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História Meu Querido Destino - Capítulo 42


Escrita por: Barbsfanfic

Capítulo 42 - Capítulo 42


Fanfic / Fanfiction Meu Querido Destino - Capítulo 42

Respira fundo, respira fundo, respira fundo, respira fundo! Você precisa respirar, sua bebê na barriga precisa que você respire e Kalinda precisa de você também, você tem que ser forte porque agora você é uma mãe, Zoe repetia a si mesma por diversas vezes.

Respirou fundo uma última vez enquanto guardava o telefone no bolso, passando a mão pelo seu rosto tentando secar as lágrimas e disfaçar a cara de choro. Respirou fundo novamente e voltou até a sala onde estava todo o pessoal. A princípio, Zoe iria fingir que havia sido apenas uma ligação de Bervely e tentar resolver tudo sozinha, como sempre fizera durante toda sua vida, mas assim que os amigos a viram se aproximando, imediatamente souberam que ela não havia sido apenas uma ligação simples de Bervely, então todos fecharam os sorrisos e apenas a encararam de forma preocupada.

Assim que Harry a viu, estampou uma expressão de preocupado em seu rosto e pronto, e Zoe soube que os olhos inchados e o nariz vermelho não estavam escondendo o que havia acontecido. Estava literalmente estampado no rosto dela que uma merda enorme havia acontecido e por conta disso, ela ficou parada, imóvel e entrou em um estado de choque momentâneo.

Nenhum dos amigos ou Harry falara nada por um tempo, apenas estavam em silêncio a encarando, esperando alguma reação vinda por ela.

- Amor? – a voz de Harry ecoou enquanto Zoe só conseguia encarar uma decoração que tinha em cima da mesa de centro da sala – Amor? – Harry falou mais uma vez se aproximando dela e a segurando pelo ombro, balançando-a lentamente até que ela o encarou, totalmente perdida, sem saber o que fazer e Harry ficou apavorado porque nunca vira Zoe com aquele olhar vazio – O que houve?

– A Kalinda... Ela... Ela foi... – Zoe gaguejou enquanto sentia seus olhos encherem de lágrimas.

– O que tem a Kalinda? – Harry perguntou firme com o tom de voz preocupado.

Zoe, por sua vez, não conseguia falar nada, parecia que tinha algo preso na garganta. Era a sensação de medo!

– Por favor amor, fala comigo ou faz alguma coisa, não sei... Só me diz alguma coisa! – ele falou num tom de voz baixo, ainda tentando despertar Zoe que continuava sem conseguir falar. 

– Zoe, Zoe, Zoe, Zoe, Zoe caralho! – Sarah gritou entrando na frente de Harry, balançando a amiga pelo ombro com mais firmeza, tentando acordar Zoe do estado de choque que se encontrava – Acorda, porra! Olha pra mim! O que houve? Fala! – falou num modo firme e grosso.

– Você ainda tem o número daquele garoto que fez faculdade com a gente, que você ficou uma vez e que hoje é da polícia? – Zoe perguntou olhando a amiga nos olhos, vendo Sarah franzir o cenho, não entendendo.

– O Jhonathan? – ela perguntou erguendo uma de suas sobrancelhas – Não... Tem muito tempo que eu não tenho contato com ele! Por quê?

Enquanto Sarah falava, Zoe apenas levou seu olhar para Harry e viu como ele estava preocupado e nervoso. Harry passava as maos pelos cabelos, bagunçando-os sem saber o que fazer. Foi quando ela respirou fundo e fechou os olhos por alguns segundos, tomando coragem de por aquela angústia para fora.

– Eu não tinha que contar com vocês, eu não podia contar mas eu não sei o que fazer... – Zoe começou a falar, olhando para Harry – A Ellis sequestrou a Kalinda! – ela disparou olhando apenas para o noivo, que imediatamente abriu a boca em espanto. 

– Quê? – Sarah perguntou enquanto se aproximava novamente de Zoe, sendo seguida por todos os amigos.

– Minha mãe me ligou chorando, disse que tinha ido buscar Kalinda na escola e a professor falou que uma amiga minha já havia a pegado... – Zoe tentava explicar, sem pensar muito, apenas falava tudo o que vinha em sua mente – E então Ellis me ligou, falou um monte de merda e disse que queria quinhentos mil dólares em espécie na mão dela até onze horas da noite, se não... Se não ela iria... – voltou a falar com a voz embargada de choro.

– É o quê? – foi a única coisa que Harry conseguiu falar depois de escutar tudo aquilo. 

Ele estava vendo o estado físico e emocional de Zoe, ela não estava mentindo. Aquilo era verdade! Sua filha estava nas mãos de uma mulher louca! Tão louca que havia usado Kalinda como forma de vingança para atingir Zoe. Harry nã queria demorar a fazer algo porque tinha medo de pensar que algo poderia acontecer com sua filha.

– Eu tenho um primo que trabalha na polícia, vou ligar pra ele agora! – James falou rapidamente enquanto passava por Zoe acompanhado de Peter enquanto se afastavam dos demais amigos.

– O que a gente vai fazer? – Zoe perguntou baixo, olhando fixamente para Harry que apenas a encarava, totalmente nervoso e amedrontado, deixando uma única lágrima cair de seus olhos.

Ele não falou absolutamente nada, apenas mordiscou o canto de seus lábios e puxou Zoe para si, a abraçando equanto colava o corpo dela no seu, tentando confortá-la, mesmo ele sabendo que também precisava de um conforto.

– A gente vai buscar a nossa filha! – ele falou por fim, dando um beijo no topo da cabeça de Zoe enquanto algumas lágrimas escorriam pelo rosto dela.

Harry se pegou pensando que tinha que ter imaginado que o pior tinha acontecido porque Zoe nunca havia se comportado daquele jeito. Ela estava chorando e Zoe não chorava por qualquer coisa. Ela estava mal, paralisada, em completo estado de choque. E quando a viu, se sentiu com medo porque não era qualquer besteira que a deixara daquele jeito.

E tudo o que ele sentia dentro de si era ódio e raiva por Ellis.

Aquela filha da puta vai morrer na cadeia, enquanto eu não colocá-la lá, não vou sossegar, ele pensou consigo enquanto ainda estava abraçando a Zoe.

– Seguinte... – James falou de repente, chamando a atenção de todos enquanto se aproximava – Liguei para um primo que trabalha na delegacia de Nova Orleans e ele pediu para irmos até  lá para esperar um contato da Ellis, e eles vão descobrir o paradeiro dela.

– Eu não vou fazer isso, James! – Zoe falou rindo de nervoso, passando a mão pelos cabelos enquanto se soltava do abraço de Harry – Eu não posso ficar prostrada numa delegacia esperando a boa vontade da Ellis ligar! Ela está com a minha filha! – Zoe falou de modo firme, e Harry respirou fundo ao escutá-la.

Ele sabia que Zoe tinha razão.

– O que você está pensando? – Harry questionou num tom de voz calmo.

– Não sei... Eu só penso em fazer o que a Ellis quer porque eu não posso brincar com a vida da minha filha! 

– E ela quer quinhentos mil dólares na mão até onze horas? – Peter perguntou, vendo Zoe confirmar com a cabeça de modo pensativo – Como a gente vai conseguir esse dinheiro em mãos até onze horas?

– Eu tenho guardado no banco – Harry disse, por fim – Seria uma parte da nossa casa, mas isso não é importante... O problema é como eu vou pegar essa quantia toda de dinheiro!  

Preciso pensar em alguma coisa, eu preciso ajudar minha filha, Harry pensou antes de focar em algum plano. Foi quando teve uma ideia, com certeza não era a melhor ideia, mas era o que ele podia fazer.  E por conta disso, pegou a chave de seu carro no bolso e estendeu para Zoe, que o olhou intrigado.

– Pra quê eu quero seu carro? – Zoe perguntou sem entender.

– Vai pra casa, amor! – ele falou de modo firme, num tom calmo – Eu vou ligar pro gerente do meu banco e vou ver como faço para retirar o dinheiro essa hora... Vai pra casa, toma uma água com açúcar e pega qualquer mala grande para guardar o dinheiro! – ele falou explicando tudo de forma detalhada e calma – Eu te ligo para avisar o que for acontecendo... – falou e se voltou para Sarah – Pode fazer companhia para a Zoe? Ela não pode ficar sozinha!

– Claro, claro! – a amiga respondeu sem pensar duas vezes.

– Peter e James, se não for pedir muito, tem como vocês irem na delegacia do seu primo e explicar a situação detalhadamente? Só nao fala nada sobre o dinheiro que eu vou tentar pegar... – Harry pediu e logo James e Peter concordaram, saindo da casa rapidamente.

Zoe respirou fundo enquanto olhava Harry tomando todas aquelas decisões de forma rapida e coerente, soube que tinha feito o certo em ter contado para eles. Ela não pensaria nem metade daquilo porque suas emoções falariam muito mais alto do que a razão. 

– Amor, vai dar tudo certo! – ele falou firme, dando um selinho demorado nela – Só vai pra casa com calma que eu te ligo! – falou por fim, vendo Sarah puxar a amiga em direção à porta e saindo da casa.

***

Zoe fez o caminho entre a casa de Sarah e Louis para o apartamento de Harry em menos de dez minutos. Não estava pensando em absolutamente nada, apenas concentrada em chegar o mais rapido possível em casa porque estrava extremamente focava em salvar sua menina o mais rapido possível. Mal estacionou o carro na vaga da garagem e saiu andando o mais rapido que conseguia, sendo seguida por Sarah. Entrou rapidamente no apartamento, seguindo até o quarto e pegando uma mala grande o suficiente para caber quinhentos mil dólares em espécie. Foi quando sentiu seu corpo fraquejar, provavelmente por conta de seu estado emocional e físico. Já se sentia cansada somente por estar gravida e com toda aquela situação a sua volta, tudo piorou mil vezes mais.

Se sentou na ponta da cama e respirou fundo, tentando tomar controle daquela situação.

Preciso ter fé, preciso ser forte, ela pensou enquanto levava suas mãos até sua barriga a acariciando. Sabia que sua bebê com certeza estava sentindo toda a angústia que ela estava sentindo.

– Não acredito que estou passando por isso, meu Deus... – Zoe sussurrou consigo, de forma pensativa enquanto tentava se acalmar vendo Sarah entrar no quarto segurando um copo, estendendo-o para Zoe.

– Toma! Bebe tudo e não faz cara feia... – falou sem se importar muito, se sentando ao lado de Zoe, que bebeu o calmante sem pensar no gosto.

– Eu estou com medo... – Zoe confessou num tom de voz baixo, vendo Sarah confirmar com a cabeça.

– Eu também, amiga! – Sarah falou no mesmo tom, abraçando Zoe – Só vamos tentar seguir o plano do Harry que com certeza vai dar certo!

– Como você tem certeza? – Zoe perguntou.

– Eu só tenho fé e penso positivo...– Sarah sorriu de canto, vendo Zoe confirmar com a cabeça. 

– Me desculpa por ter te colocado nessa... Quer dizer, você está grávida também e eu também, nós tinhamos que estar comemorando nossa gravidez, planejando chá e sonhando com nomes, mas... – Zoe começou a dizer, vendo Sarah negar com a cabeça.

– Claro que não! Nem ouse em se desculpar, porque você querendo ou não a Kalinda é minha afilhada e eu estaria com você aqui, mesmo sem o Harry ter pedido! – Sarah respondeu prontamente, vendo Zoe sorrir de canto, abraçando-a novamente. 

Quando Zoe respirou fundo, um pouco mais concentrada em toda aquela situação, fora surpreendida por seu telefone tocando dentro de seu bolso. O pegou rapidamente porque poderia ser Harry, James ou até mesmo a Ellis, e quando olhou no visor do telefone constou que era um número privado, ou seja, as chances eram grandes de ser uma ligação de Ellis. 

– Ellis... – Zoe atendeu, de forma atenta.

– Oi, Zoe! – a mulher respondeu com um ar feliz – Como estão as coisas?

– Estou saindo de casa agora para ir no banco pegar o dinheiro... – ela respondeu num tom baixo, já sentindo sua voz embargar por conta de um choro.

– Ótimo! Por acaso contou algo para alguém, não né?

– Claro que não! Você acha que eu sou maluca de colocar a vida da minha filha em risco? – mentiu sem pestanejar, e Zoe poderia jurar que sua mentira era verdade por conta da convicção que ela mesmo tinha falado.

– Maravilha! Continue com o seu telefone perto de você, vou entrar em contato depois...

– Ellis! – Zoe falou antes mesmo de Ellis terminar o telefone – Como minha filha está?

– Ainda viva... – Ellis respondeu dando de ombros, desligando o telefone na cara de Zoe.

Zoe respirou fundo assim que desligou a ligação, fechando os olhos na tentativa de não cair no jogo psicológico que Ellis estava fazendo. Assim que voltara a abrir os olhos, se deparou com Sarah a olhando de forma preocupada.

– E aí? O que ela disse?

– Perguntou se eu tinha contado para alguém, eu falei que não. E falou que a Kalinda ainda estava viva... – Zoe falou por fim, num tom triste e respirando fundo ao final. Foi quando os olhos de Sarah se encheram de lágrimas, fazendo Zoe olhar fixamente para um ponto no chão, de forma pensativa – Sarah, não chora. Eu preciso de alguém forte do meu lado... – falou por fim, se levantando e seguindo até a cozinha para deixar o copo.

Foi quando no meio desse caminho entre o quarto e a cozinha, o telefone de Zoe vibrou novamente, fazendo-a pegar e ver uma notificação de mensagem vinda de Harry. Então rapidamente a abriu:

Harry: Oi amor, eu acabei de falar com o gerente do banco e ele disse que o banco está fechado. Então expliquei toda a situação e ele cedeu quinhentos mil de um cofre pessoal dele e que depois ele poderia transferir esse dinheiro da minha conta. Dei total acesso para ele mexer o quanto for, só que eu realmente preciso dos quinhentos mil em espécie hoje, então eu e Louis viemos aqui na casa dele pegar o dinheiro. O endereço é na Stephen Girard Ave, número 5000. Petter e James estão vindo para cá com uma equipe policial. Quer vir para cá ou quer que a gente vá para aí?

 

E rapidamente ela tomou a decisão:

Zoe: Estamos aindo aí!

 

Não demorou muito para chegar no endereço mandado por Harry, porque era perto do bairro que moravam. Enquanto estacionava o carro na calçada do local, já conseguia ver todos os rostos conhecidos que ali estavam: Louis, Peter, James e um homem que não era estranho para Zoe, que por acaso era o gerente bancário de Harry. E um pouco mais distante, dez policiais próximo à duas viaturas.

Saiu do carro, seguida por Sarah e andou na direção de onde estavam tocos. Assim que se aproximou e Harry percebeu a presença de Zoe, estendeu as mãos, entrelaçando seus dedos nos dela e a puxando para perto de si com calma, enquanto Louis pegava a mala que Zoe carregava nas mãos.

– Deixa isso aqui comigo... – Louis falou de forma calma, pegando a mala da mão de Zoe. 

– Zoe, esse é o Will Hanks, meu gerente... – Harry falou tentando ser gentil.

– Oi... – Zoe sorriu de canto para o homem, estendendo a mão.

– Eu sinto muito pelo que vocês estão passando... – o homem respondeu, retribuindo o aperto de mão e vendo Zoe confirmar com a cabeça.

– Obrigada pela ajuda, Hanks! É extremamente importante e eu não sei o que a gente faria se não fosse a sua ajuda... – Zoe falou por fim, vendo o homem sorrir de canto.

– Com licença... – uma voz masculina chamou a atenção de todos e assim que Zoe se virou, se deparou com um policial.

Sua aparencia era bonita. Ele era alto, vestia uma farda da polícia de Nova Orleans, tinha belos olhos azuis e parecia ter seus trinta e alguns anos.

– Você que é a mãe? – o policial perguntou olhando para Zoe, que confirmou com a cabeça – Eu sou o primo do James, meu nome é Richard! Primeiramente, eu sinto muito por você estar passando por isso, mas assim que eu soube, já organizei algumas equipes e estamos aqui tentando desvendar esse paradeiro... – ele explicou com calma – Você que recebeu a ligação, certo?

– Foi... – ela respondeu.

– Será que você pode me dar o telefone que recebeu a ligação para tentarmos rastrear algum código dessa chamada? Estamos com aparelhos de rastreamento dentro da viatura e...

– Claro! – Zoe o interrompeu, tirando o telefone do bolso e entregando para o policial – Não sei se faz diferença, mas as ligações que ela fez são de um número privado...

– É um pouco mais difícil, mas estamos com os aparelhos e vamos procurar o paradeiro dela! – ele respondeu com um sorriso de canto, se virando e seguindo até a viatura.

Depois daquilo horas se passaram e tudo o que todos puderam fazer foi ficar ali parados naquela calçada. Eles não tinham mais o que fazer, porque não sabiam se Ellis estava vigiando a casa deles, ou qualquer coisa do tipo. Estavam com o dinheiro dentro da mala, mas não tinham o endereço de onde Ellis estava e aquilo matava aos poucos Zoe por dentro. Cada minuto sem notícia, sem saber como Kalinda estava, se estava com fome ou frio, com medo,  tudo isso lhe causava a pior dor que ela sentira durante toda sua vida!

O relógio já passava das dez horas da noite, faltando menos de uma hora para o horário que Ellis havia combinado com Zoe previamente. Enquanto isso todos ainda estavam sentados no parapeito da calçada, ninguém havia abandonado Zoe e Harry, muito pelo contrário. Sarah, Louis, James, Peter e o primo policial de James, Richard,  também estavam juntos de Harry e Zoe, sentados, encarando a rua asfaltada e calma do suburbio de Nova Orleans.

– Eu não aguento mais olhar pra essa rua e não saber o que fazer! – Zoe murmurou, impaciente.

– Eles descobriram alguma coisa do paradeiro? Conseguiram rastrear? – James perguntou para o primo, que negou com a cabeça.

– É um pouco demorado o download de dados quando o número é bloqueado, a criptografia é mais densa... Mas acho que em meia hora já vamos ter o endereço – o policial explicou, olhando para Zoe – Eles já te devolveram o celular?

– Já... – Zoe respirou fundo.

– Eles já estão com os dados da ligação, não vai demorar tanto – Richard falou. 

– Ótimo! – Harry falou pensativo, olhando para aela, chamando a atenção de todos os amigos que estavam ali sentados. Zoe respirou fundo ao ver o visor, era uma mensagem de um número privado.

– É a Ellis... – Harry falou vendo a notificação enquanto Zoe abria a mensagem.

Número Privado: Segue o endereço – Tresaure St. 1900, Gentilly. Espero que eu não tenha surpresas, pq você vai ter uma surpresa maior caso isso aconteça!

 

– Estão em Gentilly! – Zoe falou de forma aliviada por ser um bairro perto de onde estavam, escutando o suspiro aliviado de todos a sua volta.

– Graças a Deus! – Harry disse de forma aliviada, fazendo com que Zoe o olhasse, vendo o rapaz com os olhos fechados e extremamente mais aliviado por saber onde Kalinda estava – Graças a Deus! – ele falava baixo, quase que sussurrando enquanto segurava o pingente de crucifixo que ele sempre usava no cordão.

– O que a gente vai fazer, irmão? – Louis perguntou olhando para Harry, que logo abriu os olhos encarando Zoe.

– O que você quer fazer? – Harry perguntou olhando a todo momento para Zoe.

Zoe sorriu de canto ao ver o noivo com os olhos vermelhos por conta das lágrimas que ele estava segurando, então limpou-as com cuidado.

– Eu preciso chegar lá antes de qualquer pessoa porque ela não sabe que vocês sabem do que está acontecendo... E ela ameaçou a vida da minha filha, eu não posso jogar na sorte! – Zoe falou de forma calma, vendo todos confirmarem com a cabeça, exceto pelo primo de James – Harry vai comigo, mas não vai poder fazer nada. Nem chegar em uma posição que ela possa te ver! Não podemos nos arriscar, ela tem que achar que tudo está certo!

– Olha... Desculpa me meter, mas é meu trabalho! Isso tudo é muito arriscado, Zoe! – o policial disse por fim – Não posso deixar você fazer isso! Ela pode estar tramando alguma armadilha pra você, ou pode estar armada e até causar algo pior...

– Se você puder sair daqui com as viaturas depois de cinco minutos que eu for embora, vai me ajudar muito! Vocês foram ótimos, mas eu realmente preciso ir na frente abrindo caminho pra vocês... – Zoe disse de modo firme, porque tinha convicção do que iria fazer e não se importava muito com o que ele havia falado.   

Sabia que o primo de James por ser policial estava certo de pensar em outras mil possibilidades do que poderia acontecer, mas Zoe não se importava porque era a vida de Kalinda que estava correndo risco. E só ali descobriu que não poderia ficar seguindo ordens de pessoas que não tinham laços com a sua filha, ela não poderia ficar esperando mais quando já tinha o endereço em mãos. Não iria esperar porque o tempo era seu pior inimigo naquele momento. 

– Amo vocês e obrigada por estarem comigo até agora... – Zoe falou sorrindo de canto para os amigos enquanto se levantava e andava em direção ao carro, sendo seguida por Harry que logo guardou a mala com o dinheiro do banco traseiro, entrando em seguida no banco do motorista.

Harry fechou a porta do carro e respirou fundo. Era totalmente perceptível que ambos estavam nervosos, mas naquele momento o nervosismo tinha que falar mais baixo do que a força que eles também tinham. Eles eram pais e teriam que enfrentar tudo por suas filhas!

– Vamos? – Zoe perguntou num tom calmo enquanto olhava para Harry, que confirmou com a cabeça.

– Vamos! Vamos buscar nossa menina... – Harry falou de modo frio e firme, dando partida com o carro logo em seguida.

O trajeto durou em torno de vinte minutos e a todo momento, Harry estava com os pés firmes no acelerador, totalmente focado em chegar logo no local. Assim que chegaram na frente do número indicado por Ellis na mensagem, se depararam com uma casa em suas piores condições, ou para Zoe, perto de chegar nas piores condições. A casa era pequena com um tipo de pintura verde desgastada, típico de filme de terror.

Zoe respirou fundo dentro do carro, sentindo o olhar de Harry sob ela a todo momento, então levou seu olhar até ele.

– Pronta? – Harry perguntou e logo Zoe confirmou com a cabeça.

– Aham... – ela falou enquanto o via pegar a mala de dinheiro no banco de trás, lhe entregando.

– Presta atenção! – ele falou de forma firme – Você vai entrar na casa e precisa deixar a porta aberta porque eu vou entrar depois! – disse enquanto encarava os olhos dela, a vendo confirmar com a cabeça, escutando tudo com atenção.

– Tá bom – Zoe sorriu de canto, totalmente nervosa.

– Vai lá buscar nossa filha, eu já vou atrás de você! – ele falou por fim, dando um selinho nela e desligando o carro, vendo Zoe sai do carro, seguindo na direção da casa.

A cada passo que Zoe dava, a cada centímetro que ficava mais perto da casa, sentia a sensação de medo e apreensividade crescer dentro de si. Sentia urgencia de ver Kalinda, saber que ela estava bem e escutar a voz dela. Subiu uma pequena escada de três andares que a levava até uma pequena varanda, localizada entre o gramado e a porta principal da casa. Não pensou mais em nada e tentou deixar todo medo para trás enquanto batia na porta. Três batidas fortes foram o suficiente para Zoe ouvir passos dentro da casa, e depois de alguns segundos, Ellis abriu a porta com um sorriso nos lábios.

Um sorriso assustador e louco.

Assim que viu o sorriso no rosto de Ellis, Zoe respirou fundo, sentindo seu corpo fervendo em expectativas para voar em cima da mulher, talvez deixar um roxo em seus olhos e faze-la pagar pelo que estava fazendo com sua família, mas não podia. Zoe estava gravida e bem ou mal, Kalinda ainda estava em posse de Ellis. Não podia jogar tudo para o alto por conta da raiva que tomava conta de seu ser.

– Chegou a tempo, mamãezinha! – Ellis falou de modo irônico, fazendo um movimento rapido de puxar Zoe pelo braço para dentro da casa, fechando a porta em seguida.

Assim que adentrou na casa, Zoe reparou que o local estava completamente abandonado. Tinham alguns equipamentos de construção, mas definitivamente a casa não era nada habitável, sem pensar no cheiro de mofo que tomava conta do ambiente. Algumas poucas luzes vinham de um corredor localizado na frente da sala, o que fez com que Zoe corresse com os olhos pelo local, procurando sinais de Kalinda.

– Cadê a minha filha? – Zoe perguntou por fim, sem ver a menina.

– Mamãe? – a voz de Kalinda ecoou pela sala, o que fez com que Zoe suspirasse de modo apavorado.

Sentiu seu coração se quebrar e tudo o que conseguiu fazer assim que ouviu a voz da menina foi soltar a mala que estava carregando e correr pela casa na busca de Kalinda que gritava o nome de Zoe desesperadamente. Enquanto seguia o som da voz de sua filha pelo corredor, entrou em um quarto de tamanho médio, que tinha algumas infiltrações na parede. Bateu rapidamento o olho pelo cômodo e por fim, conseguiu avistar no fim do quarto, abaixo da janela, Cammie e Kalinda abraçadas e chorando.

Assim que Cammie viu Zoe entrando no local, soltou Kalinda que correu desesperadamente para o colo da mãe e nesse exato momento Zoe já não conseguira segurar suas lágrimas, era um peso que tinha saído de suas costas.

Ela está viva, graças a Deus, foi a única coisa que Zoe pensou enquanto abraçava sua filha.

– Minha filha! – Zoe sussurrou abraçada a ela, enquanto a pegava no colo – Você está bem, meu amor? Desculpa a mamãe ter demorado... – continuou falando num tom baixo, enquanto afagava o cabelo de Kalinda.

Mal conseguia acreditar que finalmente estava com sua filha.

– Mamãe, o que está acontecendo? – Kalinda perguntou ainda chorando, sem entender o que tinha acontecido naquele dia – Eu quero ir pra casa!

– Calma filha, fica calma! A mamãe já está aqui! – Zoe falou num tom baixo, tentando acalmá-la enquanto se aproximava de Cammie.

– Tia, minha mãe está estranha! Quero meu pai... – Cammie falou sussurrando, fazendo Zoe respirar fundo.

Se pegou pensando em como Ellis tinha enlouquecido a ponto de fazer aquilo estando com Cammie presente, vendo tudo o que estava acontecendo. Com certeza Cammie iria precisar de umas boas consultas com psicólogos depois daquele dia.

– Cadê seu irmãozinho? – Zoe perguntou olhando para Cammie, que respirou fundo, sem entender muito bem o que estava acontecendo.

– Está com a avó dele na casa dela... –  a menina respondeu sussurrando, ficando um pouco mais tensa.

Por conta do motivo da tensão espontânea de Cammie, Zoe se virou de frente para onde Cammie estava olhando e conseguiu ver Ellis adentrando no cômodo.

– Feliz em ter encontrado a filhinha? – Ellis perguntou enquanto cruzava os braços, vendo Zoe com Kalinda no colo.

– Eu trouxe o dinheiro! Eu só quero ir embora, você já tem tudo o que pediu... – Zoe disse por fim, num tom calmo.

Queria se manter calma porque realmente não podia perder o controle da situação.

– Acha mesmo que eu só queria o dinheiro? Como você é ingênua, a-m-i-g-a! – Ellis falou enquanto dava uma risada.

– Ellis, esse foi o combinado! Por favor, deixa a gente ir...

– Claro que não, menina! – ela falou por fim, aumentando o tom de voz – Você achou mesmo que eu iria deixar uma pessoa com você me dar um dinheirinho e ir embora ilesa? Pronta pra me entregar pra polícia? – ela perguntou enquanto dava alguns passos na direção de Zoe.

– Eu não vou falar com ninguém, eu só vou pra casa! – Zoe falou de forma firme, bem ou mal não tinha medo de Ellis naquele momento, Kalinda já estava a salvo – Você queria me afetar com isso tudo né?

– Descobriu agora? – a mulher perguntou rindo, erguendo uma de suas sobrancelhas.

– Por que você está fazendo isso? Por que a Cammie está aqui passando por isso tudo e vendo você fazer isso? Por que com a minha filha e não comigo? – Zoe perguntou aumentando a voz gradativamente enquanto Ellis se aproximava ainda mais dela.

– Ah, não seja por isso, vadia! – Ellis gritou e logo empurrou Zoe no chão, que caiu de costas no mesmo.

E imediatamente só era possível escutar os choros vindo e Kalinda e Cammie.

– Ellis, por favor, eu já fiz o que você pediu! – Zoe falou enquanto tentava se levantar com calma e cuidado, por causa de sua barriga.

– Amiga, acha mesmo que isso me importa? – ela peguntou mais uma vez, gritando – Não me surpreende você não ter desconfiado de nada... Eu só queria ter a chance de te dar umas porradas! – falou por fim, com extrema raiva no tom de voz, dando um chute na barriga de Zoe em seguida.

Não, não, não, não, não, não, não, Zoe apenas pensava, porque não conseguia pronunciar nada mais por conta da dor que sentia.

Sentiu imeditamente uma dor aguda em seu ventre, tão forte que prendia sua voz dentro de sua garganta, a impossibilitando de gritar por ajuda. Abriu a boca para tentar gritar ou algo do tipo, sabendo que Harry estava do lado de fora da casa, mas tudo era em vão. A dor física aguda, a dor psicológica, a dor na alma, tudo a deixava incapaz de ousar em gritar, não tinha mais forças para aquilo.

Colocou a mão em sua barriga, tentando sentir e protegê-la por conta de sua filha.

– Cadê o galã das histórias em quadrinhos que não está aqui pra te defender? – Ellis gritou olhando para Zoe que estava no chão, sem forças – Harry não vai vir te defender?

– Ellis? – uma voz masculina adentrou no cômodo, mas Zoe não a reconhecia – Porra! Você está maluca? Que merda! – a voz continuava a falar, fazendo com que Zoe rolasse seus olhos pelo local, vendo o pai do filho de Ellis ali.

Era o mesmo homem que estava com ela no elevador.

– Você disse que só queria o dinheiro, porra! – ele continou falando – Falou que não ia fazer nada com ela...

– Eu faço o que eu quiser nessa merda! – Ellis gritou com o homem enquanto Zoe procurava forças para se levantar, sendo golpeada mais uma vez por um chute vindo de Ellis, só que agora na cabeça, fazendo com que os olhos de Zoe se forçassem a fechar, sentindo sua visão começar a escurecer – Eu faço que eu quiser nessa vadia, ela me fudeu! Tá me ouvindo? Ela merece!

Zoe lutava contra seu proprio corpo. Sabia que não podia se deixar levar, precisava ajudar Kalinda e Cammie que eram duas crianças totalmente infedesas.

– Ellis, chega! – o homem falou por fim, segurando Ellis e saindo do quarto a puxando com força.

Foi quando Zoe olhou para Kalinda e Cammie que estavam chorando no canto do quarto, totalmente encolhidas e apavoradas. Sentiu seu copo todo doendo, e o pior, o coração doía porque não sentia um chutinho ou uma movimentação se quer de sua filha na barriga, demonstrando que ainda estava ali.

E mesmo não querendo, tudo o que conseguiu fazer antes de sua visão escurecer por completo foi sussurrar:

– Fiquem juntas! – sussurou olhando para Cammie e Kalinda.

***

Assim que Zoe entrara na casa, sendo escoltada por Ellis, Harry não conseguira mais ficar dentro do carro e por conta disso, se aproximou da casa, tentando saber o que se passava lá dentro. Por alguns momentos tudo era apenas silêncio, mas no momento em que ouviu a voz de Kalinda chorando e gritando por Zoe, tudo em sua mente se escureceu.

Tentou abrir a porta por onde Zoe tinha passado, constando que a mesma estava trancada. Não pensou muito antes de contar até três e jogar seu corpo com força contra a porta, na intenção de arrombá-la. E fez com êxito. Assim que a porta se abriu, entrou no local e percebeu que não tinha ninguém na sala vazia e escura, mas conseguia ouvir os choros compulsivos de Kalinda e de mais uma criança, então os seguiu.

Passou por um único corredor que ligava toda a casa e logo virou na última porta a direita, se deparando com o namorado de Ellis a segurando e andando em direção à porta, enquanto Zoe estava estirada no chão e no fundo do quarto, Kalinda e Cammie estavam chorando incessantemente.

Antes mesmo de acordar de seus pensamentos e focar na real situação, Harry escutou passos andando pela casa.

– Zoe? Harry? – a voz de Louis se fez presente, vindo da sala, fazendo com que Harry de despertasse do caos que estava seus pensamentos.

Seu coração estava gelado, sua mente não funcionou por alguns segundos assim que vira Zoe deitada no chão, em posição fetal com a mão na barriga.

– Puta merda! – Harry falou num tom mais alto, totalmente apavorado com a situação adentrando no cômodo.

Se aproximou correndo de Zoe e só então Ellis percebeu a presença do rapaz ali. Harry não se importou em ver a reação deles, ou se eles tinham uma arma, ou se iriam agredí-lo, ele só queria socorrer Zoe.

– Amor? Meu amor? Zoe? – Harry falou num tom alto, balançando Zoe e vendo a mulher tentar abrir os olhos, com muita dificuldade – Amor, olha pra mim, por favor! – ele falou por fim, de modo mais triste e Zoe não respondeu com movimentos.

Ali Harry soube que Zoe estava sem forças.

– Filhos da puta! O que você está fazendo aqui? – Ellis gritou com raiva, fazendo Harry a olhar e ver que ela estava olhando fixamente para Louis, que estava parado na porta do quarto, tão assustado com aquela cena quanto Harry havia ficado.

Louis não falou nada, apenas olhou de forma séria e firme para todo aquele caos, dando uma leve brecha de passagem na porta para que Sarah passasse por ali, indo na direção de Kalinda e Cammie.  

– Oi meninas, vem! Vamos com a tia Sarah... – ela falou de modo calmo, pegando as duas no colo, seguindo para a direção da porta onde Louis ainda continuava.

– Onde você pensa que vai com a minha filha? – Ellis gritou enquanto puxava Cammie a força do colo de Sarah.

– Ou! Ou! Ou! – Louis falou num tom alto, firme e grosso – Solta a minha filha agora! Essa palhaçada acabou de acabar, porra! – ele gritou, como ninguém nunca vira o rapaz agindo daquela forma – Você nunca mais vai pensar em tocar na Cammie! Olha a merda que você está causando, Ellis! Caralho!

– E quem é que vai me impedir de ver minha propria filha? Você? Seu corno de merda! – Ellis rosnou de forma arrogante, vendo Louis respirar fundo.

Ele estava lutando para se manter sã e coerente perante aquela situação.

– Vai, Sarah! Leva elas pro apartamento do Harry... – Louis falou por fim, vendo Sarah sair do quarto com as duas meninas no colo – Como ela está? – ele perguntou se aproximando de Harry, vendo o amigo sentado no chão, junto a Zoe.

– Tenho que levá-la pro hospital... – Harry disse por fim – Ela não acorda.

– Merda! – Louis rosnou e imediatamente o namorado de Ellis saiu correndo pela porta do quarto, e sem pestanejar, Louis correu atrás do homem pela casa.

Não demorou muito para que Louis chegasse próximo do homem, mas antes mesmo do rapaz passar pela porta de entrada da casa, um policial passara por ali, dando um encontrão no homem.

– Cadê a mulher? – outro policial falou já adentrando na casa, vendo Louis olhar para o quarto.

Harry, por sua vez, vinha atrás de Louis enquanto carregava Zoe no colo, vendo toda aquela cena de filme de horror. Se sentiu triste ao ver aquilo, porque bem ou mal, tinha um certo respeito pela história que tinha com Ellis antes de toda a merda acontecer. Mas reparou em tudo o que estava acontecendo por conta de Ellis, não parecia justo ainda manter respeito pela pessoa que ela era.

Assim que passou pela porta, se deparou com Kendall subindo os degraus da varanda da casa.

– Que porra é essa? – Harry perguntou enquanto andava com Zoe no colo – O que está fazendo aqui?

– Ela ajudou Sarah entrar no carro com as meninas... – o policial, primo de James falou entre os dentes, fazendo Harry olhar de canto para Kendall.

Kendall estava completamente perdida naquele local, se sentia desnorteada e não estava entendo o que estava acontecendo. Harry notou que ela vestia jeans, tenis e um moletom casual, mas o que era muito estranho era a presença dela ali.

– Meu Deus! É a Zoe? – Kendall perguntou ao ver Zoe no colo de Harry – Como ela está? – perguntou se aproximando de Harry, que deu um passo para trás.

Não acredito que ela estava envolvida nessa merda, logo a Kendall, Harry pensou consigo de forma completamente desconfiada.

– Harry, não! Não é nada disso! – ela falou por fim, se afastando de Harry – Eu sou corretora imobiliária e essa casa estava em minhas mãos, eu estava planejando a obra e eu recebi uma ligação falando que pessoas tinham invadido a minha propriedade! – ela explicou pausadamente – Eu só consegui deixar a Hailey com a minha mãe e vim aqui, e... E me deparo com essa merda toda! – ela falou de modo perdido, olhando toda a confusão de policiais passando com duas pessoas algemadas – Eu não sou louca de fazer nada contra vocês!

Harry respirou fundo, voltando a seguir em direção ao seu carro, onde deitou Zoe com cuidado no banco de trás. Havia sentido verdade e coerencia na fala e no olhar de Kendall, mas não sentia a necessidade de pensar naquilo. Não estava com cabeça para nada, só queria Zoe bem.

Fechou a porta traseira do carro e antes mesmo de abrir a porta da frente, Richard, primo de James o abordou.

– Com licença, Harry? – ele falou enquanto se aproximava.

– Olha cara, eu preciso levar minha mulher pro hospital, ela está desmaiada! – Harry falou sem dar atenção para o policial.

– Eu preciso seguir vocês para pegar o testemunho, tudo bem? – ele perguntou, Harry apenas confirmou com a cabeça enquanto virava a chave do carro, ligando-o.

Mas para a surpresa de Harry, a porta do banco do carona se abriu ao seu lado, vendo Kendall entrar e se sentar. Harry respirou fundo antes mesmo de voltar a olhar para Kendall.

– O que você quer? – ele perguntou por fim, sem paciência.

– Eu vou com vocês! Sinto que preciso ajudar... – Kendall respondeu prontamente enquanto colocava o cinto de segurança.

E imediatamente Harry deu partida com o carro, seguindo na direção do hospital. 



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