"As vezes as primeiras impressões atrapalham, pois você pode não querer conhecer o interior da pessoa, que, da entre nos, pode se bem interessante" (pensador)
DAENERYS
Segunda 06:00 A.M
O relógio desperta enquanto eu xingo baixinho por lembrar que hoje é segunda, essa semana série bem corrida e estressante. Além dos trabalhos escolares e afazeres na casa de Olenna, teria que procurar outro emprego. Teria que correr pra tentar fazer currículos e entregar em qualquer lugar de Winterfell, o pior que poucos lugares aceitariam o horário da tarde.
Como todos os dias eu levanto, vou até o banheiro faço minha higiene volto para o quarto coloco meus óculos e desço para preparar o café. Bufei ao notar que só havia ovos na geladeira, precisava ir no mercado. Porém aproveitei para fazer ovos mexidos com o restante do bacon que tinha, so teria para os meninos mais não me importei muito.
Subo as escadas até os o quarto dos meus irmãos, eles acordam e vão até o banheiro, enquanto eu volto para o meu quarto, onde tomo banho e visto meu uniforme. faço um coque baguncado rapido pois estava com pressa. pego minha mochila antes de voltar para cozinhar, vou até o quarto dos meninos para vestir Viserys, os meninos também pegam suas mochilas e juntos descemos. Hoje todos nós estava mau-humorados. Eu estava no meu limite.
Assim que chegamos na cozinha eu coloco a mesa, os meninos se sentam, como de costume me sento entre eles, o ambiente estava tranquilo e silencioso ao contrário da minha mente que estava a mil por hora. Não consigui dormir nada essa noite com a ansiedade que estava me consumindo por completo. Suspiro aliviado pelo meu pai ainda está dormindo, eu não sei se conseguiria não surtar com sua presença. Como o resto dos meninos que não aguentaram comer tudo.
Assim que terminamos eu organizo a cozinha rapidamente, enquanto tentava me manter sã. Logo pegamos nossas mochilas e nos apressamos para ir em direção ao ponto de ônibus.
– Falam que ela é igual ao pai... Eu tenha pena dessas pobres crianças. – Resmungou uma voz feminina atrás de mim quase num sussuro.
– Também falam que Aerys foi encontrado esses dias numa poça do próprio vômito e urina, não irei ficar surpresa quando o encontrarem morto sobre essas ruas. – Murmurou outra voz baixa, mas não o suficiente para eu não ouvir. Engoli em seco enquanto coloquei os fones tentando me distanciar desses julgamentos.
Moradores de cidades pequenas, com suas mentes pequenas, nenhum deles cuidavam de sua vida pois era muito mais divertido julgar os outros do que a si mesmo. Porém eu não os deixaria ter esse poder sobre mim. Com o tempo eu me acostumei com tal comentários, e principalmente com as feições de pena e nojo ao notar meus cabelos prateados. Afinal, meu pai havia feito muitos inimigos sobre essa cidade.
Quando enfim ônibus passa, posso respirar aliviada para sair da vista dessas pessoas, nós entramos, a primeira parada é na escola dos meninos onde me despeço deles, eu caminho mais um pouco até enfim chegar no inferno tão conhecida da minha rotina. Sempre quando o colégio aparecia em minha visão, eu me arrepiava por ter que suportar mais um dia.
Como de costume noto a turmimha de Ramsay enfrente o colegio, percebo como seus lábios pronunciam palavras que eu não compreemdo pelo som alto da musica que eu estava escutando. Alguns começam a rir provavelmente sobre alguma piada maldosa sobre mim, eu apenas ignoro e passo por eles como se eles não existissem.
As primeiras aulas passa e logo o sinal toca para o intervalo, como de costume vou para debaixo do represeiro sentindo que minha mãe o via pelo seus olhos, eu não saberia definir sentimento de paz que eu tinha ao ficar nesse lugar, o vento sussurrando sobre as folhas de cinco pontas vermelhas assim como sua seiva. Elas caiam aos monte em meus pés e muitas vezes brilhava vermelha sobre meus cabelos prateados. Quando eu fechava os olhos podia escutar a voz da minha mãe, seu toque, suas orações e a paz que ela sentia quando estava em frente à uma árvore coração.
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– Represeiros são considerados sagrados pelos seguidores da Antiga Fé, minha filha. – Sussurou munē enquanto eu me espreguiçava sobre seu colo em frente à árvore. - Se sabe que os Filhos esculpiram as faces nos represeiros durante a Era da Aurora, antes da vinda dos Primeiros Homens pelo Mar Estreito. É dito que, através dos rostos, os Deuses Antigos zelam por seus seguidores, e testemunham eventos importantes com o tempo os rostos foram apagados e tudo que sobraram foram as folhas.
– Mas isso tudo não é apenas histórias, contadas para crianças como eu, Munē?
– Todos histórias tem um grau de verdade meu amor… diziam que no passado nossos antepassados montavam em dragões iguais os filmes - Sorriu quando fazia cócegas criando um ataque de risos em mim. - mas o que não mudou durante o tempo foi nossa força, sempre seremos poderosos não importa a gerações, somos conquistadores e corremos atrás do que queremos. Nunca esqueça disso.
– Munē?
– Um dia querida - sua voz falhou enquanto seus olhos ficaram marejados. - eu não estarei mais aqui para cuidar de você. Estou cada vez mais doente.
Eu não pude evitar as lágrimas que enchiam meus olhos apenas por pensar em tal coisa, eu não queria crescer, não queria pensar, apenas ficar em seus braços.
– Você terá que ter força querida, ajudar seus irmãos... E talvez seu pai ainda tenha alguma salvação. Mas eu não irei parar de estar com você, estarei a observando pelos represeiros. Nunca se esqueça disso.
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Afastei a lágrima que insistiu em descer por minha bochecha, as lembranças e memórias que estavam gravadas em minha mente fazia eu perceber como estava quebrada, perdida e sozinha, sentindo um vazio tão profundo no meu interior que fazia eu me perguntar várias vezes "como eu iria aguentar?" Mas eu tinha que ser forte por minha mãe, tinha que ser forte pelos meus irmãos, essas palavras eu usava como um mantra. Esse momento era a o único que eu podia ter paz, só eu e meus pensamentos, sem estudos estressantes e sem problemas em casa. Não me importava de perder o intervalo do almoço, aquele sentimento de segurança e calma era mais importante. Afinal não sobraria qualquer tempo para mim, nada mais, ficar longe também era bom pois esse lugar estava infestado de víboras que me atacavam a qualquer passo em falso. E aqui era um refúgio disso.
Peguei o diário com símbolo do dragão de três cabeças, a única coisa que me restou da minha mãe. A capa com detalhes negros e vermelhos que eu tanto amo, o único lugar que eu podia conversar e desenhar para eu não enlouquecer. Sempre fui boa em desenhar, era um refúgio da realidade para a fantasia que tanto minha mãe falava. Gostava de pensar que pelo menos nessa realidade eu era uma rainha que trouxe os dragões de volta a vida, desejada, amada e principalmente poderosa.
Uma sombra tomou a folha em branco onde eu queria desenhar fazendo eu franzir a sombracelha pelo o incômodo, quando olho para frente noto dois par de olhos cinzento me fitando com um sorriso fraco no rosto. Arregalei os olhos o insultando mentalmente antes de eu formular as palavras:
– Poderia me dar licença Jon Stark? - indago educadamente, quando noto os minutos preciosos do meu tempo sendo perdidos.
Perder logo com esse babaca.
– Eu quero conversar com você. - afirmou num tom sério, logo o sorriso brilhante se desfez sobre seus lábios.
– Certo, sobre o que? E seja rápido, se for alguma gracinha, nem me faça perder o meu precioso tempo.
As palavras saíram mais rudes do que eu queria, mas ao mesmo tempo mais sinceras. Estava cansada da turminha desse mauricinho rindo das minhas costas e dos demais me fuzilando-me com os olhos, pelos professores notar meu esforço e minha dedicação.
– Caramba não atoa que você não tem nenhum amigo - falou simplesmente fazendo eu abaixar a cabeça e morder os lábios, isso era uma verdade, mas ao mesmo tempo não me importava.
– Amigos como vocês - suspiro pesadamente – eu dispenso.
– Calma Daenerys, eu não mordo, ao menos que você não queira. – falou num tom de divertimento no final, fazendo eu fazer uma careta inesperada com suas palavras. - Eu queria apenas saber se você não pode me ajudar com algumas matérias.
Dany, não Daenerys.
– Fique tranquilo eu nunca pediria para você me morder. - respondi sem esconder o asno. - O que aconteceu? teve um toque de realidade ao ver suas notas?... e a única pessoa de todos seus colegas que podia ajudar, era eu?
– Não precisa esconder seus desejos Daenerys, sinceridade é a base de qualquer relação. – suas palavaras novamente me fizeram revirar os olhos em descrença em pura raiva e divertimento. – Você é a queridinha dos professores, aluna exemplar e blá blá, não tem ninguém melhor do que você e eu preciso da melhor.
– Desejos? - murmurei numa crise de risos. - Realmente, Jon Stark a minha frente o grande lobo branco, filhinho de papai e pertencente a uma das família com mais prestígios do colégio, não poderia resistir em cair em suas garras, sua cama ou seja lá o que ele pensa. - Atuei zombateiramente colocando a mão no rosto, e recebendo um olhar de fúria. Opa alguém fica irritadinho fácilmente, e não é que eu gostei disso.
– Para alguem que tem espelho em casa você tá bem criteriosa. – sibilou fazendo eu fechar a cara, sério isso? Vai apelar pra aparência? Ate poderia ficar magoada, mas sensação de te-lo atingido de alguma forma era mais satisfatória.
– O querido, o fato de nem todas quererem você te mágoa? Ou foi o lance da família? - Questionei vendo minhas palavras sendo engolidas reacendendo os olhos cinzentos.
Jon voltou a sorrir como se tivesse voltado a uma atuação, tentando não se importar com minhas palavras.
– Nunca tive problema com mulher alguma. – no fundo eu sabia que suas palavras eram verdadeiras, os boatos eram extremente claros, então apenas sorri debochadamente voltando a olhar para meu diário. Bufei ao ver que eu não terminaria o desenho que tenho em mente, obrigada Jon Stark.
Antes que eu possa pensar ele tira o diário das minhas mãos fazendo eu levantar instintivamente.
– Jon me devolva, isso é pessoal! – praticamente grito.
– Calma princesa, não seja rude. Que segredos você guarda aqui Daenerys Targaryen? - contínuo a folhear falando de uma forma séria. - Uau!
O empurrei e tomei o caderno de suas mãos, sem esconder minha raiva e principalmente a minha tristeza com o ato.
- Você desenha muito bem, não sabia desses seus dons.
Pela suas feições ele realmente parecia estar surpresso e até mesmo ter gostado.
Virei tentando evitar as lágrimas que queimavam meus olhos, aquilo me machucou muito. Isso era um lugar fantasioso em minha mente, onde eu ninguém teria acesso a não ser eu. E logo todos saberiam disso e teriam mais um motivo para rir pelas minhas costas, pois era assim nesse colégio de merda.
– Daenerys, calma! – falou culpado ao ver meu rosto. – só era uma brincadeira, pela forma que você ficou acreditarei que tem algo sobre mim. – contínuo a falar zombateiramente, talvez achasse que eu irei rebater, porém cansei. – Fala sério, pelo amor de Deus não chore. – Praticamente implorou.
Como se ele se importasse...
– Olha Jon, você não é o centro das atenção. Tem muitas coisas além de você e desse maldito colégio que eu guardo aqui e você invadiu isso. - Falei firmemente demostrando a minha mágoa. - Eu não sou como as mulheres que você está acostumado a foder e a invadir... então me deixe em paz.
Eu levanto e o deixo para trás sem me importar enquanto o relógio bate furiosamente para todos ir para sala.
Volto para sala o segundo período de aulas começam, depois da discussão com Jon, ele me olha constantemente o que me incomoda um pouco, porém não brigaria por isso. tem coisas mais importantes para me preocupar, quando o sinal toca novamente, eu caminho para a saída onde encontro Robb e Margarey, que diferente do Jon e o resto da turminha realmente parecia ser um cara legal.
– Você está bem Dany?
Ele toca no meu ombro enquanto me questiona com o olhar.
– Sim.
– Jon falou com você sobre as aulas particulares?
– Aulas particulares? – Questinou Marg entrando na conversa.
– Sim, Jon não está nada bem em relação às notas e com isso nosso pai nada feliz. – comentou pensativo.
– Falou sim, mas não acho que eu seja a pessoa ideal para isso. – Respondi com sinceridade enquanto parecia ter um nó na garganta.
– Você é a melhor aluna dessa escola – Declarou Robb com sorriso fazendo Marg concordar. – Sei que você acha Jon um babaca, talvez ele seja um pouco, mas acredite no fundo ele é apenas um cara cheio de problemas, talvez vocês só precise dar uma chance, e quem sabe ele te surpreenda.
– Talvez, porém é difícil quando ele costuma ser bem desagradável. – falei secamente sem abaixar o tom de voz, não estava no meu melhor humor para falar sobre Jon Stark e nem seus amigos.
– Ele só tá mantendo a reputação que possui aqui nesse colégio. – interpôs Robb enquanto abraçava Margaery. – Além do mais, ele irá pagar pelo seu tempo que imagino que seja corrido.
Arregalei os olhos surpresa com suas palavras.
– Me pagar?
Ele sorrio com minha mudança súbita de humor.
Talvez isso seja uma resolução temporária, se eu não achasse nada. Suspirei tentando acalmar as batidas do meu coração.
– Você realmente está bem Dany? – Perguntou Marg com sorriso também tentando entender meu estado.
– Sim. – afirmei com a cebeça. – Só um pouco ansiosa.
– Você quer sair com a gente hoje? – Questinou com os olhos que parecia bilhar pelo toque do sol.
– Hoje não tem como Marg, eu trabalho.
Bufou mau‐humorada.
– As vezes eu esqueço que apenas eu sou uma vagabunda que não faz nada. – resmungou e eu não pude evitar de sorrir com suas palavra.
– Compartilho de suas palavras meu amor. – concordou Robb divertido. – Vamos, hoje vamos no meu carro, e Dany?
Chamou fazendo eu fitar seus olhos azuis esverdeados.
– Te dou uma carona até a casa da Olenna. – continuo.
Assenti com a cebeça agradecida.
Margaery pegou a minha mãe e a de Robb causando uma das cenas mais vergonhosas da minha vida, mas pareceu ignorar e se divertir com tal enquanto atraimos vários olhares.
Entramos na BMW preta, não podia explicar o conforto e espaço que aquele carro possuía, eu moraria facilmente dentro dele. Robb e Margaery foram na frente e eu não pode não sorrir pela felicidade deles, eles pareciam estar em outro universo quando um olhava pro outro. Era algo estranho de se assistir. Senti o som praticamente estourar meus tímpanos quando Margaery colocou ThaT Bitch fazendo Robb fazer uma careta em estado de choque pela letra. Eu quase passei mau de tanto rir com essa cena enquanto cantava junto a ela.
Quando enfim chego na casa de Olenna, a encontro preparando o almoço que cheirava maravilhosamente bem. A cumprimento com um beijo no rosto e começo a limpar a casa por completo, assim que termino exausta, Olenna me chama para almoçar com sorriso doce no rosto, me sento ao seu lado e começamos a comer, eu estava faminta e não consigui esconder isso.
– Você precisa se alimentar direito. – falou enquanto estreitava os olhos em minha direção. – Precisa cuidar mais de si mesma Dany, do seu bem estar.
– Eu sei.
– Não, não sabe. E isso me preocupa... logo eu não estarei mais aqui...
– Por favor não! – interrompi num tom de voz alto. – Não fale dessa forma, minha mãe falou a mesma coisa. Não quero escutar isso, por favor.
Engoli em seco sentindo a onda de sentimentos se apertar dentro de mim. Eu odiava saber que um dia ela não estaria mais ao meu lado, eu sabia, mas era impossível aceitar.
Após isso o almoço foi silêncioso, um vazio onde só era escutado o bater das talheres sobre o prato. Senti que minha cabeça doia excessivamente, me sentia pressa numa angústia que insistia em sufocar até tirar meu ar por completo.
Assim que terminamos eu lavo a louça, tento não focar nos olhos de Olenna, pois sabia que com apenas isso ela seria capaz de identificar tudo que eu estava pensando e sentindo.
– Estou velha, querida. Estou morrendo. – sua voz calma e reflexiva quebrou o silêncio. – você é como uma filha pra mim, quero que lembre do meu amor e dos meus conselhos. Pois um dos meus únicos desejos é ve-la feliz e realizando seus sonhos, não a nada que essa pobre velha possa querer além disso.
Olhei para seus olhos, mas logo minha visão ficou turva pelas lágrimas que queimavam meus olhos.
– Eu te amo, Olenna. – Admiti num sussuro doloroso. – Você não entende como isso doi.
– Eu sei, minha querida. Eu também.
A abracei e fiquei em silêncio sentindo seus braços calorosos me trazer um conforto inexplicável. Eu chorei. Não apenas por isso, mas por tudo. Senti minha garganta seca e um soluço insistente preencher meu corpo. Eu não entendia porque tudo isso estava acontecendo, eu não consiguia compreender o porque os deuses queriam tirar as pessoas que eu mais amava de mim. Tudo parecia acontecer em câmera em lenta, porém eu não tinha o poder de fazer nada além de assistir.
Antes que eu fosse embora, Olenna me aconselho a tomar um banho quente para eu tentar me acalmar, e assim eu fiz, não sabia dizer por quanto tempo eu fiquei nesse estado, sentindo a água fervente cai sobre minha pele. Mas eu queria continuar muito mais. Suspirei lembrando que eu tinha que tentar achar algum emprego. Peguei umas roupas da Marg emprestado que serviram perfeitamente bem no meu corpo.
Me despedi de Olenna com mais um abraço e agradecendo baixinho em seu ouvido por tudo.
– Me conte querida, o que realmente vai fazer? – Perguntou porém dessa vez não iria mentir ou omitir.
– Preciso achar um emprego a mais, as coisas estão difíceis lá em casa. – confidencei sem evitar o tom de tristeza em cada palavra, ela me olhou e suspirou pesadamente.
– Eu imaginei. Sinto muito querida, de verdade. Queria poder fazer...
– Não – Cortei antes que ela continuasse. – não seria capaz de compensar em minha vida tudo que você fez e me ajudou. Nao precissa se preocupar ou muito menos se sentir culpada por isso.
– Bem... Isso é impossível. – falou com irônia e eu não pude deixar de da um pequeno sorriso.
– Tchau Olenna.
– Tchau querida, cuide-se.
Eu caminho até o centro onde começo a procurar emprego, ando tanto que sento meus pés doerem, entrego alguns currículos mais tenho sempre as mesmas respostas e desculpas. "Não temos vagas, você é muita nova, precisamos no ensino fundamental completo, você precisa ter especialidade em tal "coisa", infelismente não temos no horário da noite... etc, etc, etc. Estava exausta, faminta e furiosa por todo meu esforço parecer ser em vão. Quando o céu escureceu com a penumbra da noite, percebi que já havia gastado todas minhas forças nessa procura e precisava voltar para casa.
Vou até um ponto de ônibus onde não demora muito para passar graças aos deuses, trinta minutos depois desço próximo a minha casa. Começo a caminhar e na minha cabeça vem apenas a proposta do Jon, eu não fazia ideia do quanto ele iria me pagar mais eu não poderia recusar qualquer contia, não enquanto eu estava numa situação deplorável. Se até segunda eu não conseguisse outra oportunidade, eu teria que aceitar dá aulas para Jon, só em pensar em te-lo que aturar com aquela persona me da calafrios, mas não havia escolha. Porém as palavras de Robb também vieram a minha cabeça, talvez eu tivesse que conhecê-lo por completo e tirar as minhas próprias conclusões e não ir pela ideias de todos, mesmo que elas tenha provado parecer verdades.
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