História Meu último verão - A notícia

Era tarde da noite quando eu olhava pela janela de meu quarto, pensava em coisas banais, como o que eu iria vestir no dia seguinte, ou se tinha tomado meu remédio das 8 hrs. Enquanto eu estava preso em meus pensamentos, a porta do meu quarto se abre com uma certa pressa,era minha mãe, com um olhar preocupado.

-Eddie bear!- ela diz com sua voz levemente irritada

-S-sim mamãe?- falo me virando em direção a porta

-Por que você não estava me respondendo quando eu te chamava?

-Eu estava distraido, me desculpe mamãe-digo abaixando minha cabeça

-Tudo bem, de qualquer forma, onde esta sua pochete?- disse ela olhando de relance para o meu quarto

- Na segunda gaveta do meu guarda-roupa-olho para a janela de meu quarto novamente

Minha mãe vai até o local indicado e começa a procurar pela minha pochete cinza, pochete essa que era do meu falecido pai, guardo ela como forma de me lembrar dele, acho que a mamãe também pensa assim.

De qualquer modo, ela coloca novos frascos de remédios dentro da minha pochete e a fecha.

- Não demore para escovar seus dentes e ir dormir tudo bem querido?- diz ela calmamente

- okay mamãe, eu já vou

Ela então sai do quarto e eu volto a olhar pensativo para a janela, mas dessa vez estava pensando em meu pai, e de como eu sentia falta dele.

-No dia seguinte –

Eu acordo com meu alarme apitando como de costume, me levanto e vou para o banheiro, o dia estava nublado como os outros dias da semana, tomo um banho morno rápido, faço minhas higienes  pessoais e com minha toalha na cintura volto para o quarto, me visto com uma blusa polo rosa, uma bermuda marrom clara, um tênis preto com meias brancas grandes e por fim, minha pochete repleta de remédios e bombinhas de asma. Desço as escadas já com minha mochila nas costas, como uma maça e saio de casa.

Estava andando pela rua com minha cabeça para baixo quando sinto um cheiro familiar, um cheiro doce de baunilha queimada misturado com um leve cheiro de cigarro, já sabia quem era que estava por perto,dou um leve sorriso de canto e levanto minha cabeça finalmente olhando para o dono daquele cheiro familiar.

-Eddie spaghetti! – Richie fala com um belo sorriso em seu rosto

Não me chame assim Richie!- digo o olhando sério

Ele ri e eu acabo rindo também, e assim nós andamos juntos até a escola, como sempre fizemos, mas dessa vez eu notei que Richie estava mais calado, eu estava também, geralmente nos conversávamos sobre nosso dia anterior, só que hoje parecia que o silêncio iria ficar entre nós dois.

Minutos antes de chegarmos na escola Richie simplesmente para de andar e me puxa, eu com o gesto dele paro de andar também.

- Eddie já se sentiu com medo de algo?- ele me pergunta de cabeça baixa

- Hum? Claro que já, todos sentimos medo de algo- digo confuso

- Não, tipo, você já sentiu medo de algo acontecer e você não poder fazer nada em relação á isso?- ele pergunta novamente, mas dessa vez com uma voz mais deprimente

- Do que você tem medo Richie? O que aconteceu?- pergunto um pouco preocupado

Ele leva as mãos até seus óculos, os tira e aparentemente limpa algumas lágrimas que caíram

- Não é nada, está tudo bem- ele diz colocando de volta seus óculos

- quebra de tempo –

Hoje o dia na escola foi tão normal que mal vejo o tempo passar, assim que o último final toca eu vou em direção ao meu armário pegar minha mochila, coloco meus livros em seus lugares, pego minha mochila e vou em direção a Bill e Stan, que estavam na porta da escola conversando.

- Oi Bill, oi Stan- digo me aproximando dos dois

-O-oi eddie- diz Bill se virando em direção á mim

-oi- diz Stan do seu jeito de sempre

- Desculpe não falar com vocês hoje de manhã, estava meio aerio

- ah t-tudo bem- fala Bill sutilmente

- alias, vocês viram o Richie? Hoje de manhã ele estava meio triste...-falo um pouco baixo

- Eu vi ele fumando na hora do almoço...-Stan se lembra vagamente

-a-ali está ele!- aponta Bill para o banheiro masculino,onde estava Richie saindo de lá e indo em nossa direção

- Olá maricas, qual a boa?- Richie fala um pouco menos animado que de costume

- Ri-richie, o e-eddie estava aqui to-todo preocupado porque n-não tava te achando- diz Bill rindo

- N-não eu não esta...- fui interompido pela mão de Richie que bagunçou meus cabelos e logo em seguida me abraçou sorrindo

- Aw eddie meu amor não precisa se preocupar comigo, eu estou bem tá vendo?- Richie disse em um tom brincalhão

- Sai fora richie- falo me afastando do mesmo e rindo

- De qualquer forma, a Bev e o Ben já foram, eles iriam pra biblioteca estudar- fala Stan

- Ah droga, eu queria conversar com a Beverly- Richie fala meio cabisbaixo

O que v-você queria falar com a b-berverly?- pergunta Bill curioso

Ah nada demais, uma pergunta sobre a prova de ciência da semana que vem- claramente mentindo fala Richie

Enfim losers, eu tenho que ir, tenho que ensaiar para o meu Torá- diz Staley

Ah eu vou com você, o consultório da Dra.Joy é no c-caminho, tenho f-fonod-diologo- fala Bill saindo com Stan

Um silêncio fica entre eu e Richie até que eu resolvi quebra-lo

E você Richie, vai a algum lugar?- pergunto

Na verdade sim, eu ia jogar Street Figher- Responde Richie -Quer ir comigo?

Que desculpa eu dou para a minha mãe?-falo olhando para Richie

Ah não sei, fala que você vai sair com o cara que comeu ela na noite passada- diz Richie em um tom brincalhão

Haha muito engraçado, é sério Richie- falo bravo

Tudo bem, ah você pode falar que vai para a biblioteca estudar com o Bill- sugere Richie

Ah tanto faz, eu invento algo melhor no caminho- digo 

Okay, te encontro lá eddie sphaquetti- fala Richie indo para a direita e eu, vou em direção a minha casa               

eddie off~

richie on~

Há algumas semanas atrás recebi a pior notícia de todas, irei me mudar para Louisiana no ano que vem, não conseguia me ver longe dos losers e longe do meu melhor amigo, Eddie, por mais que eu odiasse Derry, não me via longe daqui, tentei convencer meus pais para não nos mudarmos mas eles falam que é algo fora do nosso alcance.

De qualquer modo não contei para ninguém sobre isso, não sabia como disser, para falar a verdade a esse ponto não sabia de nada, e esses pensamentos não saiam da minha cabeça.

Em poucos minutos já estava no fliperama, estava vazio, isso era bom, nenhum sinal do Bowers, só alguns adolecentes chatos que se camuflam no meio da multidão, entro no estabelecimento e logo já compro dez fichas para eddie e eu, sorrio e vou para a porta esperar eddie.