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História Middle of the Night - Madara Uchiha x Oc - Capítulo 31


Escrita por: __Melanin__

Notas do Autor


Aviso: Cenas obscenas.

Capítulo 33 - Capítulo 31


Fanfic / Fanfiction Middle of the Night - Madara Uchiha x Oc - Capítulo 31

M,

Acho que devo começar dizendo que fico lisonjeada com a sua carta - um pouco melancolica eu diria -. Eu não sei quanto tempo faz desde que escreveu, mas fico feliz pela sua felicidade. Em um mundo como esse é bem difícil encontrar motivos para sorrir. Meu otousan me diz que vezes a felicidade está na simplicidade das coisas. Pela forma que escreveu, deduzo que o dia que escreveu a carta foi um dia especial. Não tenho ideia do que foi, mas que bom que você encontrou um motivo para comemorar (a maioria das pessoas fazem descaso de dias assim).

E já que estamos (eu acho) entrando nessa onda de cartas aleatórias, vou te contar um pouco de como foi meu dia, só porque sim :).

Foi um dia basicamente de leituras, passei a tarde toda lendo e traduzindo alguns pergaminhos que são antigos demais. Os pergaminhos são de assuntos diversos, então ainda estou tentando processar todas as informações. Fora isso, eu tenho conversado bastante com sacerdotes e sacerdotisas sobre a cultura local (apesar de eu saber sobre meu passado e minhas raízes isso nunca foi algo que eu realmente me aprofundei).

Sinto que estou cada vez mais perto de descobrir mais sobre o chikara no yin, mas por ser um selo antigo e que quase "inexistente" ninguém se deu ao trabalho de traduzir os pergaminhos, e aqui estou eu, traduzindo tentando encontrar qual o pergaminho certo. Não sei se vou demorar aqui, mas parte de mim espera que sim, tem muita coisa que quero aprender.

Eu comprei algumas roupas e lembrancinhas para Rei também. As crianças aqui são muito animadas, tenho certeza que Rei iria adorar brincar com eles. E falando nela, como ela vai? Como vai o tratamento? Estou preocupada com a saúde dela e que ela seja uma criança solitária, espero que, com esse tempo sem me ver, ela consiga fazer bons amigos. E eu tenho pensado bastante no nosso beijo, não de uma maneira ruim. É confuso te beijar e ajudar alguém do clã inimigo, mas não vou dizer que não gostei ou que não me importei, odeio mentiras.

Não tenho muito mais o que falar, minha rotina tem sido essa desde que cheguei e provavelmente vai ser essa até o momento em que eu partir. Cuide de si mesmo e de Rei.

A.


Finalizo a carta e coloco no pássaro que veio junto com a carta de Madara.


Talvez eu tenha demonstrado demais quando escrevi sobre o beijo. Espero que não fique tão evidente assim.


Eu cheguei à minha terra natal com um único propósito, mas que ironicamente estar aqui abriu muito mais minha mente sobre mim mesma e meus sentimentos em relação a tudo.


Passar a maior parte do tempo traduzindo livros tem me ajudado a aprender outras línguas; os sacerdotes me acolheram e me explicaram sobre a importância do nosso corpo, alma e mente estarem ligados sem alguma barreira física ou emocial; e as sacerdotisas me ajudaram a compreender melhor meus sentimentos e a minha relação com os kamis. As vezes é cansativo, mas isso abriu portas para mim, tenho aprendido mais sobre mim.


E foi em uma dessas conversas que Madara me veio a mente, sei que tenho que organizar meus sentimentos em relação a ele, não posso continuar fingindo não sentir nada, quando sinto e muito. Espero que a resposta dele de alguma forma me ajude.


-A Sacerdotisa te aguarda no salão principal.- Uma criada apareceu na porta com algumas roupas limpas.


Sem dúvidas as roupas foram o que mais me chamaram a atenção. As cores fortes e vibrantes, as estampas marcantes... tudo isso combina com a alegria do local. Diferente do País do Fogo, onde todo mundo é fechado e sério, aqui no País do Relâmpago todo mundo é mais alegre, tem mais liberdade para ser quem são.


-Oh, muito obrigada!- A criada deixa as roupas na beirada da cama e se retira, fechando a porta do aposento logo em seguida.- Mais um dia se inicia, mais um dia...


Me levanto e começo a me vestir com as roupas que acabaram de chegar, suas cores me chamaram a atenção, em especial o contraste dos detalhes dourados no tecido branco.


-Branco como a neve... por isso que as noivas se vestem de branco, é uma cor linda.


-E eu concordo.- Dou um pulinho com a voz vindo da porta, era a Sacerdotisa.


-Me perdoe.- Faço uma reverência em sua direção, completamente envergonhada. Talvez tenha perdido tempo demais admirando o belo tecido.- Não vi o tempo passar e...- Ela apenas estendeu a mão, como um sinal de silêncio.


-Não se preocupe, não vim aqui dar sermão ou pressionar você.- Sua voz saiu doce e ao mesmo tempo autoritária.- Sei que está tarde, mas adoraria sua companhia no jantar de hoje a noite.- Sua fala me pegou de jeito, não esperava uma mulher no nível dela se juntar a alguém como eu numa janta.- Aqui não é o País do Fogo, está segua conosco.- A frase saiu quase como se estivesse lendo minha mente.


-Eu pretendo me juntar.


-Ótimo, te aguardo lá.- Disse e antes que eu piscasse já tinha sumido do quarto. Era um clone.


Antes meu foco era sobre o Chikara no Yin, mas agora tenho me interessado mais sobre as minhas raízes aqui.


Me levanto, visto as roupas que foram deixadas, saio pela porta e me dirigo até a biblioteca.


Abro a porta da biblioteca, já tinha ficado ali o dia inteiro, talvez temha sido por instinto. Ou talvez o cheiro daquele lugar tenha mudado, não sei o que é, mas algo ali mudou, algo ali me fez lembrar minha casa no País do Fogo. E eu nunca tinha tido essa sensação antes.


-Ah, a sacerdotisa...- Suspiro lembrando que eu tinha um compromisso antes de me mergulhar nos livros traduzindo línguas antigas.


Fecho as portas do salão novamente e me dirijo ao Grande Salão. A mesa não estava tão cheia quanto de costume, na verdade, só tinha três cadeiras, duas de frente uma para outra e uma na ponta da mesa. ja estava ocupada pela sacerdotisa, que beliscava a comida.


-Oh! Querida venha, sente-se comigo.- Ela tomou um susto quanto me viu flagrando ela.- Em passos um pouco apressados sigo em direção a cadeira à direita da sacerdotisa.


-Licença.- Digo antes de puxar a cadeira e me sentar.- Ninguém nos acompanha hoje?- Digo um pouco retraída, não tenho costume de ser tão direta com ela.


-Ah sim, tem mais um convidado. Ele já deve estar chegando.- Disse tampando a boca.- Aliás, fique atenta. Esse sujeito não é muito confiável, mas infelizmente é um dos nossos melhores compradores de tecido.- Concordo com a cabeça.


-E qual minha função aqui?


-Mediar caso as coisas saiam do controle. Ele não tem um temperamento muito agradável.- Disse e pegou um sushi, acho que se acostumou com a minha presença. Logo em seguida fez um sinal para a criada do fundo preencher o prato de volta com alguns sushi que estava na bandeja em sua mão.- Caso ele te pergunte diretamente alguma coisa responda apenas o básico, sem dar aberturas para ele ser mais invasivo, seja questões pessoais ou políticas.


A porta logo se abriu e os passos fortes e apressados ecoaram. O som me era familiar, mas não me atrevi a mexer o rosto para ver quem era.


-Seja bem-vindo novamente.- A sacerdotisa deu início a conversa.- Sente-se e fique a vontade.


Levantei o olhar apenas quando vi uma sombra sobre mim, quando levantei o olhar vi que era uma mão estendida. Estendi a minha e demos as mãos. Ousei elevar um pouco mais meus olhos e, é ele, é o Madara.


-Pelo seu susto, creio que já se conheciam.- A sacerdotisa dirigiu a palavra a mim. Como eu explico a ela todo esse meu envolvimento com ele?


-Sim, mas somente em campos de batalha.- Ele respondeu por mim.


-Explicado então o susto da pobrezinha. Deve ter presenciado cenas horríveis.- Disse e bebericou um pouco de sua bebida. Ela mesma não estava sendo tão sutil quanto queria que eu fosse.- Então... tecidos pretos outra vez?- Iniciou a negociação.


-Sim, porém o dobro.


-Então é o dobro do preço.


-Achei que por sermos clientes fiéis você daria um desconto.


-Só pede desconto quem não tem como pagar. Suponho que esteja perdendo perdendo batalhas demais.- Ela não estava se esforçando para esconder o desgosto que sentia em receber ele. O tom ácido dela o atingiu em certo nível.

-Ou talvez seja apenas uma tentativa de manter uma relação saudável. Seria uma pena que algum desastre acontecesse por essas bandas...- Seu pavio curto não ajudou muito.

-Então, Madara-sama, nos conte como foi sua viagem.- Me meti na conversa, tentando mudar o rumo dela.

A convera fluía entre nós, mas principalmente entre eles. Eu tive que me intrometer algumas vezes e apaguizar a situação algumas vezes, mas nada que pudesse sair do controle. Madara quase não referia a palavra a mim, apenas o necessário. Agia como se não nos conhecêssemos além dos campos de batalha, e foi melhor assim.

No final da janta cada um foi seguir seu caminho. Madara passaria a noite aqui para acertar os meios de pagamentos e partiria de manhã cedo.

Vou para meus aposentos, eu não teria 5 minutos de conversa com ele, estava ocupado demais aqui. E sua presença com toa certeza foi novidade para mim.

Assim que entro em meus aposentos troco as minhas roupas e me sento de frente a penteadeira, me arrumando para ir dormir. Ja era tarde da noite.

-Deveria estar domindo.- Escuto o som da porta rangendo. Olho através do espelho da penteadeira em que estou, Madara está de pé, escorado na porta.

-E você também, não é?- Termino de arrumar meu cabelo cacheado em um coque. Estou há um tempo tentando fazer, mas como ele é muito cheio tive uma certa dificuldade.

-Não consigo dormir.- Madara entra no quarto dando passos lentos, e depois fecha a porta atrás dele. Não sei como ele descobriu onde eu dormia.

-Então somos dois.- Me levanto da cadeira em que estou sentada e vou até ele, alternando entre olhar no fundo dos seus olhos e o chão sem vida do quarto.- Eu...- Quero poder falar algo, mas nada sai da minha boca, talvez eu ainda esteja surpreendida com a sua presença aqui.

A tensão entre nós dois aumenta cada vez mais. Madara sabe disso, está me testando.

-Poderíamos fazer alguma coisa, já que nenhum de nós consegue dormir.- Sugeri a primeira coisa que me veio a mente. A princípio foi sem segundas intenções, mas só depois percebo o duplo sentido que sem querer soltei.- Droga... não foi isso que quis dizer. Não nesse contexto...

-O que quis dizer então?- Nos encaramos, estamos perto demais um do outro.

O quarto é iluminado pela lua e pela luz da vela encima de uma cabeceira velha. Consigo ver as chamas da vela perfeitamente seus olhos cor de ônix, tornando aquilo tudo muito mais sensual. Seu olhar sobre mim é diferente dos demais que eu tinha visto.

-Não é como se eu nunca tivesse olhado para você...- Diz quase em um sussuro e lentamente suas mãos passeam pela minha cintura.

Dou um pulinho para trás, não esperava por isso, mas não é ruim. Quero que ele continue me tocando assim, a noite toda se possível.

Suas mãos ágeis vão para um lugar pouco acima do meu peito, onde está amarrado o vestido, e ele lentamente desfez o nó e meu vestido caiu sobre meus pés, me deixando amostra apenas com minha calcinha rendada cor bordô.

O vento frio que veio da janela bate em minhas costas, inconscientemente tento cruzar meus braços, mas ele foi mais rápido e junta nossos lábios, seu beijo tem luxúria. Suas mãos passeiam pela minha cintura e bunda, dando alguns tapas na mesma. Meus braços passam por cima de seus ombros, o prendendo cada vez mais. Seus lábios não tem sabor algum, mas são extremamente viciantes, e não pretendo me desfazer deles.

A essa altura do campeonato já estou entregue, eu o desejo há muito tempo e não teria como resistir mais. É como um vício, e quero mais e mais. É errado. Estar aqui com ele é errado, mas é justamente por ser proibído que torna tudo mais gostoso.

Suas mãos antes dóceis passeiam pelo meu corpo com mais exigência e lentamente fui cedendo ao seu pedido, deixando que minhas pernas envolvessem sua cintura. Por falta de ar, infelizmente tivemos que interromper nosso beijo, mas logo os junto nossos lábios novamente. E dessa ele desfaz meu coque, deixando meus cachos cairem.

Sinto minhas costas baterem em algo mácio, a cama. Suas mãos ásperas e quentes percorrerem pela minha cintura. Ele está cada vez mais exigente, me segurando e me beijando com mais força.

-Essa noite vou fazer o que quiser.- Interrompeu o beijo, sua respiração é ofegante e seus olhos antes negros e agora estão vermelho escarlate.

-Acho que não.- Inverto as posições ficando por cima e automaticamente começo a rebolar lentamente encima dele. Ele me olha hipnotizado e com uma certa admiração. Suas mãos passeiam pelos meus seios, logo depois uma delas foi ao encontro de meu pescoço e outra na cintura.- Diz que me quer Madara. Eu sei que me quer tanto quanto eu.- Sussuro em seu ouvido, aumentando o ritmo das minhas reboladas. Faço isso apenas para o provocar cada vez mais.

-Filha da puta arrogante.- Inverteu as posições de novo, me deixando por baixo novamente. Ele tira suas roupas não tão rápido, e isso está me deixando louca. Fiz o mesmo com minha calcinha, porém mais devagar, colocando a mesma na cabeceira ao lado da vela. Seu olhar não se desvia de mim. Por um momento senti vergonha do meu corpo e o tampei, normalmente eu não tenho vergonha do meu corpo, mas com ele é diferente, é como se eu não fosse boa ou bonita o suficiente.

-Não cubra querida. É a visão mais linda que já tive.- Lentamente tiro minhas mãos de cima. A forma que ele me olha... seu olhar queima de desejo.

Ele voltou mais rápido do que saiu e me beijou com uma certa raiva, e os calores dos nossos corpos se intensificam mais e mais.

-Já está assim?- Diz no momento que passou sua mão levemente na minha buceta molhada. Introduz dois dedos de uma vez fazendo movimentos de vai e vem. Ficar em silêncio é impossível.

Jogo meu pescoço para trás, na tentativa de fazer ele me ceder e me foder logo.

-Madara... por favor.- Digo suplicante, minhas mãos passam ao redor de seu pescoço, puxando seus cabelos.

-Ainda não querida.- E diferente do que estou acostumada a ver, seu olhar transborda paixão intensa, nunca pensei que fosse vê-lo tão vulnerável na minha frente, e isso só contribuiu mais para minha excitação.- Madara...  aah.- Minha voz sai rouca, estou quase lá, mas não vou dar esse gostinho a ele, não pretendo ceder tão fácil.

Inverto as posições novamente, ficando por cima e prendendo seu braço acima da sua cabeça, ele não pôde evitar de dar um suspiro. Eu o beijo em um ritmo mais lento e vou descendo aos poucos, distribuindo beijos e mordidas leves até chegar onde eu queria. Levanto meu rosto para ele e trocamos olhares, ele não vai pedir por isso. Coloco uma mão minha em torno do seu membro e começo os movimentos de vai e vem devagar. De início ele não cedeu muito, apenas mordia o lábio e soltava um  gemido ou outro. Mas o tempo foi passando e fui ficando mais ousada, lambia uma vez ou ou outra até finalmente o chupar. Suas mãos que antes estavam no travesseiro, agora seguram meus cabelos, me fazendo ir mais e mais fundo.

Se passou mais um tempo e ele me puxou para cima e me beijou, um beijo agressivo mas também doce. Suas mãos percorrem pela minha costa até chegar na minha bunda, onde deslizou nela e dava tapas fortes e, aos poucos ficou encima de mim novamente, me fazendo colocar minhas pernas por cima de seu ombro. Quando menos percebi seu membro estava na entrada e sem nem perceber prendo um pouco minha respiração.

-Sabe que pode desistir se quiser. Não quero te machucar muito ou fazer algo que não queira.- Sua boca avermelhada entreaberta só me fez o desejar mais e mais.

-Você não é o meu primeiro Madara.- Seu olhar está mais tranquilo.- Mas é o segundo, então por favor vá com calma.- Concordou levemente com a cabeça e aos poucos foi entrando em mim. Apesar de não ser minha primeira vez, ainda dói um pouco.

Ficamos sem nos mexer por um tempo, nos olhando e ardendo de desejo.

-Por Kami, se mexa logo homem.- Ia selar nossos lábios novamente, mas desvio, chega dessa melação toda. Ele chupa e mordisca meu pescoço.

As estocadas foram lentas no início me fazendo soltar umas respiradas profundas. Mas com o tempo foi ficando fortes e rápidas, gemia descontrolada enquanto eu passava as minhas unhas em sua costa. Eu o quero mais.

-Mai puternic, Madara (mais forte, Madara).-Seus olhos mudam de forma, e ele está mais entregue e mais perdidos também.- Oh, Dumnezeule (oh, Deus).

Deu uma leve risada e se afundou mais em meu pescoço. O som dos seus suspiros, sua respiração desregulada batendo em mim, nossas peles de tocando só intensificava mais a sensação do momento.

-Madara... eu  vou.... aah.- Ergo minhas costas automaticamente. Aquela maravilhosa sensação do prazer chegou.

-De quatro. Agora.- Faço o que ele manda quase que instantaneamente, ainda que uma parte do meu orgulho se quebre. Jurei para mim mesma não deixar esse homem me dominar, mas foi mais forte que eu.

-Madara...- Suas estocadas ficam mais brutas. Uma mão aperta minha cintura enquanto a outra alterna entre me dar tapas na bunda e puxar meus cabelos.

-Eu te foderia a noite toda, mas infelizmente não temos tanto tempo.- Disse sussurando em meu ouvido direito, ele respira forte e fundo, como se fissesse isso apenas para me deixar mais louca. Não demorou muito e cheguei ao clímax novamente, e pouco tempo depois ele também. Sinto algo molhado e quente no início das minhas costas, para a minha sorte, ele tirou antes.

Deito na cama de lado e tento  controlar minha respiração, o vento agora fresco me ajuda um pouco. Madara se deita ao meu lado, olhando ao céu da janela e me puxa para perto. Demorou um pouco até seus olhos voltarem ao normal. O calor e o suor dos nossos corpos nessa noite fria... parece algum poema de algum livro famoso.

-Você gostou?- Pergunto e ele e me encara, o vento balança alguns fios de seus cabelos enquanto outros estavam colados em seu corpo cheio de cicatrizes. Levemente passo a mão por cima de cada uma delas, até os mínimos defeitos o tornam lindo.

-Shhh.- Disse calmamente colocando o  dedo indicador por cima da minha boca. Não disse mais nada, apenas me olha e às vezes mexia em meus cachos.- Você é tão linda, tem um coração bom. Talvez seja por isso que não vamos dar certo.

-O que quer dizer com isso Madara.- Me apoio em meus cotovelos, mas ainda deitada.

-Sei que destruo tudo que toco. Me dói querer te ter e não poder da forma que quero.

-Não é verdade. Você é uma boa pessoa, tentam negar mas é a verdade.- Dou um beijo em sua testa e o abraço, fechando meus olhos lentamente porém sem dormir.

Algum tempo depois Madara se levanta e vai até a escrivaninha, seus cabelos negros bagunçados se agitam com o vento. Então ele começa a escrever uma carta, recitando silenciosamente o que escrevia, seus lábios carnudos vermelhos ainda me chamam a atenção. Céus, esse homem é a perdição.

-Estou vendo a maneira que olha para mim.- Disse sem desviar seus olhos do papel.

-Que maneira?- Me faço de desentendida.

-Me desejando...- Um leve sorriso surgiu do canto da sua boca.

-Eu já te tenho Madara, só você que sempre se negou a isso.- O vento veio mais forte e me cubro com o lençol. Ele percebeu.

-Achei que já tinhamos passado dessa idade.

-Não estou com vergonha, estou com frio.- Me sento e escoro na cabeceira de madeira da cama, levando o lençol comigo.- Mas você poderia me aquecer de novo, se quisesse...- Digo isso mais para mim do que para ele.

Ele desvia seu olhar da carta, agora ele me encara com seus olhos ônix com uma certa curiosidade e desejo.

-Você me quer de novo?- Pergunta me dando aquele maldito sorriso. Sua voz sai rouca de uma maneira sexy, sei que não irei resistir por muito tempo.

-Quero.- Deu de ombros e terminou de escrever a carta. Uma leve decepção me consumiu, mas logo depois sinto nossos lábios se juntarem novamente, de uma maneira suave e exigente.

-Se prepare então, garotinha...- Dito isso atacou meus lábios novamente. A noite concerteza vai ser longa...

-Espera.- Interrompo o beijo, o encarando.- Temos mais o que fazer amanhã. Você tem mais o que fazer amanhã.- Digo o lembrando

-Que se foda tudo e todos.- E me atacou de novo, mas dessa vez não o questiono.




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