POV: Maegi
Sai correndo do escritório e fui até meu apartamento, peguei algumas roupas, voltei para o carro e segui para o apartamento do Armin. Chegando lá, estacionei e subi. Assim que as portas do elevador se abriram, corri e toquei a campainha, alguns segundo depois Alexy me recepcionou, corri novamente e o abracei. Armin surgiu logo atrás dele e eu o abracei mais forte.
- Eu nem acredito que estamos tão perto de descobrir.
- Calma, anjo. - Armin afagou meu cabelo.
- Desculpa, estou sensível.
- Que fofa. - Alexy falou - Ah, falando nisso… Já estou sabendo de coisas que aconteceram NAQUELE SOFÁ! - Armin e eu começamos a rir - E EU SENTEI EM CIMA DO LOCAL ONDE VOCÊS FIZERAM! QUE POUCA VERGONHA!
- Calma, amigo! - o abracei - Ainda te amo, não precisa ficar com ciúmes?
- Ciúmes? Eu?
- Claro que sim, minha bicha ciumenta favorita. - o apertei mais e ele me abraçou de volta. - Então, quando viajamos?
- Vou chamar o Jean Louis, podemos ir na sexta?
- Sim, podemos dormir em alguma pousada. - Armin respondeu.
- Pousada Luz do Sol! - exclamei, empolgada, dando pulinhos.
- Uau, é mesmo! Boas lembranças… - ele colocou a mão no queixo.
- Sem detalhes, por favor. ECA! - Alexy fez cara de nojo. - Bem, vou indo, qualquer coisa, me avisem. E não transem mais no sofá! Respeitem as futuras visitas!
- Deixa de ser chato! - Armin falou, rindo.
Alexy fechou a porta e eu fui até o quarto do Armin, deixei minhas roupas lá e voltei para a sala.
- Como está se sentindo? - perguntei, sentando ao lado do Armin no sofá.
- Não sei explicar. - ele pôs a cabeça em meu colo. - Ao mesmo tempo que tenho esperanças, tenho medo de me decepcionar.
- Entendo. - comecei a fazer carinho em seu cabelo - Sabe, acho até que é melhor assim. Por exemplo, se essa mulher for sua avó, você vai ficar muito feliz. Mas, se ela não for, você não ficará tão decepcionado, pois já esperava a “derrota”. - imitei as aspas com os dedos.
- Exatamente, anjo. - ele apertou minha bochecha - Ah, aconteceu algo estranho hoje. Ficou sabendo de um suposto roubo a uma gravadora hoje?
- Não, o que houve?
- Uma gravadora foi supostamente roubada nessa madrugada. A gravadora do Dake.
- Dake? Ele de novo?
- Sim, Alexy me contou mais cedo que vocês se encontraram na praia.
- Desculpa não ter contado, foram tantas as emoções… - suspirei.
- Tudo bem. Mas o que ele te disse na praia?
- Nada demais. Ele pensou que a Mharessa fosse nossa filha.
- Nossa filha? O que fez ele pensar isso? - ele levantou, continuando sentado ao meu lado.
- Os olhos dela. Pensando bem, vocês são um pouco parecidos.
- Mentira, eu não gosto de brincar de barbie.
- Seu bobo! - nós rimos - Mas eu notei que ele não ficou muito surpreso quando eu disse que não estávamos juntos.
- Esse cara é estranho.
- Demais.
- Como você teve coragem de namorar com ele? - ele perguntou, rindo.
- Eu me faço essa pergunta quase todos os dias!
- HAHAHAHAH - nós rimos.
- Você fica linda quando ri, anjo. - ele se aproximou e começou a me beijar.
- Hum, que beijo gostoso.
- Só o beijo?
- Claro que não. Você é todo gostoso. - me curvei para beijá-lo e ele me puxou, fazendo-me ficar em cima dele, e voltou a me beijar. Senti suas mãos inquietas passearem pelas minhas costas, já abrindo o fecho do meu sutiã.
- Se fizermos aqui o Alexy nos mata. - ele riu e nós levantamos, peguei nas mãos dele e o puxei para o quarto. Empurrei-o e ele deitou na cama, ficando a me olhar. Retirei minha blusa e meu sutiã, mordi meus lábios e virei de costas, imaginei a batida de Shape of You e comecei a rebolar, jogando meu quadril de um lado para o outro. Voltei a olhá-lo e ele já estava apenas de cueca, com sua ereção já visível. Ele ia se levantar mas eu o contive, e continuei a tirar minha roupa, até ficar completamente nua, e subi em seu colo, distribuindo beijos e chupões por todo seu corpo, fazendo-o gemer.
E, por fim, fizemos o que nós sabemos fazer de melhor: um sexo bem gostoso e selvagem.
Continuamos deitados e cochilamos. Quando acordei, fui direto para o banheiro e tomei banho, e fui cozinhar. Vi umas sobras de macarronada na geladeira e resolvi reaproveitar, fazendo mais um pouco e misturando.
- Que cheiro bom. - ouvi a voz do Armin logo atrás de mim.
- Estou reaproveitando a macarronada que tinha na geladeira, adoro bacon.
- Somos dois. - ele beijou meu pescoço.
Jantamos e depois passamos o resto da noite assistindo netiflix, depois adormecemos.
POV: Armin.
No dia seguinte…
Acordamos, tomamos banho, café e saímos para nossos empregos.
Chegando na delegacia, sou logo recepcionado por pilhas de papéis em minha mesa, todos sobre o suposto roubo.
- Armin? - Louise pergunta, entrando em minha sala.
- Diga, Louise.
- Uau, quanto papel. - nós rimos.
- Pois é, tudo sobre o roubo de ontem.
- E o que você achou? Pelo que li, nada foi roubado.
- Lerei agora os laudos. - suspirei - Mas o cofre estava intacto.
- Intacto? Isso tá estranho.
- Estranho demais.
- Enfim, qualquer novidade, me fala.
- Certo. - e ela saiu.
Voltei a encarar os papeis. Sentei, suspirei e comecei a ler um por um.
Todos dizem que nada fora roubado, que o estabelecimento teve apenas danos físicos. Isso com certeza trará mais confusão…
(...) Alguns dias depois…
Maegi, Jean Louis, Alexy e eu estamos a caminho da pousada Luz do Sol. Enquanto dirijo, Maegi e Alexy cantam algum pop do momento, enquanto Jean Louis ronca no banco de trás.
Chegamos na pousada, fizemos nosso check-in e arrumamos nossas coisas em nossos quartos.
- Que boas lembranças desse lugar. - Maegi fala, se jogando na cama.
- Verdade. Lembra do que fizemos aqui? - deitei ao lado dela.
- Não, pode refrescar a minha memória? - ela sorriu, maliciosa.
- Claro, com prazer. - a beijei.
E passamos a noite assim, fazendo amor.
No dia Seguinte…
Quando acordamos, enrolamos um pouco na cama, nos beijando e fazendo carícias, depois tomamos banho juntos e saímos para o café da manhã, encontrando JL e Alexy na recepção.
Nosso café da manhã foi tranquilo, mas conheço meu irmão, ele não está nada tranquilo, eu sei bem. Afinal, de tranquilidade também não tenho nada.
Fomos até o carro, pegamos o mapa que a recepcionista nos deu e tentamos andar pela cidade, procurando a tal Lucrécia Borgia. Percorremos metade da cidade até acharmos uma espécie de condomínio, uma rua onde haviam apenas mansões e casarões. Alexy checou o número da casa no documento que Mark nos deu, 155, e assim achamos um casarão de cor amarela, logo em uma curva. Aproximei o carro da entrada e logo um segurança veio falar conosco.
- O que desejam?
- Queremos falar com Lucrécia Borgia. Ela mora aqui?
- O que querem tratar com a Senhora Borgia?
- É sobre Louise. - o segurança arregalou os olhos, afastou-se, pegou seu aparelho de comunicação e falou algo que não consegui escutar. Aguardamos alguns segundos até ele se reaproximar.
- Podem entrar. - ele fez sinal para abrirem os portões.
Estacionei perto da entrada, saímos do carro e observamos o local. A lado, havia um imenso jardim, com diversas rosas vermelhas e brancas.
- Entrem, a senhora Borgia os espera. - Uma empregada surgiu na entrada, chamando-nos.
Adentramos a casa, a decoração é antiga, em tons amadeirados, o sofá verde contrastando com a madeira, em perfeita harmonia.
- Sigam-me. - a empregada falou.
A seguimos por um pequeno corredor e adentramos a segunda porta à direita. O cômodo seria uma espécie de escritório, não sei. As paredes eram brancas e os móveis ainda amadeirados. No centro, uma mesa com uma mulher com cabelos brancos sentada diante dela. Seus olhos se conectaram com os meus e nos encaramos por segundos, até ela piscar e retirar seus óculos.
- A que devo essa visita inesperada? - ela perguntou.
- Você é Lucrécia Borgia? - perguntei.
- Sou. E vocês… São?
- Sou Armin. Estes são Maegi e Jean Louis. E este é meu irmão Alexy. - Alexy se pôs ao meu lado, deixando nossos namorados atrás de nós.
- Olá, senhora Borgia.
- Olá. Mas você ainda não me respondeu, Armin. A que devo esta visita?
- Viemos aqui falar sobre Louise.
- Faz muito tempo que não escuto este nome. O que querem saber? Ah, sentem-se, por favor. - Alexy e eu sentamos de frente para ela, JL e Maegi sentaram em um sofá, perto da porta.
- Obrigado. Então, vou explicar o que queremos com Louise. - e então expliquei toda a história, desde o começo.
- Então vocês querem saber se minha filha Louise é a mãe de vocês?
- Isso. - Alexy respondeu.
- Bem. - ela suspirou - Minha filha esteve grávida nesse ano. 1999. E sim, ela entregou os bebês para um orfanato. Ela era muito nova, apenas 16 anos. Filhos estragariam a vida dela. - não sei se o Alexy sentiu, mas eu senti uma facada em meu coração com essas palavras.
- Onde ela está agora?
- Louise? Não sei. Como disse ainda agora, faz tempo que não escuto o nome dela. Tem anos que não a vejo, que não recebo notícias.
- A senhora não possui nenhuma foto dela? - Alexy perguntou.
- Sim. - ela levantou, foi até uma prateleira e pegou um álbum de fotografia, abriu-o em uma das últimas páginas e tirou de lá uma foto. - Tomem. - nos entregou.
E foi aí então que meu mundo parou.
Na foto, havia uma menina loira, sorridente.
Na foto, havia Louise, a delegada, minha chefe.
Alexy e eu nos entreolhamos, paralisados, tentando processar a informação.
- Esta Louise, tem certeza? - perguntei apontando para a foto.
- Claro que tenho, garoto. - ela respondeu, bufando.
- Não é possível.
- O que não é possível?
- Nós a conhecemos. - Alexy respondeu.
- Vocês conhecem a Louise? Como ela está? Como está minha filha?
- Ela é minha chefe. Ela é delegada.
- Delegada? Sempre a imaginei como uma advogada, uma médica… Algo realmente importante.
- Minha senhora. - levantei-me - Não admito que fale mal da minha profissão, pois nós policiais temos mais honra que muitos engomadinhos por aí. - virei-me e segui até a porta, sendo seguido por Alexy.
- Espera, garoto.
- Meu nome é Armin. Se Louise for nossa mãe, ficarei muito feliz, mas o único ponto negativo disso tudo é que seremos netos de uma mulher arrogante feito você, Lucrécia Borgia. Passar bem.
Sai daquele escritório quase correndo, atravessei a casa inteira rapidamente e entrei em meu carro, segurando o volante com minhas duas mãos, respirando ofegante.
- Armin, ta tudo bem? - Maegi perguntou, passando uma mão em meu braço.
- Está sim. Maegi, você acha que…
- Que pode ser verdade? Armin, eu não sei… Mas se for, será maravilhoso. Vamos com calma, ok? Quer que eu dirija?
- Sim, acho melhor.
- Certo.
Trocamos de lugar, antes de entrar no carro novamente, Alexy e eu ficamos de frente um para o outro e nos abraçamos. Um abraço forte, cheio de conforto e companheirismo, eu o ouvia soluçar e senti suas lágrimas em meu ombro.
Nos largamos e entramos no carro. A viagem fora silenciosa.
Céus, e agora? E se ela for minha mãe? Isso significa que a pequena Mharessa é minha irmã… Deus, que mundo pequeno!
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