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História Mine - Minha Troublemaker fofa.


Escrita por: princesadelesbos

Notas do Autor


ei voltei, tô com um pouco de pressa, acho que até tinha o que dizer sobre esse capítulo, mas to com pressa
capítulo graaaande
até la embaixo

Ps: perdoem qualquer erro

Capítulo 22 - Minha Troublemaker fofa.


Pov Júlia

Sexta-feira. Pois é, amanhã é a festa da Marina.

Ela ficou toda agoniada a semana inteira, não ansiosa, mas é que toda hora era uma coisa nova pra preparar, olhar, e tal. Ajudei como pude, não é todo dia que a best faz 18, né.

O que eu vou dar de presente? Um abraço bem forte e um “parabéns minha vadia do fim de semana, te amo mana” falado no ouvido durante o abraço. Ah, claro, uma declaraçãozinha no Facebook e no Instagram, também.

A gente prometeu um dia, que, depois de fazer 18, iríamos pra Ibiza juntas. Bom, quem sabe se vamos realizar isso? Obviamente precisaríamos estar solteiras, largadas e loucas por festa.

Porém, analisando a minha situação atual, e observando a cara de retardada da Marina quando a Yasmin faz qualquer coisinha mínima (tipo piscar), vendo também o quanto ela é otária pela baixinha do sorriso iluminado, essa viagem não vai rolar não.

Enfim, por convite da minha melhor amiga, viemos dormir na casa dela. Eu, a Yasmin, e a Babi. Mari deu o quarto de hóspedes à baixinha, porque eu tenho um colchão lá, mas vou dormir no sofá e dar ele pra Babi.

Na verdade é o que eu estou tentando fazer bem agora, dormir. O sofá da Marina é ótimo, sem caô, mas eu simplesmente não consigo dormir.

- Ju, isso é ridículo, eu sei que você não tá dormindo, não adianta virar a cara. – diz a Babi deitada no colchão logo abaixo. Com o meu mal dormir, era provável de acontecer eu cair em cima dela, mas nem dormir eu dormi, né.

- Eu tô dormindo sim. – daí ela ri, porque eu me entreguei de propósito.

- Retardada. – a ouço dizer. Viro o corpo pra que pudesse olhar pra ela.

- Por que me chamou? Eu estava fazendo muito barulho?

- Não, eu acordei de um sonho não muito bom há pouco, daí percebi agora que você estava acordada.

- E porque isso é ridículo? Isso o que?

- Essa situação. Poderíamos ajudar uma a outra a dormir, ou fazer outras coisas, em vez de ficar olhando pro teto.

- Fazer outras coisas tipo...? – ela ri, claro que eu levei na maldade, por favor.

- Tipo conversar, dividir experiências... No nosso caso, talvez beijar um pouco...

- Júlia gostar disso. – (aquela carinha) ela ri da minha idiotice.

- Mas também dá pra você descer, ficar aqui comigo, eu te fazer cafuné, depois a gente troca... até uma das duas dormir, ou as duas.

- Eu adorei a primeira opção, mas tô muito afim de dormir, um cafuné seria perfeito.

- Vem pra cá, Jujuba.

- Jujuba? Ninguém me chama assim desde... sei lá se já me chamaram assim. Por que Jujuba?

- Eu gosto muito de jujuba. O doce. E também gosto de você. Você é gostosa como as jujubas. – ri.

- Que fofa.

- Sempre, agora vem pra cá.

 - Você tem certeza que quer dividir uma cama comigo?

- Com toda a sua fama de ceifadora de pepecas? Temo pela minha, seria uma tragédia! – neguei com a cabeça – Claro que sim, eu sei que você vai se comportar.

- Que bom que confia em mim. – ela deu espaço e eu deitei no colhão. Imediatamente seu corpo cola no meu, suspiro.

- Mas... Eu não disse que eu ia me comportar... – ela diz e sorri maliciosamente, eu só faltei gemer, que sexy! Sinto seus lábios nos meus e quando vou corresponder ao beijo, ela puxa meu lábio inferior entre os dentes, aperto sua cintura e largo em seguida. Ela aprofunda o beijo e sua mão acaricia minha cintura por baixo da blusa que eu usava. Arrepio imediatamente. – Nossa, como você tá... Quente. – arfei contra seus lábios. Ela repete a carícia na minha cintura, mas dessa vez com as unhas e afasta nossas bocas.

Me recomponho para perguntar:

- Tá fazendo isso comigo por quê? – não passou muito de um sussurro.

- Porque deu vontade. – que sonsa. Ela sabe bem fazer teatrinho de inocente nessas horas, né? Não consegui dizer nada, daí ela teve a brilhante ideia de continuar. – Porque eu quero. Porque você me excita. – puta que o pariu, molhei.

Que frase do caralho!

- Certeza? – ela olha meu corpo, de cima a baixo e dá o mesmo sorriso malicioso/diabólico.

- Absoluta.

- Sabe, eu não quero ser precipitada e dar esse passo contigo tão rápido. – ela suspirou e escondeu o rosto no meu pescoço. Percebi a merda, eu devo ter broxado ela totalmente. Ela suspira mais uma vez e me olha. – Desculpa.

- Não, eu te entendo, você quer que seja especial, eu também. Mas não é um sacrifício pra você esperar, sendo que você sempre fazia sexo? – nossa, isso é tão 2012. Eu não transo há uma cara e ela vem pra cá me dizer isso.

- Babi, entende um negócio: embora eu seja egocêntrica demais pra admitir, você me tem totalmente nas mãos. – ela ri. – Se eu estou nas suas mãos, por que eu ia atrás de sexo com qualquer pessoa? Pra estragar o que eu tenho contigo? Eu espero o quanto você precisar, não fique com essa neura.

- Ok então. – ela diz, sorrindo. Fofa. – Vamos dormir juntas, no sentido inocente. Vem, deixa eu te fazer um cafuné. – deitei no seu peito e ela começou a mexer no meu cabelo.

- Eu não vou durar muito assim.

- Pode dormir. – e apaguei.

[...]

Levantei e estava sozinha, fui até o banheiro, fiz xixi, lavei o rosto, esperei a mente despertar totalmente. Muito bom que a espinha que eu tinha no queixo ontem se foi, muito bom. Se não sumisse, eu ia ter que fazer uma reza braba, ninguém merece festa com espinha, ela resolve sair em todas as fotos.

Fui até a cozinha, encontrando Ju e Babi botando a mesa do café.

- Bom dia. – dou um beijinho no rosto da Yasmin e um selinho rápido na Babi.

- Bom dia. – elas respondem.

- E aí? Wow, quanta coisa gostosa. – sentei à mesa.

- A Babi disse que a gente só vai comer quando a Mari acordar, Ju. – Yasmin diz e faz bico.

- Babi sua chata, deixa a gente comer, a Marina dorme com o mundo acabando em volta dela!

- Ué, vai acordar ela então.

- Vai lá Yasmin. – ela me puxa pela mão.

- Vamos lá, sozinha eu não vou. – como ela continua me puxando, eu a sigo. Yasmin abre a porta do quarto da Mari, coloca só a cabeça (rs) e tira, me olhando como se tivesse visto um fantasma. Aí ela começa a se abanar com a mão, eu rio porque a expressão dela é muito cômica.

- O que foi?

- Veja você. – ela fica puxando a blusa como se estivesse morta de calor. Oxe. Abro a porta e repito o ato dela... Opa, ah, entendi.

É tipo um fantasma mesmo. O cabelo era o único a denunciar que havia uma pessoa ali, já que os lençóis eram brancos também.

Era a Marina dormindo de bruços, completamente pelada, sem nenhuma coberta nem nada.

Gostosa? Sim, porém absurdamente branquela.

Depois vou contar pra Mari que ela deixou a Yasmin se abanando, hahaha

- É só a Marina pelada, que que tem? – ela me olha tipo “como assim ‘que que tem’, é a intimidade de uma pessoa”, disfarço – Digo, que nojo, né? Muito branquela, eca.

- Entra lá pra acordar ela, vai.

- Eu não, entra você. Já basta o que eu vi agora, irc.

- Me poupe, ela já me contou que vocês colaram velcro e...

- Fala baixo, mulher! A Babi nem desconfia disso, pelamor.

- Você que pensa que não desconfia.

- Eu estou com fome, entra logo, e acorda o Gasparzinho versão gostosa.

- Não! – ela cruza os braços.

- Ei, você ficou com calorzinho quando viu a Marina pelada...

- Fiquei nada!

- Ficou sim, e olha que só viu a bunda branca dela. Mal viu os peitos.

- É branca sim, porém redondinha e durinha, parece apertável. – ela diz piscando demoradamente, como se visualizasse na mente a bunda da Marina. Olha, sem comentários.

- Que danada você, Yasmin.

- Me deixa, a Mari é uma delícia e você sabe.

- Já provei, né. – ela me bate. – Ai! Larga de me bater e entra logo!

- Entra você!

- Só há um jeito de resolver isso: pedra papel tesoura! – ela botou tesoura e eu também. – Você curte uma tesoura, né? Tô ligada.

- Tsc. – fizemos de novo, ela colocou papel e eu pedra, perdi. Coloquei tesoura e ela papel, ganhei. Coloquei papel e ela pedra. – Porra.

- Entra logo, chaveirinho.

- Af, vai se foder. – ela diz abrindo a porta. Qual não foi minha surpresa quando não vimos mais a Marina na cama? – Ué, cadê a Gasparzinho? – no banheiro, o chuveiro se faz ouvir. Sentei sobre a cama macia.

- A Gasparzinho ia ficar puta se te ouvisse falando um dos meus apelidos que segundo ela são ridículos.

- Eu sei, já parei.

- Porque vocês duas não ficam, queridas? – reparem: Júlia II agora também é cupido. Yasmin suspira e resolve sentar ao meu lado.

- Bom, a gente já ficou.

- E posso saber por que você chutou a Mari?

- Ela não pode ter me chutado? – ¬_¬ – Ok, foi por causa da “faminha” dela.

- Ah, de Lésbica das Lésbicas?

- É, essa parada aí. Daí eu não me senti 100% segura continuando com ela.

- Mas você é afim dela.

- Um pouco, sim... Ela me despertou uma coisa que eu não sabia que tinha.

- Ela despertou seu lado Xena. – Yasmin gargalhou dessa.

- Tipo isso.

A Mari sai do banheiro enrolada na toalha minutos depois, nos expulsa depois do “bom dia” e voltamos pra cozinha.

- A palmita acordou. Posso comer agora, Babi?

- Pode.

- Eba!

[...]

No dress, baby.

Essa era a legenda da minha selfie pré-festa.

Eu era a única já pronta pra ir, será porque eu não vou usar vestido nem nenhum penteado ou maquiagem extravagante?

Eu vesti uma calça de couro preta, uma blusa branca com aquele logo das pornô, o “Parental Advisory ” e uma jaqueta de couro preta, pois é, toda trabalhada no couro. Nos pés uma bota de cano curto com saltos.

Sentei no sofá pra esperar aquelas noivas. Dez minutos depois me sai a Babi do quarto. Meu queixo imediatamente cai.

- Wow, Bárbara! – ela usava um vestido preto e rendado de mangas longas. O decote coberto pela renda ó, uma maravilha.

- Tô me sentindo meio... Sei lá, não tô me sentindo eu.

- Em primeiro lugar, você não vai aguentar em pé num salto desse tamanho. Você está batendo acima do meu queixo e eu estou de salto. Pode ir tirando.

- A quem eu tava tentando enganar, né? – ela ri e tira os saltos, ficando na altura dos meus seios. Normalmente ela bate no meu ombro.

- Eu vou te dar outro sapato mais baixo, comece devagar. Em segundo lugar, você está impecável, linda, mas vamos voltar pro quarto que eu vou te fazer uma maquiagem perfeita.

- Você sabe maquiar alguém?

- Mas claro. – entrei no quarto e achei a Yasmin, em seu vestido verde curtinho e lindinho que a deixou com aquela cinturinha, abrindo o estojo de maquiagem. – Você também chaveirinho, pode largar, vou maquiar as duas.

- Você sabe maquiar alguém?

- Af, vocês não me incentivam. Sim Yasmin, eu sei maquiar alguém.

- Não acredito. – pai amado, que povo sem fé.

- Então vou fazer uma maquiagem em mim, beleza? – fiz todos os passos ensinados pela minha mãe e não demorei praticamente nada.

- Nossa, que linda. – diz a Babi, eu rio.

- E aí eu finalizo com a sombra, só que eu não quero sombra hoje, fico no simples. Eu sei, tô maravilhosa. Agora sentem, as duas, vou maquiá-las. – as duas obedecem.   

Levei pouco mais de cinco minutos em cada, isso porque elas ficaram quietinhas. Passei um batom vermelho destruidor de calcinhas na Bárbara (parecia sem sentido chamar uma mulher daquele naipe de Babi) e deixei que a Yasmin escolhesse a maquiagem dela. Resultado: duas lindas gatas maravilhosas.

- E a Mari, não vai maquiar ela? – Babi perguntou. Porra, eu não conseguia tirar os olhos da boca dela.

- Não, ela sabe se maquiar, eu ensinei.

- Nossa Ju, você merece um beijo. – diz a Yasmin com mó cara de sapeca.

- Então me dá.                                                                                                        

- Não quero borrar meu batom, haha.

- Sacaneia mesmo. – ela riu – Yasmin, o batom da Babi não tá borrável?

- Tá mesmo, uma delícia, vai arrasar os gatinhos da balada.

- Que gatinhos nada, ela é minha.                                              

- Ui, possessiva.

- Sou mesmo.

[...]

Nossa, eu bebi. Eu bebi um pouco, um pouco demais.

- Ju, sua língua está puro álcool. Larga esse drink.

- Vou largar por você, beleza? – isso saiu um pouco mais arrastado do que deveria. Dei meu copo pra ela, e ele sumiu.

- Senta.

- Não quero sentar, eu quero dançar, vem comigo, vem. – puxei-a pra pista a contragosto, ela insistia que não sabia dançar e tal. – Sabe sim, é música eletrônica, qual é o passo? Nenhum, você só mexe um pouco, não tem erro.

Quando ela estava finalmente se soltando mais, me tocam uma música lenta, era alguém no karaokê cantando.

- Porra.

- O que? – puxa ela pra dançar, ô lerda.

- Nada, vem. – puxei sua cintura, colando seu corpo no meu. Ela fica meio surpresa, mas não demora a me abraçar pelo pescoço. Fico ali aproveitando o calor dela.

- Eu estou mesmo sendo guiada numa dança lenta por uma bêbada?

- Eu não estou bêbada. Eu estou alterada. Você tirou minha bebida, daqui a pouco eu volto ao normal, simples.

- Ah sim. – olho em volta por cima do ombro dela e tive tempo de ver a Marina se atracando com a Laura.

Nossa, ela pegou a crush. Palmas pra Mari.

- Tomara que ela aperte aqueles peitos.

- Hã? Que peitos? – ela me empurra o suficiente pra me olhar.

- Nada, nada, tô bêbada, não ligue.

- Que peitos, Júlia?

- Os peitos... da Laura.

- Você quer ir apertar os peitos dela é?

- Não!

- Não?

- Não, não quero.  Eu tô falando da Marina.

- Os peitos da Marina ou da Laura? Você só se complica.

- Eu tô falando pra Marina apertar os peitos da Laura, elas estão se pegando, não briga comigo! Principalmente comigo bêbada, eu fico idiota, falo merda, não se surpreenda.

- Então fique quieta e dance.

- Ok.

- E se for falar, não fale de peitos.

- Vou me esforçar. – ela me olha feio. – Vou ficar calada.

Pov Bárbara

Bêbados são muito chatos, cara. A Júlia é uma bêbada risonha e carente. Além de dançarina, nem comentarei dos passos de dança que ela inventou na pista. Eu só fazia rir.

- Ei, amor.

- Que foi Ju?

- Me perdoa por ter falado dos peitos da Laura.

- Ok, eu já tinha esquecido isso, mas sim, te perdoo. – ela se joga sobre meu corpo. Agora, estávamos sentadas num daqueles sofás. Abracei-a pelos ombros.

- Você tá passando bem? – perguntei quando notei que ela não saía do meu pescoço e sua respiração era fraca.

- Tô... Mais ou menos, sabe. – passou um garçom com uma bandeja cheia de copos (haja equilíbrio!) peguei um com água.

- Toma, bebe água.

- Wow, de onde veio isso?

- De alguma fonte, ué.

- Direto pra sua mão? Mostre-me a sua varinha, já! – ri – Você não tem permissão de usar a magia fora de Hogwarts!

- Então eu acabei de ser expulsa.

- Você é louca? Tanta gente querendo estudar lá...

- Fiz isso pra ficar perto de você. Agora bebe a água.

- Acho que tô apaixonada por você. – ignoro isso, ela pega o copo e bebe de uma vez.  – Isso não tem gosto de nada.

- Não me ouviu dizer que era água?

- Ah, claro, desculpa. – e começou a rir.

Ficamos ali quietas por alguns minutos até ela voltar a me beijar. O gosto de álcool já não era tanto, ainda bem. Mas peguei outro copo d’água pra ela.

- Bebe, é vodca.

- Me poupe, eu não sou retardada, sei que é água e tô com sede, me dá. – agora sim é a Júlia quase sóbria que eu conheço. – E você não disse nada quando eu falei que estava apaixonada por você.

- Bom, porque você estava falando arrastado demais pra que eu confiasse.

- Dizem que bêbados falam a verdade.

- E é verdade.

- Ué...

- Ei gente, mal interromper, mas já interrompendo... – chega a Yasmin e agacha na nossa frente, com uma mão no meu joelho e outra no da Júlia. – Vamo cantar uma música comigo, Babi?

- Que música?

- Te digo no caminho.

- Não sei fazer agudos, já aviso.

- Se necessário eu cubro os agudos, vamos. – ela segura minha mão e ameaça levantar, Júlia impede.

- Ô Yasmin, você nessa folga aí, chega aqui, leva minha mulher... Tá pensando o que?

- A música é pra você. E pra Mari.

- Hm.

- Por isso chamei a Babi, ué.

- Tá, então pode ir. Cadê a Marina, falando nisso?

- Logo ali no outro sofá, haha. – quando a Júlia olha a Yasmin me puxa e saímos correndo rapidinho pra longe dali. Rio por isso. – Achei que ela ia te prender.

- Ah, dá um desconto, ela tá voltando a ficar sóbria.

- Ótimo que ela tá sóbria pra ver isso. A Mari tá bêbada, mas espero que ela se lembre.

- O que vamos cantar? – ela me puxa até o palco dizendo que é nossa vez.

- Troublemaker, do Olly Murs.

[...]

E descemos do palco debaixo de um corinho de “gostosa”.

Deve ser pra Yasmin, né, ela canta muito.

Só sei que, depois de descer as escadinhas do palco, cada uma foi puxada pra um lado. Nem deu tempo de dizer tchau pra Yasmin, nem dizer pra ela ter cuidadinho com a Marina, pra ninguém sair machucada disso. Não queria a Mari triste igual como foi com a Paula, e já me importava o suficiente com a Yasmin pra não querer vê-la sofrer também. Só não voltei pra falar com ela porque quem me puxava era aquela moça dos cabelos loiros pela qual eu estou apaixonada. Ai Júlia, você me acaba.

- Cuidado com os degraus. – ela disse já subindo (e me puxando), mas não avisou cedo o suficiente pra impedir que eu tropeçasse, e batesse o joelho. Tava tudo escuro à frente e a Júlia tava praticamente correndo, fica difícil.

- Ai! – não falei? Ela me acaba.

- Nossa Babi, foi mal.

- Eu que tropecei, relaxa. Acho que ralou um pouco.

- Não, eu te puxei, desculpa. Consegue subir, pra eu fechar essa porta? Ela é pesada. – notei, pela pouca luz, que as escadas eram protegidas por uma porta, com aquele mecanismo que você abre e larga que ela se fecha sozinha. A Júlia ainda segurava pra que não fechasse com metade de mim de um lado e metade do outro.

- Consigo, foi só um arranhão. – subi mais dois degraus e ela largou a porta, que fechou com um “click” bastante alto. – Pra onde vai me levar?

- Terraço. Continua subindo. – ouço a bota dela contra o chão e sigo o barulho, tomando muito cuidado pra não tropeçar de novo. Mas tropeço mesmo assim, só não caio dessa vez. Meu pé naquele sapato responde às duas pancadas. Já me imagino amanhã com calos nos dedinhos.

- Porra. Nesse breu, Júlia? – quando eu finalizo a frase, uma luz se acende um pouco acima, iluminando o corpo da Júlia.

- As luzes têm sensores de presença. Vem, agora tá melhor.

Continuamos subindo, foram mais uns dois lances de escada e eu já tava cansada, até que a Júlia abriu mais uma porta, dessa vez a porta do terraço. Ali era obviamente fresco e tinha uma vista legal da cidade, como não era um lugar muito alto, era somente uma boa visão do parque e de uma avenida que só vive movimentada. Ela larga a porta depois que eu passo e a mesma faz o mesmo som de “click” enquanto suas botas fazem ruído batendo contra o chão no seu andar imponente como sempre até a “sacada” daquele lugar.

- Gostei da música. Mais ainda de você cantando. – ela me olha por cima do ombro. Cruzo os braços, sentindo frio e caminho até ela.

- A Yasmin canta muito mais.

- Vocês arrasaram. – encosto naquela espécie de muro, ao seu lado – A letra era mesmo pra nós? Digo, eu e a Mari.

- Eu acho que é mais a Yasmin e a Mari do que eu e você. – Ju me percebe com frio e se locomove apenas pra me abraçar por trás. Entrelaço meus dedos aos seus em sua cintura e sorrio, seu abraço sempre me trazia aquele calorzinho gostoso no coração. E, dessa vez, no corpo também.

- E qual seria a nossa música?

- A minha música pra você, ou a nossa música?

- As duas, me diz. – ela sussurrando no meu ouvido me dava leves arrepios. Que mulher, essa Júlia II.

- A minha pra você seria The Way, da Ariana Grande.

- Hmmm, eu gosto dessa música. Boa escolha. – ela me dá um beijinho no pescoço, o que me faz rir.

- Isso faz cócegas. – ela também ri.

- E a nossa música?

- Qual seria a sua pra mim?

- Ahn... Não sei, acho que... Sei lá, muitas músicas me fazem pensar em você, eu só me identifico mais What Makes You Beautiful, da One Direction. Falando de música internacional. Mas quando escuto Juro, da Banda Ego, eu sento e imagino nós duas...  

Awwwwwn, minha troublemaker fofa.

- Nossa Ju, você é tão fofa! – viro e a abraço com força pelo pescoço. Ela me dá um selinho carinhoso depois de afrouxar o abraço. – Ah, pra nossa música, eu acho que Friends, do Ed Sheeran.

- Nunca escutei essa.

- Vou colocar pra você depois. – voltamos a posição anterior, ela me abraçando por trás.

- Foge comigo? – dessa vez soltei dela e a olhei pra conseguir entender.

- Tipo fugir, fugir pra sempre?

- Não, fugir não bem fugir de verdade, tipo sair sem avisar. Vem comigo, eu te trago de volta segunda.

- Pra onde?

- Te explico no caminho, vamos? – ela estende a mão. Eu hesitei. – Confia em mim?

- Claro.

- Você sabe que eu não seria capaz de te fazer mal.

- Aham.

- Vem? Vai ser divertido, prometo. – pego a mão dela e voltamos andando. – Só pra constar, eu já estou sóbria, ok?

- Sim, eu estava desconfiando disso. – ela dá uma gargalhada gostosa. 


Notas Finais


presentinho de fds! hahaha, beijos galera <3


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