1. Spirit Fanfics >
  2. Middle of the Night - Madara Uchiha x Oc >
  3. Capítulo 14

História Middle of the Night - Madara Uchiha x Oc - Capítulo 14


Escrita por: __Melanin__

Capítulo 15 - Capítulo 14


Fanfic / Fanfiction Middle of the Night - Madara Uchiha x Oc - Capítulo 14


-Daiymo Tatsuo?- Já são duas da manhã e acordei com o barulho de algo quebrando. O estranho é que a casa é enorme e meus aposentos ficam literalmente do outro lado da casa em comparação com os aposentos dele e ainda sim consegui ouvir o barulho.

Estou há uns 10 minutos andando pela casa, não tem ninguém aqui, nem mesmo os samurais que ficam dia e noite vigiando a casa. Tem algo muito errado acontecendo aqui.

-Oi. Alguém?- Digo alto, mas em troca recebo apenas o eco repetindo minha fala.

Talvez não seja nada além de um mal entendido. Pode ser um copo que caiu no chão, então por que todos os samurais sairam de seus postos?

Pego uma espada de enfeite que tem ali e ando em passos lentos, usando chakra nos pés para tornar o som quase inaudível. A casa é tão silenciosa que por mais quieta que eu fique ainda dá para ouvir os sons baixos de neus passos ecoando. Chego em uma encruzilhada e lentamente me  viro para o corredor a minha direita. Me deparando com um uma pessoa desconhecida entrando em um cômodo.

A sigo lentamente, o cômodo é um quarto como qualquer outro, a diferença é que tem pedaços de vidros espalhados por todos os lados.

Sinto um chakra desconhecido vindo em minha direção rápido demais mais e desvio, a espada acertou a parede, mas não vejo ninguém.

-Apareça e lute comigo covarde!

Logo o chakra veio ao meu lado esquerdo. Consigo me desviar e dar um soco no intruso, que por sua vez me atacou de frente. É uma mulher de cabelos roxos e os olhos vermelhos... maldito sharingan. Uso a espada para tentar acertar seu rosto e  acabar de vez com aquilo, mas ela foi mais rápida e desviou, apenas deixando um corte na maça de seu rosto.

-Até que você não é tão ruim. Queria saber se é tão habilidosa quanto nas histórias.- Ela disse e sua voz saí estridente.

-Saia daqui. Ou serei forçada a te matar.- Ela não recuou. Então que assim seja.

A ia a atacar de frente, mas ela percebeu então fui para trás dela. Sei que o sharingan permite ver os movimentos dos inimigos, então simulei que ia dar um soco em suas costas e ela se virou, acabou que dei um soco em seu ombro e de lado, o que fez com que a parede e o chão se quebrassem, e um cheiro estranho subiu. Seria algum jutsu proibído?

Meus olhos procuram por ela, mas ela não está lá, rapída demais ela consegue me prensar na parede, o que fez com que eu batesse a cabeça e ficasse um pouco zonza. Mas uso minha perna esquerda para inverter nossas posições.

-O que deseja aqui?- Pergunto.

-O mesmo que você.- Ela me empurrou e atrás de mim tinha uma escada, ia cair lá mas consegui segurar no corrimão. Ela veio para cima de mim, consigo desviar e dou um chute em suas costas, que fez com que ela rolasse as escadas a baixo.

Desço até ela e quando fui dar o golpe final ela usa uma espada de enfeite que tinha por ali. O baque foi tão forte que ambas espadas quebraram e fomos para o mano a mano. Socos e chutes vieram de ambos os lados. Até que um momento consegui chutar sua barriga e acabou que quebrando uma parede, a mandando para fora da casa. Quando fui ver, ela não estava mais ali, nem em lugar algum.

Agora sim apareceram os samurais.

-Cubram a área, um inimigo conseguiu invadir. Mulher, cabelos roxos e de 25 a 30 anos. Ninguém entra e ninguém saí.- Digo e saio pela cidade, a procura dela.

Das duas uma: ou ela veio para a cidade atentar contra a vida do Daiymo, mas se fosse esse o caso ela não teria demorado tanto, ou ela veio a minha procura, buscar informações sobre mim e meu clã. De qualquer forma, ela está morta.

A população está assustada, gente correndo para todos os lado, não é todos os dias que a casa de um Daiymo é atacada. É tanta gente correndo para os portões que fica quase impossível me localizar por aqui.

Os portões demoraram a se fechar, muitas centenas de pessoas saíram.

-Droga.

Levanto meu olhar para os muros, e tem uma pessoa lá com uma manta e capuz cobrindo a cabeça, mas é ela, alguns fios de seus cabelos roxos apareceram a luz da lua. Não dá para ver seu rosto direito, mas dá para ver seus olhos vermelhos. Ela está meio inclinada, como se estivesse ferida. Pego uma kunai e aponto para ela, olhando bem em seus olhos, no nosso mundo isso significa rivalidade, sem trégua, é como uma promessa de que iremos nos encontrar e batalharemos novamente. Ela pula para fora dos muros, desgraçada.

-Amberly.- Me viro e vejo Daiymo Tatsuo usando roupa de dormir.

-Sinto muito, não conseguimos pegar o intruso.

-Sabe o que ao menos ele queria fazer aqui?

-Ou atentar contra sua vida ou buscar informações sobre a minha.- Ele passa suas mãos em seus cabelos, está em puro desespero.- De qualquer forma, caso seja a segunda opção irei partir agora.

-Não, fique e descance. É minha convidada e não era sua função ter feito o que fez, mas sim dos meus homens.

-Nenhum deles estava na lá hora meu Senhor, acordei com o barulho de algo caindo e achei que estivesse em perigo.

-Eu estava dormindo tranquilamente até ouvir um som fortíssimo. Fui conferir e era minha parede quebrada.

-Sinto muito por isso, não foi minha intenção. Desconte do meu salário para concertar a parede.- Abaixo meu olhar.

-Não, sem problemas, aquela parede estava podre e precisando concertar de qualquer maneira, apenas adiantou meu trabalho.- Respirou fundo.- Agradeço pela sua preocupação, serei eternamente grato. Esses inúteis estavam jogando cartas de novo, e não é a primeira vez que isso acontece. Bom, vamos entrar.

-Se não for incômodo, eu prefiro ficar aqui fora, vou fazer uma ronda só por garantia.- Ele assentiu e começou a andar em direção a casa.

-Deveria despedir esses inúteis e te contratar no lugar deles.- Disse alto e de propósito.

A população já tinha se acalmado e retornam para suas casas mais tranquilos, com alguns murmurando. Dentro da cidade não tinha nada, mas espero que do lado de fora tenha, qualquer coisa ajuda.

Ando ao redor da cidade e não tinha nada. Retornei e pedir para olharem em um raio de 5 quilômetro e nada também. Não faz sentido.

-Vá descansar.- É o Daiymo Tatsuo. Estou escorada na mesa, olhando para um mapa e tentando procurar qualquer ligação.

-Isso não faz sentido. Esse ataque não faz sentido. Ela poderia ter entrado e saído sem ser descoberta. Concerteza tem estudado a essa casa há um tempo para até saber os horários de seus homens.- Coloco um dedo na boca mas logo retiro. Tenho que parar com essa mania de roer as unhas.- Ela fez isso para chamar a atenção. A sala em que me me deparei com ela já tinha algo de vidro quebrado no chão, e ela ia entrar lá. Ou tinha mais alguém com ela ou fez esse barulho de propósito. Não tem sentido um objeto cair do nada, as empregadas sempre mantêm tudo em ordem.

-Compreendo. Mas o por quê desse mapa?

-Ela é uma Uchiha... está bem longe de casa. Estou procurando lugares em que pode ter se escondido, mas ninguém encontrou nada. Nem marcas em árvores, ou sangue ou rastros de pegadas ou de chakra. Nada.

-Bom. Vou pedir aos meus homens que investiguem um pouco mais, mas até lá nada muda.- Concordo com a cabeça.- Bem, boa noite.- Escuto o estrondo da porta se fechando atrás de mim. 

Droga. Ultimamente tenho andado paranóica com tudo. Meu pai me pressionando, o dinheiro acabando, essa missão... minhas noites de sono tem sido uma tortura. Sempre acabo acordando assustada com algo. A ansiedade tem me corroendo.

Embora eu sei que o destino que meu clã tomar quase não tem haver com influência minha, não consigo deixar de me sentir culpada, eu poderia ter feito mais. Ás vezes penso que se eu pudesse ter ficado aqui e ajudado ao invés de ir para o Norte nada disso chegaria onde chegou. Meu clã não estaria onde está. Ou isso pode ser algo inevitável, que seja quaisquer a decisão que eu teria tomado no passado ainda estaria aqui, agora, no mesmo lugar. Esses pensamentos são dolorosos demais.

Fico na sala por mais uns 20 minutos olhando para o nada, até me dar conta de que eu estava sozinha e o frio daquela sala sem vida me envolver. Abro a porta, não é pesada, mas seu rangido dá essa impressão.

Subo as escadas e vou para a escada, ainda pensativa. Eu já tinha me encontrado naquela situação várias vezes ao longo da minha vida. Desde que me lembro por gente inimigos invadiam nossas casas e algumas vezes queimavam, e nosso otousan sempre tinha algum dinheiro guardado ou montava várias casas em outro local por precaução. Mas dessa vez foi diferente, eu sinto que foi diferente.

Deito na cama fria, o brilho do luar ilumina perfeitamente o quarto, mas não consigo dormir. O susto de hoje, achei por um tempo que eu nunca mais teria que passar por essa situação, é horrível sentir esse medo, esse desespero denovo, essa sensação de não estar segura em sua própria casa, mesmo que no momento eu não esteja em casa.

Vou ir ao rio, para espairecer a mente e talvez encontre aquele estranho por lá, mas sinceramente, não faz menor diferença se ele estiver lá hoje ou não.

Troco meu pijama por um vestido casual preto, não quero chamar a atenção de inimigos à noite, não mais.

Sigo meu caminho para o rio é concerteza um caminho longo, mas se vai valer a pena eu não sei, mas vai ser bom de qualquer forma, preciso mesmo espairecer a mente.

-Onde vai?- Perguntou um samurai qualquer.

-Eu vou sair, quero fazer uma última revista no local, só para ter certeza se não deixaram nada passar em branco. -Ele abre o portão com um olhar duvidoso

-Não vai precisar de ajuda? Vai cobrir uma área muito grande.

-Não, eu sou muito perfeccionista e prefiro fazer as coisas eu mesma, vai demorar sim, mas pelo menos terei a certeza que nada passou em branco.

Fez um sinal de despedida e eu saí pelos portões, o vento frio me envolveu, mentalmente eu me julgo por não ter trago nem uma fina blusa de manga longa.

O tempo foi passando, mas a impressão é que não está. Quando mais caminho mais longe parece que estou do meu destino, mas isso é bom, o tédio me fez pensar em coisas que eu nunca dei tamanha importância.

Assim que chego ao rio, vejo que não tem ninguém, não sinto o chakra de ninguém além dos pessoal da aliança. Rapidamente percebo o chakra de Ayoma e minha okasan, o que me fez soltar um sorriso bobo. Depois procurei o de meu otousan, mas não o encontrei. Mal sabem eles que estou tão perto mas ao mesmo tempo tão longe...

Fiquei naquele rio por quase duas horas. O homem do rio não apareceu, embora eu meio que queria ver ele, foi melhor assim. Eu precisava mesmo de um momento sozinha comigo mesma. Assim que retornei fui direto para o meu quarto, encontrei com o Daiymo Tatsuo pelos corredores, mas nada dissemos, trocamos apenas olhares e senti que ele me entendeu e senti o afeto que seu olhar transmitia. Ele sem dúvidas é o melhor Daiymo que eu já conheci, a maioria é arrogante e pouco se importa com a nossa vida, mas Tatsuo sabe perfeitamente bem nossos limites e o que passamos todos os dias nos campos de batalha. Entrei no quarto e deitei na cama, demorei um pouco para dormir, mas consegui antes do sol raiar.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...