Estou tão cansada de estar aqui
Suprimida por todos os meus medos infantis
E se você tem que ir
Eu desejo que você apenas vá
Porque sua presença ainda permanece aqui
E ela não me deixará sozinha
Essas feridas não vão cicatrizar
Essa dor é muito real
Há muita coisa que o tempo não pode apagar.
Evanescence - My Immortal
*Augustín Bernasconi*
Eu entrei no carro e vi que Ruggero estava pálido e tenso.
- Tá tudo bem Ruggero?
- Ah...Sim.- Ele suspirou.
Karol e Carolina se olharam sem entender nada.
Carolina Kopelioff
Depois que me despedi do Augustín, ajudei a Karol com as malas até o quarto dela.
-Nossa! Não mudou nada aqui. - ela olhava emocionada
- Não deixei a mamãe mexer em nada.- vi ela sorrir.
-Que saudade!- Ela sentou na cama e abaixou a cabeça.
- O que houve Ka?- Sentei do seu lado e segurei suas mãos.
- Eu preciso te contar uma coisa.- Ela me olhou fixamente.
- Você ta me deixando nervosa.
- Depois que eu fui pro México...- Ela deu uma pausa e suspirou- Descobri que estava grávida.
- O que? E por que não me cotou?- Olhei assustada para seu semblante triste.
- Eu não queria falar por telefone e apesar da criança ser fruto de um ato tão nojento... Eu queria ter meu filho, afinal ele não tinha culpa- Ela soluçou e lágrimas caíram.
- E o que aconteceu com o bebê?- Enxuguei suas lágrimas.
- Eu fiz todos os exames e acompanhei o bebê até a hora do parto... Depois que ele nasceu a enfermeira levou até o berçario e eu apaguei.
- Mas porque não está com ele? - tentei reformular a pergunta
- Quando acordei perguntei a enfermeira sobre meu filho e ela disse que o pai tinha levado ele pra casa.
- Ela entregou seu filho para um desconhecido?- perguntei incrêdula
- Antes de entregar eles fizeram um teste e ao que parece era o verdadeiro pai do bebê.
- Além de fazer aquilo com você - suspirei fundo- Ele ainda levou seu filho... Ele ta seguindo você, como ele poderia saber?
- Eu não sei... Tô com muito medo - abracei ela tentando amenizar a dor naquele abraço.
- Você devia ter me contado.
- Eu voltei porque preciso da sua ajuda pra encontrar o meu filho.
- Não se preocupa, eu vou te ajudar.
- Obrigado. - ela sorriu fraco
- Dorme um pouco... Vou fazer o almoço.- Dei um beijo no seu rosto e saí do quarto.
*Karol Sevilla*
Deitei na cama e chorei como uma criança assustada que precisa de colo. Eu estava tão presa aos meus medos e tudo ficava uma bagunça na minha cabeça. Eu estou enlouquecendo... Peguei meu celular e fui mexer na internet, eu sabia que dormir ia me fazer ter aquele sonho.
*Ruggero Pasquarelli*
Depois que eu voltei da faculdade fiquei o dia inteiro jogado na cama refletindo naquele imagem do carro. Peguei uma foto da Karol que estava sobre o móvel.
- Você não podia ter voltado! - Joguei a foto em direção a parede.
Acordei da minha crise de pânico quando a campainha tocou.
- Pode entrar- gritei saindo em direção da sala.
- Deixando a casa aberta?- Augustín entrou rindo.
- Eu esqueci de fechar- olhei pra ele irônico.
- Eu vim te buscar. - ele falou sério
- Não combinamos de sair - bufei
- Lina me chamou pra casa dela e os pais sairam, só voltam amanhâ.- ele sorriu malicioso
- Não vou servir de vela! - falei dando dedo pra ele
- A Karol tá lá, esqueceu?
- Não vou! - falei sério. Não posso ver ela.
- Você vai sim ou então vou arrastar a força. - ele segurou meu braço
- Okay... Eu vou- falei sem vontade
*Karol Sevilla*
Eu estava procurando alguns filmes quando a campainha tocou.
- Oi meninos! - Falei abrindo a porta.
- Oi Karol.- Agus me abraçou e entrou.
- Oi...- A voz de Ruggero saiu trêmula
- Vai ficar aí parado na porta?- falei sorrindo.
-Não liga Karol, ele ta nervoso porque gosta de você. - Augustín comentou sorrindo e Ruggero ficou corado
- Augustín- ele gritou olhando pra Augus, até que Lina apareceu.
- Já ta na hora de você se apaixonar né Ka?- ela me olhou sínica e foi minha vez de ficar vermelha.
Depois dos momentos constrangedores ficamos assistindo alguns filmes.
- Ka, eu e o Augustín vamos subir. - ela levantou
- Certo... E juízo viu?- pisquei maliciosa pra ela
- Palhaça - ela saiu sorrindo com o Augustín.
*Ruggero Pasquarelli*
Depois que o casal subiu só ficamos eu e a Karol na sala assistindo.
- Quer mais pipoca?- ela me olhou tentando puxar assunto.
- Sim...- ela colocou a mão para pegar e eu coloquei a minha sobre a dela.
- Desculpa- ela ficou vermelha.
- Tudo bem- ela me olhou e sorrimos.
Algumas horas se passaram e Karol dormiu sobre meu peito sem perceber. Não tive coragem de acordar ela, estava com saudade do seu cheiro, do seu corpo colado ao meu.
- Eu te amo! - dei um selinho nela, mas não acordou.
Segurei sua cintura e abracei seu corpo contra o meu até que adormeci também.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.