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História MIDNIGHT | Supernatural - Segredos


Escrita por: LoveWRoses

Notas do Autor


olá, huntersss
⊹ olha eu aqui com mais um capítulo, demorei um pouco porque estava com um pequeno bloqueio criativo, mas voltei kskkkk
⊹ deixa eu falar uma coisa importantinha, vocês devem ter percebido que eu nunca mencionei o sobrenome da evie não é? bom, ela usa o sobrenome da sua mais recente família adotiva, que seria bourguignon, porém, o real sobrenome da evie é macleod, o que faz evie ser irmã de fergus perante à lei kkkkkkkk
⊹ e o nome do nosso shipp vai ser devie, tudo bem pra vocês?

Capítulo 7 - Segredos


❝Oklahoma City.❞

 

Evie saiu da Baby correndo pelo estacionamento do motel em direção à Sam, ficou nas pontas dos pés e abraçou o grandão que retribuiu o abraço com um sorriso. A garota se afastou dando um passo para atrás. Evie tinha medo de demonstrar emoções. E tinha acabado de se advertir mentalmente por esse exagero, na cabeça dela, de emoção. A garota tinha se preocupado genuinamente com Sam, e após a ligação misteriosa achou que ele estava em um tipo de confusão bem pesada, o que ainda bem não era verdade.

Ao longo de seus dias no bunker, Evie e Sam se tornaram amigos, tomavam café juntos e Sammy ensinava muitas coisas sobre o mundo sobrenatural para ela. Resumindo enquanto Dean ficava enfurnado no quarto ou com os olhos presos no notebook procurando notícias de Abaddon ou Crowley. Evie e Sam se tornaram bons amigos, um acabava se apoiando no outro de certa forma. 

— Achei que tinha se metido em algum problema. — Evie falou cruzando os braços depois de passar uma mecha de cabelo loiro que insistia cair em seu rosto atrás da orelha. 

— Desculpa, não queria ter preocupado vocês dois. — Sam falou passando o olhar de Evie para Dean, que estava com uma expressão de ‘está tudo bem’

— Confesso que não aguento mais esperar, cadê a poderosíssima bruxa? — Dean soltou meio sarcástico que chamou a atenção dos olhos de Evie para ele, que acabou desviando seu olhar. 

— Ela está lá dentro. — o Winchester mais novo falou, apontando para a porta do quarto 89.

A verdade é que o coração de Rowena estava saindo pela boca, batendo descompensado, e suas mãos estavam frias demais. Estava extremamente nervosa. 

Afinal ela iria reencontrar Evie, pensava que estava pronta para isso. Mas parece que não, seu estômago revirou assim que viu a garota descer do carro para abraçar o Winchester. Seus olhos se encheram de lágrimas. 

Ela não podia. 

Não conseguia.

Rowena observava o sorriso de Evie pela janela, sabia que apesar de tudo a garota estava de certa forma feliz. E a ruiva não queria estragar isso. 

A bruxa pegou sua bolsa que estava sobre a cama, e recitou algumas palavras em latim abrindo um portal pela parede do motel. 

Rowena não esperava que alguém a entendesse, na sua cabeça, ela estaria sendo egoísta com Evie se apenas jogasse todas as verdades na cara da garota. Evie sofreria demais, e ela não aguentava mais ver sua menina sofrendo, sabia que em algum momento, ela acabaria descobrindo toda a verdade, e estando longe de Rowena era a melhor forma disso acontecer. 

Era o que ela achava… 

Ela olhou uma última vez pela janela e para sua menina. E sumiu pelo portal.

Sam abriu a porta do quarto e chamou por Rowena e como se esperava, ninguém respondeu, o caçula começou a procurá-la por todo o quarto mas não teve nenhum sucesso.

— O que você dizia? — Dean ironizou sobre Sam dizer que Rowena era uma boa bruxa. — Ótimo, viajamos à toa enquanto podíamos ter ido atrás de Crowley. 

Tudo ficou em silêncio logo após um barulho de estouro por todo o quarto.

— Dean?! — Evie gritou em um misto de espanto e repreensão quando viu a plaquinha que tinha o número do quarto cair ensanguentada no chão. 

A garota seguiu em direção a Dean que tinha a respiração ofegante e seus olhos estavam perdidos em certo ponto no chão do quarto. Sam caminhou até o irmão com um olhar de preocupação, ele sabia. Sabia porque Dean agia daquela forma, e estava piorando, cada dia mais. 

— Calma — Evie o acalmou doce, e tomou a mão de Dean nas suas, olhando o sangue que saia dos cortes feitos nos nós de seus dedos. — Por que fez isso? 

Dean subiu seu olhar para Evie, a encarando, e era como só os dois estivessem lá. Sua respiração começou a voltar ao normal e sua expressão de raiva, se tornou um pequeno sorriso de lado. 

— Oitenta e nove não é meu número da sorte. — os dois sorriram mas Evie acabou soltando a mão de Dean e seu sorriso morreu no rosto, desviando seu olhar para Sam. 

— O que a bruxa disse, Sam? 

Depois do que aconteceu no bunker. 

À intimidade entre ela e Dean.

Evie percebeu que não era o certo a se fazer, ela não podia se envolver com Dean daquela forma, isso só pioraria as coisas. A garota sabia que tinha sua cota de relacionamentos arruinados por umas três vidas, e ela definitivamente não gostaria de arruinar a relação que ela tinha com o Winchester mais velho. 

Como sempre Evie preferia esconder tudo que sentia. Isso era uma coisa que ela e Dean tinham em comum. Ela tinha medo do que aconteceria depois de um beijo, ou de uma noite. 

Evie nunca foi muito de pensar em seus atos, se estava com vontade apenas o fazia. Mas dessa vez era diferente, ela e Dean moravam sob o mesmo teto, e se as coisas ficassem estranhas?

Ou se não desse certo? 

A garota sabia da reputação do Winchester, e acima de tudo Evie sabia que com ele, ela não conseguiria apenas ter uma noite de sexo e depois fingir que nada aconteceu. Apesar de ser muito recente e Evie empurrar todos os sentimentos garganta abaixo, ela tinha plena consciência do que sentia por Dean, ela gostava dele, e muito. 

Já tinha decorado todos os detalhes de seu rosto, os olhos verdes, o maxilar perfeito, o sorriso, ah, aquele maldito sorriso. 

E claro, a garota não fazia ideia de como Dean se sentia e isso a assustava ainda mais. Ela percebia os olhares, os toques, o jeito que ele se preocupava com ela. Mas nunca passou na cabeça dela que Dean Winchester estaria apaixonado por ela. Nunca. 

Talvez o que ele sentisse por ela fosse apenas, a marca e o instinto de proteção, porque afinal de contas Evie era só mais um trabalho, apesar dela não gostar nada disso, os irmãos tinham se tornados amigos dela.  

— Não muito, só apareceu aqui sabendo meu nome, disse que conhecia você, então pediu que te chamasse. — ele falava enquanto jogava algumas roupas na mala. — Não faz sentido ela ter ido embora. 

— Ela é uma bruxa, Sam. — Dean falou, enrolando uma bandana preta na mão para que o sangue de sua mão não ficasse escorrendo. — Elas são mentirosas e traiçoeiras, provavelmente nem conhecia a Evie.

— Você acha? — Evie questionou Dean com os olhos cheios de preocupação. 

— Não sei, se ela realmente estava falando a verdade, não faz sentido ela ter ido embora. 

Dean falou e sentiu uma vontade imensa de abraçar Evie e falar que tudo ia ficar bem de um jeito ou de outro, o olhar de preocupação da garota, cortava seu coração. 

— Vamos voltar para o bunker. — Sammy disse enquanto pegava as chaves do carro em cima da mesinha. — Eu vou ter que levar o carro. 

Evie olhou para Sam e depois passou o olhar para Dean, ela teria que passar mais horas com Dean, dentro de um carro, sozinhos. Não que ela achasse ruim, mas era muito difícil não pular em cima dele ali mesmo. 

Dean tocou levemente os dedos no braço da garota, que sentiu todo seu corpo arrepiar. 

— Vamos, Evie.

 

****

O clima no Impala não estava dos melhores, apesar de Evie e Dean estarem numa boa, tinha uma tensão no ar que era meio desconhecida para os dois. O caminho todo em completo silêncio e Evie se arrependendo pois deveria ter ido com Sam ao invés de passar mais horas na Baby com o Winchester mais velho. 

Evie então se ajeitou no banco, e encava o perfil de Dean, que estava concentrado olhando para a estrada quando reparou que Evie estava o fitando. 

— O que foi? — ele questionou quando lançou um olhar para Evie por apenas alguns segundos.

A garota ficou em silêncio, ainda reformulando a frase em sua cabeça. 

— O que acontece quando Crowley achar a primeira espada? 

Dean pareceu meio confuso com a pergunta, Evie não tocava muito nesse assunto e muito menos ele. Ele alternava seu olhar entre Evie e a estrada. 

— Eu mato a vadia ruiva, o que mais eu poderia fazer? — ele falou casualmente. 

— E depois? Acha que vai ficar tudo bem continuar com isso no braço? 

A garota falou tocando os dedos no antebraço de Dean, que olhava para ela confuso. 

— Acho que sim…? Eu estou convivendo numa boa com ela, e você está a vida toda com a sua. — na parte ‘estou convivendo numa boa com ela’ ele mentiu. Descaradamente. 

— Não acho que seja a mesma coisa, você acha?

— Porque essas perguntas, Evie? Não entendo, eu estou bem, e eu vou continuar bem depois de matar Abaddon. — ele falou ainda em um tom calmo. 

— Só quero que… — Evie começou a frase, e parou por alguns instantes antes de terminar, Dean a encarou intrigado. —, que me conte se não estiver bem. 

— Não se preocupe com isso, não é seu trabalho me proteger, e sim o meu, de te proteger. — Dean enfatizou as últimas palavras que foram como um soco no estômago da garota. 

Como assim não é meu trabalho? Evie ficou puta na hora e cruzou seus braços, sentando direito no banco e levando seu olhar para fora do carro. 

Era óbvio que ele pensava assim, ela era só mais um trabalho, nada mais que isso. 

Evie se sentia sim na obrigação de se preocupar com Dean, afinal eles eram amigos no final das contas, não eram? 

— Evie? O que foi? — Dean questionou, olhando para a garota que estava emburrada olhando pela janela. 

— Nada… 

 

****

Depois de chegarem ao bunker, Evie desceu do carro pisando duro e entrou correndo para dentro sem nem olhar na cara de Dean. 

O Winchester não conseguia pensar em nada que tinha feito que poderia deixar Evie furiosa dessa forma. Sam estacionou o carro, desceu e caminhou até o irmão que estava encostado na Baby com o olhar perdido, repassando a conversa na cabeça. 

O que ele poderia ter dito?

— O que você fez? — Sam o questionou andando em sua direção e apontando para a porta do bunker por onde Evie tinha passado. 

— Porque acha que fui eu que fiz alguma coisa? — Dean disse estreitando os olhos para o irmão. 

— Você provavelmente disse alguma coisa sem noção, e nem percebeu. — Sam falou comprimindo os lábios. 

— Todo mundo está contra mim agora? — Dean perguntou a si mesmo, e depois a ficha caiu. 

Tinha dito para Evie que ela era apenas mais um trabalho. Tinha que ter sido isso, mas a verdade que para ele a garota tinha se tornado muito mais que isso, nem fazia sentido ele ter falado aquilo, porque falou?

De alguma forma Dean estava tentando afastar Evie, eles não tinha comentado sobre o que tinha acontecido no dia anterior, talvez por isso as coisas estivessem tão confusas agora. Mas Dean sabia que se envolver com Evie daquela forma era uma péssima ideia, o que ele faria se não desse certo? Como ele protegeria Evie se ela estivesse puta ou chateada com ele. 

Dean não podia lidar com isso, com esse sentimento agora, tudo que ele queria era matar Abaddon, sendo assim menos um monstro atrás de Evie. O Winchester então pensou que poderia ir até um bar e empurrar todos os pensamentos para longe, bebendo e transando com uma desconhecida, ele não queria que Evie entrasse na sua cabeça dessa forma, apesar que depois do que aconteceu, ele só parou para pensar agora, e lembrar de ter Evie em seus braços, seus rostos tão colados, às mãos delicadas da garota em sua pele, que o faziam arrepiar em cada toque. Droga. Agora as imagens dos olhares, do corpo de Evie estavam impregnadas na sua mente, e com certeza não seria uma boa ficar lembrando disso. 

— Dean? — Sammy perguntou pelo irmão, o fazendo sair do transe e olhar para o caçula. — O que foi aquilo no quarto do hotel? 

O Winchester mais velho olhou sua mão ainda enrolada com a bandana preta, ele apertou os dedos e sentiu uma pequena pontada de dor na região. 

— Eu preciso encontrar Crowley, para poder encontrar Abaddon e matá-la. — Dean falou duro entrando no Impala.

— Onde você vai? — Sam questionou o irmão se inclinando na janela para encará-lo.

— Eu preciso pensar. — Dean falou dando partida e acelerando pela estrada.

 

****

Sam entrou pela porta do bunker e logo desceu as escadas, Evie que estava sentada em uma das mesas da biblioteca nem levantou os olhos do livro que estava lendo, apenas notou que Sam estava se aproximando, mas Dean não estava com ele. Ela sentiu uma enorme vontade de perguntar pelo Winchester mais velho, porém ainda estava chateada com ele. 

Sammy se aproximou da mesa, deixando sua mala perto de uma das cadeiras no chão, e se sentou de frente para Evie. Ele a encarou por alguns segundos, ele já sabia que a garota estava brava, suas sobrancelhas estavam franzidas e ela não conseguia relaxar. 

— O que ele te disse de tão ruim? — Sam a questionou enquanto se inclinava e apoiava seus braços sob a mesa. Evie apenas ergueu seu olhar e o encarou por alguns segundos, fazendo um sinal banal com a mão, como se não fosse nada. —, e não adianta dizer que não foi nada. 

Evie então fechou o livro e se ajeitou na cadeira soltando um suspiro pesado, se inclinando na mesa da mesma forma que Sam fez. 

— Você me considera apenas mais um trabalho? — Evie perguntou, com os olhos fixos no Winchester. 

— Ah… — ele fala, levantando as mãos para o alto. — Já entendi tudo. E não, eu não te considero apenas mais um trabalho, você se tornou uma amiga, uma pessoa muito especial para mim. 

Sam falou, e Evie sorriu para ele, realmente apreciando tudo que ele tinha dito, Sam também tinha se tornado alguém que a garota realmente gostava e se importava, porque com Dean não era assim?

— Você também se tornou alguém muito especial para mim. — o sorriso no rosto de Evie morreu e a garota se ajeitou na cadeira, encarou o nada enquanto cruzava os braços. — Uma pena que um certo alguém não pensa dessa forma. 

Sam estava segurando um sorriso agora, comprimindo os lábios e então levou uma mão e encostou no braço de Evie. 

— Ele não quis dizer isso, tenho certeza. 

— Duvido, ele sabe ser um babaca e tanto quando quer. — Sam só queria rir nesse momento, o bico de Evie era impagável.

— Quando Dean está com medo de admitir o que sente, ele se torna muito babaca, para tentar afastar a pessoa. 

Admitir o que sente. Evie só conseguiu escutar essa parte. Afinal o que Dean sentia por ela?

— Eu não ligo. — Evie mentiu e fez um bico ainda maior se levantando e indo em direção à saída da biblioteca. 

— Como pode vocês dois serem tão parecidos? — Sam falou mais alto em meio ao um sorriso, Evie apenas se virou para ele com a expressão de ‘eu quero te matar’ e saiu, ela estava com fome e se dirigiu até a cozinha.

 

****

Dean estava sentado em um mesa no canto do bar, enquanto observava a movimentação do lugar. Ele sabia que deveria ter entrado e pedido desculpas para Evie, afinal ela não era apenas mais um trabalho, de forma alguma.

Mas sabia qual seria a reação dela, e na cabeça dele, ela estava cansada das suas desculpas esfarrapadas. Tentar afastar Evie dessa forma não era o certo a fazer, mas ele não sabia mais o que fazer, todo esse sentimento estava o consumindo por dentro, e depois da noite anterior isso só estava piorando. 

Seu celular tocou, aparecendo ‘Sam’ na tela. O Winchester ficou encarando o telefone por alguns segundo até finalmente atender.

Como demorou. — Sam questionou o irmão do outro lado da linha.

— Estou… meio ocupado. — falou olhando para sua cerveja. — O que você quer? 

Talvez eu tenha achado um caso, poderia voltar para o bunker? 

A garçonete se aproximou deixando mais uma cerveja na mesa junto com um guardanapo. Ela deu aquele sorriso quando se afastou e Dean virou o guardanapo revelando um número de telefone. Ele encarou por alguns segundos, e na sua cabeça talvez uma transa sem compromisso algum, fosse ajudar. 

Seu irmão continuou: 

Não fica muito longe daqui... Dean?

— É, eu ouvi, não vou demorar muito. 

Certo, estou esperando. 

Dean desligou o telefone e tomou mais um gole de sua cerveja, a apoiando na mesa.

— Está mentindo para o Sam, como se ele fosse sua esposa. — Dean reconheceu o sotaque britânico enquanto Crowley estava atrás dele —, o que me faz sua amante. 

O Winchester revirou os olhos e virou sua cerveja em um gole só. Crowley sentou em sua frente na mesa, pegando o guardanapo que tinha o telefone da garçonete. 

— Se você não ligar eu ligo. — Crowley falou, amassando o guardanapo no ar. 

— O que você quer? 

— Diga você, Romeu. Foi você que ligou. — Crowley falou estreitando os olhos. — Deixe-me adivinhar… ligou sem querer? 

— O que quer que seja isso. Terminamos? 

— Na verdade já que estou aqui, da última vez que batemos um papo, você não estava com Evie. 

Dean se ajeitou na cadeira e cerrou os punhos. 

— Quer dizer a garota que você quase matou? 

— Isso não importa. — Crowley falou colocando suas mãos nos bolsos do sobretudo. — Combinamos que você encontraria a ruiva. 

— Estou trabalhando nisso. — Dean falou abrindo a cerveja cheia que estava sob a mesa.

— A menos que a Abaddon goste de asas baratas, cerveja quente e gonorreia, duvido que ela esteja aqui. 

— Vai para o inferno. 

— Oh, quem me dera. — o Rei do Inferno disse enquanto se inclinava na mesa e cruzava os dedos. — O que está havendo com você? Você me ligou e desligou. Você quer a Abaddon depois não quer mais. Quer a Espada depois não quer mais. Se não o conhecesse, diria que está enrolando. 

Dean o ignorou desviando o olhar, e então Crowley continuou: 

— O que sentiu quando enfiou a Primeira Espada na cabeça do Magnus? — Dean finalmente o dirigiu um olhar, sanguinário. 

— Não tão bem quanto me sentirei quando enfiar na sua. — Crowley sorriu debochado. 

— Adoro quando você fala sujo. Sabe o que eu penso? Eu penso que se sente poderoso, viril e com medo. 

— Medo? 

— Não se engana um vigarista, meu bem. Está enrolando, porque está com medo. E isso, tem a ver com a garota. 

Dean cerrou os dentes e encarou Crowley com ódio. De certa forma ele estava certo, apesar de Dean querer matar Abaddon e tocar na Primeira Espada, estava com medo do que aconteceria depois, e as palavras de Evie e a preocupação dela se tornaram mais claras em sua cabeça. 

O que aconteceria depois? 

Dean se levantou jogando o dinheiro em cima da mesa para pagar as bebidas. 

— Onde você vai? — o demônio o questionou. — Você esqueceu o telefone. — falou erguendo a bolinha de papel no ar. 

 

****

O Winchester mais velho bateu a porta assim que entrou no bunker. Fazendo Evie e Sam levantaram o olhar para o encaram. Dean desceu e caminhou até a biblioteca parando no começo das escadas. Ele dirigiu seu olhar para Evie mas ela já estava com os olhos colados no livro, ainda estava com raiva, e isso não era surpresa para Dean. 

Dean se sentou na outra mesa, e passou as mãos pelo rosto soltando um breve suspiro. 

— Qual era o caso? — Dean questionou Sam que automaticamente entregou o notebook para o irmão olhar, o loiro leu rapidamente. — Você acha que isso é um caso para a gente? 

Desde que Evie chegou, os irmãos não tinham saído para caçar porque Dean tinha receio de deixar Evie sozinha no bunker, apesar de ser o lugar mais seguro que ela poderia ficar. Então ele já tinha ficado apreensivo quando Sammy falou que tinha um caso. 

E a pergunta que ele tinha feito era ridícula, com certeza, tinha algo sobrenatural acontecendo naquela cidadezinha. A mulher tinha amassado o marido com um batedor de bife, poderia ser muitas coisas, e Dean sabia disso.

— Você leu direito? — Sammy o questionou e Dean revirou os olhos para o irmão, que ainda não tinha percebido sua preocupação, então o loiro inclinou sua cabeça em direção a Evie. 

— Eu vou junto. — Evie soltou dura e Dean riu escandalosamente, claramente debochando da garota. 

— Só se for por cima do meu cadáver! — Sam encarou os dois, sabendo que provavelmente já iam começar a discutir, como sempre.

— Olha, eu acho…

— Cala a boca, Sam! — os dois falaram ao mesmo tempo, fazendo Sam comprimir os lábios e tentar esconder um sorriso. 

Evie e Dean se levantaram, se aproximando mais, a garota estreitou os olhos e cruzou os braços. 

— Por que eu não posso ir, Dean? 

— É perigoso! E você nem sabe atirar. — agora foi a vez de Evie rir escandalosamente, o que fez Dean olhá-la surpreso. 

— Claro que eu sei atirar, que ideia é essa?

— Vamos ver então. — Dean fez um gesto com a mão para Evie o seguir. — E você, arruma a Baby para sairmos. — ele apontou para o irmão. — Sem a Evie, claro.  

A garota apenas bufou e revirou os olhos enquanto seguia Dean para fora da biblioteca. Os dois caminharam em silêncio pelo longo corredor. Afinal Evie ainda estava chateada com Dean e ela jamais iria dar o braço a torcer. Quando os dois chegaram na sala onde se praticava tiro. Evie observou os detalhes, a sala era cheia de concreto e possuía algumas cabines com alvos no final para praticar os tiros. Os dois ficaram na primeira cabine, Evie ficou bem na frente do alvo que estava à uns três metros de distância. 

Dean entregou a arma travada para Evie, que tomou nas mãos sorrindo para o Winchester.

— Então, primeiro você... — Dean começou explicando mas logo escutou os tiros o interrompendo completamente.

A garota rapidamente destravou a arma, e atirou contra o alvo quatro vezes, acertando em cheio todos os tiros na cabeça do alvo, Evie então travou a arma novamente e a entregou para Dean, que abriu a boca umas três vezes mas não conseguia falar nada. A garota então começou a caminhar com um olhar superior para o Winchester, que agora tinha um sorriso no rosto. 

— É errado eu estar muito excitado agora? — o loiro disse, e ele podia sentir mesmo de costas que Evie estava sorrindo.


Notas Finais


a evie não aguenta mais os escândalos do dean kskskkk e o sam é o maior shipper de devie kkkkkk

todo comentário me ajuda a melhorar, por favor não esqueça de comentar ♡


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