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História Meu Verdadeiro Amor - Uma Confissão em Seus Lábios


Escrita por: Suellen_Dias

Notas do Autor


Hey, meus Cookies!
Como vocês estão?
Olha só mais uma atualização \o/, tenho sido uma boa garota, certo? hahahaha
Estou viva, mas bem cansada dessa semana que tive. Agora só esperar que dê certo com as notas.
O capítulo que estou postando ficou maior que o anterior e... Bem, é um capítulo especial. Sem mais delongas, espero que vocês gostem.
Boa leitura ♥

Capítulo 10 - Uma Confissão em Seus Lábios


— Uau... — engasgou a princesa sem palavras ao perceber que Elsa não vestia nada. — Err, quero dizer você está, você é... Uau!

Elsa estava boquiaberta sem acreditar no que estava acontecendo. Ela limpou a garganta e fez um sinal com a mão direita fazendo com que seu vestido de gelo reaparecesse.

A rainha andou em direção à varanda, ela sentia que precisava urgentemente tomar um ar, seu rosto parecia estar em chamas.

— Anna, o que você faz aqui?

Elsa perguntou isso e imediatamente lembrou-se que vinha desesperadamente desejando a companhia da princesa, mas na atual circunstância as primeiras palavras que saíram de sua boca foi a tal pergunta.

— Hm, eu é... E-eu... — Anna balbuciava nervosamente

A verdade era que a princesa estava com a imagem de Elsa desnuda ainda vívida em sua mente, por isso não era capaz de elaborar uma resposta adequada. Talvez ela também precisasse de uma brisa para esfriar as coisas.

— E-eu queria conversar com você, mas como você estava ocupada com aquela embaixadora, eu decidi esperar por você em seu quarto.

Anna seguiu até o local onde Elsa estava e se recostou ao parapeito.

— Desculpe entrar sem avisá-la, eu não imaginei que você... Bem, eu sinto muito se estou incomodando, eu só-

— Você não está incomodando, Anna. — respondeu Elsa sem olhar para a irmã — Você nunca me incomoda.

Tais palavras soaram francas e fizeram o coração da princesa aquecer. Com um sorriso feliz, Anna se aproximou da rainha.

— É mesmo? — perguntou entrelaçando seus dedos nos dedos de Elsa.

A solidão de momentos antes parecia estar sendo varrida com a simples presença de Anna, e Elsa pressionou sua mão de volta. A princesa não lhe permitira relaxar após o momento de embaraço de ter sido pega nua, pois agora mesmo a rainha sentia um misto de sensações em seu peito, uma delas era o ímpeto de tomar Anna em seus braços e depois de abraçá-la, dizer-lhe que nunca mais se afastasse desse jeito novamente. Mas Elsa estava receosa, ela sentia medo do que esses estranhos sentimentos de dentro do seu peito pudessem levá-la a querer fazer.

A rainha balançou a cabeça.

— É claro que você não me incomoda, Anna. — confirmou ainda sem encarar a irmã.

Anna soltou a mão de Elsa e segurou seu rosto, fazendo-a olhá-la de volta. Carinhosamente, a princesa traçou os dedos por sua face e olhou de uma forma tão intensa que Elsa sentia que seria puxada para dentro de seus olhos.

 — Será que você pode me perdoar por ter agido feito uma maluca esquisita nos últimos dias?

Não havia luar naquela noite, mas tinham tantas estrelas no céu, que Arendelle, da varanda do quarto de Elsa, naquele momento, parecia uma pintura. A luz baixa, a brisa fresca da noite balançando suavemente os cabelos ruivos de Anna, e seus lindos olhos fitando-a de um jeito indescritível. A noite realmente parecia incrivelmente linda para Elsa.

Havia tanto que Elsa queria saber, perguntar, mas ela temia quebrar o momento com tantas explicações, ela só queria ficar ali, perdida nos olhos de Anna.

— Então você não vai mais agir feito uma maluca esquisita? — perguntou a rainha com uma pontada de humor

Anna riu e permaneceu sorrindo.

— Eu senti tanto sua falta, Elsa! — exclamou abraçando Elsa com necessidade.

— Eu senti mais que tanto, Anna. — murmurou Elsa se entregando ao abraço sem qualquer resistência.

O tempo poderia parar naquele instante, as duas jovens achavam que seriam felizes vivendo aquele momento pela eternidade. Mas ainda tinha muito mais por vir, muito mais para elas viverem, muito mais que elas queriam viver.

— Eu senti tanta falta disso! Te abraçar, sentir seu cheiro, ouvir sua voz falando comigo. Eu sou tão idiota! — disparou Anna — E é tudo minha culpa, eu estava miseravelmente infeliz porque senti medo. Você sentiu saudades mesmo?

— Há tempos eu não me sentia tão solitária, Anna.

— Mas você estava sempre com aquela mulher! — rebateu Anna atravessado

— Dama Josephine? Anna, ninguém mais me importa se você estiver afastada de mim. Estar em companhia da embaixadora é parte do meu papel como rainha, mas estar com você era minha melhor parte do dia e infelizmente eu tinha perdido isso.

Anna apertou-se contra a irmã de novo e reiniciou sua serie de pedidos de desculpas.

— Eu não estava aguentando ficar longe de você, Elsa, mas eu precisava compreender algumas coisas.

Nesse momento Elsa sentiu Anna aninhar o rosto em seu pescoço e inalar lentamente. Tal atitude causou arrepios na rainha que, involuntariamente, emitiu um suspiro.

Anna percebeu os efeitos do que fizera e aos poucos se desvencilhou dos braços da rainha.

— Elsa —, falou Anna numa voz séria e determinada — Kristoff e eu não estamos mais juntos e...

Essa informação Elsa já possuía, mas achou mais sábio e prudente não comentar que visitara Kristoff há algum tempo e ele lhe contara a respeito do término. No dia que ficou sabendo Elsa quis conversar com Anna, saber como ela se sentia, pois a rainha sabia que sua irmã deveria estar sofrendo e precisando de apoio e só de saber que Anna estava infeliz, Elsa se sentia infeliz. Entretanto a princesa a estava evitando e Elsa temia como Anna reagiria se descobrisse que Elsa já sabia sobre o término.

— Eu sinto muito mesmo, Anna. Como você se sente?

— Estou bem. Eu sofri quando aconteceu, pois foi de uma maneira inesperada e por circunstâncias inesperadas. Eu temi perder a amizade dele, mas felizmente ainda o tenho em minha vida.

Elsa sentiu um imenso alivio inundar seu ser. Sentiu-se aliviada por Anna não estar sofrendo com o rompimento e por Kristoff permanecer ao seu lado. Se sentindo feliz a rainha pensou que talvez a visita feita ao jovem homem tenha sido uma boa ideia.

— Eu gostaria que você tivesse se aberto comigo antes para consolá-la, mas me faz feliz saber que você esta bem, Anna.

— Sinto muito, eu precisava de um tempo para organizar algumas coisas dentro de mim. — ao dizer isso, Anna pousou a mão em seu peito — Você sabe por que nós terminamos?

Elsa franziu a sobrancelha, era uma pergunta no mínimo estranha.

— Por causa da história da flor, talvez? — arriscou a rainha, apesar de que Kristoff já tinha confirmado que não fora o único motivo.

— Não necessariamente, embora o episódio da flor tenha nos ajudado a perceber e esclarecer algumas coisas. — Anna olhou para o céu por uns instantes. — Eu não amo o Kristoff, ao menos não da forma que eu achava que poderia amá-lo um dia, sabe?

Elsa não tinha certeza se deveria estar se sentindo da forma que se sentia naquele exato momento, era como se ela tivesse recebido uma excelente notícia. Obviamente ela não demonstrou, mas seus pensamentos não foram nada reservados. “Você não imagina o quanto me deixa feliz ouvir isso, Anna. Ver você sendo beijada por ele daquele jeito, ou por qualquer outra pessoa me desagrada imensamente. Espere um pouco, o que é isso? Meu ciúme anda muito descabido.” Reprovou-se Elsa mentalmente.

— Tudo bem, Anna. Você é ainda muito jovem, poderá conhecer outras pessoas.

Depois de dizer isso, Elsa pensou que não gostaria que Anna voltasse a namorar novamente, ao menos não por enquanto.

— Eu não acho que precise conhecer outras pessoas, não para romance. Eu nem mesmo quero.

— Oh... Bem, você sempre terá a mim, Anna. Você tem uma imensidão de coisas para viver e tempo para desfrutar, não precisa ter pressa.

Elsa não falara da boca para fora, ela estaria ao lado de Anna sempre que ela precisasse. Contudo a rainha se sentia confusa, Anna sempre parecia estar em busca de viver um romance de contos de fadas. Elsa olhou para a imensidão do reino a sua frente, de sua varanda era possível ver o fiorde.

Anna agora a observava atentamente. “De onde Kristoff tirou que Elsa sente o mesmo por mim, seria possível?” só restava à princesa descobrir, e ideias não lhe faltavam.

— Elsa?

A rainha a fitou interrogativamente.

A mente de Anna foi longe. “Olha só que mulher linda. Com roupa e sem roupa... espera o que? Concentração, Anna!"

— Anna, você está bem?

— Eu? É claro! Por quê?

— Seu rosto estava bem divertido, parecia estar num sério dilema. — provocou Elsa sorrindo.

— Hey! Está rindo de mim é? Você sabe que às vezes eu divago.

— Que surpresa! — comentou a rainha entre risos.

— Elsa? — chamou Anna, dessa vez mais séria.

Elsa a encarou e viu algo desconhecido naquele olhar.

— Sim, Anna?

— Eu... — Anna passou a mão nos cabelos. — Eu posso tentar algo meio louco?

— Acho que agora é um pouco tarde para coisas loucas, Anna.

— Por favor? — insistiu a princesa — Prometo que não farei qualquer barulho.

Elsa se amaldiçoava internamente por não resistir àquele olhar. Com um suspiro resignado ela concordou.

— Feche os olhos. — pediu Anna

A rainha a olhou desconfiada, mas a curiosidade cutucava seu âmago e ela obedeceu ao pedido.

— Anna, Anna... — murmurou ao fechar os olhos

Nesse momento Anna sentiu seus batimentos cardíacos acelerarem, ela engoliu algumas vezes e segurou as mãos de Elsa contra as suas. Conforme se aproximava da face da rainha, sua respiração ofegava, mas não apenas a sua, Elsa respirava pesadamente. “Ela já percebeu? Eu não vou voltar atrás, Elsa.” Pensou Anna decidida. A princesa molhou os lábios com a língua e beijou delicadamente os lábios de Elsa sem fechar os olhos, ela precisava saber se a rainha se sentiria incomodada, pois pararia se assim fosse.

Anna esperou Elsa abrir os olhos e repeli-la, mas isto não aconteceu. Na verdade ela sentiu Elsa pressionar suas mãos com firmeza. “Isso é um sim?” a princesa fechou os olhos e abraçou a cintura de Elsa aprofundando o beijo. Seu coração batia loucamente, dando-lhe a sensação que sairia de seu corpo. Ao contrário do que se poderia supor, devido aos poderes de Elsa envolverem frio, seus lábios eram quentes. Quando foi correspondida pela rainha, Anna sentiu que Elsa parecia incerta sobre como agir, provavelmente por aquele ser seu primeiro beijo, por isso a princesa foi mais dominante. Todas as sensações que se espalhavam por seu peito e resto do corpo, Anna ainda não tinha experimentado. Os lábios macios de Elsa, seu perfume suave e fresco como o início do inverno, e seus braços sobre os ombros da princesa faziam-na sentir como se estivesse sonhando. Era a segunda pessoa que a princesa beijava, mas naquele instante ela teve certeza que não queria mais beijar ninguém além de Elsa.

Poderia ter sido qualquer coisa, e nas profundezas de sua alma Elsa supôs que Anna a beijaria, mas ela não ousava imaginar que aconteceria só porque ela queria. Elsa acreditava que tais acontecimentos só eram possíveis em seus sonhos. No entanto quando ela sentiu o perfume de Anna próximo e sua respiração a milímetros de seu rosto, foi como se seu coração parasse por um milésimo de segundo e então os lábios macios de Anna pressionaram os seus suavemente fazendo seu coração bater loucamente. Elsa não conseguia acreditar, aquilo não podia estar acontecendo realmente, então para confirmar que Anna estava ali, a rainha apertou suas mãos. Quando a princesa enlaçou sua cintura e aprofundou o beijo, Elsa sentiu um fraco nas pernas e agarrou Anna com força.

Talvez nem seja necessário dizer que a rainha retribuiu ao beijo apaixonadamente e gemidos baixos e involuntários podiam ser ouvidos de uma ou das duas, provavelmente das duas. O beijo que começara suave e comedido evoluiu para um beijo intenso e apaixonado.

Uma queda na temperatura chamou Elsa para a realidade e ela, a contragosto, quebrou o beijo. Depois de piscar várias vezes, Elsa olhou em volta notando a presença de diversos flocos de neve por toda a varanda, seus cabelos e cabelos de Anna. Sua magia havia manifestado sem sua permissão novamente.

— Uau... — murmurou Anna traçando o indicador nos lábios.

— Você está bem, Anna?

Anna a encarou sem entender e então sorriu amplamente.

— Bem? Sim! Eu estou com calor e um pouco, não tenho certeza...

— Calor? — interrompeu Elsa

— Sim, ficou bem quente aqui porque... — Anna gesticulou entre as duas. — Eu estou ótima! Esse beijo foi incrível, eu sempre soube que seus lábios eram gostosos! Quer dizer, não que eu ficasse pensando nisso o tempo todo e tudo mais, eu só...

Elsa engoliu uma, duas, três vezes e mesmo assim ainda se sentia incapaz de formar uma silaba sequer.

— Eu quis dizer sobre minha magia, ela te machucou?

— Não! São apenas lindos floquinhos de neve, vê? — Anna tocava os flocos. — Eu nunca estive melhor. — respondeu sorrindo.

Rainha Elsa se sentiu mais tranquila e finalmente podia refletir a respeito do que acabara de acontecer. Anna e ela tinham se beijado. Anna, sua irmã mais nova, e ela tinham se beijado como amantes e tinha sido perfeito. Nem em seus auges de fantasia, Elsa imaginara que seu primeiro lhe causaria tais sensações. Nem quando lia aqueles contos românticos e piegas que enchiam as prateleiras da biblioteca do castelo, a rainha do gelo se imaginara provar as sensações descritas nesses mesmos livros. Nunca passou pela cabeça de Elsa que ela provaria um beijo tão gostoso e que seria com ninguém menos que sua irmã. E para piorar ela queria beijar Anna novamente. Obviamente o destino parecia gostar de pregar peças na rainha, pelo menos era assim que ela estava se sentindo naquele momento.

— Isso é serio mesmo? Eu nasci com o poder de criar gelo e neve e agora estou desenvolvendo sentimentos românticos por minha irmã? Por que esse tipo de coisa acontece comigo?

Elsa jogava seus questionamentos no ar, sua voz soava aflita e ela sentia que iria chorar.

— Elsa? — chamou Anna em voz baixa — Está tudo bem.

— Não, Anna, não está tudo bem!

— Você também gostou do beijo, você se sente como eu?

— Seu beijo é uma delícia, Anna! Você não tem ideia do quanto eu quero beijá-la novamente.

— Então me beije, Elsa.

— Não, Anna! Não importa o quanto eu queira ou como eu me sinta. Nem que você queira... Espere, foi por isso que você e Kristoff terminaram?

O olhar de Anna respondeu por ela e antes que ela pudesse dizer algo, Elsa prosseguiu.

— Oh, não... É tudo minha culpa.

— Não é sua culpa, Elsa. Não é culpa de ninguém, nós não escolhemos nos sentir dessa forma.

— Não pode acontecer, Anna. Deuses, eu nem posso ficar feliz com esse sentimento, pois está errado!

A voz de Elsa saíra embargada e ela sentia as lágrimas escapando sem poder contê-las.

— Amar não é errado, Elsa-

— Anna, por favor —, interrompeu a rainha — vá para o seu quarto.

— Não, você não pode me afastar novamente! Nós já passamos muito tempo distantes uma da outra, só nos fez mal! Você não imagina o quanto ficar longe de você me machucou, por favor, não faça isso. — implorou Anna num fio de voz

— Então eu não sei o que fazer. — falou Elsa indo para o interior do quarto.

Anna a seguiu com cautela, ela queria abraçá-la e dizer que estava sim tudo bem, que elas estariam juntas independentes de qualquer coisa, mas Elsa parecia tensa. A rainha adotara a mesma posição que sempre ficava quando se sentia tensa e nervosa, abraçando sua própria cintura.

Antes que Anna pudesse dizer qualquer coisa, Elsa falou.

— Anna, você sabe que não podemos...

— Elsa ­—, dessa vez a princesa interrompeu — o que você quer fazer?

Elsa mordeu o lábio e respondeu.

— O que eu quero não pode ser feito.

— Pode. — discordou Anna

— Mas não deve.

— Diga-me, por favor! Honestamente, o que você mais quer?

— E-eu quero você... — admitiu

— Eu já sou sua, Elsa. — disse a princesa se aproximando — Deixe-me ficar. Nós não estamos fazendo mal a ninguém, nós apenas nos amamos. Que mal há em amar alguém e ser amada de volta?

— Nem todos têm o coração como o seu, Anna.

A princesa quebrou o resto de espaço que a separava de Elsa e segurou suas mãos. O sorriso que ela ofereceu a rainha carregava amor, ternura, coragem e força. Elsa sentiu o poder daquele belo sorriso.

— Eu posso dormir com você hoje?

— Não tem como tirá-la daqui mesmo, não é?

Anna sorriu obstinada.

— Nem adianta tentar.


Notas Finais


Me contem o que acharam.


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