História Meu Pretendente é o meu Chefe! - Jikook - - Para sempre seremos os três mosqueteiros!

•  Flashback do Yoongi  •

 

– Eu não quero! Não posso abandonar o Aramis! - A voz estava alterada.

– Você precisa ir, Athos. Você não quer um lar? Uma família?

 

 

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•  Autora Narrando  •

 

Quando se é criança e passa por um momento traumático de sua vida em que se perde sua família, é muito comum que elas tenham perca de memória para amenizar a dor e a sensação de abandono.

O segredo que aqueles dois amigos escondiam era tão dolorosos, não só para eles, mas também para suas famílias adotivas. Sim... Jimin e Yoongi viviam juntos em um orfanato.

Ambos haviam perdido seus pais em um único e trágico acidente na estrada que envolvia três carros: O carro dos pais do Jimin, o dos pais do Yoongi e o terceiro...

 

Assim como aquelas duas crianças, os funcionários daquele orfanato acharam melhor evitar de falar sobre aquele acidente e aceitaram uma outra realidade.

Na verdade seus nomes não eram esses das quais foram mencionado diversas vezes até agora. Para falar a verdade o nome deles não é tão importante assim, pois ao perder suas famílias naquele acidente e irem para o orfanato pelo conselho tutelar, ambos decidiram mudar de nome.

Eles achavam que fazendo isso suas dores cessariam aos poucos com mais facilidade, então... assim fizeram. Os nomes adotados por eles foram: Athos e Aramis.

Aqueles dois pequenos meninos adoravam a história dos três mosqueteiros que a senhora Park contava toda as vezes no horário do lanche da tarde naquela sala de leitura colorida daquele orfanato.

 

 

– Meu nome vai ser Aramis. - Diz o garotinho conhecido por vocês como Jimin.

– O meu será Athos. - O garotinho se pronuncia, este conhecido por vocês como Yoongi.

– Mas quem será o Porthos? - Jimin estava com as mãozinhas gordinhas e pequenas em seu queixo. Ele estava pensativo.

– Oii... - Um menino tímido se aproxima. – Eu posso ser o Porthos?

– Claro! - Diz os dois meninos em um único sonoro.

 

 

Aquele menino tímido havia perdido seus pais no mesmo acidente da estrada, assim como o Jimin e o Yoongi.

Os três ficaram amigos rapidamente e com o passar do tempo mais forte os laços entre eles aumentavam. 

Yoongi era quatro anos mais velho, em seguida o garotinho tímido e por último o Jimin. Ambos tinham a mesma idade no entanto a diferença era de alguns meses.

 

 

– Porthos... Vamos brincar! - Aramis puxa o mesmo para o parquinho que ficava próximo do refeitório.

– Quer brincar de quê, Aramis?

– Não sei... Já sei! Vou me esconder e você me procura! - Dizia todo animado.

– Tá bom... - Porthos troca seu último sorriso com Aramis.

 

 

Naquela tarde Porthos foi adotado por uma família. Não demorou muito para que Aramis e Athos descobrissem sobre a adoção e ambos ficaram arrasados, principalmente Aramis, que ficou à espera de seu amigo o achar naquela brincadeira boba.

 

 

– Athos... Ele nos deixou. - Seu rostinhos estava todo vermelho, seus olhos não continha brilho algum. Ele estava arrasado.

– Não é possível isso! Eu não acredito! O Porthos ele não iria embora sem se despedir. - Athos abraçava o Aramis com força enquanto chorava junto ao mais novo.

– Meninos... O Porthos deixou uma carta para vocês. - Diz a funcionária, vulgo, senhora Park.

– Cadê? Cadê? Me da! - Aramis se solta dos braços do maior e vai até a funcionária com as mãos estendidas.

 

 

A senhora Park entrega a carta ao Jimin que logo em seguida se pôs a ler com dificuldade.

 

 

“Athos e Aramis... Eu prometo voltar para vocês. Isso não é um adeus. Eu prometo! 

Não esqueçam de mim! Não ousem a me trocar... Eu sempre serei o Porthos de vocês!

Athos cuida do Aramis para mim. Eu sei que ele vai sofrer mais, por favor... Seja forte e cuide dele para mim. Eu amo vocês mais do que tudo.

Hoje e para sempre seremos os três mosqueteiros. 

Até logo. 

Porthos”.

 

 

Depois daquele dia os dois meninos nunca foram os mesmos. Ambos estavam sem ânimo, como se o brilho que toda criança mantinha em seus olhos, em seus gestos estivessem ido embora junto com o Porthos.

Athos havia absorvido a cada palavra escrita naquela carta para ele. O maior estava decidido a ser forte por ele e por Aramis... Todo dia ele buscava forças para animar o menor mesmo que ele estive destruído por dentro, mas todas as tentativas eram falhas.

 

A verdade que os dois tinham medo de que o Porthos não voltasse como o prometido, e o medo de que um deles fosse embora a qualquer momento era grande.

Depois de três meses os meninos ainda tinham esperança que seu amigo voltaria como prometido, mas a cada dia que passava a dor crescia mais no coraçãozinho daqueles dois garotos.

 

 

[...]

 

 

Athos não queria abandonar o Aramis, o mesmo estavam tão frágil nos últimos meses que temia pela saúde do menor se ele sofresse mais uma perda.

 

 

– Eu não quero! Não posso abandonar o Aramis! - Sua voz estava alterada.

– Você precisa ir, Athos. Você não quer um lar? Uma família? - Senhora Park dizia.

– Eu só irei se o Aramis vier comigo! - O garotinho falava irritado.

– A família Min quer apenas um filho. Eles não têm condições de criar outro... Entenda. - Estava tentando acalmar o garotinho irritado.

 

 

O pequeno Aramis escutava tudo atrás da porta e se sentia mal por prender o Athos a si. O pequeno se sentia triste por ser o único que não teria uma família, um lar... Ele se sentia inferior a todas aquelas crianças ali.

 

 

– Vá Athos. Você precisa ir... Você vai ter uma família. Um lar. - Aramis havia saído de trás da porta e continha um olhar triste, forçava um sorriso para não preocupar seu amigo Athos.

– Mas...

– Eu vou ficar bem. - Abraça o mais velho. – Se não for... Meu coraçãozinho vai doer todo dia lembrando da chance que você desperdiçou por minha causa.

– Aramis... - Ambos estavam em um abraço apertado chorando loucamente. – Eu prometo voltar! Eu te amo mais do que tudo!

– Eu também te amo mais do que tudo!

– Para sempre seremos os três mosqueteiros! - Ambos falaram juntos.

 

 

Havia se passado uma semana que o Athos tinha ido embora. Aramis tinha medo que ele não voltasse assim como o Porthos.

 

 

– Eles já se esqueceram de mim... - Suas lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ele falava sozinho em voz alta em um parquinho que costumava brincar com seus dois amigos.

 

– Ara...Aramis! Aramis! - Athos estava pendurado em uma árvore que ficava do lado de fora daquele muro que cercava o orfanato.

–  Athos?! Athos?! 

 

 

Athos haviam pulado para dentro daquele orfanato e estava agora de pé a poucos passos de Aramis.

 

 

– Eu disse que ia voltar... Cadê meu abraço? - Athos continha lágrimas no rosto e estava de braços abertos esperando que seu amigo se encaixasse ali entre eles.

– Athos... - O menor correu desesperadamente para o mais velho. Os dois estavam chorando e abraçados.

– Eu fugi para te ver. Está feliz? - O maior acariciava os fios de cabelo do menor.

– Fugiu? - Aramis estava surpreso.

– Sim. Eu virei todos os dias!

– Athos... Qual é o seu nome agora? - O menor estava curioso.

– Min Yoongi. - Ambos sorriram.

– Nome bonito.

 

 

Athos desde que foi adotado tinha medo de não conseguir cumprir a sua promessa, então todos os dias ele tentava sair pela janela de seu novo quarto.

A família adotiva do pequeno Athos não entendia o porquê da insistência do menino em querer voltar lá, no orfanato.

 

 

– Por que quer ir lá? Você agora tem uma família. - A senhora Min falava de forma atenciosa com o garoto.

– Eu preciso ir... - Mordia o seu lábio inferior com o rostinho vermelho. Certamente estava segurando o choro.

– Mas por quê?

– Eu preciso ver o Aramis... Eu fiz uma promessa a ele. Ele também é minha família!

 

 

Desde então seus novos pais decidiram deixar que o garoto visitasse seu amigo no orfanato sempre que quisesse.

 

 

– Vamos brincar, Aramis. - O menor foi puxado pelo braço pelo maior e ambos correram para o escorregador daquele parquinho.

 

 

[...] 

 

 

A senhora Park, assim como os outros funcionários achavam tão linda aquela amizade que os mesmo não interferiram nas visitas do Athos para o Aramis.

Athos visitava o menor todos os dias assim que sua aula acabava. Os dois almoçavam juntos algumas vezes e pela tarde ele voltava para sua casa.

 

 

– Aramis... Venha aqui. - Disse a senhora Park. Ela o chamava com as duas mãos e batia levemente em suas coxas para que o menor sentasse nelas.

– Oii Titia. - Aramis senta em seu colo.

– O que você acha de parar de me chamar de titia e... me chamar de mamãe?

– Hum? Por que de mamãe? - O menino estava confuso.

– Aramis... Você quer vir para casa comigo? - Acariciava os cabelos do pequeno e olhava em seus olhos com um sorriso no rosto.

– Eu quero... - Desviou o olhar para baixo e começou a brincar com seus dedinhos gordinhos. Ele estava tímido. 

– Você terá uma família, Aramis. Vai ter um lar!

– Família? Lar? - Olhava surpreso para a mais velha e após ver a mesma confirmar com a cabeça que sim, ele se pôs a chorar de alegria.

 

[...]

 

É claro que antes dele ir embora daquele orfanato ele avisou ao Athos sobre sua adoção e ambos ficaram felizes por ser a senhora Park. Athos assim que terminou de comemorar a novidade com o menor procurou a senhora Park.

 

 

– Tia... Você não vai levar o Aramis para longe de mim, né? - O menino estava com medo. Sua voz estava trêmula.

– Claro que não. Aqui está... - A mais velha entrega um papel com o endereço de sua casa para o garoto que agora tinha como seu nome, Min Yoongi.

– Obrigado Tia. - Ambos se abraçaram.

– De nada. Obrigada por sempre estar com ele. - O menino chorava sendo acalmado pela senhora que fazia um carinho no topo de sua cabeça.

 

 

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• Jimin Narrando - Atualmente •

 

– Yoon? Yoongi?! 

– O-oi Chimy... O que foi? - Ainda se recuperava do seus devaneios.

– Você me deixou no vácuo! - Estava com a cara emburrada agora com os braços cruzados em frente ao meu corpo.

– Desculpa... Repete. 

– Perguntei o porquê que você está chorando. 

– Ah... Estou feliz Jimin. 

– Por quê?

– Porque as coisas parecem estar se encaminhando bem na sua vida. Eu me sinto tão aliviado.

– Athos... - As lágrimas escorriam pelas minhas bochechas.

– Aramis... - Abraçou fortemente a mim e chorou junto.

– Só faltava o Porthos aqui com a gente. - Digo com uma voz atingida pelo choro e de tristeza.

–  É... - Me apertou mais forte em seus braços.