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História Mi Persona Favorita - Camren - Aeroporto


Escrita por: Zella5H

Notas do Autor


Boa noite amores, boa leitura.

Capítulo 21 - Aeroporto


P.O.V  Lauren

Me afundo na banheiro, fazendo a agua com espuma me cobrir até o pescoço, me permiti relaxar naquele momento. Olho para o lado, vejo a garrafa de champanhe que deixei na beirada, junto de uma taça de cristal. Me sirvo daquela bebida gelada, levo até a boca, para degustar um gole da mesma. Aquele dia não estava sendo algo bom, era como se tivesse tempestades, mas na verdade, hoje foi ensolarado. Porem, dentro de casa, a tempestade reinava. Camila passou o dia todinho agarrada aos seus pais e a Sofia, não desgrudou deles em momento algum, eles pareciam ter gostado disso, ninguém se incomodou. Eu não recebi sua atenção, mas eu também não julgava. Eu entendia perfeitamente a latina, estaria da mesma forma se fosse ao contrario. Hoje, é o dia em que a família Cabello vai embora, eles vão voltar para Cuba. A Camila não acordou muito bem, passou o dia todo manhosa e chorosa. As passagens estão compradas, o horário do voo são as nove horas da noite. Agora são exatamente sete horas, está cada vez mais chegando mais perto do horário de partida. Eu sentia o meu coração doer por ver a Camila daquele jeito, eu só queria arrancar a sua dor, queria vê-la com um sorriso. Mas nem isso aconteceu hoje. Todo mundo sentia o clima, é pesado, doloroso e melancólico.

Saio da banheira depois de um tempo perdida em pensamentos, me seco sem pressa alguma e coloco um roupão preto de cetim, dou um laço na frente de minha barriga, antes de sair do banheiro. Escuto alguns fungos e soluços, altos e suplicantes. Vejo que a cama está sendo ocupada pela Camila, ela está afundada no travesseiro e chorava abafadamente, agarrava a coberta com toda a dor que sentia. Me aproximo devagar, não queria assusta-la.

- Camz – Toco em seu ombro, o mesmo se balançava por conta de seu choro baixo.

- Me deixa...

- Eu sei que é tudo muito difícil, mas vai passar – Dou a volta, para me deitar no cantinho da cama.

- Nunca passa – Camila tirou o rosto do travesseiro e me encarou – Lauren, eu estou aguentando essa d-dor a muito tempo.

- Vem cá – A puxo para os meus braços, ela se aninhou em meu corpo – Eu não sei o que falar...nunca passei por essa situação, mas consigo sentir a sua dor.

- Por que a distancia é tão dolorosa? – Camila enterrou o rosto em meu pescoço – E-eu só queria...m-meus pais por perto...a m-minha irmã.

- Ei, estamos trabalhando nisso, certo? – Afago o seu cabelo cheiroso – Vai dar tudo certo.

- Como? Quando? – Camila me olhou novamente. Seus olhos vermelhos e marejados, as lagrimas se derramavam pelo seu rosto – N-nem e-eu sei se vou ficar por d-difinitiva por aqui.

- Claro que vai – Me apresso a responder – Vai dar tudo certo, apenas calma.

- Não consigo ter calma em um momento desses – Camila me agarrou forte – MEUS PAIS VÃO EMBORA.

- Shh.... – Fiz um chiado para conforta-la – Olha só, vá tomar um bom banho e se troque, vamos jantar com seus pais.

Camila assentiu sem vontade alguma, antes que ela se afastasse, limpo as lagrimas que escorriam e beijo demoradamente a sua bochecha. A latina foi para o banheiro em passos arrastados e os ombros chacoalhando, ela tinha retornado ao choro. Solto um longo suspiro, não aguentando aquele clima pesado e vê-la desmoronar daquela forma. Entro no closet para poder me trocar, afinal, estou apenas de roupão. Visto uma calça com a estampa do exercito, verde com preta, coturnos nos pés e uma camisa preta. Volto para a cama, encontrando com a Camila saindo do banheiro enrolada na toalha. Seus olhos ainda vermelhos, mas ela forçou um sorriso em minha direção, antes de ir para o closet. Fiquei a esperando ali, eu brincava com os meus dedos, perdida em pensamentos. Queria poder fazer algo para que pelo menos ela sorrisse e se sentisse melhor.

- Achei que já tinha ido – Camila apareceu pronta. Uma saia preta e uma blusa rosa bebê

- Quis te esperar – Me levanto – Pronta? Vamos jantar?

- Vamos – Ela ajeitou o cabelo toda sem jeito, seus olhos estão inchados, mostrando que tinha chorado.

- Vem cá – Paro em sua frente, de costas para ela e me agacho um pouco – Monta ai.

- Como é? – Camila indagou surpresa e ao mesmo tempo confusa.

- Vai camz – Uso de um tom divertido – Vem, é cavalinho.

- Quantos anos você tem mesmo? – Camila brincou, mas senti suas mãos em meus ombros.

- Cinco aninhos, mamãe – Viro o rosto, mostrando a língua para ela.

- Então eu tenho dois – Camila se jogou em minhas costas, seus braços enlaçaram em meu pescoço e ela se ajeitou em cima de mim – Vai cavalinho!

- Também não exagera – Seguro em suas coxas – Sem muita empolgação.

- Vamos Lolo, eu estou com fome.

Saímos do quarto com ela em cima de mim, Camila parecia se divertir por um momento, seus braços firmes ao redor do meu pescoço, com medo de que a qualquer momento fosse cair. Foi pura adrenalina descer a escada daquela forma, afinal, estou com um peso extra em cima de mim. Fomos para a cozinha, onde o jantar está pronta e os Cabello’s nos esperavam. Chegando lá, Sofia gritou animada e começou a bater palmas, quase saltitando em sua cadeira. Alejandro e Sinu sorriram ao ver o nosso estado, ambos riram baixinho. Deposito a Camila na cadeira e prontamente me sento ao seu lado.

- Tenham um ótimo jantar – Harry desejou – Estou dispensado, senhorita Jauregui?

- Claro, tenha uma ótima noite – Pisco um olho.

- Boa noite – Louis desejou assim que apareceu – Só vim pegar o meu homem.

- Ai meu Deus, me pega, me joga na parede e me chama de lagartixa – Harry correu de encontro ao namorado, dando-lhe um selinho e assim o puxou para ir embora – TCHAU PESSOAL.

- Vou sentir falta da alegria desses dois – Sinu riu.

- É – Camila abaixou a cabeça.

- Eu vou fazer o prato da minha princesa – Pego um prato vazio – Aposto que vai querer essa deliciosa lasanha.

- Obrigada, Lolo – Camila me deu um beijo na bochecha.

- E dizem que um bom vinho, faz a combinação perfeita – Me levanto e vou até a bancada, pego o vinho que já estava dentro do balde de alumínio com gelo.

- Eu quero! – Sofia se animou.

- Nada disso – Alejandro negou prontamente – Tem suco – Ele a serviu com um copo de suco – Você não tem idade para beber bebidas alcoólicas.

- Não mesmo – Camila concordou.

Sofia fez um bico enorme, ela queria provar do vinho mas acabou obedecendo quando os pais negaram. Começamos a comer a bela lasanha que o Harry preparou, eu fazia de tudo para que a conversa reinasse, não queria o clima pesado e melancólico. Evitávamos falar sobre o voo, sobre qualquer coisa que relacionasse a partida da família Cabello. Quando terminamos, Sinu e Alejandro foram pegar as malas, eu fiquei na sala com a Camila e a Sofia. A pequena está no colo da irmã, toda agarrada a ela como um bebê coala. Eu senti o meu coração cada vez mais apertado ao ver os olhos marejados da latina, já to vendo que vai vir muito choro ainda.

- Quer ajuda, Sinu? – Me ofereço para ajuda-la, assim que a vejo com uma mala grande.

- Não querida, está tudo bem – Sorriu – Não está tão pesada.

- Deixe-a ai, eu vou carrega-la – Tomo de sua mão, sentindo o peso da mala – Se isso não é pesada, então não sei o que é.

- Não precisa pegar...

- Kaki, você vai nos visitar? – Sofia segurou no rosto da irmã – Meu quarto está diferente, você ia gostar de ver as estrelas no teto.

- Eu aposto que sim – Camila beijou a bochecha da menor – Deve estar muito lindo.

- Sim!

- Vamos? – Alejandro apareceu com duas malas – Não podemos nos atrasar.

- Vamos – Aceno com a cabeça.

Fomos para o meu Corvette, ajeitei as malas que couberam perfeitamente e todos entraram no veiculo. Camila se acomodou na frente comigo, suas mãos inquietas no colo, sempre esfregando em sua saia para limpar o suor. Piso fundo no acelerador, arrancando com o veiculo. Faltava alguns minutos para dar nove horas, o tempo realmente passa muito rápido, parece que a família Cabello tinha chegado ontem e fosse embora hoje. Estaciono o meu lindo carro no estacionamento do aeroporto, saio do veiculo e fui pegar as malas com o Alejandro. Camila abraçou a irmã e a mãe de lado, as três iam na frente em uma conversa aleatória. Meus olhos observavam cada movimentação, o que não demorou para que os paparazzis corressem atrás de nós para nos alcançarmos.

- Camila!

- Lauren! – Nos chamavam – Vocês vão viajar?

- É verdade que vão passar a lua de mel em Cuba?

- Se afastem – Pedi calmamente, não queria causar tumulto em pleno aeroporto que já é movimentado.

- Camila, como você está se sentindo? Seus pais estão indo embora?

- SE AFASTEM – Gritei irritada – Eu já pedi para se afastarem.

- Se acalma – Alejandro pediu, pondo a mão em meu ombro.

- Camila, você vai sentir saudades? Senhor e senhora Cabello, o que acharam de sua filha estar casada com Lauren Jauregui?

- Seus malditos!

Solto a mala no meio do aeroporto e parto para cima de um paparazzi que mirava a sua câmera na cara de Camila, a lotando de flashes e prejudicando seus olhos. Eu já estava preparada para atingi-lo com um soco, quando o Alejandro me puxou para trás e me tirou longe dele. Meu punho estava até fechado e posicionado para arrebentar aquele urubu, mas não foi dessa vez. Suspiro pesadamente, retornando a pegar a mala e assim seguimos o nosso caminho para a sala de embarque, onde começavam a anunciar sobre o voo para Cuba.

- Vem cá, meu amor – Alejandro puxou a filha para os braços – Promete não chorar?

- Papa... – Camila agarrou-se ao pai e o abraçou com força, não adiantava prometer algo que não cumpriria. Ela já estava chorando.

- Não chora, mi hija – Ele pediu carinhosamente – Eu sei que é difícil, mas vamos sempre nos ver.

- D-dói tanto papa – Camila grunhiu no choro – E-essa saudade me mata.

- Minha menina – Sinu se ajuntou no abraço, agarrando a latina lateralmente – Eu estou tão orgulhosa de você. Olha só no que se tornou... – A admirou – Uma bela apresentadora conhecida, tem uma vida fantástica pela frente...e agora é casada. Você é uma verdadeira mulher, meu amor.

- Eu também sinto muito orgulho – Alejandro a lotou de beijos – Obrigada por ser a nossa filha.

- Eu amo vocês – Camila se afastou, secando as lagrimas. Ela se agachou para receber a irmã – Sofi!

- Kaki! – Sofia se jogou no corpo da irmã, chorando desesperadamente.

- Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo... – Camila ficou murmurando a cada beijo que dava no rostinho da pequena – Você sempre será a minha pequena irmã, a minha princesinha.

- Você é a melhor irmã do mundo – Sofia abriu os braços, representando o mundo – Eu te amo Kaki, você mora aqui – Batucou o coraçãozinho.

Para fechar aquela linda cena com chave de ouro, as duas trocaram um beijo de esquimó. Os narizes se roçaram lentamente, mostrando todo o amor e carinho que elas sentem uma pela outra. Fui puxada para os braços de Sinu, a mulher chorava contra o meu pescoço, baixo para não chamar a atenção da latina que já estava na pior. Ela tentava falar alguma coisa, mas sua voz e choro forte a impedia de concluir a frase. Sinu segurou em meu rosto e beijou a ponta do meu nariz, então se afastou para que o Alejandro se despedisse de mim. Ele me sufocou em um abraço apertado, suas mãos afagavam minhas costas. Eu me senti extremamente bem com a família Cabello.

- Obrigado pelo que fez, nos fez prestigiar o belo casamento – Alejandro apertou minhas bochechas – Cuide bem dela, não a deixe que fique pensando na saudade. Dói para nós também, mas dói mais ainda vê-la sofrendo.

- Eu vou cuidar muito bem dela, sogrão – Pisco um olho. Eu sentia os meus olhos lacrimejarem – Faça uma boa viagem.

- Obrigada por tudo, Lauren – Sinu finalmente conseguiu se pronunciar – Cuide de mi hija, estamos longe para olha-la, mas você pode fazer isso por nós.

- Com certeza – Sorrio para a mulher que se desmanchava em lagrimas – Vai ficar tudo bem.

- Tchau Lolo – Sofia saltitou até mim, ela me abraçou pela cintura – Você é a melhor cunhada do mundo.

- E você é uma bela princesa e que não precisa chorar – Seco sua lagrima, em seguida, deixo um beijo em sua bochecha salgada – Quero aquele lindo sorriso que só você tem.

- Vou sentir sua falta – Sofia me abraçou forte pelo pescoço.

- Eu também pequena, eu também.

- TCHAU KAKI, AMAMOS VOCÊ.

Os três disseram ao mesmo tempo, em uma sincronia perfeita, eles lançaram beijos para a latina. Então se foram. Camila caiu de joelhos no chão, chorando dolorosamente, soltando altos soluços de desespero e fungos. Seu corpo chacoalhava freneticamente, mostrando a intensidade do seu choro. Eu não me importei com quem visse, mas me ajoelhei ao seu lado e fiz apenas uma coisa. A puxei para os meus braços.

- Vem princesa, eu quero cuidar de você.


Notas Finais


É, os Cabellos foram embora. Coitada da Camila.


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