História Meu Pequeno Cantor - O pedido.

Konoha City, segunda-feira - 05:30 a.m. , Akasuna's house.

Acordei feliz. Quando digo feliz, quero dizer que estou com vontade de mandar flores para o delegado, ligar para o vizinho e dar bom dia, pintar um quadro, dar um bolo para alguém... Sério, minha alegria é inevitável, mas por quê? Finalmente lembrei do ocorrido na noite passada, fiquei tão feliz apenas com um beijo... Estranho.

Levantei da minha cama e fui até o banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes. Eu estava me observando no espelho e falando para mim mesmo "A gente vai conseguir esse emprego e comprar uma van enorme especialmente feita para viagens". Eu quero explorar o mundo e fazer shows por toda parte... Sem falar que posso vender alguns quadros, pintar é um outro hobby meu.

Me dirigi até a cozinha, onde peguei um pedaço de bolo que Chiyo havia feito no dia anterior, fiz um cafezinho com leite e não muito doce, esse foi o café da manhã  p e r f e i t o .  Acabei de comer, eu estava sorrindo muito... Apenas pensar em ver o Deidara me enche de felicidade ainda mais. É meio estranho esse sentimento de amor, digo... No sentido romântico. Porque, eu amo a Chiyo, amava meus pais, amo uns amigos que eu tenho, mas nada se compara ao Deidara. Essa vontade de abraçá-lo, de falar "eu te amo", ou simplesmente estar ao lado dele e segurar sua mão... Ah, espera, vou me atrasar se ficar aqui viajando.

Voltei ao meu quarto para me preparar, seria uma entrevista de emprego e tenho que passar uma boa impressão! Com isso em mente, escolhi uma calça social inteiramente preta, uma gravata vermelha, junta de uma camisa cinza e um terno roxo. O calçado seria um sapato social preto, vesti tudo com cuidado, para ficar elegante. 

Escovei meus dentes novamente, e estava pronto! Me retirei do banheiro e preparei algumas coisas para levar, como celular, carteira etc. Guardei tudo dentro de uma maleta preta com uns detalhes cinzas, já estava me retirando de casa, dei uma última olhada no local e saí. "Vou deixar a Chiyo-baa orgulhosa, tenho certeza" pensei enquanto me apressava para ir até um ponto de táxi.

Depois de correr um pouco, cheguei ao ponto, porém não havia nenhum táxi disponível, me sentei um pouco desapontado e nem notei que havia uma outra pessoa sentada em um dos bancos ali.

- Sasori? - Perguntou a garota de cabelos rosados e olhos verdes.

- Sakura? - Percebi quem era após a analisar um pouco.

- SASORI!! - A garota praticamente pulou em mim e me abraçou - Há quanto tempo, amigo!

- Né? Nem me diga, sua sumida! - Retribui o abraço da rosada.

- Eu sumida? Você que nunca mais deu sinal de vida!

- Er... Ocupado com algumas coisas.

- Ah... Mas me diga, como você tá? - Ela perguntou ao apartar o abraço e se sentar ao meu lado.

- Bem, até. Sem falar na felicidade da pessoa aqui. - Sorri para mim mesmo.

- Algum motivo em especial..? - Ela me olhou desconfiada. 

- A-ahm... Sim... - Hesitei um pouco, mas decidi falar - Eu... Tô apaixonado, sabe...

- Aaaahhh, meu Kami!! E eu conheço a pessoa? - Ela estava animada, porém mudou o tom para uma seriedade. Acho que está preocupada, com medo de eu ter meu coração partido. 

- Er... Acho que não, é um loiro que trabalha na Akatsuki... - Falei um pouco tímido, enquanto olhava para baixo.

- LoirO?? - Ela perguntou e logo abriu um sorriso de orelha à orelha - Meu Deus, eu sabia!!

- V-Você vem presumindo desde quando que eu sou gay?!

- Desde... Sempre! - Ela riu - Mas, disse que é um loiro da Akatsuki? - Assenti com a cabeça - Oras, é o Deidara?

- Você o conhece? - Perguntei curioso.

- Sim, a Ino trabalha na casa dele algumas vezes, sabe que ela trabalha como empregada pra juntar um dinheiro extra, né?

- Fora a floricultura? A garota tem garra - Falei impressionado. - Falando na Ino, como estão vocês duas?

- Muito bem, ela é uma... Ótima pessoa... - Sakura falou um pouco corada e envergonhada.

- Realmente, ela é perfeitamente ótima para você. - Fiz a garota corar mais ainda com meu comentário. 

- Ora, seu... Vá logo pegar seu táxi, baka! - Ela apontou para o carro que parou logo em minha frente.

- Ok, ok. Mas, não vai pegar um táxi tamb - Fui interrompido.

- EU ESPERO OUTRO, VAI LOGO SEU PATETA!! 

- Tá certo, mas vê se manda mensagem! - Falei entre risadas, enquanto entrava no carro.

Falei ao taxista qual seria meu destino, novamente reconheci o rosto do mesmo, porém não sei da onde... A voz dele também é familiar, mas agora não é hora para pensar nisso, tenho que me organizar com as palavras! Venho pensando no que falar nesses últimos dias, sou péssimo com palavras, é difícil me expressar bem...

Cheguei ao meu destino, paguei o taxista e fui em direção à entrada do prédio, nesse momento ouvi a melhor voz desse mundo, calma e gentil. Deidara estava a minha espera na frente do edifício. 

- Bom dia, un! - Falou sorrindo.

- B-Bom dia.. - Falei ao retribuir o sorriso.

- Vamos entrando, vou te guiar até o Obito-Dono.

Segui o loiro para dentro do lugar, ainda era cedo, faltava bantante tempo para os expedientes começarem, porém já haviam algumas pessoas ali, acho que eram pessoas de cargos maiores ou coisa do tipo. Segui Deidara até um elevador localizado bem no final da imensa sala de recepção, entramos no elevador e o loiro pressionou o botão do último andar. 

- Então, dormiu bem? Un? - Perguntou ao voltar sua atenção para mim.

- Maravilhosamente bem.. - Falei sorrindo. - E você? 

- Não muito, faltou uma coisa...

- O quê? - Perguntei curioso. 

- Você ao meu lado, un! - Ele falou rindo.

-  Hum, então quer dormir bem essa noite?

- Você está me cantando, senhor Akasuna? - Ele fechou um pouco o olho, deixando num ar desconfiado.

- E se eu estiver?

- Oras, continue, un! - Começamos a rir pela situação. Finalmente chegamos ao último andar, onde havia um corredor enorme com apenas duas portas, uma eram as escadas e a outra aparentemente é a sala do chefe.

Deidara bateu na porta e foi possível ouvir um "entre" de dentro da sala, ele abriu a porta e havia a imagem de um moreno sentado em uma cadeira preta de frente para uma mesa de escritório, em cima da mesma havia um monitor de computador, aparentemente ele estava bem ocupado já cedo.

- Deidara-kun, bom dia! - Ele falou ao tirar os olhos do monitor e nos observar.

- Bom dia, Obito-Dono. Esse é a pessoa para entrevistar, un. - Disse Deidara enquanto me empurrava um pouco para frente. O chefe, Obito, se levantou de sua cadeira e veio até nós.

- Pois bem, sou Uchiha Obito, chefe geral desta empresa. - Ele estendeu a mão - E você é Sasori, certo?

- Sim, sim. Sou Akasuna no Sasori. - Falei ao apertar a mão do moreno.

- Muito bem, Deidara pode nos dar licença? - Falou Obito.

- Claro. Te encontro lá em baixo, Sasori, un. - Disse o loiro enquanto se retirava da sala.

- Sente-se, senhor Akasuna. - Obito puxou uma cadeira para mim e voltou a se sentar em frente à mesa.

Me sentei, confesso que estava um pouco nervoso, afinal era um emprego em tanto! Mas, não estava difícil, ele apenas fez algumas perguntas sobre no que eu poderia ajudar dentro da empresa, ou o que eu agregaria de bom. Falei bastante, até. Acho que despertei interesse no moreno com minhas respostas, não do jeito romântico! Falo no jeito profissional.

- Ok, gostei de suas respostas, Sasori. Você tem bons argumentos, um ótimo modo de falar, suas palavras são bem organizadas. Mas agora, quero saber de você. O que VOCÊ quer? Profissionalmente falando.

- Primeiramente, não quero trabalhar exclusivamente por dinheiro. Também para passar o tempo e adquirir experiência e conhecimento. Eu acho que o dinheiro vai ser apenas o resultado de minhas ações aqui dentro. - Respondi firmemente.

- Hum... Bom, bom... Você é interessante, Akasuna. Acho que podemos negociar! Em qual área você gostaria de atuar? - Ele perguntou enquanto cruzava seus braços.

- Ahn... Algo voltado para design ou desenhos? Sou bom nisso.

- Assim como o Deidara, ótimo. Temos poucos funcionários nesta área. Muito bem, Sasori! Bem-vindo à Akatsuki.

Eu estava gritando por dentro, eu consegui? É verdade mesmo? Isso é real? Ai meu Senhor! Eu poderia pular agora, mas estou na frente do chefe e não posso. Agradeci ao moreno, ele falou que eu poderia ir falar com o Deidara sobre a área em que vou trabalhar, já que ele é o supervisor de lá. Estava me retirando da sala, quando me deparo com um homem de cabelos esverdeados e metade do rosto negro.

- Oh, olá. Você... É Sasori, estou certo? - Perguntou ao sorrir paciente.

- Sou sim, sou o novo funcionário. E você é..?

- Zetsu, secretário geral. Prazer em te conhecer, Sasori! - Ele apertou minha mão.

- Igualmente. Bom, devo ir agora, acho que já está no horário do expediente. Até mais! - Passei pelo homem, senti que ele estava me fitando, mas não liguei para isso, apenas usei o elevador para voltar ao térreo e encontrar o meu loiro novamente.

Fui até ele e o mesmo me recepcionou com um sorriso. Falei que tinha conseguido o cargo e que ele seria meu supervisor no momento, só faltava ele gritar de alegria. 

- Ai meu Kami, un UN! - Ele me abraçou forte - Que bom que conseguiu!

- Sim!! Mas, posso respirar? - Falei tentando me soltar.

- Claro, desculpe. - Ele me soltou, mas abaixou um pouco a cabeça e me deu um rápido selinho - Estou muito feliz por você...

- É-é, eu também estou... - Eu corei um pouco com a ação do loiro. Receber carinho assim de outra pessoa é tão bom.

- OLHA A VIADAGEM PREDOMINANDO NO LOCAL!! - Um homem de cabelos acinzentados e lisos veio até nós praricamente gritando, sendo seguido por um moreno bem maior que ele.

- Ah, oi Hidan. Veja só o novo funcionário! Esse é Sasori. Sasori, esses são Hidan e Kakuzu. - Falou apontando para cada um.

- Olá, seja bem-vindo à empresa, Sasori. - Disse Kakuzu. - Não ligue muito para o idiota do Hidan, ele fala merda mas tem um bom coração.

- Certo, certo. - Falei rindo. - E aliás, obirgado.

- Ok, vem Danna! Vou te mostrar onde você vai ficar, un. -" Danna..? " pensei comigo mesmo. Deidara segurou minha mão e me puxou até uma enorme sala cheia de computadores e eletrônicos, localizada no quinto andar. Estávamos só nós dois na sala.

- Ei, qual foi a do "Danna"? - Perguntei quando Deidara se sentou de frente para um dos computadores.

- Sabe o significado, né? - Perguntou e eu assenti. - Então! Quero que todos saibam que você é MEU homem, un. 

- "Seu"? Virei propriedade agora? - Perguntei brincando - Em nenhum momento você fez algum pedido.

- Puts... No trabalho não é tão romântico, vai ter que ser numa outra hora. - Respondeu no mesmo tom de brincadeira.

- Então até lá, não sou seu oficialmente. - Me sentei ao lado dele e liguei o computador.

...

Deidara me ensinou bastante sobre como desenhar e modificar coisas no computador, tudo o que eu sabia fazer no momento era copiar e colar, então acho que tudo o que eu aprendi hoje foi lucro. Conheci mais algumas pessoas também, o gerente, Yahiko; dois colegas da área, Itachi e Kisame; também tem o secretário do gerente, Nagato. Eles são legais, também me ajudaram em algumas coisas.

Era finalmente horário de almoço, Itachi e Kisame iriam ficar por ali mesmo, enquanto eu e o loiro saímos da sala e nos encontramos com Hidan e Kakuzu na entrada do prédio. Eles queriam que nós todos comessemos todos juntos hoje, mas Deidara negou e disse que queria... "Privacidade"? O olhei confuso e ele apenas sorriu, por algum motivo eu acho que ele está tramando alguma coisa...

Nós dois fomos até uma lanchonete aqui perto, nada demais. Eu pedi uma tigela de lámen, enquanto Deidara escolheu uns bolinhos de arroz e uns dangos.

 - Então, un... Está gostando da empresa? - Perguntou tentando puxar assunto.

- Sim, sim. Foi só uma metade do primeiro dia, mas gostei. Os colegas também são legais, não é aquela coisa chata. - Respondi simples.

- Bem, que bom! - Ele puxou a cadeira para um pouco mais perto de mim - Hum... Tudo bem em irmos em um outro lugar depois do almoço?

- Depende, não vai me levar pra um bordel, né? - Perguntei brincando.

- Droga, me descobriu!! - Deidara riu - Não, não. É num lugar bem melhor, un!

- Se você diz... - Ficamos rindo um pouco, até que a garçonete nos trouxe nosso pedido. 

Aquela garota ficou fitando o Deidara enquanto nós comíamos, isso me incomodou um pouco... Acho que expressei isso em meu rosto, já que o loiro notou e brincou com o fato de eu estar com ciúmes.

Pagamos a conta e finalmente saímos daquele lugar, Deidara estava me guiando para um lugar que eu não tinha a menor ideia de onde era, apenas deixei ele me levar.

Chegamos ao tal lugar, era um tipo de campo não muito grande, mas cheio de árvores e flores, também tinha uma bela lagoa no centro, fiquei admirando o lugar por alguns segundos, eu estava maravilhado e ao mesmo tempo surpreso, como eu nunca havia visto esse lugar?

- Deidara, o quê.... - Eu não conseguia nem encontrar as palavras para falar. 

- Calma, un! Tem mais ainda. - Ele falou ao se sentar na beira da lagoa e acenar para que eu fizesse o mesmo.

- Okay...? - Me sentei ao lado dele e pude ver alguns peixes nadando na água.

- E-Então... - O loiro me fez voltar minha atenção para ele. - Danna... Er... Não vou bem saber como falar isso, m-mas... Sabe, nesses últimos dias eu tenho pensado em você, apenas em você... E-Eu me sinto diferente, me sinto bem perto de você, sinto vontade de te ter por perto o tempo todo, dizer que te amo... Que você é minha luz, é o calor nos dias frios, o sol no meio da tempestade, a razão do brilho nos meus olhos... Então, e-eu queria te perguntar uma coisa...

Deidara P.O.V.'s on

- Ok, ok. Já sei onde isso vai chegar. Deidara, por favor, peço que se levante - Sasori me interrompeu e eu o olhei assustado, ele estava sério... Eu estava fazendo algo de errado? Eu... Eu não quero ter meu coração partido de novo...

Senti meus olhos marejarem enquanto me levantava, mas toda essa angústia passou quando o ruivo se ajoelhou na minha frente e fitou meus olhos.

- Bem, não precisa chorar, Dei. Desde que você apareceu minha vida mudou muito, de uma forma boa. Você é o motivo para o meu sorriso todos os dias, é você que faz minha vida valer ainda mais, sua presença me alegra, sua voz me conforta, ter você perto de mim faz meu coração sorrir e palpitar ainda mais, quando seus lábios tocaram nos meus pude sentir todo o seu carinho e amor que sente, então por isso... - Ele suspirou e voltou seu olhar para mim - Deidara, loirinho, dono de todo meu amor! Aceita namorar comigo? 

- E-Eh..? - Eu já estava chorando, eu tinha levado um susto achando que ele não me queria... - S-SEU... BAKA, QUE SUSTO!! - Pulei em cima dele e o beijei - É CLARO QUE SIM, UN!!

- Desculpe, é que eu imaginei tudo diferente, mas quem tomou a iniciativa foi você... - Ele falou enquanto secava minhas lágrimas.

- Porque você me disse que não gostava de esperar, oras! - Respondi enquanto me deitava do lado dele. - Ah, aliás...

- Hum..? - O ruivo me fitou confuso. Fiz um "ok" com as mãos e, logo, Kisame, Itachi, Hidan e Kakuzu apareceram vestidos de roupa mexicana, cada um deles com instrumentos musicais diferentes. Então, Kisame começou a cantar e os outros a tocar.

Ia biurifó..

Ia biurifó..

Ia biurifó,

Iiiiiissss truuuuuu!!

Ai sau ior feis..

And look at this gays!!

Sasori estava rindo da "serenata" que eu havia preparado. Eu estava é com ravia, Kisame disse que iria preparar algo romântico e foi nisso que ele pensou??

- Kisame, masoquecaralhostufez?? - Falei rapidinho e me levantei junto do ruivo, que não conseguia parar de rir.

- Cacete, que incrível. - Disse Sasori tentando parar de rir.

- Viu, alguém gostou! - Kisame apontou para minha cara, que não estava tão boa.

- Seu pastel, achei que iria fazer algo melhor! Mas, mesmo assim, obrigado, un. - Falei rindo um pouco. Admito, foi engraçado. - Mas, por que o Kakuzu e o Itachi aceitaram fazer parte disso??

- Ele me ofereceu 100 dólares por isso. - Disse Kakuzu contando o dinheiro.

- Estou te devendo uma, convenceu o Sasuke a vir falar comigo e agora estamos bem de novo-  Itachi respondeu e suspirou. Ele resmungou mais alguma coisa, mas não pude ouvir.

- Ok, agora todo mundo circulando, temos que voltar pra empresa!! - Sasori disse enquanto pegava minha mão.

- OEW, E EU NÃO RECEBO NEM UM "VALEU"?? - Hidan berrou.

- "Brigado, bicha". Feliz, un? - Falei zoando o grisalho.

- Vai se ferrar, Deidara. - Ele falou aborrecido e foi andando na frente.

To be continue...