Dulce continuou a se arrumar como se nada tivesse acontecido.
Seu celular vibrou, era Pablo.
Ela sorriu.
"Estou chegando!"
Ela respondeu com um "Ok" e pegou sua bolsa e pôs o celular.
Ao descer as escadas ouviu uma discussão entre Christopher e Alma..
— ELA JÁ É DONA DO SEU PRÓPRIO NARIZ, CHRISTOPHER! PORQUE ISSO LHE IMPORTA?
Alma disse furiosa pelo fato do noivo estar irado pelo fato de Dulce sair.
— ELA É INGÊNUA, ALMA! CAI EM QUALQUER LÁBIA!
— FAÇA-ME O FAVOR!
— Faça-me o favor, o caralho!
Ele diminuiu o tom.
— ELA SABE O QUE FAZ, CHRISTOPHER!
Gritou alterada.
— Ao contrário de você, né?
Disse arqueando a sobrancelha.
— O que está querendo insinuar?
Ela parou em sua frente.Dulce pigarreou.
— Mamãe, estou indo. Volto às dez. -Alma concordou- Ou não. -Disse ao fechar a porta vendo a cara de reprovação dele.-
— Você não tem autoridade sobre ela, Alma! Não tem mesmo!
Dulce ouviu essa últimas palavras.
Não demorou muito e Pablo chegou na sua casa.
Ele saiu do carro e abriu a porta fazendo menção para ela entrar.
— Que cavalheiro.
— Sempre!
Brincou entrando no carro, cumprimentou o rapaz com um beijo no rosto e foram para o seu destino.
Enquanto isso...
— NÃO VENHA ME DIZER COMO DEVO CRIA-LA! EU CUIDEI DELA DESDE O SEU NASCIMENTO!
Alma se alterou mais uma vez retornando a gritar.
— Não diga asneiras! Você sabe o que quis dizer! -Ele rolou os olhos.- Nem sei o porque estou discutindo, não vai mais resolver!Ele passou por ela subindo as escadas.
— Estúpido! -murmurou baixo.-Pegou seu celular e mandou uma mensagem.
"VENHA AGORA!"
Assim, autoritária.
~~~~~
Pablo estacionou o carro, era um restaurante, muito refinado por sinal.
— Nossa! -Olhou admirada.- Nunca vim aqui.
— A filha de Alma Rey -deu ênfase no nome da cantora- nunca veio aqui? Sério? -Brincou surpreso.-
— Não -sorriu- a filha de Alma -brincou- não costuma frequentar locais assim.
— É pouco?
— Pelo contrário. -Sorriu tímida-
— E aonde a senhorita vai? -Ele encostou no carro.-
— Ah, costumo ir em barzinhos, trailers, essas coisas.
— Se quiser ir, estou a dispor.
— Para, Pablo! Aqui está ótimo!
— Então, -Estendeu seu braço, ela aceitou.- vamos?
— Vamos! -concordou.-
Entraram no local, olhares foram voltados para Dulce, Pablo percebeu uma leve avermelhada em suas bochechas.
— Boa noite! -O recepcionista veio até eles.- Reserva?
— Sim! -Pablo lhe entregou o cartão.-
O homem checou no computador, Pablo havia reservado a melhor mesa, digna de uma bela vista.
— Por aqui, senhor.
Deu passagem.
Pablo fez menção para Dulce se sentar, a ruiva riu com sua educação.
— Fico feliz que tenha aceitado meu convite.
Disse segurando suas mãos e as alisando suavemente.
— E porque eu não aceitaria?
Ela sorriu gostado das carícias.
— Não sei! -Ele riu.- Por ter me conhecido a pouco tempo, talvez.
— Eu confio em você, Pablo!
Disse olhando em seus olhos, eles dois estavam em silêncio, apenas se olhando, foi então que um garçom quebrou aquele clima.
— Licença, já querem pedir?
— Oh, sim! -Ela sorriu.- Bom..
Dulce encarou o cardápio. Pablo foi rápido!
— Eu quero um macarrão ao molho branco acompanhado com o melhor vinho que você tiver aqui.
— E a senhorita?
— Bom.. Eu.. Ér...
— Posso escolher?
Pablo a perguntou, ela concordou timida.
— Para ela, o mesmo que o meu.
Ele disse, o garçom anotou e saiu. Não demorou muito, Dulce espocou uma gargalhada gostosa para os ouvidos dele. Mas ele não havia entendido, será que ela lembrou de alguma piada?
— Ei pimenta, o que foi? Lembrou de alguma piada?
Ele sorriu.
— Você.. -Ela disse se recuperado.- Fez igual filme! -Sorriu novamente.- Aliás, quase igual.
— Ãn?
Ele realmente não havia entendido. Dulce pigarreou e engrossou um pouco a voz.
— Posso escolher? -O imitou.- Pensei que ia me surpreender, mas pediu o mesmo!
Ela riu novamente. Aquilo para Dulce parecia hilário! Pablo ficou sem graça.
— Bom, quer pedir outra coisa, eu-
— Não, não! Está ótimo, eu só achei graça.
O olhou serena. Pablo riu. Não demorou muito pra Dulce voltar a falar..
— "Pimentinha"? -Ele disse brincando com os dedos dele.-
— Seus cabelos são vermelhos igual uma pimenta! E também..
— O que?
Deu segmento para ele prosseguir.
— Nada não!
Sorriu, um sorriso meio que, digamos, malicioso.
— Dizz!
Implorou.
— Esquece isso, pimentinha!
Ela sorriu com a resposta..
"Mal sabe ele que sou mais quente que uma..." Pensou em dizer.
Sorriu com os pensamentos. Ficaram conversando um pouco até a comida chegar.
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