História Meu querido cupido - Jikook - Capítulo 4

Já fazia uma semana desde que aquela maldita flecha havia me atingido, eu ainda não havia me apaixonado por nada, bem... Por nada que eu conseguisse identificar.

O sofá da sala já não era mais tão confortável como antes e os vários dias maratonando qualquer coisa que aparecesse na tv já haviam perdido toda sua graça.

Finalmente o tédio havia tomado conta da minha vida.

Me levantei do sofá e fui até o banheiro, me olhei por alguns segundos no espelho, dei uma arrumada no cabelo, escovei meus dentes e fui até o meu quarto.

Abri o guarda-roupa e logo vi o arco e as flechas ali jogados, aquilo ainda parecia surreal, afinal não era uma coisa normal e muito menos eu imaginava que alguma coisa como conhecer um cupido e ficar com as coisas dele iria acontecer comigo.

Respirei fundo e peguei alguma roupa qualquer, que fosse no mínimo mais apresentável do que o pijama que eu estava vestindo.

Após terminar de me vestir, peguei minhas chaves e saí de casa.

Ainda estava um pouco cedo, mas já haviam algumas pessoas na rua. Eu caminhava sem nenhum destino definido, mas respirar um ar diferente do da minha casa, fazia bem por algum motivo.

Chegue perto de um parque e dei de cara com uma fila gigante, aquilo com toda certeza não era algo normal. Decidi terminar de chegar no parque e ver o motivode tudo aquilo.

Ao chegar lá encontrei Jeon em uma pequena vendinha improvisada montada no meio do parque, nela havia uma pequena plaquinha onde estava escrito "conselhos amorosos do Jungkook", agora eu entendia o que estava acontecendo.

Decidi entrar na fila, afinal não custava nada e eu poderia perguntar a Jungkook se ele já havia encontrado alguém para mim depois de tanto tempo.

A fila aos poucos foi diminuido e a cada cliente que ia embora dali com um sorriso satisfeito mais minha vez se aproximava.

Quando finalmente chegou a minha vez Jungkook olhou um tanto quanto supreso para mim e sorriu.

- O que faz aqui Jimin? Veio me ver trabalhar? Ou talvez pedir um conselho amoroso... - parou um pouco para pensar - Você por acaso se apaixonou por alguém? - me olhou curioso - Se quiser eu posso te ajudar.

- Não, eu não me apaixonei. - sorri fraco - Eu vim aqui para saber se você já achou alguém?

- Que alguém Jimin? Eu não me lembro disso.

- Você disse que ia encontrar alguém para mim, a pessoa que seria o amor da minha vida.

- Eu já achei, só que você falou que não queria saber então eu não falei até hoje, estou esperando você me falar que eu posso te falar.

- Então me fale logo que é!

- Eu esqueci, já te falei isso naquele dia que você foi demitido.

- Você o quê?

- Eu esqueci e não pretendo me lembrar.

- Bom, então ache outra pessoa. Suas coisas estão ocupando muito espaço no meu guarda-roupa. - falo e saio dali indo me sentar em um dos bancos que estavam vazios.

Fiquei ali o observando, não entendo o porque de ele precisar de um arco e das flechas para espalhar o amor pelo mundo, será que assim é mais fácil? Provavelmente deve ser.

Respirei fundo e continuei ali, o som do vento batendo nas árvores me agradava, e até que era divertido observar Jeon trabalhar.

Estava concentrado o observando quando do nada ele se virou para mim e sorriu.

Por algum motivo aquele sorriso prendeu a minha atenção, pude sentir as batidas agora um tanto quanto descompassadas do meu coração. Pude sentir minhas bochechas ficarem vermelhas e por alguns segundos tudo parou.

Quando finalmente voltei a mim a primeira coisa que fiz foi sair dali, sem nem ao menos olhar para trás.

Não consegui pensar em mais nada, apenas voltei para minha casa o mais rápido que pude e me joguei no sofá.

E lá estava eu, mais uma vez deitado naquele sofá pensando na vida, mas específicamente em Jeon Jungkook, o tal cupido que estava ocupando todos os meus pensamentos desde os últimos vinte minutos.

Fui interrompido por alguém batendo na porta. Me levantei sem vontade alguma e abri a porta dando de cara com Taehyung sorrindo.

- O que veio fazer aqui? Estou no meio de uma crise. - falei enquanto dava espaço para o mesmo entrar.

- Eu vim ver se você estava vivo! Você foi embora da empresa naquele dia e nunca mais deu sinal de vida. Mas... Mudando de assunto, que crise é essa?

- Eu vou tentar resumir pra você, talvez vocês ache que eu estou louco mas ok. - fiz uma pequena pausa - Então, vamos supor que eu estava no parque olhando alguém meio que trabalhando e do nada, tipo DO NADA essa pessoa olhou para mim e sorriu, e tipo eu me senti estranho. O que você acha que isso significa?

- Significa amor, ou então o sorriso dele te irritou, também pode ser isso. Mas eu voto na teoria do amor.

- E eu voto na do ódio. Não tem como eu, Park Jimin, ter me apaixonado por ele. Não tem como isso ter acontecido.

- Acredite no que quiser, pra mim você está apaixonado e pronto. - falou se levantando do sofá - Eu vou embora agora, acho melhor deixar você aí sozinho com essa sua "crise" - sorriu e foi andando até a porta e a abriu.

- Tchau! - falei enquanto olhava para ele do sofá.

- Se precisar de ajuda para conquistar o crush me liga! - falou e depois saiu.

Encarei a porta por alguns segundos até acabar cochilando ali mesmo no sofá.

Continua...