História Mike - Epilogo

Você não entende? – perguntou ele enquanto se aproximava. Pressionou-me contra a parede, seu corpo se esfregando no meu. Intoxicando e marcando-me com seu cheiro amadeirado misturado com seu sabonete de limão e hortelã.

Olho para seus pês cobertos pelo sapato, que se aproximam e me prendem nele. Lembrando-se de tudo o que passamos juntos só me deixa mais corado. "Vamos respire Mike você consegue.." fecho os olho s e conto ate 3 e isso tudo vai acabar, e apenas um sonho, sim um sonho.

1.....

2.....

3-3....

Abro os olhos novamente apenas para ver suas mãos passeando por minha cintura, seus dedos o tocando levemente. Estranhamente o cheiro dele conseguiu me acalmar um pouco.

- você me pertence. Desde o dia em que coloquei meus olhos em você, você e meu. – sua voz subiu alguns tons e se tornou grossa e grave, me arrepiando, induzindo-me a submissão. Um de Seus braços prendeu minha cintura e a apertou contra si enquanto o outro segurou meu queixo com certa força, me trazendo mais para perto do seu rosto.

- olhe pra min – ele pediu com a voz calma mesmo estando mais grossa. Desconcertado pela situação lentamente levanto os olhos, mesmo que não quisesse não poderia, já que ele segurava meu queixo. Encontro seus olhos castanhos claros e fico intimidado pelo olhar e sensação que eles me dão. – já te perdi uma vez garoto, prometo não falhar dessa vez. Por favor, me de uma chance - por um instante seus olhos se desviaram dos meus, com certa fragilidade, que após poucos segundos desapareceu, voltando a sua altivez habitual, já que ele voltou a conectar nossos olhares novamente.

- e-eu não s-sei...- coro. Droga, droga, droga. Eu sabia que isso iria acontecer, olho para qualquer lugar que não seja seus olhos. Fixo meu olhar num ponto inexistente, antes de recuperar certa lucidez e falar: - você sabe... Eu... Não estou bem... E complicado-o... – minhas mãos estão juntas contra seu peito, segurando a barra de sua camisa. O aperto inconscientemente para tomar coragem. Olho novamente em seus olhos e dou um suspiro. – Vou... Vou... Dar uma chance... - as palavras escapam da minha boca com certa dificuldade, como se falá-las extraísse todo o ar de meus pulmões e ao redor. Suas mãos apertam ainda mais minha cintura e meu queixo, quando de repente sinto seus lábios encostando-se aos meus. Nossas línguas lutando por liderança que ele consegue facilmente, sua mão no meu queixo desce rumo à cintura, onde junto com a outra descem ainda mais passeando pelo meu corpo. Um gemido escapa por meus lábios quando uma de suas mãos encontra meu lugar sensível, minha bunda. Separamo-nos do beijo ofegantes, mas nem por isso fora de seu controle. Suas mãos apertam, coçam, beliscam, acariciam... Com minhas pobres maças, que estão vermelhas pelos maltrato.

– tão sensível..- diz ele próximo ao meu ouvido. Minhas pernas estavam bambas e para não cair precisei me agarrar ao seu pescoço, lhe dando mais acesso a min. – tão entregue... – dizia ele ainda entrando em torpor, enquanto mordia minha orelha sensualmente e falava coisas sujas.

Repentinamente ele me solta e nos separa. O encaro confuso e sou recebido com um deslumbrante sorriso de vitória. – eu sabia. Você ainda continua tão entregue como antes querido, mas nãos e preocupe, dessa vez não vai se arrepender - terminando de dizer isso ele me da mais um beijo antes de pegar o paletó a maleta e a gravata que estavam em cima do sofá e ir embora me deixando paralisado no meio da sala , não antes de mandar um beijo e fechar a porta com leveza.

- s-seu B-BASTARDO! – raciocinando lucidamente logo me dou conta que fui enganado, pego um travesseiro do sofá e jogo na porta que ele saiu. Tremo-me de raiva. Aquele cara fez tudo isso só pra confirmar que ainda sou loucamente apaixonado por ele? Então ele vai brincar novamente com meus sentimentos?... Respire fundo Mike, respire fundo... Pensando bem ele disse que não iria me arrepender certo? Bem, espero que sim. Como um bobo apaixonado toco meus lábios onde os seus estava há poucos minutos, caio no tapete lembrando-me da sensação com a cara de um idiota apaixonado. Como dizia pica-pau "E lá Vamos Nos..."