História Meu primo Jay...(Imagine Jay Park) - Aceito

Desci da moto em frente ao mesmo hospital de antes. Eu não sei ao certo se ele ainda está aqui, mas eu tenho que eu menos tentar.

Subi os andares pelo elevador e cheguei até o quarto que tempos antes estava o Jay. Sim, estava. No verbo passado, porque ele já não está mais. Me apressei em perguntar uma mulher ali, que trocava os lençóis com calma. Perguntei se ela sabia onde tinha ido o paciente dali.

– O vi sair agora pouco.

– Muito obrigada. - sorri pra senhora e corri o máximo possível até a entrado do hospital. Ele não deve ter ido longe.

Cheguei ao último piso e vaguei o olhar pelo lugar. Ele estava caminhando rumo a porta de saída do hospital.

– Jay! – Gritei o mais alto que pude o seu nome, corri até ele.

– S/n? – Seu olhar era alegre e confuso ao mesmo tempo.

Assim que estava de frente pra ele, pulei, entrelaçando minhas pernas em seu quadril e meus braços em seu pescoço. Senti ele hesitar, provavelmente sem saber o que estava acontecendo.

Desci de cima dele e encarei sua íris acastanhada.

– Eu aceito. – falei rápido e recuperei o fôlego em seguida. – Por mais que eu ainda ache errado o que vocês fizeram comigo, eu aceito. – arqueou as sobrancelhas. – Contanto que estejamos juntos, nada mais importa.

– Eu…

– Shii! – coloquei meu dedo em seus lábios, em um pedido de silêncio. – Eu estou querendo dizer, que mesmo estando nesse estado lamentável, com o vestido sujo, suada, descalça e cansada… eu me caso com você. Quem liga pro que os convidados iram pensar. Dane-se todos. Eu só preciso de você.

Agarrei seu rosto com as mãos o trazendo pra ainda mais perto, até que eu pudesse chegar em sua boca de tom rosado. Acho que esse é o beijo mais desesperado e feroz que eu já dei em toda minha vida. Era como se fosse o primeiro, mas também o último. Tinha o doce do amor, o amargo da saudade, o ardor da excitação, tinha tudo em uma sensação avassaladora e gostosa. Eu queria que nossos pulmões coubessem mais ar e que isso fizesse aquilo durar para sempre.

Aos poucos nos separamos daquele beijo, e o que restou foi uma onda de calor e respirações altas e descompassadas. Os dois selares no final eram como um pedido por mais.

Desviei o olhar de seus lábios até seus olhos, eles brilhavam tanto, que quase perdi o chão que me sustentava. Sorrimos um pro outro como se falássemos: Está tudo bem, podemos sorrir agora.

Nos aproximamos novamente em um abraço terno, sem malícia, mas com demasiada saudade. Saudade essa que estava sendo sufocada ali, ela com certeza morreria ali, entre nós dois.

Como em um despertar de um sonho profundo, ouvimos palmas, assobios e até alguns gritos histéricos. Aquele momento que parecia ser só nosso, na verdade era uma atração de todos ali presente.  

Sorrimos ao olhar pro nosso “público”. Olhei ao redor e vi Jungkook juntos aos outros, eles também aplaudiam. Sorri, como se dissesse: “Obrigada.” Eu devo muito a este homem, e fico imensamente triste, pois não posso fazer mais nada além de ser grata.

– Agora se me permitem. – ficou de costas para mim, falando com o “público”. – Tenho uma noiva para levar ao altar. – Direcionou-se a mim novamente, assustei-me ao ser erguida do chão e sorri feito boba do ato clássico e cênico que estava acontecendo. Jay, me carregando estilo noiva até a saída do hospital.

(...)

– Embora tantos empecilhos, eu vos declaro, marido e mulher. Já pode beijar a noiva. – Não precisou nem que o padre encerra-se a frase. Já estávamos com os lábios colados em um beijo típico de casamento.

Era tão estranha aquela emoção. O frio na barriga e as borboletas no estômago, eu não sabia que eram reais até estar sentindo na pele. Era ele, ele trazia de volta aquela S/n adolescente. E agora eu não era mais a mesma.

Não sou mais a pirralha, a Pandinha, ou a noiva do Jungkook. Eu agora sou Park S/n, esposa de Jay Park. Essa sou eu agora, e isso é tão... assustadoramente, fantástico!