História Meu Vizinho Infernal! - Jikook - Cap.3 - "Home"

Jeon Jeongguk – Seoul

30 / set. / 2025 _ 07:00 P.M

Agora é definitivo... Eu quero Park Jimin o mais longe de mim! Eu pensei que ele seria um vizinho legal, bacana, que entendesse os meus limites, que ficasse quietinho na casinha dele. Mas não, ele tem que vir toda a hora na minha casa me importunar, ele praticamente vive na minha casa mais do que o Yoongi! E os filhos dele... esses aí ele não me deixa ver! Até parece que eu vou matar eles. É óbvio que eu nunca faria isso, eu quero matar o pai e não os filhos! E também ele vem me enchendo o saco mais ainda, ao descobrir, que eu realmente era aquele Jeongguk de dez anos que ele conheceu. Eu pensei que estava escondendo tão bem!

— Por que você está trancando a casa desse jeito? Meu Deus... Jeongguk você está endividado com o banco? - pergunta Yoongi arregalando os olhos, com uma expressão de espanto muito engraçada.

— Claro que não Yoongi! Eu pago as contas dessa casa direitinho. E... eu estou evitando a luz do sol! - falo me sentando no sofá, pensando em diversas coisas.

— Não sabia que a noite tinha virado dia! - fala se sentando ao meu lado, olhando para o mesmo ponto que eu olhava, pelo menos é o que eu acho.

— Eu só estou me escondendo de uma pessoa! - falo em um tom baixo me encolhendo ainda mais no sofá.

— Agora tudo faz sentido! - grita se levantando em um pulo, me fazendo cair no chão pelo susto. — Respira Jeongguk, respira. Não morre por favor, eu preciso do seu dinheiro para comprar aquele óculos novo! Meu amigo sobreviva, tu, tu, tu, tu! - fala tentando imitar o som da máquina que mostra o batimento cardíaco das pessoas. — Lá se foi um amigo. Um pai de família. Uma pessoa que realmente mudou o mundo com a sua gentileza, e inteligência, que inclusive o mesmo não tinha dessa habilidade dada a todos os seres humanos. E isso é o que lhe fazia ser diferente! - fala andando em direção a cozinha, enquanto eu ainda continuava no chão tentando entender o que havia acontecido. — E pobre em alimentos, vale lembrar! - fala voltando para a sala se jogando na poltrona, mexendo no celular.

— Você tem que procurar um médico para se tratar Yoongi. É sério, isso não é normal! - falo parando na frente do mesmo, sendo totalmente ignorado. — Se você continuar me ignorando, eu não falo nunca mais com você! - falo em um tom mais alto, sendo novamente ignorado. — Eu avise... - falo sendo interrompido pelo barulho de notificação no meu celular. — Muito engraçadinho você em Min! O mestre das piadas, coitados dos stand-up por aí. Tem muito o que aprender com você, ó grande mestre! - falo ao ler a mensagem do mesmo em meu celular, que era "Você pode digitar, escrever! Adoraria não escutar mais a sua voz. Te amo irmão!". — Já chega né! Obrigado é o caralho! - falo ao ler a outra mensagem que o mesmo tinha me enviado.

— Foi você que falou que não iria mais falar comigo! Oras devo eu me preocupar com a sua sanidade mental amigo? - fala me olhando preocupado, se levantando colocando a mão direita em minha testa, apertando minhas bochechas logo depois. — Meu amiguinho é tão lerdo! - fala voltando a se deitar na poltrona.

— Lerdo por qual motivo? - pergunto não entendendo o sentido dele ter falado tais palavras. — Vou começar a fazer a janta que eu ganho mais! - falo indignado, indo em direção a cozinha com raiva. — Fora da minha casa agora! - grito jogando um balde de água no mesmo, vendo o coitado quase se afogar.

— Eu vou te matar Jeongguk! - grita tentando tirar o excesso de água que estava em sua cara e roupas, correndo atrás de mim com uma vassoura.

— De onde veio essa vassoura Yoongi? - pergunto realmente confuso, enquanto corria em direção a lavanderia. — Janela, janela! Cadê essa merda de janela? - pergunto olhando para cada canto daquele lugar, procurando uma janela grande o suficiente para que eu passasse por ela. — Você vai estragar a minha porta desse jeito! Deus é pai! - falo ao ver que Yoongi tinha quebrado uma parte da porta com um martelo. — Estou vivendo o medo dos filmes de terror! - falo me escondendo atrás da máquina de lavar.

— Jeongguk apareça eu não irei lhe fazer mal algum! - fala de forma suave, como se não estivesse pronto para me matar a qualquer momento.

— Nem a pau que saio daqui, sei muito bem o que você quer de mim! - grito para o mesmo, escutando uma risada diabólica do mesmo. — Fiz merda! - falo saindo de trás da máquina de lavar correndo em direção a porta da lavanderia.

— Volta aqui seu filho de uma mulher muito educada, que eu tenho dó de ter um filho como você! - fala correndo atrás de mim, com o martelo e a vassoura em cada mão.

— Jimin abre esse porta pelo amor de Deus! - grito batendo na porta cada vez mais forte. — Graças a Deus. Não abre essa porta para ninguém nem que seja o fim do mundo! - falo empurrando um daqueles relógios antigos até a porta junto de uma mesa muito pesada.

— O que aconteceu para você estar assim? - pergunta me olhando assustado.

— Meu amigo quer me matar, só porque eu joguei um pouquinho de água na cara dele! - falo andando de um lado para o outro em sua sala. — Eu preciso passar a noite aqui! Não quero morrer, não agora pelo menos. Você me entende não Jimin-ah? - pergunto dando um sorriso fofo, tentando não demonstrar o meu medo.

— Tá bom! Só não fala muito alto, meus filhos estão dormindo! - fala subindo as escadas, e como eu não sei se era para seguir o mesmo continuei parado no mesmo lugar. — Você não vem? - pergunta já no topo da escada.

— Claro. Aonde eu irei dormir? - pergunto ao ver o mesmo entrar em uma das portas, vendo que o quarto pertencia ao ômega.

— Eu não tenho mais quartos vagos. Então... você terá que dormir comigo. Cla-claro que será no chão! - fala envergonhado abaixando a cabeça, mas mesmo assim deu para perceber as bochechas coradas do mesmo. — E-eu só tenho que pegar um colchão no quarto do meu filho. Espere só um pouquinho! - fala saindo do quarto.

— Ele tem um cheiro tão gostoso! Me lembra o do Jihung! - falo me lembrando do ômega que eu havia ajudado no cio a nove anos atrás. — Na verdade tudo nele me lembra o Jihung, mas isso é loucura minha. Estou ficando muito tempo com o Yoongi! - falo me sentando em sua cama vendo um porta retrato, a onde tinha numa foto dele com mais duas crianças, muito parecidas. — Eles se parecem muito com uma pessoa que eu conheço! - falo analisando melhor a foto em minhas mãos.

— Jeongguk você poderia me ajudar? - grita Jimin do corredor, me dando um leve susto. — Obrigado! - fala ajeitando o colchão no chão, arrumando o mesmo para que eu possa me deitar. — Pronto, pode deitar! - fala ao acabar de arrumar o edredão e o travesseiro.

— Obrigado digo eu! - falo me deitando no colchão. — Hum... Como estão os seus filhos? - pergunto tentando tentando manter uma conversa civilizada.

— Eles estão bem! - fala baixo depois de longos minutos em silêncio, o que eu estranhei muito. — Vai dormir, já está tarde! Boa noite! - fala ainda em um tom baixo.

— Boa noite! - falo me ajeitando melhor no colchão tentando dormir achar uma posição confortável para dormir, falhando miserável.