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História Michael Jackson e Lisa Presley - Depois do Fim (Jacksley) - Ou faz ela feliz, ou segue sua vida


Escrita por: Roses4Michael

Notas do Autor


Bem, bem, cá estou.

Me perdoem pela demora, eu ando tendo muito bloqueio criativo, mas com umas ajudinhas da Viih tudo ficou mais fácil, obrigada miga. Espero que gostem desse capítulo. Não esqueçam de comentar, é muito legal saber a opinião de vocês.

BOA LEITURA

Capítulo 9 - Ou faz ela feliz, ou segue sua vida


Dia de Natal 1997

As coisas entre Lisa e Michael não haviam acabado bem, ele se sentia muito mal com o modo como ela havia lidado com a questão da possível gravidez. Nada além de Prince o consolava. Ele sentia-se como se não precisasse mais dela por perto, como se todo aquele fascínio havia sumido. Mas ele não conseguia odiá-la, muito menos deixar de pensar nela, apenas queria distância.

Casa Presley. 9 da manhã

-Lisa você vai comigo às compras? - Priscilla buscava atenção da filha.

-Quem é que sai para comprar no dia do natal? - Lisa pergunta sem tirar os olhos do seu jornal.

-Como quiser, vou levar as crianças.

-Se divirtam… - Ela fala sem se importar mascando seu chiclete incansavelmente.

Priscilla dá as costas e sai, a filha estava de mau humor.

Em meio às bolas feitas com o chiclete, uma notícia no rodapé da parte de fofocas lhe chama atenção: “Hoje ao meio dia, entrevista exclusiva com a esposa de Michael Jackson, sintonize seu rádio.”

Lisa ergueu a sobrancelha esquerda e franziu a testa, “era só o que me faltava”, resmunga e deixa o jornal aberto na página, queria ouvir a entrevista, tinha quase certeza que algo sobre ela viria a tona.

Casa Jackson.

-Já está tudo pronto mano, você não vai descer?! - Perguntava Janet na porta do quarto dele.

Nenhuma resposta.

-Pelo menos dê um sinal que está vivo! - Falou e em seguida deu uma risada. - Você sabia que a Debbie vai dar uma entrevista hoje? Ela pode fazer isso?

Sem respostas. Embora ele tivesse ouvido as perguntas de Janet, continuou analisando cada detalhe do filho, ele não pareceu se importar com a entrevista de Debbie.

Meio dia, 25 de dezembro de 1997

Lisa sintonizou seu rádio portátil e alongou suas pernas, estava com roupa de ginástica e se preparava para uma caminhada. Colocou os fones e começou a caminhar.

-Bem-vinda senhora Jackson, posso lhe chamar assim? - Perguntou o radialista.

-Apenas Debbie, obrigada é um prazer estar aqui.

-Bem, como está seu filho, o Prince? Trouxe alguma foto dele Debbie?

-Ele está muito bem, crescendo forte e cada dia mais lindo, infelizmente vou ficar te devendo a foto.

-Ótimo, e você está grávida, já sabe se é menino ou menina?

-Não sei.

-Como é ser casada com um astro mundialmente conhecido?

-Não é nada fácil, eu nunca mais fui a mesma, não posso mais ir ao mercado, estão sempre lá, sempre tem alguém com uma câmera por perto.

-Você estava ciente disso quando escolheu casar-se com ele?

-Sim, mas a gente nunca sabe o quão perturbador é estar na rua e ter gente te seguindo, só passando por isso mesmo, mas faz parte, o que me preocupo mesmo é com a proteção dos meus filhos.

-Como pensa em protegê-los?

-Pensaremos nisso, eu e Michael pensaremos em como proteger eles, eles serão crianças normais, nada nos impedirá de criá-los anonimamente.

-Vamos ver se isso vai dar certo, afinal, se você duvidar, tem até gente no seu telhado. Falou rindo.

-É isso é verdade. Mas conseguiremos, daremos nosso jeito.

-Certo, e como é a relação de vocês?

-Michael viaja muito, ele está sempre muito atarefado, eu praticamente sou uma dona de casa, lógico que acompanho ele quando posso, eu gosto de ir aos shows e viagens, então quando posso, sempre vou.

-Como é em casa? Ele é um marido presente?

-Não posso responder quanto a isso, existe um contrato, sabe?

-Claro, entendemos.

-Você disse que ele as vezes é bem ausente, seria devido ao seu lançe com sua ex, Lisa Presley?

Debbie sorriu e deu um pigarro. Lisa parou naquele instante e concentrou-se.

-Eles não tem um relacionamento, são amigos, eles tem um laço bem forte ainda.

-Então as fotos deles de mãos dadas não significam nada?

-Exato.

Lisa fechou o punho com uma raiva enorme, ela não acreditava no que acabara de ouvir, tirou os fones e desligou seu rádio. Ela deu mais uma caminhada e voltou para casa, sentou na poltrona da sacada e acendeu um cigarro. Fazia meses que não fumava, ela estava com tanta raiva, então decidiu ligar para Janet.

-Janet! Oi.

-Lisa! Como está?

-Seu irmão vai me enlouquecer qualquer hora, é um aviso.

-O que houve agora?

-Eu não sinto estamos na mesma sintonia, não é mais como antes e a Debbie está sempre por perto, eu não aguento mais isso.

-Calma! Está falando da entrevista dela?

-Sim, você ouviu?

-Ouvi, era óbvio que ela negaria, ela é a esposa dele, jamais se humilharia.

-Eu sei, mas poxa, estou tão cansada.

-Você ainda o ama, não é?

-Sim Jan, não estaria assim se não o amasse, eu o desejo, passaria todos os dias com ele.

-Entendo, mas vocês precisam conversar, você que vive mais com os pés no chão precisa ter o controle, precisa cuidar de si e se for preciso esquecê-lo.

-Mas eu não posso.

-Então conversa com ele. Estou em Neverland, ele está trancado há dias no quarto, só recebe Prince. O que aconteceu entre vocês?

-Outra hora te explico, mas eu fiz merda!

-Você fez merda?

-Sim, vamos marcar e te conto tudo, agora eu preciso falar com seu irmão.

-Ele está incomunicável há dias.

-Se ele não me atender eu vou ir até aí, preciso esclarecer as coisas.

-Eu juro que vou tentar, mas antes quero lhe dizer algo…

-Fale.

-Você acha mesmo que vale a pena fazer tanto por ele? Veja, não estou dizendo que ele não valha a pena, estou perguntando se vale a pena VOCÊ se despedaçar?

-Janet, eu amo seu irmão.

-Eu sei, mas ele é uma pessoa difícil de lidar….

-Eu sei Jan, eu sei, todo mundo me diz isso, mas eu não to pronta pra desistir dele, eu preciso falar com ele.

-Vou tentar, mas se ele não atender, pensa no que eu te disse.

-Obrigada, você é um anjo Jan, vamos marcar um chá para conversarmos melhor.

-De nada, se cuide!

Lisa tragou a todo pulmão o cigarro, então apagou a bituca no cinzeiro e aguardou de olhos fechados, passaram-se uns 5 minutos, a ligação estava muda, e ela aguardando pacientemente.

-Sim?

-Michael? Que bom que você me atendeu! Pode falar?

-Sim.

-Olha, eu quero pedir desculpas, eu fui bastante insensível aquele dia, eu preciso que me perdoe.

-Tudo bem, eu não te odeio, você sabe que não.

-Estou mais aliviada ouvindo isso. Como está Prince?

-Bem, eu preciso desligar agora, podemos falar mais tarde?

-Claro, antes de desligar, Feliz Natal!

-Pra você também!

-Ah, mais uma coisa… - Ela suspira fundo. -  Amanhã vou estar no meu apartamento, se quiser passar lá para conversarmos melhor é só ir.

-Ok, tchau.

Ele desligou, havia sido tão frio como nunca fora, ela sentia que estava perdendo ele, que ele não havia realmente perdoado ela, sentia tudo desmoronar.

Como era dia de Natal, estava na casa de sua mãe, convidados começariam a chegar em algumas horas, ela decide, antes de tudo, abrir uma garrafa de vinho, sobe para o quarto com a garrafa e a coloca ao lado da banheira. Tomou um banho demorado e 3 taças de vinho. Ben e Riley entram correndo querendo mostrar um dos presentes que haviam ganhado de Priscilla. Lisa dá atenção a eles sem largar seu vinho, e depois volta a se arrumar.

Todos os convidados já estavam na casa, seus avós, seu meio irmão, seu padrasto, alguns tios e tias, primos… e Danny.

-Você está bem? - Pergunta Danny parando ao lado dela.

-Estou, e você? - Ela se vira olhando para ele.

-Estou bem sim… mas você não parece bem…

-Ah qual é Danny, virou fiscal agora?

-Eu te conheço, sei quando não está alcoolizada! - Ele sorriu, colocou a mão no ombro dela e saiu.

-Maldito… - Falou bebendo mais um gole de vinho.

O jantar foi um sucesso, embora Lisa não tivesse falado uma palavra, seus parentes se encarregavam disso.

Danny havia sentado bem na frente dela, e ficou preocupado, ele conhecia a ex muito bem e era bastante observador também.

Assim que todos saíram da mesa, Lisa pegou seu cigarro e saiu em direção a piscina. Estava bastante frio, mal conseguia acender o cigarro, Danny foi atrás dela.

-Aqui. - Ele puxou o isqueiro do próprio bolso e fez a chama para ela.

-Obrigada. - Agradeceu enquanto soltava a fumaça. - Sabe o que é engraçado? Você está aqui, você sempre está por perto… - Ela diz olhando para o céu.

-Sim, temos 2 filhos, sempre estarei por perto.

-Que fofo, mas eu me refiro a estar aqui do meu lado, me perguntando se estou bem e acendendo o meu cigarro, como antigamente.

-Ah, não é nada de mais.

-As vezes me pergunto se não cometi um erro…

-Com nós? - Ele a encara.

-É, você é o pai dos meus filhos, eu sempre vou te amar.

-Ta tudo bem entre você e o Michael? - Ele franziu a testa estranhando o excesso de carinho nas palavras dela.

-Ah qual é, ninguém aqui ta falando dele! - Lisa resmunga enquanto tremia de frio.

-Você está falando dele mesmo que indiretamente. - Ele sorri e coloca seu casaco nos ombros dela.

-É tão óbvio assim?

-É. Você exala Michael Jackson!!

-Não é verdade Danny!

-É sim, o que está acontecendo? Quer me contar?

Ela fica olhando para ele por uns segundo e vê nos olhos dele um porto seguro, ela precisava desabafar.

-Estamos mal, eu fiz uma merda.

-Não deve ser tão grave.

Ela contou tudo a ele, não aguentava mais ter tudo guardado, ela despejou tudo sob ele, contou da Debbie, e de como ela era petulante, contou sobre a suposta gravidez… Ele ouviu cada palavra com atenção.

-Então você sabe que eu sou muito espontânea, eu não pude evitar de ficar relaxada por não estar grávida. - Disse bebendo mais vinho.

-Olha Li eu vou ser bem sincero com você. Você parece amá-lo, eu nunca vi você assim, tão na defensiva, tão desestruturada, ou você vai atrás dele, ou segue sua vida, você tem que lutar ou desistir.

-Sim, eu amo ele, eu amo muito ele, mas não é nada fácil, ele não é como eu, ou como você, ele é único, eu as vezes não entendo ele.

-Então você tem que dar um ultimato a você mesma, e decidir o que quer, pensar no seu futuro!

Após as sinceras palavras de Danny, Lisa sentiu-se um pouco melhor, tinha sido um choque de realidade, porém ainda estava com o problema. Estava cada vez mais frio e os dois decidiram voltar para dentro de casa. A maioria das visitas já tinha ido embora, e os poucos que restavam estavam saindo também. Lisa sentou numa poltrona com sua fiel taça de vinho já estava completamente alterada e com os olhos pesados, foi só Danny se afastar pra ela adormecer ali mesmo. Danny que havia ido no banheiro com os filhos, voltou e colocou um cobertor sob as pernas dela. Ele já havia colocado os filhos na cama também, e Priscilla já estava em seu quarto, ele estava indo embora quando ouviu o celular dela tocar, estava no balcão da sala de jantar, então ele atendeu para não acordá-la, era um número privado.

-Telefone da Lisa! - Falou indo devagar para  a cozinha.

-Quem é?

-É o Danny.

-Danny….

-Sim, quem ta falando? - Perguntou ao não reconhecer a voz do homem.

-É o Michael, Michael Jackson.

-Oi! - Que voz diferente, Danny pensou. A voz dele estava grossa, algo que ele nunca tinha ouvido. - A Lisa está dormindo, bebeu um pouco a mais.

-Entendo, ligo amanhã pra ela.

-Sim….

A ligação ficou em silêncio uns segundos constrangedores, então Danny disse:

-Não desliga, eu sei que isso é estranho, eu e você conversando, mas eu e Lisa conversamos hoje e como amigo, e pai dos filhos dela preciso dizer que ela está sofrendo, e se você a ama, tem que conversar com ela, e se acertarem, ou cada um ir para seu canto, ou você faz ela feliz ou segue sua vida…. Eu sei que não devo me meter nisso, mas ela não está bem... é isso, desculpa parecer chato, ou algo do tipo, não quero te intimidar, você é um homem e sabe como tratar uma mulher, eu só queria te dizer essas palavras, desculpa.

Então Danny desliga. Seu coração estava acelerado, provavelmente Lisa o mataria por isso, mas depois de ver como ela estava sofrendo, não poderia perder essa oportunidade.

Michael ficou olhando para o vazio ainda com o telefone na orelha, ele se sentiu muito mal após as palavras dele. No dia seguinte Lisa acordou num susto sem saber onde estava, então se acalmou ao ver que era na casa de sua mãe, ela estava com o vestido da noite anterior todo amassado, então levantou e toda descabelada foi verificar os filhos, eles estavam dormindo, olhou no seu relógio de pulso e era ainda sete da manhã.

-Lisa, você bebeu demais. - Disse Priscilla se aproximando.

-Só porque você não bebe, não significa que seja um crime os outros beberem.

-Vai fazer o que hoje? Pensei em ficar com eles para irmos ao cinema.

-Faça isso por favor, eu preciso sair. - Falou desamassando o vestido com as mãos, mas em vão.

-Aonde você vai?

-Sair! - Disse saindo da sala.

Ela foi até em casa, se arrumou e foi para seu apartamento, lá ela ia esperar por Michael. Ela comprou bebida, comida e velas. Por volta das seis da noite estava sentada no sofá e seu telefone tocou.

-Oi.

-Lisa, sou eu.

-Você vem?

-Não vou poder…. A babá e a Debbie estão doentes, não tenho com quem deixar o Prince.

-Ah, eu entendo. Você viu a entrevista que ela deu?

-Sim. O que achou? - Ele perguntou com medo.

-Ela não mentiu. É melhor sermos só amigos.

-Não! Calma, eu quero te ver.

Ela já estava decidida a deixar tudo isso pra trás, mas seu coração pulou de alegria e esperança ao ouvir que ele queria vê-la, mas ainda assim manteve-se firme

-Eu só poderia hoje, mas entendo que está sem babá. Nos falamos mais tarde.

-Certo, me liga quando puder. Beijos.

Lisa então desligou e ficou sem entender, num dia ele a desprezava, no outro a queria. Por fim apagou todas as velas e voltou para casa. No caminho ligou seu rádio e acendeu um cigarro, só queria ouvir uma boa música e fumar.

[...]

Long Beach, 31 de Dezembro de 1997

 

Lisa estava na praia com seus amigos, eles estavam numa casa beira mar e passariam a virada do ano ali fazendo festa e bebendo muito. Ela não havia mais ligado para Michael, mas estava se corroendo de vontade.

-Lisa, quero lhe apresentar o Noah, é meu vizinho e sempre comemoramos a chegada do novo ano aqui juntos. - Disse Amy um pouco atrás dele.

-Olá Noah, como está? - Lisa teve que ficar na ponta dos pés para conseguir cumprimentá-lo com um beijo na bochecha.

-Noah é surfista e mora aqui na casa ao lado.

-É…. você tem mesmo cara de surfista. - Falou sorrindo envergonhada após olhá-lo de cima a baixo.

-Que bom que está aqui, Amy já falou muito sobre você!

-Espero que bem! - Sorriu.

-Sempre muito bem. - Respondeu jogando seus cabelos loiros para trás.

Noah era alto, estava de bermuda e regata, tinha um sorriso lindo e olhos castanhos. O assunto tinha acabado e os três olharam para o mar.

Amy puxou a amiga pelo braço e a levou para o banheiro.

-Qual é o seu problema? - Amy pergunta.

-Qual é o SEU problema!! - Lisa põe o dedo no peito da amiga.

-Eu te apresentei o meu eterno crush, e você nem para puxar papo!

-Não estou a procura de ninguém, muito menos um surfista, ele é tão novo!

-Sim, porque só pensa no Michael.

-Cala a boca! - Falou séria e conferindo se ninguém estava por perto. - Pera, você já ficou com o Noah?

-Claro né, passo a virada do ano aqui desde os 5 anos, mas isso foi há muito tempo, éramos adolescentes.

-Não!!!

-Sim. - Amy falou sem jeito.

-Esse é o surfista com quem perdeu a virgindade em 82? - Pergunta Lisa sorrindo. - Mas ele tinha quantos anos? Você tinha 17!

-Sim, fala baixo porra! Como é que você lembra os anos? Nem eu lembrava.

-Eu lembro de tudo! E eu não vou ficar com um cara que já esteve dentro de você! - Lisa fala com cara de nojo.

-Melhor assim, tenho ciúmes, ele tinha uns 14 eu acho!

-Credo, sua pervertida! - Lisa ri.

-Eu sei, agora vamos voltar e ver se aparece alguém para te distrair.

As duas voltam se apoiando uma na outra enquanto riam. Todo mundo estava na varanda com seus copos de bebida, e Lisa foi pegar um para ela, ela gostava de ver as pessoas conversar, mas dificilmente conversava, ainda mais com estranhos.

-Você não vai dormir aqui? - Pergunta Amy ao ver o motorista de Lisa num quiosque há uns metros dali.

-Não, eu preciso ficar com meus filhos.

-Estão com Cilla?

-Sim.

Havia cerca de quinze pessoas ali, todas conhecidas de Amy já que a casa de praia era dela, alguns já estavam bêbados e se jogando no mar, Amy e Lisa conversavam sobre Michael, a mesma história que contou a Danny, contou a Amy, e ela deu praticamente os mesmos conselhos que Danny, embora soubesse que a amiga ainda sofreria muito devido a toda situação em que os dois haviam se metido.

-Acredita que Debbie negou numa entrevista que temos um relacionamento.

-Que?

-Sim, ela negou, disse que somos apenas amigos devido ao laço forte que temos.

-Ah, qual é! Eu mesma vi vocês dormindo juntinhos.

-Eu não achei que sentiria ciúmes dela com ele, mas sinto. O fato dela ter dado filhos e eu não, ainda me corrói.

-Ainda dá tempo, sabia?

-Só se ele se divorciar, eu não vou ser a outra.

-Você falou isso pra ele?

-Não, eu não vou pressionar ele a nada, mas escuta o que eu digo, filhos não seguram marido nenhum. Ela não está acostumada com a fama dele, tenho quase certeza que ela não aguentará muito tempo. E se for para ser, nós ficaremos juntos, eu só queria que essa tormenta acabasse. - Disse Lisa bebendo toda bebida do copo num gole.

-Hey vai com calma ai, soube que você bebeu muito no natal!

-Minha mãe mandou você vigiar minhas bebidas?

-Não, mas ela disse para eu ficar de olho em você.

Após algumas horas ocorreu a chegada de 98, muita festa, muitos fogos, pessoas estranhas e bêbadas se abraçando, Lisa arrastava seus pés na areia, já estava bêbada e cantando a música que ecoava de uma boate beira mar perto dali.

-Vamos para a boate? - Lisa olhou para a amiga mal conseguindo manter-se de pé.

-Não….. - Amy falou bêbada também.

-Vou pedir se o N-o-a-h vai comigo ein! - Lisa provocava.

-Nem pense nisso!

Nisso Lisa cai sentada na areia e seu motorista/segurança que observava tudo de longe corre até ela.

-Senhorita, acho melhor irmos! - Fala erguendo ela.

Lisa estava com a parte de cima de um biquíni tomara-que-caia, com uma canga na parte de baixo e de chinelos. Ela não disse uma palavra, estava praticamente anestesiada, quando ele a colocou no banco de trás e ligou o carro ela disse:

-Você deve estar com os sapatos cheios de areia, me perdoe.

-Não se preocupe senhora, vou levá-la para casa!

-Não, para casa não!

-Para onde então?

-Neverland!

-Neverland?

-É... a casa do Peter Pan. - Falou rindo e colocando os pés no teto do carro.

-A casa do senhor Jackson a senhora quer dizer?

-Isso! Ele vai me receber nem que eu pule o portão!

-Não acho uma boa ideia.

-Você está com os sapatos cheios de areia e aqui comigo enquanto deveria estar com sua família, eu sou uma pessoa terrível, agora me leve para lá, se não eu vou sozinha! - Mesmo bêbada ela ainda era assustadoramente convincente.

O motorista não teve escolha, ou isso, ou ela com certeza daria jeito de ir sozinha.

Neverland 1 de janeiro de 1998 - Madrugada

-Senhora?! Senhora…. - Lisa havia adormecido, então ele cutuca a perna dela.

-Que foi? - Ela se assusta.

-Desculpe, chegamos.

-Ah sim, já? Você veio rápido ein! - Disse toda descabelada.

-Vou esperar aqui. - Ele fala enquanto ela ia saindo.

-Não mesmo, vá para casa!

-Mas senhora!

-Vá!! Ligue o carro e vá agora! - Ela coloca as mãos na cintura.

Ele ficou olhando para ela de biquíni e toda desarrumada, mas obedeceu.

Assim que o carro sumiu pela estrada ela arrumou a canga e foi para o portão, ainda estava bastante alcoolizada, mas convincente que entraria.

-Senhor Jackson, creio que deva ver algo. - Disse o segurança no ouvido dele, afinal, Michael estava com visitas.

Michael seguiu ele até a porta de entrada e olhou as imagens da câmera de segurança do portão principal. Ele voltou as imagens uns minutos, dava pra ver uma mulher loira mandando o carro ir embora como se manda um cachorro ir dormir. Michael se aproximou da TV e cerrou os olhos.

-É a Lisa? - Perguntou sem tirar os olhos da imagem.

-Sim senhor.

-Que diabos ela está vestindo?

-Parece ser um…. biquini senhor. - Falou colocando a imagem em tempo real. - Eu vou até lá!

-Não! Eu vou! - Disse Michael balançando a cabeça negativamente. - Não deixe ninguém saber o que está acontecendo.

Michael saiu pela porta da frente e pegou um carrinho de golfe. Lisa tentou chamar pelo segurança da guarita, mas provavelmente havia sido dispensado devido o feriado, então começou a procurar o interfone, após uns minutos procurando, ao achá-lo, veja, ele era muito alto, então ela ficava dando pulinhos sem sucesso. Foi para onde estava o cadeado e tentou abrir sacudido ele, mas foi inútil, Michael ao chegar perto estacionou e continuou indo a pé, ele observava ela dando pulinhos e balançando o portão, era uma cena muito engraçada e aos poucos ele foi desfazendo a cara de bravo e colocando um sorriso no rosto, ele também lembrou das palavras de Danny.

-Porra! Inferno! Filha da puta! - Lisa soltava um palavrão a cada tentativa em vão, então ela desistiu,  se escorou na grade exausta e começou a chorar.

Michael se aproximava em silêncio e ao chegar bem perto diz:

-Oi! Posso ajudar?

Lisa se assusta e vira rapidamente.

-Michael! Que susto. - Ela seca as lágrimas.

-O que você ta fazendo aqui? - Ele pergunta. - E vestida assim? - Ele a olha de cima abaixo.

-Precisamos conversar, eu estava na praia, é uma longa história, vai me deixar entrar ou vou morrer de frio aqui? - Ela fungava e tentava esconder que havia chorado.

-Claro, só um minuto. - Ele abre o cadeado e olha para a câmera, fazendo sinal para abrirem o portão.

Lisa entra e se joga nos braços dele.

-Feliz 98! - Ele responde sentindo o corpo gelado dela perto do seu, então ele tira seu próprio moletom e dá a ela. - Eu gostei desse seu look. E você bebeu não é?

-É claro, acha que eu viria aqui sóbria de biquíni e canga?

Ele riu e ligou o carro de golfe.

-Vamos pelos fundos, estou com visita!

-Debbie está aí?

-Não, ela ta com a família dela. Mas tem meus primos, meus pais, um monte de Jacksons.

-Eu não quero ver eles. Estou terrível.

-Não está não. - Disse ele colocando a mão no joelho dela.

Lisa se escorou no braço dele até chegar na porta dos fundos. Foi diretamente para o quarto de hóspedes, felizmente ninguém a viu.

Ela tomou um banho e colocou um pijama dele, passou um tempo e ele apareceu.

-Está mais sóbria agora?

-Estou completamente sóbria e envergonhada.

-Tenho tudo gravado se quiser ver suas tentativas de apertar o interfone.

-Ah não! - Ela riu. - Porque ele é tão alto?

-Anti-crianças! - Ele riu.

-Ah muito obrigada!

-Confesso que prefiro as vestes de antes.

-Nunca mais usarei biquini na vida! - Ela ri.

-Porque estava chorando? - Ele pergunta.

-Me senti sozinha e abandonada.

Os dois ficaram se encarando sem assunto.

-Achei que estava bravo comigo… - Lisa fala sem jeito.

-Não, quer dizer estava, mas você se esforçou tanto hoje....

-Eu preciso de você Michael!

Ele ficou surpreso com a declaração repentina, então sentou ao lado dela na cama.

-Sabe que temos que resolver nossa situação! - Ele disse.

-Pra que complicar mais? Vamos apenas deixar assim… Eu te amo, e sei que você sente algo por mim, pode ser que você não me ame mais, mas você pelo menos gosta de mim, não é?

-Sim, eu amo você e sempre vou amar. Só não sei se não estamos estragando tudo. - Michael olha profundamente pra ela.

-Não estamos. - Ela fala e passa a mão na perna dele.

-Lisa… - Ele fala sedutoramente. - Não faz isso comigo.

-Eu não sou a outra? As amantes fazem isso, ela deixam os maridos malucos.

-Não gosto quando fala assim, parece tão errado. - Ele se aproxima dela e a beija no pescoço.

-É o que somos? Um erro? - Ela morde a orelha dele.

-Nesse momento sim. - Ele a pega de vez pela cintura e começa a tirar a camisa dela.

Lisa faz o mesmo e em segundos ambos já estão nus. Era por volta das 4 da manhã e eles se beijavam enquanto as mãos passeavam pelo corpo um do outro. Michael deitou em cima dela e puxou a coberta para cima tampando até a cabeça de ambos. Lisa começou a rir e ele ia descendo beijando e dando leves mordidas na barriga dela.

- O que vai fazer? - Lisa pergunta ainda rindo.

-Shhhh. Fica quieta. - Ele disse descendo cada vez mais.

As preliminares foram bem demoradas, era quase sete da manhã e eles ainda estavam entre beijos, carícias e sexo.

-Se o que fizemos no primeiro dia do ano, é o que faremos durante o ano todo eu to bem feliz! - Disse Michael.

-Nossa, é verdade, esse ano promete.

-Quer tomar café?

-Sim, eu preciso muito. - Ela fala, não comia nada há horas.

Michael levantou, colocou um roupão e seus chinelos, Lisa continuou deitada, estava mais descabelada do que quando havia chegado, Michael foi até ela e a beijou, foi para a porta sorrindo e olhando para ela.

-Você é como uma obra de arte. - Disse apontando pra ela que apenas sorria.

Então ele abriu a porta e deu de cara com Debbie.

-Oi. - Ele disse sem graça.

Debbie apenas olhou para dentro e viu Lisa sentada na cama com as cobertas até o pescoço. Nesse momento Lisa lembrou da entrevista dela e então sorriu provocantemente. Michael não havia visto, afinal estava de costas. Debbie apenas bufou e deu as costas.

-Debbie! - Michael fala correndo atrás dela. - Debbie!

Então ela parou e ele se posicionou na frente dela.

-Nunca fui tão humilhada. O que essa mulher está fazendo aqui?

-O Prince está bem? Porque está aqui tão cedo?

-Não mude de assunto. Eu sou a sua….

-Mulher, sim você é minha esposa no papel, você me deu um filho e está com outro no ventre, eu sou muito grato por tudo isso, eu sempre vou agradecê-la por isso, mas você sabe aonde se meteu, você sempre soube, nós não somos um casal comum, nem sequer moramos juntos, e não deveria lhe explicar como são as coisas depois de você ter assinado um contrato auto explicativo.

Debbie ouviu tudo atentamente então desviou dele e continuou andando sem dizer uma só palavra. Michael revirou os olhos e foi no sentido contrário dela.

Passaram o resto do dia juntos, Lisa não tocou no assunto “Debbie”, estava realmente cansada dessa situação, queria voltar as coisas como eram antes, e novamente começava a se arrepender amargamente de ter pedido o divórcio.

-Que tal casarmos de novo? - Lisa pergunta enquanto senta-se diante da jaula dos macacos no zoológico de Neverland.

-Já sou casado. - Ele ri e desvia o olhar.

-Sim, mas isso é fácil….

-Não vamos falar disso agora, podemos apenas aproveitar nosso dia?

-Claro. - Ela abaixa a cabeça e vira para o outro lado.

Michael como se nada tivesse acontecido levanta e vai alimentar os primatas.

[...]

Eles ficaram aquele dia inteiro juntos, Lisa foi embora por volta das onze da noite e após isso apenas se falaram por telefone, eles tinham tantos assuntos que passavam noites inteiras conversando, Michael agora como pai pedia diversos conselhos para ela e ela atentamente explicava tudo. O aniversário de Lisa se aproximava, e ali pelo dia 31 de janeiro de 98 Michael ligou.

-Oi belezinha.

-Oie.

-Está chegando seu aniversário!

-Pois é, um ano a mais, ou a menos, depende do ponto de vista.

-Vamos pensar em um ano a mais. - Ele riu.

-Já estou chegando nos 30, Ben me chamou de velha antes.

-Se com trinta é velha imagina com 40!

-Você ainda ta inteiro pra sua idade!

-”Pra minha idade?” - Ele pergunta rindo.

-É um velhinho praticamente. - Ela ria.

-Não me provoque Lis. Eu vou te mostrar como ainda sou jovem e viril.

-Ui, estou ansiosa para esse dia.

-Então, já tem planos para o grande dia?

-Não exatamente.

-Vamos ir jantar, tem um lugar ótimo para celebrar essa data.

-Vamos. Eu adoraria.

-Então combinado, eu te busco dia 2 às sete.

-Vou aguardar. Te amo.

-Te amo. Se cuida.

Lisa desligou e saiu fazendo uma dancinha alegre, ela mal podia esperar pelo dia.

 

CONTINUA.

 


Notas Finais


Por hoje é isso pessoal.

Mas comentem, ta? Eu aceito dicas, críticas o que for.

Até o próximo e mil beijos.


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