar?

— Naruto, pelo amor de Deus, faz isso não. — Pelo desespero no tom de voz de Sasuke, eu quis rir muito.

— Desçam para jantar. E você, Naruto, me aguarde.

Com aquilo, Madara se retirou, deixando Sasuke e eu de olhos arregalados, preocupados. Eu tinha acabado de fazer algo que não deveria, não é? Me fodi legal.


[ ... ]


O jantar inteiro ocorreu em um clima estranho, desconfortável. Obito não estava lá e eu sabia o motivo, mas não podia contar para ninguém. Mas fora a ausência de Obito, tudo aconteceu normalmente, com conversas, animação e todo mundo se alfinetando ocasionalmente, então eu não entendia o que me fez sentir tão deslocado. Talvez fosse a minha omissão sobre Obito, mas eu não queria pensar nisso.

Acabei comendo bem menos do que planejava e saí da mesa primeiro, os olhares confusos e preocupados dos Uchihas me acompanhando durante minha saída.

Dali, eu só esperei alguns minutos para ir tomar banho e depois me dirigir ao quarto do Sasuke. Provavelmente para ele, meu comportamento era puramente ansiedade pelo que faríamos depois, mas a verdade era que minha mente não parava de ir até Obito e que eu esperava do fundo do meu coração que o Uchiha mais novo conseguisse me deixar mais leve.

Queria não pensar em nada e, se possível, ter uma boa noite de sono. Então, amanhã eu poderia falar com Obito com mais calma e tentar mais uma vez descobrir o que está acontecendo, porque sei que não vou conseguir descansar enquanto não fizer isso.

Eu estava na cama, de bruços e com os olhos fechados, qualquer pessoa que entrasse no quarto acharia que eu já estava dormindo, mas é que a cama e os lençóis eram tão macios e perfumados que eu realmente só desejava ficar afundado ali para sempre.

Ouvi o ranger da porta e abri os olhos a tempo de ver, de soslaio, Sasuke trancando a porta. Se eu não soubesse que ele sempre tranca a porta antes de dormir, eu certamente pensaria que aquela era uma boa maneira de me manter preso naquele quarto.

— Te acordei?

— Não 'tava dormindo. — Respondi, sorrindo ao sentir a cama afundar e Sasuke se debruçar sobre o meu corpo para beijar a minha nuca — Como você me quer?

— Fica assim, por enquanto.

Assenti, sem ter certeza de que ele viu o movimento da minha cabeça, e fechei os olhos novamente, tentando me manter relaxado enquanto ele fazia… o que quer que ele estivesse planejando. Mais um beijo foi depositado na minha nuca e eu senti um arrepio pelo corpo inteiro quando Sasuke soprou aquela região; arrepio que me fez tentar me levantar de supetão, sendo prontamente impedido pela mão alheia sendo colocada no meu pescoço e me empurrando para baixo enquanto ele dizia:

— Quieto, quieto.

— Desculpa…?

A mão que me segurava desceu pelas minhas costas, o calor da sua palma ultrapassando o tecido fino da camisa que eu usava. Seu toque era firme, mas agradável demais para eu fazer qualquer reclamação. E continuou descendo, parando ao chegar na parte de trás do meu joelho, me perguntava o que ele pretendia fazer, mas minha dúvida foi respondida quando sua mão passou a subir devagar, tão leve que me fazia cócegas, parando agora na barra da minha camisa.

Ele segurou a peça, erguendo o suficiente para expor metade das minhas costas, para logo em seguida traçar uma trilha de beijos molhados na linha da minha coluna, me fazendo arrepiar em cada um deles.

Sem me dar conta, eu acabei erguendo um pouco meu quadril, e me assustei quando a outra mão de Sasuke veio para a frente do meu corpo, sendo colocada sobre o meu pênis e apertando quase que em aviso para que eu ficasse quieto.

— Sasuke, eu quero te beijar.

Fechei os olhos automaticamente quando ele me virou de frente para si, as mãos indo para o meu rosto enquanto ele unia sua boca à minha. Meus dedos se embrenharam nos fios curtos e macios, e talvez eu tenha puxado eles com força demais enquanto esfregava minha língua na de Sasuke, pois ele gemeu um tanto dolorido em um determinado momento.

— Desculpa. — Murmurei contra os seus lábios.

— Eu gosto quando faz com força.

Diante de uma confissão como aquela, que tipo de namorado eu seria se não segurasse seus fios com força e puxasse mais uma vez? Sorrindo em admiração ao ver seus olhos se fecharem enquanto seu cenho se franzia e um pequeno arfar saía da sua boca.

Observei, curioso, Sasuke abaixar o rosto, sentindo um tremor percorrer meu corpo quando ele mordeu um dos meus mamilos ainda por cima da camisa, passando a língua logo após. Tirei minhas mãos do seu cabelo e as levei até a barra da minha camisa, erguendo a peça até expor meu peito, suspirando colocou a boca ali novamente.

Devagar. — Pedi — Eles são sensíveis.

— Quão sensíveis?

— Consigo gozar só com eles.

Sasuke piscou algumas vezes, como se estivesse com dificuldades para absorver o que eu havia dito, e balançou a cabeça de um lado ao outro, o rosto adquirindo uma cor avermelhada. Ele ainda tentou esconder que estava vermelho igual um tomate, mas eu vi de qualquer forma. O Uchiha desceu, deixando selares nas estrelas tatuadas nas minhas costelas antes de descer ainda mais, deixando beijos por toda extensão da minha pele. Eu já sentia um incômodo no meu ventre, sabia que estava duro e a boxer branca que eu usava não escondia absolutamente nada disso.

Coloquei as mãos no rosto, impedindo a visão de Sasuke se colocando entre as minhas pernas, me fazendo abri-las enquanto enfiava seu rosto entre elas, passando a ponta do nariz pela minha virilha antes de respirar fundo e morder o local sem força alguma.

— Fica de quatro.

Fiquei confuso ao senti-lo se afastar subitamente e resolvi voltar a olhá-lo, não fiquei confuso por ele se afastar mas por ele deitar na cama, a cabeça apoiada em um travesseiro. Mas a confusão não durou muito.

— Você quer que eu…?

Sobe.

Por alguma razão, senti meu rosto esquentar, mas apesar da vergonha súbita e sem sentido, me livrei da cueca que usava e passei uma das minhas pernas por cima do tórax alheio. Eu estava de costas para o rosto de Sasuke, sentado em seu peito, mas ainda distante para o que ele desejava fazer. Sabia que precisava me posicionar, mas comecei a me sentir extremamente envergonhado e não consegui mover um músculo.

Felizmente, Sasuke deve ter percebido minha tensão já que pôs as mãos no meu quadril, me fazendo erguê-lo para então me puxar para trás. Espalmei minhas mãos no seu abdômen, apertando o tecido da sua camisa antes mesmo de qualquer coisa começar.

— Eu posso, Naruto?

— Pode… Por favor.

E só eu sei o quanto me esforcei para não gemer alto demais – pela surpresa – quando senti as mãos de Sasuke afastarem minhas nádegas e sua língua passar pela minha entrada. E à medida que as lambidas evoluíam para chupões, eu cheguei a conclusão de que talvez, só talvez, eu tivesse errado em não colocar tanta fé assim nas habilidades de Sasuke e achado que iria demorar para eu me derreter sob seus toques.

As mãos alheias subiram até minha cintura, as unhas curtas arranhando minha pele, e logo desceram, voltando para a minha bunda  e apertando com força. Se aquilo não fosse deixar uma marca, então eu estava ficando louco.

Estava me esforçando para não fazer barulho, meus lábios estavam pressionados um no outro enquanto eu tentava ao máximo regular minha respiração. Nem sei em que momento passei a mover o quadril sobre o rosto de Sasuke, mas precisei parar quando uma de suas mãos se afastou, somente para voltar com tudo e acertar minha nádega com força, ato que também me arrancou um gemido alto e manhoso.

Quieto.

A pior parte – ou melhor, não sei – é que eu gostei de ter levado aquele tapa, eu realmente achei ótima a forma como minha pele ficou formigando depois e se eu fosse um pouco mais cara de pau, teria pedido outro. Mas, nem que eu quisesse pedir outro, eu conseguiria, no momento em que Sasuke separou minhas nádegas mais uma vez, agora forçando sua língua na minha entrada, perdi a linha de raciocínio.

Eu me sentia sensível, com um calor insuportável e minhas pernas tremiam ainda que eu não estivesse próximo ao meu orgasmo. E esse era o único problema ali. Tudo parecia tão intenso e forte, e eu já não suportava mais aquilo, mas eu sabia que não estava nem perto de gozar. Eu iria morrer, certeza.

Sasuke...

E foi ali que um movimento bem específico da sua língua fez o meu pau despejar pré-gozo como uma torneira despejando água e meu corpo tensionar. Eu já não me importava em tentar manter minha voz baixa, nem em ficar parado enquanto Sasuke trabalhava. Suas palmas deslizaram pelas minhas pernas, subindo e descendo suavemente em uma carícia constante para me passar conforto, sua língua ainda fazendo aquele mesmo movimento e eu simplesmente me perdi.

Sentia meu coração na garganta e meus olhos lacrimejavam, eu já não tinha forças para me manter naquela posição e desejava a todo instante poder fechar as pernas. Talvez eu tenha mordido mais do que consigo mastigar e aquilo fosse me render um problema depois, mas na hora foi tudo tão bom.

Eu não sei como aquela noite acabou. Eu apenas segurei a camisa alheia com mais força e senti minhas coxas serem apertadas em resposta, mas depois dali, eu só vi tudo escuro e uma sensação estranha de conforto me acolheu. O que é uma pena.

Eu queria ter ficado até o final.


Notas Finais


PRIMEIRAMENTE- eu escrevi todo o capítulo ao som de "Kiss Me You Animal" do Adriel Genet (nem sei quantas vezes essa música repetiu até eu acabar de escrever, mas foi ótimoKKKK). enfim, só queria recomendar a música mesmo.

segundo, espero que tenham gostado do capítulo. se desejarem, comentem suas opiniões sobre; especialmente sobre a situação do Obito, vocês têm alguma ideia a respeito do que ele está metido? só digo uma coisa: lá vem bomba, fml.

e, por último, mas não menos importante, eu deixei uma surpresa em um comentário fixado, espero que curtam porque pretendo fazer isso em todos os capítulos a partir de agora. vejo vocês em breve ♡


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