História Meu tormento... Meu sonho - Velha amiga

[...] - Oii! – Uma voz feminina surgiu da floresta interrompendo Azumy. [...]

- Parece que eu cheguei na hora – Parou no meio dos dois, pôs uma das mãos na cintura e fitou os jovens.
- Quem é você? – A expressão de Sasuke mudou para brabo.
- Sério? Mudei tanto assim?
- Como?
- Nossa, fiquei magoada agora. Não lembra mais da prima? – Sorriu de canto.
Ele franziu a testa, ate que lembrou de algo do passado, uma garota que considerava sua prima:
- Yume?
- Muito bem – Bateu palmas – Vai ganhar um prêmio por acertar e lembrar
- Faz anos
- Verdade, você mudou bastante... Esta um gato
- E vejo que você só mudou na aparência por que o resto ainda continua o mesmo
- Claro! – Ela olhou para o lado e viu a ruiva paralisada – Azumy?
- Yume – Respondeu gélida.
- Uau quanto tempo não vejo você – Andou ate ela e a abraçou.
- O que esta fazendo aqui? – Sussurrou no ouvido da morena.
- Depois eu explico
- É bom mesmo – Assim se separaram.
- É ótimo ver você, mas o que veio fazer aqui? E como nos encontrou?
- É uma história bem complicada, mas é o seguinte, eu fui expulsa de Konoha
- Como é? – Azumy deixou escapar a surpresa em sua voz.
- Por quê? – Sasuke notou, mas fingiu que não escutou.
- Com o passar do tempo às coisas naquela vila vão ficando chatas e repetitivas, então um dia eu resolvi agitar um pouco as coisas... Roubei um dos pergaminhos sagrados, queria saber mais sobre as técnicas do meu clã, só que nisso eu acabei libertando um poder sombrio sobre a aldeia, mas por sorte o Hokage e os outros ninjas conseguiram reter e aprisionar de volta ao pergaminho. Então, além de ser acusado por roubo de pertences sagrados, fui também condenada como traidora e por isso, fora Yume de Konoha
- Isso tudo é bem estranho – Ele respondeu.
- Estranho por quê? Orochimaru também fez a mesma coisa, só que queria absorver todos os jutsus proibidos, e eu queria apenas saber mais sobre o poder do meu clã
- Hmm!
- Você já deveria ter aprendido a nunca duvidar de mim primo
- Certo, mas ainda não disse como nos encontrou
- Ah isso é fácil – Apontou para seus olhos – Esqueceu disso? Hyuuga
- Hunf!
- O que foi? – Yume perguntou.
- É muito bom te ver, mas agora deve ir embora
- Errado primo, eu vim para me juntar a vocês. Sou uma renegada, e seu grupo e composto disso, então eu me encaixaria perfeitamente
- Não. Nós não precisamos de mais ninguém aqui, por favor, vá embora
- Continua o mesmo enjoado de sempre
- É – Azumy concordou e Sasuke a olhou feio – Err... Quer dizer, Sasuke, por favor, deixa eu falar com ela
- Não, ela precisa ir
- Eu não vou. Eu posso ser bastante útil
- Arg
- Ela vai passar a noite comigo lá na cabana, certo? E amanha nós decidiremos o rumo desta conversa
- Hunf! Esta bem, só porque fomos amigos eu deixo você ficar esta noite
- Obrigada primo! – Olhou para ele sinicamente.
- Vem Yume – Pegou a mão da jovem e a puxou, indo para a floresta em direção à cabana. Andaram rápido praticamente correndo, mas assim que chegaram Azumy jogou a moça lá dentro e trancou a porta:
- O que está fazendo aqui?
Yume ajeitou a franja e respondeu olhando a amiga:
- Seu pai me mandou
- Meu pai? Mas por quê?
- Acontece que ele estava com medo por você
- Não entendi
- Ah, ele ficou preocupado com o rumo que essa missão iria levar. Você assim tão perto do Sasuke, com um passado cheio de história entre vocês
- Ele acha que não conseguiria terminar com êxito essa missão
- Exatamente. E também eu concordei em vir, eu mais do que ninguém sei o que você passou – Ela sentou na cama – E sei também como tudo isso deva estar sendo difícil
- Ah não sabe o quanto – Azumy sentou- se em uma cadeira e passou as duas mãos no rosto – Eu queria tanto voltar para Konoha
- E por que ainda não voltou? Kakashi e os outros disseram que vinham para levar você, o que houve?
- Ah! Tive um pequeno ataque de heroísmo, e justamente com o meu alvo
- Sasuke?
- Sim. Eu recebi um golpe que era para ter acertado nele
- Como assim?
- Bom, um flecha. Foi lançada para matar o Sasuke, mas eu pulei na frente e o salvei e morri
- Ha C- como assim morreu? – Não estava entendendo.
- Sim, eu morri, mas graças à ajuda do Dan e da Fênix eu voltei
- Oh! Agora lembrei, eu escutei isso rodando pela vila de que alguém tinha morrido no meio de uma luta, só que quando eu perguntava quem tinha sido ninguém queria me dizer, então era você.
- Sim
- Então por isso Naruto andava tão triste, não queria mais sair em missão, recusava ate Lamen
- Há! Há! Isso é realmente grave
- Há! Há! Há! Verdade
- E como estão meus pais?
- Estão bem tristes, ainda não disse a eles que está viva?
- Não, como tudo o que vem acontecendo eu não conseguir parar para tentar falar com ele
- Mas você precisa, eles estão desolados, vão ficar morrendo de... Err, morrendo não, essa não é a palavra certa, deixa eu ver... Vão ficar pulando de felicidades em saber que esta bem
- Eu sei, vou fazer isso logo
- É bom mesmo, ver aquele rostinho lindo triste do Yondaime me corta o coração, dá vontade de ir lá e encher ele de beijinhos para ficar melhor – Estava com os punhos fechados perto da boca, e com cara de fã apaixonada.
- Ei – Azumy pegou uma blusa sobre a cadeira e jogou em Yume – Respeita, ele é meu pai – Riu.
- O que posso fazer se ele é lindo?! Parece ate um Deus grego.
- Ai! Ai! Você não muda mesmo, fascínio é esse pelo meu pai
- É um gato
- Há! Há! Há!
- E me diz uma coisa, quem é Dan?
- Hmm! Prestou atenção nisso é?!
- Claro meu bem, se colocar nome de homem na conversa minhas orelhinhas ficam bastante atentas – Pegou na ponta de suas orelhas e as esticou.
- Há! Há! Há! Há! Há! Eu sei bem disso. Dan é um amigo – Ela sorriu de um jeito encantador.
- Hmmm! Amigo é? To achando que tem mais coelho atrás dessa moita
- Há! Há! Tem razão, não consigo esconder nada de você
- Conte- me os detalhes, e não esconda nada
- Bom, ele é um amigo, muuuito gato, um príncipe literalmente, super gentil, fofo, meigo, encantador, carinhoso, forte, alto, ombros largos, rico, engraçado, e tem um corpo perfeito
- Uau! Esse cara é um alienígena ou uma criação de um bruxo que quer deixar as mulheres malucas?
- Há! Há! Ele é bem real – A ruiva mordeu os lábios lembrando-se do Lorde.
- Espera, Azumy – Yume olhou para a miga desconfiada – Não vai me dizer que esta apaixonada por ele?
- Não, não... Bom, talvez
- Fala sério
- Não, Yume, se você conhecer ele vai ver como eu tenho razão
- Você já se... Envolveu com ele?
- Se eu já... – Embaralhou as mãos.
- É
- Não, não, nunca... Eu apenas o beijei... Duas vezes
- Haaa! Não acredito – Yume deixou o queixo cair, mas logo começou a rir – Qual seu problema? Na vila você nunca namorou ninguém depois de Sasuke, e agora que sai de lá pega um cara, e de quebra ainda é um príncipe. Sua vaca – Jogou a blusa de volta na amiga.
- Há! Há! Há!
- E eu aqui, ainda insistindo com o mesmo cara
- Oh! Tadinha! Não se preocupe, com tanta insistência ele vai acabar cedendo, por estar cheio de ser perseguido
- Ah qual é!
- Há! Há! Há! Não sabe como é bom ter você aqui – Azumy levantou e andou ate Yume, e a mesma levantou- se e as duas abraçaram –se.
- Senti tanto a sua falta
- E eu a sua. É bom ter um pedacinho de Konoha aqui – A ruiva aguentou o choro.
- Tudo estava muito chato sem você para se juntar com Naruto e deixar tudo de cabeça para baixo, seu pai disse que estava ate dormindo melhor
- Ah! Aquele velho – Riram.
- Eu estava precisando de uma conversa assim, de amigas.
- Verdade, eu também. – Elas olharam um para outra – Bom, sobre aquilo que perguntou, se eu já tinha dormido com Dan, bom eu não dormi com ele
- Você já disse
- Mas sim com Sasuke
- O queee? – Quase gritou, tomando o maior susto. Seus olhos nunca ficaram tão arregalados quando recebeu a notícia.
- Senta, eu vou te contar – Elas sentaram na cama, e o papo rolou solto. Ficaram conversando, e pondo o papo em dia ate altas horas da madrugada, mas para elas era como se a hora não existisse.
Com o restinho da noite elas dormiram, mas de manhã cedo tiveram que acordar. Mesmo tomando banho e se arrumando, elas não conseguiram parar de conversar por um momento:
- Bom você já entendeu como tem que agir não é? – Azumy perguntou vestindo sua jaqueta.
- Sei sim, devo agir como uma verdadeira renegada e não dar muito na vista que somos grandes amigas, sempre ter uma indiferença
- Exatamente, assim mantém o equilíbrio com todos
- Pode deixar
- Beleza, agora vamos, precisamos convencer Sasuke de que será útil
- Não se preocupe
- Ótimo! Vamos – Assim que as duas saíram, Azumy fechou a porta, e quando estavam indo para a casa do time, foram surpreendidas por Sasuke.
- Bom dia – Assustaram- se.
- Isso é jeito de aparecer? – Yume reclamou.
- É bom ver você também Yume – Deu um sorrisinho.
- Rum – Ela cruzou os braços.
- O que foi Sasuke? – Azumy perguntou.
- Temos que resolver o problema da Yume
- Que problema? Não vejo nenhum, eu vou ficar, acredite vai ser melhor para todos
- Ah! Yume, você não entende, não é qualquer um que pode entrar a hora que bem entende
- Sasuke, por favor, deixe ela ficar
- Resolvemos isso depois – Sasuke aproximou- se da ruiva e a olhou fundo nos olhos – Será que podemos conversar?
- Ah claro
- Venha comigo – Ele passou pela ruiva, e elas viraram- se e ficaram observando- o.
- O que será que ele quer conversar comigo?
- Eu não faço ideia
- Sempre que ele diz que quer falar comigo eu sinto um frio no estômago – Pôs a mão sobre a barriga e torceu a boca.
- Então é melhor ir logo, eu vou dar uma volta pela cidade
- Certo! Bem, ate mais – Azumy apressou o passo para alcançar o moreno.
Yume deu meia volta e seguiu para a cidade. Estavam cada vez mais distante da casa e da cabana, a caminhada dos dois jovens seguiu em silêncio, somente com o pensamento se torturando em saber o motivo para aquela conversa e porque estavam tão distante. Ate que pararam em um campo semiaberto, com árvores cobrindo o céu e os feixes de luz entrando pelos buracos das folhas, a grama parecia recém-cortada, o vento cortava e soprava tudo que estava caído no chão, era como estar em um mundo paralelo, um lugar tão bonito. Sasuke virou de frente para a moça, e ela foi tirada de seus pensamentos:
- Chegamos
- Ah! Por que me trouxe aqui? O que quer falar comigo?
- Precisava levar você para um lugar longe, assim não corremos o risco de sermos interrompidos, e também aqui é um lugar especial
- Como assim?
- Eu costumava vir aqui para pensar... Em você
- Em mim? – Ficou surpresa.
- Sim. Você costumava dizer que adorava andar pela floresta, e passar o dia todo sentada em lugares como este – Rodou a mão mostrando o lugar – Com as árvores servindo de telhado, grama baixa e macia, sentindo o frio que vem da mata.
- Lembra-se disso?
- É claro. Lembro praticamente de tudo o que disse; tudo o que fizemos juntos ou pretendíamos fazer
- Nossa! Mas por que está me dizendo tudo isso?
- Porque eu quero outra oportunidade para fazermos algo novo juntos, recomeçarmos, fazer tudo diferente – Deu alguns passos ate à ruiva – Quero mais uma chance
- Chance?

 

Continua....