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História Meus amigos não me amam como você. - Capítulo 5


Escrita por: AllyciaRosate

Capítulo 5 - Capítulo 5


O que aparentemente ninguém entendia era que Trixie se importava demasiadamente com Katya, esse sentimento de carinho e grande compaixão vinha de tempos e não era um sentimento mutável. Mesmo com essa distância que tomou de Katya não conseguia esquecer aquela vagabunda frágil que chorava à toa a cada semana para os desafios. Katya era tão sensível e ninguém sabia, além de Trixie. Katya era todo avesso do que o mundo estava acostumado a conhecer quando estava em sua zona de conforto com Trixie. A verdadeira Katya Zamolodchikova era muito mais do que engraçada, ela tinha tanta vulnerabilidade quanto Trixie.

Costumavam a ser unidas naquela competição mesmo depois de Trixie ser eliminada pelas duas vezes. Quando não dormia com Katya, estava dormindo Trixie, Katya e Pearl. Pearl era noventa e nove por cento culpada e cupido desse sentimento. Sempre que dormiam as três num mesmo quarto do hotel, Pearl jogava na roda os sentimentos de Katya que poderia ainda não estar aflorado, mas foi fazendo a mesma ver Trixie com outros olhos e Pearl apelidou aquele lindo casalzinho que ela dizia ser "casal de embalagem de margarina" de "Trixya" o que às vezes tirava Trixie do sério pelo fato de tratá-la como se ela e Katya fossem a mesma pessoa naquele lugar. Já não chamava-a apenas de Trixie e sim Trixya e o mesmo acontecia com Katya. Mas Katya não se importava com isso, ela até gostava da ideia de serem apenas a mesma pessoa. Entretanto quando estavam juntas a ideia se desmanchava por saber que os sentimentos não era tão recíprocos quanto ela esperava ser. Trixie sempre ressaltava: Eu estou com a Fame e isso que importa.

O que era muito confuso, já que Fame quando entrou no programa era casada e nas primeiras semanas do programa dizia que seu marido era tudo em sua vida, e logo depois estava aos encantos de Trixie como se nunca tivesse amado nessa vida. Era sempre evidente o ciúmes de Katya quando se tratava da loirinha. Ela se comportava ainda mais exagerada a fim de chamar atenção. Quem podia notar isso eram apenas as participantes do reality mas se qualquer um voltasse e notasse o untucked "Divine Inpiration" Katya sendo exagerada não apenas por ser, mas soube esconder tão bem o fato de seus ciúmes ali. Um ciúmes que a deixava boba.

(...)

— Fame…  Trixie estava em seu quarto. A cama ainda desarrumada pela manhã. Fame preparava o café da manhã de ambas. — Eu acho que precisamos conversar. Levantou-se e caminhou para a cozinha, encontrando Fame preparando biscoitos, o que Trixie amava eram os biscoitos de Fame.

— Podemos conversar? — Indagou a loirinha.

Fame a encarou com um olhar desconfiado e receoso.

— Claro! O que tem de bom pra me dizer, você não chegou a me contar como foi lá com a Katya?

Trixie apenas anuiu com a cabeça, sentou-se no banquinho ao canto da cozinha, ajeitando sua camisola em seu corpo.

— Então… A gravação foi muito boa. Adorei a recepção e tudo aconteceu como previsto.

— Que ótimo, minha princesa!

— Sim, é maravilhoso! Mas não é isso que quero conversar com você.

Houve uma pequena tensão naquela cozinha. Trixie pensou em hesitar somente de ver o semblante de Fame detonar para algo indescritível. A loira se aproximou de Fame, a mais alta a encarava esperando o que Trixie diria.

— Ontem quando… — Tentou hesitar mais era tarde.

— Quando você foi ver a Katya? O que tem a Katya? Foi a Katya não foi? O que ela fez?

— Foi, Katya… Não, ela não fez nada. Mas…

— Mas o que, Trixie?

— Eu nunca toquei nesse assunto com você, não antes, não achava que era necessário. Mas eu já senti algo pela Kat…

— COMO ASSIM? Por que você nunca me contou? Você...

— Eu não contei pelo simples fato que não foi algo que durou. Eu te amava lá dentro, naquele maldito programa, mas o olhar e a maneira, a introdução, o olhar dela tão vivo, um olhar de criança, um olhar dela de um dia vencer, me puxou. Mas eu sabia que quem eu queria, era você.

— Você era apaixonada pela Katya. Não é a toa que ela não me desce!

— Não, me escuta!

Fame desligou  o fogo que estava preparado o café e os biscoitos. Passou bruscamente por cima de Trixie deixando a coszinha. Por mais que não quisesse tocar nesse assunto, algo realmente puxava Trixie até Katya, não tinha como ela evitar. As coisas rolaram em sua cabeças, eram atormentadoras, pois na mente de Trixie houve uma traição. Não física, não corporal, — o que de fato poderia ser. — mas o sentimento que ela tinha se curado de repente estava ali a flora. Mostrando que mesmo Katya sendo tão "cachorra", ainda tinha algo que ela não compreendia com exatidão.

Seguiu Fame até o quarto, a encontrando na cama sentada sem se mover. Apenas encarando a janela e a paisagem ao lado de fora.

— Me ouve, deixa eu terminar de falar.

— Trixie, eu não preciso ouvir. Se você ama a Katya, saia daqui!

— Não! Não! Eu não a amo, eu não sinto nada pela Katya.  — ela insistia em mentir para si. — eu não quero Katya nenhuma, me escuta.

Fame apenas anuiu, e Trixie sentou-se ao seu lado.

— Katya já mexeu comigo. Mas não pode mais porque o que eu tenho com você é algo selado. Mas eu precisava te dizer isso, porque de certa forma pareço estar te enganando, uma hora você saberia, melhor não saber tão tarde.

—  Tudo bem. Tudo bem.

(...)

Estava sentada na sala de sua casa. Lendo dessa vez o livro de Contact pela trigésima nona vez. Essa era a melhor maneira de Katya poder se desligar do mundo. Lia cinco, dez, quinze, vinte páginas. A cada uma das folhas era um por cento dos seus sentimentos turbulentos sendo amenizados. Imaginar era o que tirava ela das coisas que poderiam fazer enlouquecer. Desde de pequena Katya era atormentada por muitos problemas psicológicos, desde uma voz que nunca a deixava ser o suficiente; não ela não era esquizofrênica, mas deu a essa voz estridente de sua vida o nome de "Brenda". O nome além de ser algo marcante pelos fãs de Katya tinha uma origem atrás disso. Brenda significa "aquela que sabe se defender". Basicamente o que Brenda fazia quando Katya tentava ser ela mesma, e a maldita voz se auto defendia "você  não é boa suficiente." Katya sofreu com centenas de sentimentos que ela não entendia e fazia de tudo para não saber mais, além do que sentia. As vezes preferia se escorar em livros, histórias, coisas que a realidade muita das vezes não a oferecia. Seu maior descobrindo foi saber quem ela era realmente ao sair do All Stars 2. Ela era boa o suficiente, ela era poderosa e poderia fazer qualquer coisa no mundo que não haveria consequências nenhuma. Porque agora ela era poderosa, nada era capaz mais de diminuir esse pensamento egocêntrico que ela criou. Mais uma, duas folhas foram lidas. Apenas se poderia ouvir o sutil barulho das folhas sendo passadas ao serem acabadas de serem lidas. Aos seus quinze anos foi quando Katya resolver se relacionar, antes disso era uma típica pessoa nerd que se escorava em livros, filmes e jogos de tabuleiros. Seu maior talento era jogar xadrez. Por mais incrível e surpreendente que possa ser — e é — Katya era uma pessoa extremamente tímida a ponto de algumas vezes ter crises de ansiedade e nervosismo ao falar em público em sua escola. Mas quando chegou ao seus quinze anos se cansou de ser essa figura que ela dizia ser inútil para a humanidade. Se descobria cada vez mais talentosa com os anos que se passavam, e toda timidez exagerada foi perdida, agora o que exalava era sua personalidade marcante, exageradamente exótica e excêntrica. Ao chegar a faculdade foi onde Katya se relacionou profundamente a um sentimento que atormentou ela por anos. Nessa relação Brenda dançou e sapateou em sua mente. Seu namorado da época, Mike, era um garoto de vinte e dois anos que usava e abusava desse sentimento de Katya. Manipulava como se fosse realmente sua marionete em vida. Esse relacionamento bagunçou todos os equilíbrios que Katya tiveras construído em anos, não terminou a faculdade, se isolou um tempo de sentimento desde então não soube se entregar de corpo e alma pra paixão. Katya era capaz de amar, isso ela era capaz de fazer, mas a segurança, confiança desse sentimento... Nem Alaska ainda tinha construído.

Mais duas folhas se foram, Katya voltou a uma memória do primeiro momento em que recebeu a notícia que estaria no programa. Com ela podia estar tão feliz naquele dia? Ah, como ela queria que a Katya de hoje pudesse voltar no tempo e alerta-se: Não se precipite, pois você já está a um precipício. Apesar dessa fragilidade ter sido quebrada, o que Katya sofreu antes e depois foi o que a deixou mais forte e sólida. O resto não a impactava, bom, havia sempre uma exceção.

— Cheeeegueeeiiii. — Alaska adentrava no apertamento, animada dando alguns pulinhos desengonçados. — Você está lendo esse livro de novo?

Katya apenas assentiu sua cabeça. Alaska se aproximou selando devagar seus lábios aos de Katya.

— Senti sua falta. Meu Deus! — a abraçou apertado, afundando seu rosto no pescoço de Katya, que largou seu livro pelo sofá e retribuiu o abraço. Não estava a fim de qualquer sentimentalismo naquele momento, mas se sentia levemente inútil nos últimos dias para Alaska, precisava compensar isso.

— Como está sendo seu dia, hein? — Falava Alaska retirando suas roupas e jogando noutro sofá. Katya acompanhava o que o namorado fazia apenas com seus olhos.

— Está sendo ótimo. — bocejou profundamente. — mas hoje a noite vou me apresentar junto com a Alyssa e Tatianna. Preciso dormir, mas não consigo.

— Hum… Entendi, vai sair e me deixar de novo.

Katya apenas revirou os olhos.

— Você também foi se apresentar e eu não reclamei. Não dá pra gente viver sem dinheiro. 

Levantou-se do sofá, fechou o livro e guardou na estante.

— Vou me deixar um pouco, ok?!  — não espero nem pela resposta de Alaska, realmente precisava descansar e não conseguia. Caminhou até seu quarto e se chegou na cama cheia de travesseiros e um grande edredom com a sua foto estampada, havia ganhado de presente de uma fã. Afundou sua cabeça daqueles travesseiros e fechou seus olhos. Relances das coisas que houveram durante a noite passada não a deixavam dormir. Trixie a olhando, seus lábios, o sorriso meigo e envergonhado. Maldição! Katya estava entrando novamente de ponta cabeça naquele sentimento que ela tinha certeza que já tinha sido esquecido ou pelo menos abandonado.

"Sentiu seu corpo vibrar, duas mãos quentes e levemente úmidas deslizavam-se pelo seu corpo, um gemido prazeroso e consolidador ecoou dentro do seu ouvido a fazer seu corpo arrepiar naquele momento devasso. As mesmas mãos tocaram seu peitoral e clamaram-na por prazer imediato, o calor de dos corpos se misturavam numa união saborosa, enquanto o quadril era movimentado a fim de levar prazer a Trixie..."



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