1. Spirit Fanfics >
  2. Meu namorado saiu de um game (Jeon Jungkook - BTS) >
  3. LEVEL 4: heróis contra a violência doméstica

História Meu namorado saiu de um game (Jeon Jungkook - BTS) - LEVEL 4: heróis contra a violência doméstica


Escrita por: solwars

Notas do Autor


Olá, meus docinhos! ♡

Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Pois bem, ontem eu respondi todos os comentários e, HOJE, teremos a atualização de MNSDUG e, UHU, amanhã também!

Recentemente eu postei o capítulo com o link do grupo, mas apaguei e o link estará nas notas finais. Nesse capítulo, teremos as consequências das pancadas que Sunmi deu no JK, então, sem delongas, vamos ler esse maldito capítulo que eu amo tanto – e que foi onde paramos da última vez que eu postei! ♡

Sem mais delongas
Boa leitura! ♡

Capítulo 5 - LEVEL 4: heróis contra a violência doméstica


Fanfic / Fanfiction Meu namorado saiu de um game (Jeon Jungkook - BTS) - LEVEL 4: heróis contra a violência doméstica

LEVEL 4 / heróis contra a violência doméstica

 

Nunca, em toda a minha vida, achei que me incomodaria tanto com um monitor cardiotorácico, mas o bipar insistente está me fazendo considerar lançar o aparelho pela janela do hospital. Minha impaciência já estava ultrapassando os limites.

O médico não havia entrado no quarto desde que eu me atestei como noiva do rapaz órfão, parecia querer conversar só quando o Jeon estivesse acordado. De desconhecido para namorado e, então, noivo, tudo em um único dia.

Eu fui gentilmente convidada a ficar com Jungkook no seu quarto, até o mesmo acordar – o que até agora, não aconteceu. Resumidamente, eu estou sentada ao lado do leito de Jungkook, apenas esperando ele acordar há, pelo menos, quatro horas. Para piorar minha situação, há dois empecilhos: eu esqueci o meu celular na Starfire, dentro da bolsa, e não consigo nem pregar os olhos para esperar o tempo passar.

Logo eu que consigo dormir em qualquer lugar com uma facilidade imensa, não consigo fechar os olhos e tirar um mísero cochilo. Não enquanto o Jeon não acorda, ao menos. O que é um saco, porque se esse garoto não acordar logo, eu vou mata-lo com as minhas próprias mãos – não que eu não tenha tentado mesmo sem querer fazer isso com ele acordado.

A única coisa que me resta para passar o tempo, é odiar em silêncio, principalmente o maldito monitor cardíaco. Eu nunca esqueço o meu celular em lugar algum, principalmente dentro da minha bolsa, mas essa foi uma exceção, cabendo a mim procurar outro motivo que não seja preocupação com JK. Porque eu realmente não estou preocupada, nunca!

— Não achei que ia te ver preocupada comigo nunca.

— O quê? — Olhei para o leito do hospital e lá estava o maldito, com um sorrisinho tímido, me encarando, enquanto eu roía as minhas unhas. Eu sei, não é uma atitude higiênica, principalmente considerando que eu estou em um hospital. Mas isso não importa. — Ah, eu não estava preocupada com você. — Ditei, retirando meus dedos da boca e revirando os olhos. — Estou apenas incomodada com esse maldito som. Será que não tem como seu coração parar de bater? — Me aproximei do moreno, encarando-o.

— Com você tão perto e me encarando assim, eu não duvido que ele bata tanto até parar. — Soltou um risinho, me fazendo bufar. — Vou fingir que acredito que não estava preocupada comigo, Sunmi.

— Não estava! — Exclamei, teimando com o maldito irritante. — Que saco. Será que podemos ir embora?

No mesmo instante em que pronunciei a última sílaba da minha frase, o doutor responsável por Jeon Jungkook entrou na sala, com uma prancheta que suspeitei ter os únicos dados existentes – até então – do meu namorado. Em seu jaleco consegui ler o seu nome, Doutor Im Jaebum.

— Receio que não, senhorita Kim Sunmi. — O médico deu o seu veredicto, encarando ao Jeon com certa admiração. Engoli em seco. — Bom, senhor Jeon, eu irei falar de uma vez para que não tenha nenhum choque ou algo do tipo... Estamos testemunhando um milagre aqui. Como um médico, saibam que odeio dizer esse termo, porque a ciência é a minha religião, mas é realmente um milagre.

Olhei para o doutor Im com uma das minhas sobrancelhas arqueadas. Meu estômago se revirou, enquanto eu penso em o que estamos presenciando aqui. Será que o doutor Im ficou louco ou foi eu? Talvez, também, possa ser o Universo querendo me mostrar que muitas pessoas poderiam saber que JK saiu de um jogo. Eu acho a última opção improvável, tanto quanto a primeira.

Nesse momento, fora da minha imaginação, eu devo estar entrando em um sanatório em estado catatônico enquanto imagino que tudo isso está acontecendo. Será que o fora que Kunpimook me deu foi tão severo para me trazer traumas psicológicos? Ou talvez eu tenha me jogado da janela naquela noite, ouvindo Maroon 5?

Me belisquei, apenas para ter certeza de que tudo não é um sonho.

— Aí! — Resmunguei, esfregando o local que belisquei.

— Tudo bem, senhorita Kim? — O médico questionou, olhando para mim. Encolhi os ombros, anuindo. — Bom, eu vou explicar o que está acontecendo, está bem? — Ele fez uma pausa, engolindo em seco e então sorrindo amarelo. — Detesto perguntar isso, mas, senhor Jeon Jungkook, nas últimas 24 horas, o senhor entrou em alguma briga?

Olhei para Jeon, fuzilando-o com o olhar. Com os lábios, sibilei um “cuidado com a língua!”, bem reforçado para o mesmo que engoliu em seco, negando com a cabeça.

— O senhor tem certeza? — O doutor Im repetiu, prontamente sacando sua caneta para se pôr a anotar algo no prontuário. JK assentiu. — Alguém atingiu a sua cabeça com muita força? Ou você caiu e bateu a cabeça? Algo do tipo?

— Não, senhor. — Jeongguk negou rapidamente. — Ah, espere! — Encarei o moreno com os olhos arregalados, sibilando um “não”, para qualquer coisa que ele fosse falar. — Hoje de manhã, minha namorada me derrubou da cama e eu bati com a cabeça em um taco de beisebol que ela deixou jogado no chão.

Essa desculpa foi tão estúpida que acho que nem se eu contasse para o meu cachorro, ele iria acreditar. Coloquei uma das minhas mãos na testa, massageando a minha têmpora levemente. Obrigada, estrela cadente, por esses momentos de burrice que fazem eu querer me atirar pela janela.

— Tem certeza que foi isso? — O médico lançou um olhar para Jeon, interessado no que ele disse. — Sabe, senhor Jeon, violência doméstica é algo punível, tanto para homens, quanto para mulheres. Há casos de homens que sofrem de violência doméstica, não mais do que mulheres, mas, ainda assim, há.

— Violência doméstica? Hm? — Jeon arqueou a sobrancelha, logo em seguida, desatou-se a rir. Se eu não soubesse a verdade, também riria. — Doutor, Sunmi não me violentaria nem se quisesse.

Um riso forçado foi obrigado a escapar da minha garganta para entrar no teatrinho, mesmo sabendo que não foi bem isso o que aconteceu.

— Tudo bem. — O doutor, por fim, acreditou. — Olha, senhor Jeon, com base nos exames que fizemos quando o senhor chegou, era para você estar morto.

— O quê? — Arqueei as sobrancelhas, surpresa.

— Sim, é inacreditável, mas era para ele estar morto. — Im Jaebum repetiu. — Na verdade, quando você chegou, todos acreditávamos que estivesse morto. Por pouco, não declaramos o óbito. Mas, depois de alguns minutos, conseguimos ouvir seus batimentos. Fracos, mas existentes. E agora, bom, o senhor está aqui. Vivo e acordado, menos de vinte e quatro horas após o trauma. É claro, precisamos fazer mais exames, para entender com precisão o que houve, e o senhor terá que passar a noite aqui em observação. Mas é, definitivamente, um milagre.

— Uau... Isso é incrível! — Jeon exclamou, tão atônito quanto eu.

— Ah, vou precisar retirar os elétrodos de seu tórax e escutar seus batimentos com o estetoscópio, apenas para ter certeza de que está bem. — O médico sorriu simpático. — Senhorita Kim, recomendo que ligue para algum familiar ou amigo do senhor Jeon, e peça por uma muda de roupas e itens de higiene pessoal, para que ele possa utilizar o banheiro para tomar banho e passar a noite aqui. Caso queira também pedir para trazer os documentos do senhor Jeon, para darmos entrada com todos os dados do paciente, ficaremos gratos.

— Claro, providenciarei tudo isso. — Engoli em seco, sorrindo forçado. — Há algum telefone por aqui, para que eu possa usar?

— Há um do lado da porta do quarto, perto da janela. — O médico apontou para o vidro atrás de nós. — É cortesia do hospital para pacientes de classes melhores, fique à vontade.

Fiz uma careta. É estranho as pessoas te disponibilizarem coisas com base no seu status e dinheiro, na verdade.

Não que eu pudesse reclamar, quando eu era criança, bem que gostaria de ter todos esses privilégios. Minha vida não era ruim, mas também não tenho todas as mordomias que hoje tenho. Coisas assim me lembram que não é ruim para mim, mas é injusto para com outros.

Enquanto o médico examinava e conversava com o meu pseudo-namorado, eu procurei em minha mente pelo número de Yoongi.  Sai do quarto e procurei pelo telefone, literalmente ao lado da porta e, com o telefone do Yoon-Energúmeno-Gi em mente, disquei. Conforme chamava, observei o Dr. Im examinar meu namoradinho pela janela do quarto. Os dois sequer notaram meu olhar.

Como está o falecido? — Meu melhor amigo perguntou do outro lado da linha.

— Alô pra você também, Min. Aliás, como sabia que era eu? — Cerrei os olhos, mesmo que ele não pudesse ver. Meu olhar não se desviava do interior do quarto do hospital.

Eu vi que você esqueceu seu celular em cima da mesa, na verdade, estou olhando para ele e tentando lembrar a sua senha. — Ele murmurou do outro lado da linha. — E também, ninguém além de você me liga nesse número, na verdade, ninguém me liga mesmo, todo mundo sabe que eu odeio atender telefone.

— Você não se atreveria a desbloquear o meu celular, se não, sabe que eu te esgano com o meu carregador. — Ameacei, bufando. O moreno murmurou um “humpf” do outro lado da linha. — Yoongi, o médico disse que Jeongguk chegou aqui morto.

O quê?! — Tão confuso quanto eu, Yoongi exclamou tão alto que tive que afastar o telefone da orelha por alguns segundos. — ... Como isso é possível? Não é possível, na verdade. Como pode isso?

— Eu não sei. — Suspirei, observando Jeon retirar sua blusa, exibindo sua tatuagem com os corações. — Espera... Yoongi, está faltando um coração no peito de Jungkook.

Ele tem mais de um? — O moreno murmurou, confuso. Vivo cercada por homens inteligentes, uau.

— Não, idiota. — Bufei. — Jungguk tem uma tatuagem no peito com cinco corações, em pixels. Agora, quatro estão cheios e tingidos de vermelho, mas o quinto está vazio e partido. Por quê?

Sei lá, você deve ter partido o coração dele com toda essa arrogância. — Ele ditou, pouco se importando. Mas logo se tocou, assim como eu: — Ah! Espera! Eu sei, eu sei!

— É, Yoongi, eu também sei. Ele morreu. — Murmurei, observando o Jeon rindo de algo que o médico disse. — Olha, eu não te liguei para falar de Jeongguk. Na verdade, estou muito interessada em continuar esse assunto, mas preciso falar rápido.

Manda, meu docinho de fezes.

— Primeiro: eca. — Emiti um “ugh” apenas para ele entender todo o meu nojo. — Segundo: preciso que você passe na minha casa para trazer roupas e itens de higiene para o JK. Além de documentos, dê um jeito com o seu cara. Se possível, para agora. Correndo.

Você ficou doida? O meu cara não vai aceitar fazer milhares de documentos em um dia. — O Min riu incrédulo.

— Dê a ele o dinheiro que ele pedir. Não importa a quantia, diga que está paga e que o dinheiro vai ir para a mão dele à vista. — Conclui, realmente desesperada. — Eu preciso mesmo desses documentos, Yoongi. Pra ontem.

Certo, certo. Eu vou dar o meu jeito. — O mais velho bufou do outro lado da linha. — O que mais precisa?

— O celular mais recente que você conseguir comprar à vista, um chip de operadora, meu celular... — Listei, sorrindo. — Pegue o dinheiro na minha casa, na verdade. Então, antes de tudo, você vai ter que ir na minha casa. Devo ter roupas do Namjoon no meu closet também, então se você quiser dar uma olhada lá.

Só isso? — Perguntou com ironia.

— Só, amigo. Obrigada. Te vejo até a noite. — Encerrei a chamada, revirando os olhos. — Estrupício.

Coloquei o telefone de volta no gancho, encarando JK que sorria para mim, do outro lado do vidro.

Certo, ele não é nenhum monstro de sete cabeças, então por que me sinto tão assustada para lidar com isso? É estranho, eu nunca estive em um relacionamento sério a ponto de ter que apresentar a pessoa aos meus pais, e quando entro em meu primeiro, é com um cara que saiu de um videogame e que afirma – com teimosia – que é o meu namorado, e me conhece como a palma da mão!

Bufei, passando as duas mãos em meu rosto e pedindo, pelo amor aos céus, que tudo isso seja uma brincadeira de mal gosto da empresa, para passarmos isso na telona e darmos boas risadas. O que é praticamente impossível, porque ninguém quer brincar dessa maneira com a chefe e arriscar ser demitido. E eu acho isso ótimo, realmente.

Baguncei os meus cabelos, uma última vez, antes de coloca-los de volta no lugar e garantir que não entraria como uma louca no quarto. Kim Sunmi está surtando e choca um total de 0 (zero, zero, zero, zero mesmo) pessoas. Acompanhem comigo o meu estado mental de surto, e digam se isso não merece uma pancada com um taco de beisebol em minha própria cabeça:

Eu levei um fora de um garoto gay – que, para deixar claro, eu não sabia que era gay – de 17 anos; cheguei no auge da minha vida quando resolvi pedir, para uma estrela cadente, por um namorado; o meu “namorado dos sonhos” apareceu, mas parece que, na verdade, eu fui abençoada por Satanás para ser atormentada com um ser irritante para o resto da minha vida; eu acertei a cabeça do meu namoradinho duas vezes e gerei a ele, provavelmente, um traumatismo craniano e ele morreu – isso pulando para frente já –; meu melhor amigo e meu irmão concordaram com o estrupício do meu “namorado” que devemos agir como “namorados”, mesmo não sendo. Eu vou surtar e tenho motivos.

— Você já pode entrar, senhorita Kim. – O médico me alertou, assim que saiu da sala e me viu encarando JK pelo vidro. – O senhor Jeon está bem, fique tranquila.

— Fico feliz com isso. – Sorri, mesmo que meu estômago doesse com o remorso de ter matado o garoto.

Entrei no quarto de Jungguk, correndo para fechar as persianas da janela e pedindo para ninguém pensar besteira com o ato. Sob os olhos atentos do Jeon, fechei a porta e me sentei na poltrona ao seu lado. O moreno não disse nada, pareceu entender o meu estado de caos e surto-muito-necessário mental. Olhei para ele, mordendo o lábio inferior em sinal de nervosismo. O moreno deu dois tapinhas em seu leito, mostrando um sorriso sincero.

— Tudo bem, Sunmi, senta aqui. Eu não vou te morder. — Ele brincou, e eu, mesmo com um pé atrás, me sentei ao seu lado. — O que houve?

— O que aconteceu com a tatuagem em seu peito? — Perguntei, sem conseguir enrolar.

— Ah, você percebeu? — Jungkook murmurou, pressionando os lábios em uma linha reta em seguida. Parecia meio amuado, e – talvez – com razão. — Bom, eu morri.

— Eu te matei?

— Mais ou menos. Os danos da pancada me mataram, na verdade. — Ele riu de nervoso. — Sunmi, não se preocupe, eu ainda tenho mais quatro vidas. Você não imaginaria que uma pancada com um taco de beisebol, me garantiria um traumatismo craniano.

— Uma não. Duas. — Pontuei, chateada comigo mesma. O remorso... Ele vem, amigos. — Jungkook, mesmo tendo mais quatro vidas, você é tão humano quanto eu. Qualquer coisa pode te matar.

— Sunmi... — Ele revirou os olhos, não querendo insistir no assunto, ao que parece. — Não se preocupe com isso, está tudo bem agora.

— Jungguk, o médico considerou violência doméstica! — Apontei, puta. — Eu não posso te acertar com um taco de beisebol sempre que me irritar com você ou não quiser você por perto!

— Sim, eu sei. — Ele deu de ombros. — Você não vai mais fazer isso, não é?

— Nunca mais. — Garanti, suspirando. — O que acontece se você perder todas as vidas?

O mais velho se calou, passando a mão repentinamente pelos cabelos, bagunçando os fios pretos com azul.

 JK desviou o olhar, suspirando, para logo revirar seus olhos castanhos como quem não tem como explicar um assunto. Talvez, eu apenas esteja deduzindo essa última parte. O moreno, então, fixou o olhar no meu e abriu a boca algumas vezes, mas voltou a fecha-la. Parecia tão sem jeito quanto eu.

— Fala logo, Jungkook. Eu não tenho todo o tempo do mundo. — Apressei, nervosa.

— Eu acho que volto para o jogo. Talvez eu vá parar em Busan como uma gaivota e não me lembre de nada. Talvez eu apenas suma.  — JK deu de ombros. — São diversas possibilidades. Eu não sei bem. Mas, depois das quatro vidas, eu não tenho outra chance. Sunmi, é perda total. Game Over.

Aquiesci, sem ter o que falar. Pela primeira vez, Jeon Jungkook me deixou sem palavras – de uma maneira ruim. Apesar de odiar ter que o chamar de namorado, eu não quero que ele morra, ainda mais por culpa minha.

Eu não chego a amar o JK da vida real – nem a me preocupar com ele –, apesar de ser a mesma pessoa que é no meu jogo, mas não quero que ele vá de uma vez. Eu quero achar uma maneira de ele ir, sim, mas em paz. Não comigo me odiando por ter acertado a cabeça dele com um taco e dado Game Over.

Maldita empatia e amor ao próximo que habita em mim. Eu não aguento mais querer matar alguém e não poder por sentir remorso depois.

— Jungkook, você acha que um macchiato de caramelo vai compensar um pouco dos danos que causei em você? — Perguntei, acanhada, desviando o meu olhar do moreno. Escutei Jungkook rir baixo, mas ignorei.

— Eu realmente gostaria, mas, sabe, o horário de visitas está para acabar e, como sou maior de idade, vou ter que passar a noite sozinho nesse quarto. Eu não quero acabar com sua companhia tão cedo, prefiro aproveitá-la por mais algum tempo. — O moreno deu um de seus sorrisos como o de um coelhinho, me fazendo rir.

— Yah! Não diga essas coisas. — Semicerrei os olhos. — Eu te ofereci um café para aliviar um pouco da culpa, não abusa da minha boa vontade.

— Ok, ok. — Jeon sorriu, erguendo as mãos como um sinal de rendição. — O que você conversou com Yoongi-hyung?

— Hm, você anda muito intrometido. — Brinquei. Uau, é a primeira vez que tenho uma conversa legal e civilizada com Jungkook. O que a culpa não faz, não é mesmo? — Eu pedi para ele trazer as coisas que o médico pediu. Acho que vamos precisar de uma foto para os seus documentos, mas isso providenciamos depois, tudo bem?

— Acho que sim, só precisamos ajeitar tudo. — Ele deu de ombros. — Não acredito que vou ter documentos e começar minha vida aqui.

— Pois é, garoto de Busan. Você vai ter uma vida legal aqui, eu espero. — Pisquei.

— Se for com você, Sunmi, em qualquer lugar eu vou ter uma vida legal. — Jungguk sorriu, me deixando envergonhada. Empurrei seu ombro, revirando os olhos.

— Sem abusar, Jeon. — Apontei, ouvindo-o rir alto.

Apesar de detestar admitir isso, a risada de Jungkook me agrada muito. Ela não é forçada, é engraçada, escandalosa e me dá vontade de rir junto – não que eu tenha feito isso. Que horror, eu nunca vou comentar isso alto.

— JK? — Chamei-o pelo apelido.

— Sim, Sunmi-ah? — O moreno sorriu, bagunçando seus fios antes de botá-los de volta no lugar com os dedos.

— Vamos fazer um acordo? — Mordi o lábio inferior, vendo-o erguer as sobrancelhas em um claro sinal de confusão.

Certamente, nem eu sei onde quero chegar com isso. Mas se Min Yoongi me fez entrar nessa de tratar Jungkook como meu namorado, há certas coisas que precisam ser esclarecidas. Porque, por mais que eu queira muito acertar a cabeça dele com um taco, novamente, e depois estraçalhar o corpo dele, mutilar e dar para os porcos, eu sei que não vou fazer isso porque a vontade de permanecer fora das grades e não dar um “Game Over” no mais velho, é maior.


Notas Finais


O que acharam do capítulo? O que vocês acham que é o tal acordo que a Sunmi propôs pro Jeon? Será que ele vai aceitar? KKK
Bom, nós nos vemos amanhã no próximo capítulo! ♡

Link do grupo de leitores: https://chat.whatsapp.com/HNcZmySZOWk633thm0BoUN

Deixem a opinião de vocês, é importante para mim ♡

Obrigada por lerem até aqui, pessoal. ♡

Até a próxima! ♡
byebye~♡


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...