História Meu Primeiro Amor - (One Punch Man) - Só você pra ter ciúmes de sorrisos...

"Talvez eu faça arroz pro jantar. Tem o resto do curry do almoço na geladeira, aí é só esquentar e partir pro abraço".

Caminhava por aí sem rumo. Genos não estava em casa, pois foi resolver o negócio das fotos dele e eu não gostava mais de ficar sozinho. Eu poderia ter chamado o King, mas ao julgar pelo céu escuro já deve estar bem tarde e ficaria ainda pior pra ele voltar. Como eu não tinha praticamente nada pra fazer resolvi passear por aí e matar o tempo. Quem sabe quando eu voltar Genos já está em casa?

"Isso, manter pensamentos positivos!"

— Saitama!!! — eu ouvi uma voz familiar me chamar e me virei para ver quem era — Eu treinei arduamente e agora eu tenho certeza que você irá cair!

Era o Sonic. Eu lhe dei um cumprimento com a mão antes dele chegar tacando uma voadora em mim, que eu desviei de último segundo, sem perder a expressão de indiferença. Ele tenta me atacar de novo e eu lhe dou um soco leve no topo da cabeça e ele cai no chão.

— Eu não tô no clima. Até logo. — falei virando de costas, deixando o ninja berrando para trás.

Ai eu voltei a andar de boas, mas eu só andei por menos de 10m e então ouvi outra voz familiar.

— Sensei!!! — eu me virei e vi Genos correndo em alta velocidade na minha direção.

Genos então pulou em mim, me abraçando pelo pescoço. Dei um sorriso sem jeito, mas genuinamente feliz em vê-lo, o abracei de volta.

— Eu já estava voltando para casa quando senti a presença daquele ninja inconveniente. — falou se soltando do meu pescoço para me olhar — O senhor acabou com ele?

— Ninja inconveniente... — *processando* — Oh! Fala do Sonic? Sim, sim. Eu vi ele desse instante. — falei dando sorriso.

— Você abre um sorriso assim para falar dele... — ele fala emburrado, fazendo biquinho.

— Hm?

"Opaaaaaa! A madame está com ciúmes?" pensei em falar, mas fiquei na minha. Só disfarçando minha vitória interna com uma expressão desinteressada.

— Eu sorrio pra qualquer um. — falei casualmente, vendo ele se afastar mais de mim.

— Isso, vai! Sorria para quem quiser! — falou cruzando os braços, virando o rosto pro outro lado, me fazendo dar uma risada nasal — Eu não faço questão.

— Ai, ai. Só você mesmo pra ter ciúmes de sorrisos...

Me aproximei de mansinho, tentando não fazer ele se afastar, e seguro seu queixo apertando suas bochechas e o fazendo olhar pra mim. Ele me encara ainda sério, mas logo desvia o olhar ficando com um rubor no rosto.

— ... Eu não tenho ciúmes... Eu já disse que não faço questão.

— Genos. Olha pra mim. — falei carinhoso. Seu olhar encontra o meu timidamente — Pra qualquer um eu posso abrir um sorriso, mas só pra você eu abro meu coração.

O loirinho arregala os olhos surpreso ficando ainda mais corado. Em um gesto rápido ele me puxa pela gola da jaqueta azul para mais um beijo. Ele deu alguns passos para trás até encostarmos em algum murro, intensificando o beijo enquanto Genos era cada vez mais empresado contra a parede, juntando mais e mais nossos corpos. Apertei coxas dele que subiram para minha cintura, me prendendo com um "abraço" com as pernas, deixando em uma posição mais prazerosa para nós dois. Em algum momento comecei a movimentar meus quadris pra frente e pra trás, fazendo Genos morder meus lábios. O loirinho separou nossas bocas, o que aproveitamos para respirar, e me abraçou, escondendo seu rosto no meu pescoço e vagando beijos e chupadas ali, enquanto respirava pesado.

"A-ah... Eu estou tão excitado...". Eu continuava com investidas fortes contra o corpo dele enquanto ele gemia mais alto, entre lambidas e chupadas, criando sons cada vez mais eróticos bem no pé do meu ouvido, me causando espasmos de prazer por todo meu corpo. "Eu quero tanto...".

— Mas, lembre-se: sexo só depois de casar!

E foi só depois de lembrar das palavras do velho que eu percebi: Eu estava quase comendo o Genos por cima das roupas, no meio da rua. Aquilo estava errado. As pessoas podiam nos ver e chamar a policia, mas isso nem era o pior. A nossa primeira vez não podia ser encostados em um murro no meio de uma rua qualquer. Precisava ser especial... Eu nem tinha pedido Genos em noivado ainda!

— I-isso está avançando de uma forma totalmente fora de controle... — falei tremulo tirando as pernas dele da minha cintura e colocando cuidadosamente no chão — Vamos pra casa.

— ... Sim, senhor. — eu sabia que ele tinha ficado frustrado, mas me pareceu tão envergonhado que acho que ele agradeceu por isso.

Tive que andar olhando pro chão, tentando falhamente conter a puta ereção no meio das minhas pernas.

"Eu vou ter que bater uma muito forte quando chegar em casa".

[ . . . ]

— O quê? Modelo? — exclamei surpreso — Pensei que você-...

— Sim, mas...! — ele hesita — Isso vai ser uma renda extra para nós, Sensei!

Estávamos lavando louça enquanto conversávamos. Ou discutíamos, ou tanto faz. Enfim, eu estava lavando e ele secava a louça do jantar de boas quando Genos começou com "Irei me tornar modelo".

— Ter um dinheirinho a mais é sempre bom, mas você não disse que não gostava dessas coisas de fotos? Se isso te incomoda é melhor não fazer! — falei colocando um prato na mão dele.

— Sensei, mas-!

— A gente tem pouco, mas conseguimos sobreviver de boas, né?

— Eu não estou reclamando, mas-...

— "Mas" o que, caramba? — me exaltei de tanto escutar "mas".

— Mas... — ele hesita de novo — E quanto ao nosso futuro? — diz com a voz fraca.

— Que futuro o que?! Não é como se fosse ter nada de especial no futuro, não é?

Eu provavelmente falei com um tom de voz irritado. Talvez eu tenha sido muito duro com ele, porque ele abaixou o rosto, se reprimindo.

— O senhor tem razão. Desculpe. — ele fala ainda de cabeça baixa — Suponho que esteja cansado. Pode ir, eu cuido disso.

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