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História Meu vizinho - Capítulo 3 - (Atualizado)


Escrita por: Luhander

Capítulo 3 - Capítulo 3 - (Atualizado)


Fanfic / Fanfiction Meu vizinho - Capítulo 3 - (Atualizado)

Mark acabou acordando mais cedo do que estava acostumado a acordar. Aproveitou para tomar um longo e bom banho, depois resolveu terminar de fazer sua tarefa de casa, a qual não havia feito no dia seguinte. Se considerava um dos maiores postergadores do mundo, e podia provar.

Já Jason, não havia nem piscado o olho a noite toda, passava tanto tempo lendo seus livros favoritos que aquilo passou a ser rotina e não o incomodava mais o sono que sentia durante o dia todo. Só olhou para o relógio quando as luzes solares entraram no quarto o fazendo ter um breve infarto. 

-De novo? - Perguntou derrotado.

Fechou o livro e tirou seus óculos, como estava em casa não precisava usar as lentes, passou as mãos pelos olhos fechados, exausto pelo esforço excessivo da leitura. Foi ao banheiro e lavou as mãos, jogando um pouco da água em seu rosto, tentando relaxar. Mas os abriu de forma assustada quando a campainha tocou.

Desceu as escadas da casa tranquilamente, porém bastante curioso para saber quem iria até sua porta pela manhã. O qual não foi tão surpresa assim quando abriu a porta e deu de cara com Mark, sorridente e arrumado.

-Bom dia- Disse Jason abrindo mais a porta e se escorando no batente da porta.

Mark quando viu Jason, seu sorriso morreu imediatamente, mudando todo seu rosto para expressões de espanto e surpresa. Ele estava sem as lentes castanhas na qual tinha percebido na noite anterior, mas a surpresa maior foi constatar de que a coloração de seus olhos era diferente, diferentes uma da outra.

-J-Jason.... seus olhos.

Ao ouvir isso, Jason se assustou e lembrou que estava sem as lentes. Entrou correndo em casa fechando a porta atrás de si.

-Espera, Jason! - Mark Gritava do lado de fora da casa- Jason eu já vi, não adianta esconder mais.

Jason se encostou na porta olhando para o lado, aonde tinha um espelho. Seus olhos.... seus olhos de cores diferentes, no qual o fez sofrer por tantos anos, sendo julgado. Até que sua mãe ficou sabendo e comprou lentes para o mais jovem. Quando comprou disse que não eram lentes pra esconder algo terrível, eram lentes pra esconder o que os outros não compreendiam. Que o filho era lindo e perfeito.

-Jason, por favor abre a porta, sei que está aí ainda. – Suspirou. – Podemos fingir que eu não vi nada e quando você estiver pronto pra falar, estarei aqui pra ouvir.

“Como se algum dia eu fosse querer comentar sobre isso.” Jason pensou.

Nada foi ouvido. 

Mark encostou a cabeça na porta e depois de um bom tempo Jason aparece abrindo a mesma, quase fazendo Mark cair no chão, se Jason não o segurasse. Ficaram congelados nessa posição encarando um ou outro.

Eram tão diferentes um do outro. Um era castanho claro, mas ainda sim bem marrom, já o outro era de um verde azulado bem claro, parecia uma piscina de tão transparente. Poderia passar o dia inteiro o encarando, fazendo perguntas e ouvindo as histórias, sem problema algum.

Mas isso não aconteceria.

-Vim te chamar pra irmos pra escola juntos. É bem provável que sejamos da mesma sala! – Falou animado com a possibilidade de ser real.

-Já volto. – Falou friamente e subiu as escadas. Tinha deixado a porta aberta e nessa hora, Mark não sabia se entrava ou se esperava onde estava. Demorou tanto tentando se decidir que não tardou para que Jason aparecesse novamente.

O caminho até a escola era silencioso, o sol começava a ficar um pouco mais forte com o passar do caminho, então Mark tirou de dentro da mochila um óculos de sol. Jason achou graça mas seu rosto não demonstrou nem de longe isso.

Quando chegaram na escola Mark sentiu um desconforto pelo fato de Jason chamar muita atenção. Nunca fora percebido em sua vida no colégio, e agora que todos olhavam para os dois se sentiu, no mínimo, estranho.

Mark levou Jason até a diretoria e logo em seguida foi para a sala de aula, alegando que se chegasse atrasado novamente levaria falta já que na primeira semana de aula o professor tinha o marcado.

Chegando na sala, sentou-se perto da janela nas cadeiras do meio. Não suportava o fundo da sala, lá ficavam as pessoas que não prestavam atenção a nada, faziam piada a aula toda e conversavam muito alto. Não que eu fosse um aluno exemplar, só preferia não chamar atenção e ser marcado pelos professores por conversas que não me dizem respeito.

Também não sentava na frente, pois chamava muita atenção, então me restou as cadeiras do meio. As vezes olhava pela janela e me perdia em pensamentos, assim o tempo passava mais rápido e eu não precisava ficar me preocupando com o tempo que perdia ali dentro.

Depois de um tempo, a aula finalmente começou e o fato de Jason não ter aparecido na minha sala me incomodava, pois provavelmente teria ficado em outra.

Alguns minutos depois a porta foi aberta e todos os olhares de viraram para lá, menos Mark que estava dormindo. Jason passou pela porta e entregou o papel para o professor.

-Bem pessoal, temos um aluno novo aqui. Quero que sejam amigáveis! – Disse breve. – E nada de fazer perguntas agora, depois vocês terão tempo de conhecer o novo colega de vocês.

O professor indicou o lugar atrás de Mark que ele pudesse sentar, foi até lá e sentou na cadeira fazendo um barulho. Assustado, Mark que levantou a cabeça e olhou pra trás.

-Hey para de fazer barulho ai...Jason? Você veio pra minha sala! - Disse alegre e meio sonolento.

-Que bom que consegue reparar nas coisas sozinho. - Disse Jason. – Agora olha pra frente.

- Poderia ser menos ranzinza, perderia menos anos de vida. – Sorriu mas não foi acompanhado pelo outro. Ficaram se encarando por um tempo.

-Algum problema? - Perguntou Jason um pouco desconfortável pelo modo no qual Mark o olhava.

-Não, nada. - disse virando para a frente e tentando dormir um pouco. Acordou com os barulhos que as cadeiras faziam na hora de sair. Mas se arrependeu amargamente de ter acordado. 

P.O.V Mark

Uma das meninas que sentava do meu lado estava conversando com Jason, mas esse nem era o problema, ficava feliz dele estar se socializando e tudo mais, mas esse era o problema. Jason estar socializando. A menina era bonita demais, as vezes eu me pegava olhando pra ela. Não por interesse romântico, mas as vezes era até patético o quão bonita ela era. 

Ela ficava sem jeito quando falava com ele, botava uma mecha de cabelo atrás da orelha e alisava o braço apenas pra comprovar o que já avia notado. Prestei atenção no que conversavam, discretamente e fui me aproximando na intenção de mostrar a eles que eu estava presente e que estava apenas esperando Jason para podermos ir embora.

Mas o que foi engraçado era que agora eu estava quase colado neles e somente me viram ali quando resolvi perguntar:

-Jason você vai agora?

-Vou sim. - Disse arrumando suas coisas e voltando a conversar com a menina.

-Vai fazer alguma coisa hoje de tarde? - Perguntou a menina resolvendo prender os cabelos em um rabo de cavalo, já que estava começando a ficar quente até demais. Oportunidade perfeita pra blusa subir um pouco e mostrar uma parte de sua barriga

-Na verdade não. – Colocou a mochila no ombro.

-Olha hoje um pessoal vai sair pra ir no cinema, quer ir com a gente? – Perguntou pegando sua mochila também.

-Que horas?

-Vamos agora. - Disse ela se levantando. – Almoçamos por lá e já ficamos de vez.

Jason se virou pra mim e disse:

-Mark, hoje não volto com você. – Disse simples. Mesmo que fosse frio o tempo todo, consegui ver que ele tinha ficado genuinamente incomodado como fato de eu ter o esperado esse tempo todo para me fazer voltar para casa sozinho.

Resolvi sorrir e demonstrar que aquilo não tinha nada a ver e que ele poderia ir na paz.

-Ah, tudo bem então. Até mais tarde. Tchau Jason, Tchau Clara.

A menina só respondeu um "Hum" e Jason disse "Tchau"

Antes de ir embora, resolvi dar uma passada no banheiro. Saindo da cabine, fui lavar as mão. Não demorou muito para que eu percebesse que alguns meninos entravam no banheiro e se aproximavam de mim rindo e fazendo as piadas de sempre.

-Olha só o que vemos aqui! Huumm Mark, fiquei sabendo que você veio com o novato hoje. O que foi? Cansou da sua paixonite por mim e agora já arranjou outro pra sentar? - Perguntou o Mais forte de todos, tinha uns olhos azuis iguais aos meus mas seus cabelos eram escuros.

-Claro que não! E pode superar isso? Eu nunca tive interesse nenhum em você, não crie falsas esperanças para amaciar seu ego às minhas custas. Isso não vai rolar. - Eu já nem ligava para os comentários que eles faziam, mas dessa vez me deixou completamente envergonhado, mas mesmo assim, não demonstrei nada. - Somos vizinhos, só vim junto com ele.

-Eita!! são vizinhos? Imagina a madrugada desses dois! – Soltou uma gargalhada que, crio eu, que quem passava por fora no banheiro conseguiria, tranquilamente escutar. - Agora me diga Mark- Disse o mesmo menino me prensando contra a pia mexendo no meu cabelo e depois fazendo um carinho sarcástico no meu rosto- Ele te fode bem? Porque se não foder você sabe que estou sempre livre pra qualquer um que queria me dar. E não adianta negar, todo mundo sabe que você gosta de mim.

Não gostei mesmo disso, me desvencilhei de seus braços e já ia saindo do banheiro quando um deles colocou o pé na minha frente e me fez cair, deixando meus óculos escuros caírem no chão.

-Vem cá, vocês tem quantos anos? – Perguntei puto da vida.

O menino se abaixou ficando no mesmo nível que eu e disse:

-Sabe, olhar pra você assim, no chão, completamente vulnerável, me deixou estranho. Sério mesmo. Veja. - Pegou minha mão e colocou em seu membro por cima da calça fazendo movimentos obscenos de vai e vem, consegui sentir seu pênis já endurecendo- Consegue sentir? – Sorriu de lado.

Tirei minha mão dali como se tivesse acabado de tomar um choque, peguei meu óculos o mais rápido que pude e saí correndo para casa.

Eu não olhava para trás e também nem queria, só queria chegar em casa. Corria como se tudo dependesse disso, não minha vida. Porque se dependesse dela.... eu não movia um músculo.

Cheguei em casa correndo e subi as escadas. Entrei no meu quarto, fechei a porta, me escorei e escorreguei até me sentar no chão.

Conhecia a brincadeira daqueles otários a bastante tempo, mas dessa vez as coisas tinham ido longe demais. Levantei a mão e a fiquei encarando, não por muito tempo, mas o suficiente para conseguir lembrar de como foi segurar o pênis dele. Quase vomitei, ali mesmo no meu carpete. Levantei correndo, indo em direção ao banheiro do meu quarto e lavei minhas mãos com bastante sabão e força, como se dessa forma eu conseguisse retirar a sensação horrorosa que foi sentir aquilo.

Parecia tudo uma brincadeira de mau gosto. O fato de ser sozinho, de ser invisível e de ser egoísta. Porque queria de verdade que Jason fosse meu amigo, mas seria bom pra ele? Ser meu amigo era o mesmo de se tornar aquilo que sou.

As pessoas não iriam olhar pra ele, não teria amigos, não arranjaria uma namorada ou coisas do tipo, pois estaria preso a uma pessoa como eu.

Era tão ruim querer alguém ao meu lado? Com certeza se o Jason estivesse comigo aquilo não teria acontecido, eu não estaria sozinho e indefeso. Uso das minhas palavras e ironias para me proteger, mas até aonde conseguiria levar isso?
Eu precisava dele, queria ele comigo, queria o conhecer mais. Por um breve momento, quando soube que iria pra mesma escola, senti que poderia começar de novo. Que poderia criar um outro personagem, um personagem legal de mim mesmo, projetar para Jason e ser diferente do que as pessoas acham que sou.

Mas pelo visto, não vai ser tão fácil assim.


Notas Finais


genteeeeeeeeeeee
espero que tenham gostado pq ne ... demorou esse *-*


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