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História Midnight - Markson - 49


Escrita por: AP_Moura

Notas do Autor


Cheguei com capítulo grande

Capítulo 51 - 49


  YoungJae estava sentado sobre o balcão da cozinha. A pedra fria sob suas pernas, era desconfortável, mas a noite inteira tudo parecia desconfortável. Ele e Jaebum estavam ali a quase cinco minutos, calados. YoungJae fitava o chão, esperando que o outro tomasse a palavra primeiro. Lá fora, a luz fraca vinha da janela basculante sobre a pia, iluminando o cômodo com uma luz avermelhada fraca de fim de dia.

  YoungJae tinha algumas perguntas para JaeBum, mas elas pareciam ter morrido na sua garganta. 

  Jaebum puxou uma cadeira da mesa redonda e sentou-se. Parecia tão exaurido quanto YoungJae. Os cabelos caiam descuidados no rosto, os ombros estavam curvados e respirava curto e rápido. A luz iluminou seus cabelos com um vermelho fraco, e ele levantou o rosto. Os olhos brilhavam, YoungJae se perguntou se era apenas o sol ou eram lágrimas. Tinha o olhar duro para lugar nenhum, seus olhos não focavam nada, parecia perdido. Eles não podiam ficar ali a noite toda esperando que um ou outro falasse. YoungJae deu um suspiro alto. 

  -Você não vai começar a me pedir desculpas? -perguntou, a voz falhando um pouco. 

  JaeBum balançou a cabeça dizendo que sim e ergueu os olhos para o ex-namorado. Estava belo sob aquela luz, como um anjo, porém algo em sua feição atraia YoungJae a vê-lo como um monstro. JaeBum se levantou e passou as mãos pelos cabelos. 

 -Jae, não me adianta pedir desculpas. -disse direto. -Você não vai me perdoar, muito menos Mark. 

  -Nenhum deles vai, Bummie.

  YoungJae estava com raiva, na verdade, sentia a raiva queimar no seu estômago. Apesar de tudo, ele já desconfiava antes mesmo de Jinyoung admitir. Então a surpresa não fora tanta para ele como foi da primeira vez; aquilo doía de um jeito ou de outro, mas não tanto quanto da primeira vez. JaeBum era uma pessoa na sua vida que sempre esteve presente, não tinha como deixar de lado todo aquele passado, abandona-ló e dizer que odiava JaeBum, porque não odiava. JaeBum era agora o seu ex, mas antes disso ele foi o primeiro amor da sua vida. Não o perdoava, da mesma forma que não deixaria de o amar, isso era inevitável. 

  -Lembra quando terminamos da primeira vez? Quando BamBam te viu com alguém numa festa? -YoungJae perguntou.

  JaeBum assentiu. 

  -Eu podia jurar que te mataria se tivesse uma chance. -YoungJae riu, mas soou frio. Perto da mesa, JaeBum estremeceu, aquele YoungJae não era o seu, mas já tinha o conhecido uma vez, e sabia que deveria permanecer quieto, ele estava certo. -Bummie, já chorei muito por sua culpa. Já fui muito influenciado por você. Manipulado. 

  YoungJae ergueu o olhar, encontrando o de JaeBum, que parecia tremeluzir em lágrimas. 

  -Eu te perdoei, eles também. -YoungJae apontou para a parede que fazia divisa com a sala. -Seus amigos também te perdoaram. Amigos são mais importantes que namorados, JaeBum. Você não pode decepcionar eles. A mim você pode. Porque eu, assim como Jinyoung, somos passageiros, a partir do momento em que você errou comigo, você desestruturou todos nós. 

  Mal havia notado, mas já estava chorando. Ele tirou as lágrimas com raiva e bateu a mão no balcão, estremecendo algumas panelas nos ganchos sob o mármore. 

  JaeBum parecia uma estátua, olhando para o mesmo ponto no chão. Seus olhos estavam vermelhos por segurar as lágrimas. Ele concordou com a cabeça e olhou para YoungJae. 

  -Antes disso, você também era meu amigo. Não se lembra? 

  -Todos éramos. -YoungJae disse ríspido. -Até nos apaixonarmos, e sucessivamente Mark e Jinyoung. Acho que eu também errei não foi? 

  -Não diga isso. -sussurrou JaeBum abaixando o rosto. As lágrimas queimando atrás dos olhos. -Jae, nós não fomos um erro. -disse com um soluço cortado. 

  -Eu quis namorar com você. Isso foi a anos atrás, JaeBum. Nossa, eu aceitei com todas as palavras namorar com você. -YoungJae apertou as mãos em punhos, deixando a pele marcada com suas unhas em formato de meia lua. -Foi isso. Eu podia ter dito não e nada disso estaria acontecendo. Talvez fosse até melhor você e o Jinyoung terem namorado desde o começo. Iria adiantar todos os erros. 

  -Pare! -JaeBum gritou. 

  YoungJae prendeu o lábio tentando não chorar, mas as lágrimas escapavam silenciosas pelos cantos dos olhos. Dois caminhos brilhantes marcavam seu rosto. JaeBum se aproximou do balcão, tão próximo que ao se apoiar com os braços esticados, suas mãos quase tocaram as de YoungJae, e sua barriga se pressionou contra as pernas cruzadas de YoungJae. Seu rosto estava a poucos centímetros, os olhos tão brilhantes estavam tão próximos, não pedia clemência, mas pareciam desesperados. 

  -Jae. -sussurrou, deixando a cabeça pender e se encostar no ombro de YoungJae. -Eu te perdi. -seus ombros chacoalharam e ele soluçou.  

  YoungJae apoiou mais a cabeça dele e acariciou seus cabelos. Sabia que não devia estar fazendo isso, era contra as regras do término, aninhar o ex-Namorado nos braços enquanto davam um final ao romance. Embora fosse melhor o deixar sofrer por trai-lo, ele não consiga o deixar chorando assim. 

  -É, você perdeu. -disse baixo. -Você... perdeu todos nós. 

  JaeBum soluçou de novo e seus corpo estremeceu com violência. 

  -Agora, pode me responder uma coisa? -YoungJae perguntou, afastando-o um pouco pelos ombros. JaeBum ergueu o rosto inchado e encarou o ex. -Por que simplesmente não terminou comigo? 

  -Porque eu não tinha coragem de te deixar ir. -respondeu com a voz embargada. -Ainda não tenho. Mas não tem mais jeito. 

  YoungJae segurou o rosto dele, suspirou e limpou as lágrimas do rosto dele. Podia ouvir um pouco das vozes lá fora, e não deixava de se perguntar como Jackson estava lidando com aquilo. Ele chegara por último, não sabia a ligação deles um com outro, não sabia quão fundas eram as raizes daquela amizade. Yugyeom não era lá parte deles quando estudavam na mesma escola, mas mesmo assim chegava a ficar entre eles por causa de BamBam em algumas ocasiões.

  -Você vai pedir desculpa ao Mark, e principalmente ao BamBam. 

  JaeBum franziu a testa. 

  -BamBam? 

  -Você era o exemplo dele. Nós éramos, o exemplo de casal que ele queria seguir. -YoungJae olhou desanimado para a janelinha e soltou JaeBum. -Me pedir desculpas não vai adiantar nada.

  -Você não é só meu namorado também é meu amigo. 

  -Era. -corrigiu. 

  JaeBum engoliu em seco e balançou a cabeça. 

  -Isso. Você não era só meu namorado. 

  Ele soltou um suspiro sôfrego. Lá fora, tudo estava calmo. YoungJae quis saber oque eles estavam fazendo, ou falando. Pareciam tão pacíficos. JaeBum se afastou de YoungJae, girando para o outro lado e caminhando impaciente no meio da cozinha. Seu peito subia e descia em respirações fundas. 

  -Então terminamos? -perguntou parando de andar, os olhos quase transbordando novamente. -É isso? Cada um para um lado? 

  -Infelizmente, você fez ser assim. 

  -Não. -disse pensativo. -Não fui eu... -JaeBum deu as costas e saiu escancarando a porta. YoungJae correu atrás, só dando tempo de ver quando ele se atirou contra Jinyoung. 

 

-X-

 

Conforme a noite passava, Jackson se via cada vez mais sem sono. Não sabia quantas horas tinham se passado, mas recostado em um montinho de almofadas, ele ouvia o som se Seul acordando. Alguns carros passando na rua, passarinhos cantando, algumas portas abrindo com estrondo e o céu se tingindo de roxo. Estava velando o sono de Mark. O garoto estava apagado a muito tempo, mas mesmo assim ainda soltava espasmos por causa do choro. 

  Antes de chegarem em casa, Mark chorara tanto dentro do carro, que só isso foi capaz de fazê-lo apagar. Foram tantas lágrimas e soluços, que Jackson praticamente o carregou para o quarto, e quando o deitou na cama, Mark apagou de cansaço. Ele estava encolhido ao lado de Jackson, com a cabeça deitada no travesseiro, de boca aberta e com o rosto inchado -tanto de sono quanto de choro. O corpo esguio do garoto estava seminu, Jackson tirara suas roupas enquanto ele dormia, vestido apenas com a cueca, e estava descoberto por ter chutado os lençóis. Mark estava de bruços,  com uma das mãos agarrando os dedos esquerdos de Jackson, como se tivesse medo que ele fugisse. 

  Ele dormia quieto, mas Jackson via os olhos tremelicando por trás das pálpebras, inquietos. Devia estar sonhando, ele concluiu, mas depois daquele dia estranho, ele duvidava que fosse algo bom.

  Jackson também se sentia inquieto, podia sentir a energia ainda correndo nas veias. A imagem de Jinyoung e JaeBum se reproduzia sob suas pálpebras sempre que fechava os olhos. Agora, tentava de novo, fechando os olhos e respirando fundo na tentativa de dormir. Falha. Ele voltou a abrir os olhos imediatamente, sentindo o corpo formigando por estar a tanto tempo na cama. Virou-se para Mark ainda de costas para ele, e soltou seus dedos com leveza, deixando-os agarrar a cama. 

  Saltou da cama rapidamente e tocou o chão frio com os pés de uma vez, ou ficaria muito tempo ponderando se deveria sair da cama ou não. O frio subiu pelas suas pernas e o arrepiou até a nuca, ele calçou as sandálias deixadas aos pés da cama e saiu do quarto em silêncio. 

  O corredor estava escuro lá fora, enquanto fechava a porta do quarto, foi ficando cada vez mais escuro. Voltou-se para a porta e a fechou devagar para o trinco não fazer barulho. Ele conseguia ver a luz da sala vindo pelas escadas, seu único ponto de referência para se mover no escuro, com as mãos tateando a frente.

  Enquanto cruzava o corredor, ouviu algo. Um barulho vinha lá de baixo, um tintinar meio abafado, como se não fosse mesmo na sala. Ele hesitou no primeiro degrau da escada. Seus pensamentos reviravam em histórias terríveis sobre monstros e espíritos japoneses. Xingou baixinho os criadores de filmes de terror. Jackson olhou em volta à procura de algo que pudesse o ajudar a se defender. Foi quando seus olhos caíram sobre um porta guarda-chuva ao lado da escada, com três guarda-chuvas coloridos. Lembrou de como fora recebido na primeira noite ali, como ao abrir a porta, uma parede colorida fora aberta na sua frente. Parecia ter sido a anos atrás. Ele se esticou e pegou o azul, ao redor do cabo havia uma fita adesiva amarela. Jackson se surpreendeu ao ler seu nome. Aquela era a casa de Mark, já estava tão integrado a ponto da mãe dele deixar um guarda-chuva com seu nome guardado? Ele riu, mas então foi interrompido por outro ruído. 

  Fechando os dedos ao redor do cabo e apontando a ponta para frente, ele desceu os degraus na ponta dos pés, rezando para que seu campeonato de esgrima não tivesse sido a toa. Ele chegou ao último degrau com suor em gotículas na testa, não chegava a tremer, mas seu peito subia e descia rapidamente de nervoso. A sala estava vazia e igual quando chegaram, nada parecia ter sido removido nem vasculhado. Outro tintinar. Vinha da cozinha. 

  Jackson respirou fundo e foi andando devagar para a cozinha. A porta estava aberta, a luz ligada, e algo, alguém, fazia um som estranho. Quase um grunhido a cada cinco segundos. Ele ficou ao lado da porta procurando ouvir mais. Também havia o som de vidro, como uma colher batendo no vidro. Que tipo de ladrão era esse? Sua pergunta foi respondida um instante depois. Jackson pulou para dentro da cozinha, empunhando o guarda-chuva em posição de esgrima. As pernas abertas, a esquerda posicionada para trás, e a direita para frente, a mão da "espada" erguida e apontada para o corpo do alvo. 

  Sobre a bancada, sentado de pernas cruzadas e com uma taça de sorvete na mão, estava BamBam. Estava espantado, com metade da colher na boca. Na mesa redonda de jantar da cozinha, estavam suas coisas, a mochila amarela aberta deixando a vista um pacote de Doritos. Jackson franziu a testa confuso e se endireitou, abaixando a arma para o chão. 

  -Não se pode mais tomar sorvete nessa casa? -BamBam perguntou, deixando a taça de lado na bancada e respirando rápido. -Você quer me matar do coração? 

  -Não se entra na casa dos outros assim as três da manhã! -Jackson disse ríspido. -Pensei que fosse um ladrão. 

  -Primeiro: eu tenho muito mais direitos nessa casa do que você. Segundo: eu estava roubando sorvete! 

  Jackson respirou aliviado e deixou o guarda-chuva no encosto de uma das cadeiras da bancada. BamBam o olhava irritado, seus cabelos estavam molhados e caiam sem vida ao lado da cabeça, mal parecia ele. Estava abatido, com olheiras leves debaixo dos olhos e com a postura curvada demais. Jackson não precisava perguntar para saber, mas não queria ser muito evasivo em determinar um diagnóstico para o jeito de BamBam. 

  -Está bem? 

  BamBam deu um sorriso torto e balançou a cabeça. 

  -Quem invade uma casa de madrugada por sorvete, e está bem? -a intenção não foi ser grosso com Jackson, mas BamBam sem querer deixou escapar um pouco de ironia. Ergueu os olhos para Jackson e suspirou. -Desculpa.

  -Tudo bem. Quer... me contar alguma coisa? 

  BamBam retomou o sorvete de flocos da mesa, e deu mais uma colherada. Após engolir, olhou para Jackson e apontou a colher para ele.

  -Vai me jurar que o Mark Hyung não vai saber de nada. Ouviu? 

  Jackson ergueu as mãos como se negociasse contra uma arma e assentiu.  

  -Nada. 

  -Ótimo. -BamBam voltou-se para a taça e machucou o sorvete com a ponta da colher. -Eu... estou péssimo com oque aconteceu hoje. 

  A direita, Jackson puxou uma das cadeiras da mesa de jantar coberta por uma toalha de borboletas e sentou-se virado para BamBam. 

  -Imaginei. 

  -Eu amo meus hyungs. -disse, e pela primeira vez para Jackson, BamBam parecia transparente como água. Conseguia detectar sua tristeza no comportamento, em como olhava o sorvete como tivesse se transformado em esponja molhada. -Mark e JaeBum Hyung... eles sempre estiveram comigo. Em tudo. As vezes eu os achava mais meus pais do que... bem, meus pais. -ele soltou um risinho e largou a taça de lado novamente. Juntou as mãos na frente do corpo e ficou as encarando para evitar Jackson. -Eu me senti péssimo quando beijei JaeBum na festa, foi sem querer e eu mal estava o vendo de tão bêbado. Mas na manhã seguinte eu não conseguia me sentir bem. Era como se eu tivesse traído todos eles. YoungJae principalmente, eu não conseguia olhar no rosto dele. 

  -Sabe que isso não foi culpa sua. -Jackson disse. 

  -Eu sei. -BamBam soou desamparado, com a voz fraca. -Mas eu beijei o JaeBum Hyung. É como se tivesse beijado meu irmão, é repugnante. -BamBam parou com o olhar fixo no chão. Seus olhos começaram a marejar e então ele olhou para Jackson. -Você vai casar com o Mark Hyung, não vai? Vai fazer ele o homem mais feliz do mundo? 

  -Eu vou fazer o meu melhor, BamBam. -Jackson o assegurou. As lágrimas desceram no rosto de BamBam, e ele as tirou com as costas das mãos. 

  -Já me prometeram isso uma vez. E na semana seguinte, Mark sempre chegava com um machucado novo. -ele fungou. Foi preciso só mais um suspiro e ele não conseguiu conter as emoções. Desabou, com as mãos no rosto, soluços altos faziam eco na cozinha. Jackson correu e fechou a porta, sabia, apesar de tudo, que BamBam não gostaria de acordar Mark e explicá-lo o choro. 

  Jackson foi até a bancada e se suspendeu para cima dela assim como BamBam, passou um braço pelas costas dele e o puxou para perto. BamBam não recuou, se encolheu sob o braço de Jackson e o permitiu o abraçar. 

  -Jackson. -chamou se afastando, as mãos tremendo ao tirar as lágrimas do rosto. -Você acha que eles vão fazer as pazes algum dia? 

  -Jaebum e Mark? 

  BamBam assentiu. 

  -Talvez até façam, mas não vai ser agora. Nem tão cedo. Mark está machucado com tudo isso, e JaeBum deve está se sentindo culpado demais para dar as caras. -Jackson pensou se tinha dito a coisa certa, mas seu medo passou quando BamBam concordou. 

  Jackson percebia agora porque tudo aquilo era tão grave. Os outros seis garotos não eram simples amigos. Não que sendo apenas amigos eles não fossem ficar tão irritados por causa da traição, mas os sentimentos sob todas as lágrimas daquela noite, eram tão dolosamente fundos, que começava a doer em Jackson também. BamBam era como um filho mais novo, e agora ele estava passando pela separação abrupta dos pais e percebendo quão grave era aquilo. Talvez os três nunca ficassem juntos novamente. 

  Jackson passou o polegar pela bochecha de BamBam para tirar uma lágrima. Então sorriu para o menino. Jackson tinha um sorriso encantador, que era natural seu, mas que as vezes ele usava para se ajudar. Ao sorrir para BamBam com todo carinho que pode, o outro sentiu o peso nas suas costas diminuir. Aparentemente tinha conseguido mais um Hyung tão doce quanto os outros. Jackson não era ninguém que pudesse substituir outro, ele era uma nova categoria na lista dos hyungs de BamBam; Coelhinho da Páscoa. Seu sorriso era lindo, seus olhos brilhavam o tempo inteiro e algo no seu jeito afetuoso o deixava leve, Jackson era alguém que parecia aliviar os problemas, como descobrir um ovo da Páscoa escondido. Fazia BamBam lembrar chocolate e isso o deixava feliz.

  -Pode parecer um pesadelo agora, -disse Jackson. -Eu ja tive experiências terríveis com momentos ruins. Sabe oque eu aprendi com eles? 

  Jackson pulou da bancada enquanto BamBam negava com a cabeça. Ele contornou o balcão e se esticou para o  o armário suspenso sobre a pia às costas de BamBam. Seus dedos alcançaram uma pontinha, ele o puxou e tirou lá de dentro um saco escondido de biscoitos. 

  -Aprendi que, biscoito ajuda tudo e... que depois de toda essa bagunça, -Jackson o estendeu o saco e tirou o sorvete derretido do seu lado levando-o para a pia. -Você vai se sentir melhor. Vai focar mais em outras coisas, como seu namoro com o Yugyeom, suas notas. 

  -Você fez curso de como fazer os outros se sentirem melhor? -BamBam perguntou enquanto enfiava três biscoitos de chocolate na boca. 

  Jackson riu e balançou a cabeça afirmando. 

  -Aprendi com o tempo. 

  -Sortudo. Eu só sei gritar quando as coisas pioraram. 

  Os dois riram. Foi quando a porta abriu e a mãe de Mark entrou na cozinha. Estava sonolenta e de camisola, Jackson cobriu os olhos enquanto ela passava cegamente por eles e ia para a geladeira. Os dois prenderam a respiração, fingindo ser arranjos de mesa muito grandes. Ela se serviu de água e saiu da cozinha arrastando os pés, quando fechou a porta os dois explodiram em risadas.


Notas Finais


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