História Meu Sonho De Verão - Esquecendo... Será?

Pov. Annabeth Chase

Me levantei dali e segui descendo as escadas, passei direto pela Sr. Jackson que estava na cozinha preparando algo e abri a porta logo entrando no carro.

Fechei a porta e respirei fundo encostando minha cabeça no encosto do banco e relembrando as falas dele.

Quer saber? Mesmo estando no meu estado acho que o melhor é fazer o que ele falou, esquecê-lo, mesmo doloroso e difícil, impossível, vou esquecer que ele um dia ficou comigo e seguir em frente.

Determinada a fazer isso liguei o carro e pisei no acelerador indo em direção a minha casa. Quando estava quase chegando a minha casa, faltando alguns quarteirões olhei para trás e vi um carro todo preto me seguindo. Estranhei o fato de ter a sensação de ter visto aquele carro em frente a casa de Percy, mas ignorei esse fato e segui meu caminho normalmente.

Cheguei em frente a minha casa e parei o carro. E o mesmo carro preto eu vi a poucos minutos ainda esta aqui. Ah foda-se! Deve ser uma coincidência.

Entrei dentro de casa e, pela hora, minha mãe deve estar no trabalho e os meninos na escola. Subi direto pro meu quarto e joguei as chaves na estante do computador e liguei o mesmo entrando na minha rede social e ligando por webcam para a Thalia.

- Oi. - digo assim que ela aparece.

- Ei! Melhor? - pergunta ela com um sorriso bem aberto na cara. Mesmo não estando no meu melhor dia, sorri por ela e, verdadeiramente, fico feliz por ela ter encontrado algum que goste tanto dela como o Nico e praticamente tem os mesmos gostos e jeito.

- Melhorei. - respondo.

- Então quer dizer que você e meu primo são um casal de novo? - pergunta começando uma comemoração meio antecipada.

Eu disse meio?

- Não, e não foi por falta de insistência da minha parte. Ele não quer minha ajuda e acha que vai resolver tudo sozinho, eu tentei, juro que sim, mas ele é um cabeça dura e eu vou seguir o que ele me disse. - falo seria, mas por dentro seguro o choro. Graças aos deuses minha voz ta normal e eu consegui falar tudo sem errar um A.

- Não acredito nisso. O que ele falou? - pergunta curiosa e bebendo um copo de coca cola, o que me da uma ideia.

- Não quero falar sobre isso, Thals. O que acha de nos duas irmos a algum lugar hoje, tomar alguma coisa, nos divertir? Vamos? - pergunto fazendo cara de cachorra que caiu da mudança. (N/A esse cachorra não ficou muito saudável pra frase mais tudo.)

- Juro que não te entendo, eu jurei de pé junto que você ia ta morta em cima dessa cama se não voltasse com meu primo e agora tu sair pra curtir a vida numa louca? - fala ela.

- Quero e vou, com ou sem você. Vamos comigo? - pergunto novamente.

- Amanhã tem aula miga, como tu quer que eu acorde pra ir na aula amanhã? - pergunta fazendo a cara mais preguiçosa ever.

- Anda, para de preguiça. Você sempre da um jeito de sair tendo aula ou não, só porque eu que to chamando agora você nega? Thalia Grace, você não tem opção, é ir comigo ou ir começar a se arrumar pra ir comigo daqui a algumas horas. - falo e ela ri. - Por favor, Thata.

- Okay, sua chata. Eu vou. As oito ta bom pra você? - pergunta e eu confirmo com a cabeça. - Tudo bem, as oito eu vou aí pra nos irmos. Tchau, eu tenho que ver algumas coisas aqui e pegar a matéria que eu perdi de hoje. Beijos. - fala e eu desligo.

- Deuses! - reclamo de não sei mais o que e vou tomar um banho pra ir fazer alguma coisa que não vai me ajudar em nada.

*-*-*-*-*-*-*-*Alguns horas depois*-*-*-*-*-*-*-*-*

A tarde passou rápido, li algumas páginas do meu livro Instrumentos Mortais (não me culpe por ter lido ele 8283692 vezes mas o que eu posso fazer?) e assisti a alguns episódios da minha série aliás alguém me explica porque o eu ainda to nesse mundo? Serio, até a serie tá contra mim hoje.

Enfim.

As 6h desliguei o notebook e fui direito pro banho. No qual demorei um pouco, que até minha mãe veio reclamar com a famosa frase: Filha não demora no cruveiro! Eu não sou dona da companhia de água! Falando na minha mãe, ela veio aqui falar comigo depois que chegou do trabalho, me pegou de surpresa chegando mais cedo coisa que fez por estar preocupada comigo, eu falei com ela o que aconteceu e ela me aconselhou a esperar pois no momento a cabeça do Percy deve estar cheia de coisas e com certeza ele vai pensar direito no que tá fazendo e vai vir falar comigo.

E no final eu acabo como uma princesa... FINAL FELIZ...

Só que não.

Depois de acabar o banho relaxante, segui ao closet e fui ver a roupa. Peguei um vestido azul, ok, eu quis sim chamar a atenção do Percy afinal ele ama azul.

Pensando bem, eu não vou mudar minha vida, olho pro meu guarda roupa novamente e vejo um vestido vermelho.

- Vai ser você. - penso alto e pego um salto junto com minha bolsinha de maquiagem.

30 minutos depois eu termino de me arrumar, a maquiagem ta leve, aceitável pra quem vai numa balada, (N/A pra quem quiser ver a maquiagem maravilhosa que essa pessoa fez o link para a imagem esta nas notas finais...continuando...). Terminado coloquei algumas coisas na minha bolsa, como um mini do mini estojo de maquiagem pra retocar junto com o batom da mesma cor que eu usava, um comprimido pra enxaqueca e peguei meu celular que logo apos tirar uma linda foto e mandar uma mensagem pra Thals falando que estou pronta vai pra bolsa junto com as outras coisas.

Depois de completamente arrumada desci as escadas com muito cuidado (sou meio desastrada com salto) e sentei no sofá para esperar a Thals chegar enquanto fuçava meu celular mexendo nas redes sociais. Minha foto ja ta com 100 curtidas, não sei como isso foi tão rápido ja que não sou popular nessas coisas e não tem muitos amigos nisso.

Depois de alguns minutos esperando a Thalia ouço o barulho da buzina do carro e me despedi da minha mãe, saindo em seguida.

- Oi, capricho na maquiagem e look em miga. - elogia. Bom eu acho que foi um elogio. Thalia estava com um vestido preto muito bonito e o estilo dela.

- Você também ta linda, Thals. - falo sorrindo e fechando a porta do carro.

- Pra onde vamos? - pergunta ela sorrindo e ligando o carro.

- Abriu uma boate aqui perto, dizem que ele muito boa, vamos nela. - falo.

- Okay madame, eu sou a motorista aqui e te levarei aonde quiser. - diz e da partida no carro seguindo em destino a boate.

"Welcome to Rare Blood" era o que estava escrito nas portas da Boate com luzes neon na cor vermelho e azul bem clichê, mas ainda era bonito, Rare Blood era a boate uma das mais Popular de Nova York mesmo sendo a mais recente, era uma Lavo Nightclub à um bom preço,mas claro que não chegava aos pés da 10ak, mas acho que poderíamos encontrar uma Kardashian...

Assim Thalia me arrastou para dentro a mesma estava louca para provar os drinks do lugar que era a especialidade da Boate (pra quem não queria vir), pelo menos é o que diz no folheto, ao chegar no bar que era de madeira com um jeito afrodisíaco e tropical mas ainda sim com as clássicas bancadas pretas de mármore. Enquanto eu estava praticamente em transe observando o lugar incomum do meu dia a dia Thalia estava que nem uma louca a me chamar, queria que eu provasse alguns drinks.

- Toma. - disse Thalia com um Drink que não sabia o nome.

- O que é isso?! - perguntei me sentando no Banco ao lado da bancada preta de mármore.

- Para começar a noite...Daquiri. - falou Thalia apontando para o drink, a bebida tinha um gosto de Limão com rum era um pouquinho forte, diz o barman que é um Drink cubano.

Logo chegou outro copo cheio de um líquido escuro.

- Rum&Cola. - disse o barman entregando a bebida, era um mix de coca cola e rum, era muito bom que pediu mais um.

Logo me serviram um Alexander e o gosto do conhaque era evidente. Em seguida Thalia me trouxe um Irish Coffee o qual eu amei tomei uns 5 daquele, adorei a combinação do whisky com o Café e o chantilly.

Já estava bêbada, já tinha dançado com 5 caras diferentes e todos claro tinham passado a mão no meu corpo na altura eu não ligava pra nada. Fui ao DJ pedi que tocasse Buttons, subi em cima de uma uma mesa e comecei uma dança sexy, senti alguns Flash's no meu corpo não ligava, agora não.

Algum tempo depois sinto a mão de alguém me puxando. Não sei quem é, seu rosto tava coberto pelos flash's de luz que o lugar tinha. Logo essa pessoa me leva para fora da boate e vejo seu rosto iliminado pela luz do poste.

- Annabeth, você passo dos limites. Já chega! - fala Thalia com uma voz brava e no minuto seguinte estou dentro de um carro.

...

Abro meus olhos com cuidado, mas logo a pequena luz que entra pela janela do quarto me obriga a fechá-los novamente.

Que dor de cabeça! Caramba!!!

Olho em volta, evitando olhar especificadamente a janela, e vejo que não estou nem perto do de estar no meu quarto. E com isso vem lembranças da noite passada.

Principal pergunta: Onde eu tô?

Como vim chegar aqui?

A última coisa que me lembro e estar em um carro. Olho mais uma vez para o quarto que agora me parece familiar.

Thalia! Obrigada deuses!

Por alguns segundos apavorantes eu achei ter passado a noite com algum desconhecido e agora nem saber o nome dele.

- Oi.

- Aiii. Seja mais cuidadosa ao entrar num lugar onde tem uma pessoa que está morrendo de dor de cabeça, Thalia. Merda! - falo olhando a cara de "tô nem ligando pra ti".

- Quem mando beber como se o mundo fosse acabar? Toma, te trouxe esse remédio. Me ajudava quando eu tinha ressaca. - fala ela me entregando um comprimido e um copo de suco de laranja.

- Obrigada. - falo tomando o remédio. - Como eu vim parar aqui? - pergunto entregando o copo a ela.

- Ora, eu te trouxe. Eu pensei em te levar pra casa mais eu tenho certeza que você morreria nas mãos da sua mãe então te trouxe pra cá. Joguei você no chuveiro e você tomou seu banho, te enprestei uma roupa e você dormiu aqui. - responde.

- Ah. Obrigada por tudo isso, Thals e desculpa o trabalho. - fala ela.

- De nada. Agora se arruma e vamos pra escola. Se você perder aula sua mãe te mata junto com os professores. - fala ela e eu olho surpresa.

- Você não ta com ressaca? - indago.

- Não, acabei me acostumando e parei de ter isso. - fala ela.

Não tenho escolha a não ser me levantar e ir a escola com essa dor de cabeça do submundo.

...

Nunca pensei que a simples atitude de colocar os pés no chão da escola seria uma coisa que chamaria a atenção de todos. Bem, pelo menos, hoje foi assim.

Assim que desci do carro milhares de cabeças olharam pra mim, me encarando. Mas uma em especifica me deixou constrangida.

Sim, ele.

Cada célula do meu corpo se contraiu e me pediu para voltar ao carro quando seu olhar quente e atento me atingiu, as mesmas células que lutam tanto, dia e noite, para esquecê-lo e apaga-lo da minha mente. Ele estava triste, me encarando vazio, mas estava melhor que ontem. Menos pálido, com menos olheiras, mal sei como ele conseguiu fazer isso sendo que eu estou um caco.

Mas por que todos estão me olhando desse jeito?

-Thals, aconteceu alguma xoisa que eu não saiba? - perguntei baixo para Thalia que andava do meu lado e também olhava estranho para o resto da escola.

- Não que eu saiba, mas não podemos duvidar de nada. - fala ela e continuamos a caminhar em direção ao nossos amigos que estavam na árvore em que sempre ficam.

- Oi. - digo assim que chego. Sorrio para todo mundo e meu olhar para em Percy que rapidamente pega o celular e se entreter em algo nele.

- Você não sabe de nada, Annabeth? Está bem? - pergunta Jason que estava abraçado com Piper.

- O...o que aconteceu? - receio em perguntar, ele pega o celular, mexe rápido e me entrega.

- Isso aconteceu.

Era um vídeo, onde eu era a protagonista e nele eu beijava um garoto loiro. Como...como assim? Um vídeo meu ta no celular de todo mundo?

Espero alguns minutos e logo vem outro vídeo, um pouco mais distante e desfocado, mas ainda dá para me ver dançando ao fundo. E com um outro garoto moreno desta vez.

Meus deuses!

Minha vida estava uma merda, agora esta a um nível muito baixo que isso.

Entrego o celular a Jason e fico parada, estática, pálida.

- Annie, você esta bem? - pergunta a Thalia do meu lado. - Deuses, você esta gelada! - exclama surpresa. Gelada eu vou ficar e quando for morta pela minha mãe.

- E...eu.... Eu não to acreditando nisso. Como conseguiram essas fotos? - pergunto sem entender completamente nada.

- Bom, parece que tiraram enquanto você estava muito ocupada ou vai dizer que não é você essas fotos, Annabeth? Vemos que a Annabeth santa que conheci era fachada. - fala Percy e pega sua mochila e sai pisando firme e bufando que nem um toró.

- O que deu nele? - pergunta Nico.

- Ciúmes, nada mais que isso. - diz Thalia.

- Se ele tivesse com ciúmes não teria me deixado e se eu estava naquela balada ontem foi por culpa dele. - falo e saio dali pois o sinal tinha batido.

Chego na sala e sou a segunda, pois ele ja estava lá.

- Percy, eu não sei o que você está achando de mim, e isso pouco me importa, eu só quero que saiba que você não tem nada haver com a minha vida. - falo olhando seriamente pra ele.

- Eu não tenho nada haver com você mesmo, e nem quero saber com quantos vagabundos você ficou ontem, afinal deve ser incapaz contar nos dedos. - fala ele e meu sangue ferve.

- Vagabundos que beijam bem melhor que você! - digo a ele, para provocar.

- Ah, Annabeth. Para né? - fala ele.

- Nem sei porque eu tava chorando por você ontem mesmo, sendo que tem coisa muito melhor pra mim do que um Cabeça de Alga como você. - falo pra ele que se aproxima ainda mais de mim.

- Pode ate ser, mas acho que eles não vao ter a paciência de aturar uma coisa que se acha a Sabidinha como você, se acha linda, maravilhosa. - fala ele olhando pra minha boca.

- Como se você não se achasse um lindo, gostoso e que vai conseguir todas as meninas que tu quiser agora. Nem sei o que eu vi em você. - falo olhando pra boca dele que me chamava como um imã para mais perto.

- Vai beijar os seus vagabundos e ver se eles te aturam porque eu já não quero te ver mais na minha frente, sua garota...que eu não consigo ficar longe. - ele para de falar e me puxa muito rápido pela cintura que eu nem vejo, so me toco quando sua boca ja esta na minha e sua língua dança dentro da minha boca.

Ahhh.

Como eu amo essa boca!

Eu abraço seu pescoço e enrosco minhas mãos nos cabelos pretos e macios da sua nuca e acaricio ele ali. Ele separa o beijo, não totalmente, e morde meu lábio inferior tomando fôlego para voltar novamente no beijo.

- Eu não consigo ficar longe da tua boca. - diz em meio a beijos e mordidas na minha boca.

- Muito menos eu. - sussurro quase sem ar.

- O que vocês estão fazendo?