Escrita por: d4monk
Com ajuda da Kate, Lisa e Mia, começamos os preparativos para o casamento.
(Confesso que, estou um pouco perdida e se não fosse por elas, nada iria para frente.)
Olhamos um bom buffet e a moça que ficará responsável pela decoração. Minha cunhada nos levou a um espaço de festas, mas já tenho um lugar em mente.
Depois de chegar ao apartamento, subo para o quarto para encontrar meu Senhor Intenso e contar as novidades.
Christian: O dia de vocês foi bem agitado. -Diz, após me ouvir.
Ana: Bastante. Queria falar sobre o local da cerimônia.
Christian: Claro. Pensou em algo específico?
Ana: Sua outra casa. Lá é um lugar especial para nós e é muito bonito. O que acha? -O olho, apreensiva.
Christian: Perfeito. -Sorri- O jardim é grande e ficará ótimo.
Ana: Há outra coisa também. -Fico séria.
Christian: Acho que sei o que é. -Solta um longo suspiro- É sobre os gastos do casamento, não é!?
(Seus poderes telepáticos estão muito aguçados.)
Ana: Acertou, Senhor Grey. Não é muito justo que só você gaste com isso. Já te falei que tenho a economia que meus pais fizeram. Não é muito, mas...
Christian: Nem pensar. -Levanta da cama, me interrompendo- Usará o dinheiro em seu futuro, ou com o que quiser e esse assunto não está aberto à discussões. -Ia abrir a boca para questionar, só que ele é mais rápido- Ana, chega.
Reviro os olhos e solto um longo suspiro.
Ana: Você é muito mandão, às vezes. -Cruzo os braços.
Christian: Então, pelo menos, desta vez aceite o que estou dizendo.
Ana: Está bem.
Ele volta a se pôr ao meu lado e me puxa para o seu colo.
Christian: Já que finalmente concordou, podemos mudar o tópico da conversa. -Rodeia os braços em minha cintura- A lista de convidados.
Pegamos um caderno e começamos a anotar. Primeiro, colocamos os seus conhecidos e depois os meus.
Ana: Sabe que não conheço muita gente. Além dos mais próximos, tem a Priscila e o marido. Estou com saudades do Lipe. -Sorrio- Se lembra da mulher que cuidou de mim por um tempo na época em que meus pais faleceram? Gostaria de convidá-la e sua família.
Christian: É uma ótima ideia. Eles foram importantes na sua vida.
Ana: Muito. -Balanço a cabeça para espantar as lembranças tristes.
Anoto os últimos nomes e revisamos para ver se não esquecemos ninguém.
Christian: Agora, só temos que enviar a lista para a gráfica que fará os convites.
Ana: Será aquele modelo mesmo?
Christian: Sim.
(Ainda bem que está participando de quase tudo, porque sou tão indecisa.)
Christian: Posso pedir uma coisa? -Sua expressão se torna séria.
Ana: O que foi? -Franzo a testa.
Christian: No dia do casamento, não se atrase muito. -Ri.
Ana: Sinto muito, Senhor Grey. -Dou de ombros- Você me conhece e além do mais, existe uma tradição, quanto ao horário da noiva.
Christian: Então, terei que tomar um calmante. -Brinca.
Solto uma gargalhada e deixo um selinho em sus lábios.
(Acho que terá mesmo.)
[...]
Mais tarde...
Elliot: Ana, Christian, entrem. -Nos dá espaço- Se tivessem chegado há cinco minutos, a Kate estaria aqui.
Ana: Ah, que pena. De qualquer forma, já nos falamos hoje. Saímos para ver algumas coisas da cerimônia.
Christian: É sobre isso que viemos falar. -Se pronuncia e me leva até o sofá.
Elliot: Claro. Aceitam algo?
Ana: Não, obrigada. -Lhe dou um sorriso.
Christian: Bem, eu e a Ana pensamos muito e depois de não encontrar nenhuma outra opção, resolvemos te convidar para ser nosso padrinho de casamento.
Ana: Christian. -O repreendo.
Elliot: Não se preocupe, Ana. -Balança as mãos- Estou acostumado com a gentileza. Nem acredito que me convidaram. -Finge surpresa.
Christian: Como se não soubesse. Aceita, ou não?
Elliot: Com todo esse carinho, é claro que sim. -Sorri.
Ana: Que bom. Será o par da Kate.
Elliot: Melhor impossível.
O restante dos padrinhos, também foram convidados. Os casais serão: Kate e Elliot, Lisa e Erick, Mia e Vitor e por fim, Maria e Hardin.
(Pensei que não aceitaria, mas tivemos uma boa conversa, quanto ao seus sentimentos por mim e tudo está esclarecido.)
[...]
Falta um mês para o casamento e estou bem nervosa.
(Quase tudo está pronto. Como será para poucas pessoas, a organização não foi tão difícil.)
Agora, estamos indo em direção a minha antiga cidade com o objetivo de entregar os convites para a família que tanto me ajudou.
(Meu coração está a mil e sei que retornar não será fácil, mas está na hora de enfrentar o passado. Como não mantivemos contato, pode ser que tenham se mudado.)
Christian: Meu amor. -Chama minha atenção- Está tudo bem?
Ana: Sim...
(Na verdade, mais ou, menos...)
Ana: É um pouco complicado.
Christian: Posso imaginar. Se quiser, podemos voltar e enviar pelo correio.
Ana: Não, eu quero ir.
Christian: Saiba que eu estou aqui com você, meu amor. Conte comigo para o que precisar. -Sorri gentilmente e beija minha mão.
Ana: Obrigada por tudo o que está fazendo por mim, amor. -Sorrio.
Christian: Não precisa agradecer, meu amor. -Volta sua atenção as ruas e eu também.
A viagem dura aproximadamente três horas.
(Como na época, eu era pequena, peguei o endereço no registro que a Kate recebeu da diretora do orfanato para saber a localização exata.)
Christian: Chegamos.
Meu coração acelera e minhas mãos ficam mais frias que antes. Respiro fundo e desço do carro, vagando os olhos pelas casas. Algumas parecem ter sido reformadas, outras não.
Ana: Acho que fica mais à frente, Christian.
Segurando minha mão, começamos a andar pela rua estreita e sem saída. Eu morava em uma das últimas e a Glória, ficava na metade.
Paramos em frente um portão branco, de grade. Ele toca a campainha e um pouco depois, uma mulher de cabelos presos aparece.
(???): Boa tarde. Posso ajudar?
Ana: Glória? -Pergunto, só para confirmar, já que nunca esqueci seu rosto.
Glória: Sim. Sou eu. -Franze as sobrancelhas e nos observa atentamente- Ana? -Finalmente, se lembra- Aquela menininha? -A passos curtos, se aproxima e abre o portão.
Ana: Um pouco maior, mas sou eu mesma. -Rio.
Então, ela me dá um abraço apertado. Encosto minha cabeça em seu ombro e tenho que me controlar para não chorar.
Glória: Não acredito nisso. -Se afasta e segura minhas mãos- Faz dez anos que não nos vemos... Como você está linda. Já é uma mulher.
Ana: Realmente, faz muito tempo. Deixa eu te apresentar... -Me viro para o homem ao nosso lado- Esse é o Christian, meu noivo.
Christian: Como vai Senhora?
Glória: Bem, obrigada. -Sorri- Desculpe. Vamos entrar, por favor. Fiquei tão surpresa que esqueci disso.
A acompanhamos e dentro da casa, praticamente nada mudou.
Glória: Sentem-se. Vou preparar um café para vocês.
Ana: Não precisa se incomodar.
Glória: Até parece, querida. -Sai e nos deixa sozinhos.
Ana: Tudo continua tão parecido.
Christian: Como está se sentindo? -Passa o braço pelo meu ombro.
Ana: Um pouco nervosa. -Encosto a cabeça em seu peito.
(Sempre me sinto mais segura com seu contato.)
Não demora muito e ela volta com uma garrafa e três xícaras.
Glória: Sabe, Christian. -Nos serve- A Ana gostava muito do meu café e sempre vinha no lanche da tarde.
Ana: Não era só por isso. Adimito que tinha uma forte influência. -Brinco- Minha mãe cozinhava muito bem, mas o café dela era horrível, então eu corria para cá.
Glória: E só ia embora, quando te buscavam.
(Essa parte era chata, pois acabava com nossas brincadeiras.)
Ana: E as meninas? O Heitor?
Glória: As duas estão trabalhando e meu marido faleceu, infelizmente.
Ana: Sinto muito. -Coloco a mão sobre a dela- É recente?
Glória: Não. Faz cinco anos. Somos só nós agora. -Percebo muita tristeza em seu olhar- A Talita trabalha como secretária de um empresário da cidade e a Tamara é dentista.
Ana: Então, seguiu mesmo essa carreira!? Brincávamos tanto disso. Tenho muita saudades delas.
Glória: As duas também, Ana. Um dia, as levei no orfanato, mas informaram que tinha sido adotada. Como foi?
Conto toda minha história com a Kate e como conheci o Christian.
Christian: Me apaixonei e não consegui deixá-la mais, mesmo nossa relação sendo de professor e aluna. -Acaricia meus cabelos.
Glória: Dá para ver o amor de vocês. -Sorri- Fico muito feliz que ela tenha encontrado pessoas tão especiais.
Ana: Tive muita sorte. Claro que, teve alguns problemas, mas o amor que recebo é maior que qualquer coisa e é por isso que viemos aqui. -Pego os convites na bolsa e a entrego- Noa casaremos mês que vem e gostaria de tê-las comigo nesse dia.
Glória: Que lindo, Ana. -Admira o cartão- Quero muito ir, só que preciso olhar com as meninas. Não temos carro e o ônibus daqui não passa todos os dias.
Christian: Não há problema, Dona Glória. Mandarei um motorista. Sei o quão importante são para a Ana e será um prazer recebê-las.
Glória: Sendo assim, não há o que nos impede.
Abro um enorme sorriso e já fico ansiosa.
Conversamos bastante e quis saber sobre minha antiga casa. Atualmente, uma família mora lá e são amigos da Glória. Fomos até a frente e tirando as janelas, tudo é como antes. Meu coração salta dentro do peito.
Ana: Será que podemos entrar?
Glória: Claro. Vou falar com a Regina e explicar a ela. -Se aproxima do portão e chama pela mulher.
Christian: Tem certeza, meu amor? -Pergunta, preocupado.
Respiro fundo e confirmo com a cabeça.
Glória: Podem entrar.
A cada passo que dou, é como se eu voltasse dez anos. A dona nos deixa andar pelos cômodos e observo cada canto. Obviamente, os moveis são diferentes, mas a posição deles, é como antigamente.
Entramos no meu antigo quarto e vejo vários brinquedos e pelúcia sobre a cama.
(Eu também gostava muito.)
Coloco a mão em uma parte da parede e começo a rir.
Ana: Está vendo isso, Christian? -Aponto para o lugar.
Christian: Parece que passaram algo por cima da pintura.
Ana: Fui eu. Meus pais tinham pintado a casa há poucos dias e acabei desenhando uma estrela. Fiquei com medo que descobrissem, então passei corretivo por cima.
Christian: Até que ficou bem escondido. -Sorri- Quer dizer que aprontava quando criança, Senhorita Steele?!
Ana: Só um pouquinho. -Me defendo- Não acredito que isso está aqui até hoje. Cuidaram muito bem da casa, já que não foi necessário outra pintura. -Sinto um turbilhão de emoções. Choro e rio, ao mesmo tempo.
Voltamos para a sala e agradeço a Regina por nos deixar invadir sua privacidade.
Glória nos acompanha até o carro.
Glória: Foi muito bom te ver de novo, Ana. Que pena que já tenham que ir.
Ana: Isso não é um adeus. Nos veremos no casamento e agora temos o número uma da outra. Se precisar de qualquer coisa, pode me ligar a hora que for. -Me aproximo e a abraço.
Glória: Obrigada. Até mais, Christian. Vão com Deus.
Christian: Até. Mandarei alguém para levá-las até a cidade.
Entramos no carro e aceno, enquanto o carro dá ré.
Durante a volta, não falei muito e ele respeitou meu espaço. Estava perdida em meus pensamentos e só voltei a realidade ao chegarmos em minha casa.
Subimos para o quarto e sento na cama, sentindo o aconchego do meu lugarzinho.
Christian: Como está se sentindo? -Se senta ao meu lado.
Ana: Mais... -Busco pela palavra- Leve. Apesar de tudo ter voltado, é como se eu precisasse enfrentar isso para seguir realmente em frente. Nunca esquecerei meus pais e o que aconteceu sempre doerá dentro de mim, mas sei que eles querem minha felicidade.
Christian: Com toda certeza. Prometo que farei de tudo para te ver feliz, Ana. -Suas mãos tocam meus rosto.
Ana: Você já faz. Obrigada por hoje e por tudo, na verdade. -Sorrio- Eu não teria ido sozinha. Seus conselhos me encorajaram.
Christian: Estou muito orgulhoso. Você é a mulher mais incrível que já conheci, Ana.
Eu poderia declarar várias coisas, mas decido passar tudo em um beijo repleto de amor e carinho.
Ana: Te amo, Senhor Intenso. -Deito minha cabeça em seu peito e sinto seus dedos pentearem meus cabelos.
Christian: Também te amo, meu amor.
Ana: Dorme comigo essa noite?
Christian: Todas as noites, de preferência.
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