História Meu ursinho de pelúcia - Convite aceito

Acordei com a Lola em cima de mim e a Júlia abraçada ao Allan. As vezes temos dessa de trocar de irmã porque não é possível. Coloquei a Lola com cuidado do meu lado e puxei a Júlia para ficar ao lado dela afinal quem teria que acordar realmente cedo éramos eu e o Allan. 

-Bom dia dorminhoco vamos acordar? Ontem você dormiu cedo então não há desculpas para birra ou qualquer reclamação -Disse o cutucando, ele levantou a cabeça com os cabelos jogados nos olhos e olhou para mim. 

-Bom dia coelhinha - Disse e eu olhei para mim e continuava com o meu pijama de coelho.

-Eu realmente tinha que ter me trocado antes  de te acordar - Ele riu e se levantou da cama. 

-Hoje é o grande dia das provas... Se eu for mal a dona Taylor me proibe de ir ao Baile da Meia-Noite e eu definitivamente não posso faltar à esse baile tipo ele é o evento do ano - Assenti pois esse baile acontecia uma vez no ano e durava 3 dias e como o próprio nome diz começava à meia-noite e durante os mesmos 3 dias não havia aula porém eu nunca fui não por não ser convidada aliás o Allan me convida todo ano. Mas, acho uma completa perda de tempo. 

-Você vai tirar um boa nota e vai ao baile sim Allan, mas não comigo antes que me pergunte.

-Você me prometeu durante 4 anos uma ida à esse baile senhorita ou seja você está me devendo essa. 

-Não estou e você é um péssimo cobrador de impostos - Disse. 

-Quem disse? Eu sei cobrar o que estão me devendo muito bem e aliás a senhora por sempre me desprezar vai comigo nos 3 dias e não somente em um. 

-Eu não vou nenhum dia imagina em três? E você sabe que já está convidado o bastante para ir ao baile com uma garota cada dia pelos próximos 40 anos que estão por vir. 

-E você tem somente um convite e tem que honrá-lo e eu não aceitei nenhum convite que recebi até agora. Sempre deixo pra aceitar no último instante pra ver se você toma vergonha na cara e até esse último aceite ir comigo - Fez uma cara de magoado super kawaii. 

-Precisa mesmo? 

-Sim precisa - Disse ele sorrindo pois sabia como eu cedia fácil quando ele fazia caras fofas. Esse era o meu ponto fraco. 

-Adeus dias de estudo e olá noite entediante numa festa inútil que estarei indo obrigada com o cara mais insistente do universo - Ele sorriu e seu sorriso não cabia em seu rosto. 

-Finalmente! Agora é minha vez de marcar no calendário "O grandioso dia em que a garota mais cabeça dura aceitou ir numa festa " -Rimos e agora era minha vez de falar.

-Sem exageros Allan -Ele sorriu e fomos nos arrumar. 

O Allan tinha roupas aqui devido à frequência que essa coisa chata e irritante me amava e amava morar mais na minha casa que na própria casa dele. Eu como sempre vesti roupas confortáveis e ele aquelas roupas estilosas que só ele sabe usar de uma forma que não me dá raiva pois costumo odiar roupas da moda. 

Descemos e lá estavam os meus pais na mesa, meu pai olhou o Allan e sorriu e então o abraçou.Ele o tratava como um filho o que era impressionante pois como conseguem simpatizar com um ser tão irritante? 

-Bom dia senh... -Ele olhou minha mãe que o encarava- Fernanda e Leandro. 

-Melhor assim- Minha mãe disse e nos sentamos à mesa. 

-Para onde você tinha ido pai? Afinal estava viajando... -Perguntei.

-Foi uma viagem rápida ao Canadá docinho - Sorri e o Allan também com o apelido que meu pai me dera. 

-Sim, a Alícia é mesmo um doce desde que eu não toque no assunto do baile - Minha mãe me olhou interessada. 

-Você aceitou o convite dessa vez minha filha? Temos de ir às compras urgentemente  Alícia. Não é todo dia que você vai ao baile ainda mais com o Allan e tem que estar apresentável não é? Lembra daquele vestido de Londres? -Olhei para o Allan que estava a sorrir segurando o riso pois sabia que eu teria que aguentar aquilo durante os próximos meses até o baile. 

-Mãe... Não vamos pensar nisso agora ok? Mas sim aquele vestido era lindo -Disse enquanto encarava o Allan que para não rir mordeu um pedaço de bolo que minha mãe havia feito porém como o ódio se estampava no meu rosto ele acabou engasgando com a vontade de ir. 

-Bem feito... Quer dizer que dó né ?- Disse enquanto o via ficar sem ar e me olhar com raiva porém implorando por ajuda. 

-Filha vai ficar vendo ele aí? -Falou minha mãe rindo. 

-Tá bom - Disse dando pequenas batidas em suas costas na tentativa que ele não morresse com falta de ar.

-Allan só você pra quase morrer por estar rindo comendo um pedaço de bolo - Disse rindo enquanto ele suspirava recuperando o ar. 

-Malvada - Me olhou mostrando língua. 

-Eu salvo a sua vida e é assim que me agradece? Mal agradecido -Rimos e acabamos de tomar o café. 

-Posso levar vocês dois? -Perguntou meu pai já pegando a chave do carro. 

-Pode sim- Disse pegando a minha mochila e jogando no Allan a dele. 

-Eii -Ele disse e eu ri dele. 

Meu pai nos levou até a escola e nos despedimos dele. E como sempre o Allan quando dorme em minha casa faz eu me atrasar com as palhaçadas acabamos chegando e as aulas já haviam começado e então descobrimos que as nossas provas seriam dadas em lugares diferentes. O que é estranho pois não havia motivo para essa separação. 

-Aqui Allan a sua sala é essa -Disse apontando para a sala -Lembre-se do que estudamos e é pra lembrar que se você colar a sua conciência vai pesar e a minha mão na tua cara também -Ele riu e beijou minha testa. 

-Você fica fofa me ameaçando -Ele apertou minhas bochechas - Obrigado e vou me lembrar disso. 

-Ótimo agora vá lá e mostre o resultado dos estudos de ontem - Ele riu e entrou na sala e pela janela observei até se sentar e começar a prova. 

Fui então para a minha sala e fiz as devidas provas. Acabei e esperei o Allan no corredor pois em dia de prova só tem que fazê-la e então voltar para casa. 

-Você já está me esperando? Como sempre acaba primeiro que eu - Ele disse saindo da sala sorrindo porém parecia preocupado. 

-Você sabe que comigo por perto você nunca terá notas baixas não é? Não tem com o que se preocupar bobinho-Ele sorriu com o que falei e sussurrou um "obrigado ".

-Topa um sorvete para se acalmar? -Ele sorriu.

-Como diz você comida é irrecusável. 

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