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História Mine - Fizemos uma lésbica.


Escrita por: princesadelesbos

Notas do Autor


pras que reclamaram que não ia ter hot e ainda não sabem que eu cedi à pressão de vcs o hot está aí e é pequeno por motivos de: nem ia ter hot, então se contentem com isso aí

VOLTEI, BRASIL
com mais um capítulo, é claro
o hot não acrescenta nada na história além da putaria, então caso queiram pular pro pov da Bárbara, não só pode como deve
a frase do título tá no hot só pq não achei melhor, beijão

até lá embaixo!

Capítulo 81 - Fizemos uma lésbica.


Pov Paola

- Você já fez isso antes? – Luana pergunta.

- Não. Nunca passei de um beijo triplo. Você já?

- Não posso negar, mas já faz muito tempo.

- Eu sou a única sentindo algo parecido com o que sentia quando matava aula?

- Você matava aula? Nunca fiz isso.

- Jura? – ela assente. – Fiz isso algumas poucas vezes. Não era um hábito, mas... Eu me sentia um pouco errada, só que isso rapidamente se transformava em felicidade quando eu chegava em casa mais cedo.

- Bad girl. – ri e acabei assentindo. Luana mexeu no cabelo muito sensualmente, atraindo minha atenção. Que vontade de foder, foder muito e com força. – Ok, agora, com essa cara que você fez, eu quero jogar você nessa cama.

- Faz isso. Faça isso imediatamente.

- Mas a Aline...

- Tá demorando demais pra quem só foi estacionar o carro. Ou ela foi embora, ou se perdeu. Sendo a segunda opção, ela vai se achar sozinha. – puxei Luana pela cintura e fui caminhando até a cama.

- É, você tem razão. – ela ri maliciosamente, e cai sentada no colchão de molas. – Tira minha roupa. – ela diz, se separando de mim pra sentar mais pro meio da cama de casal. Subi na cama e sentei no colo dela. Trocamos um olhar, por alguns segundos, paradas.

Eu precisava acalmar os meus ânimos exagerados, ela ficou me olhando por um motivo que desconheço. Mas trocamos esse olhar. Até Luana olhar pra o encaixe dos nossos corpos e sorrir, safada. Pior é que eu não consigo me conter, parece que toda porra de movimento dela é sexy.

Ela enfiou a mão dentro da minha blusa até tocar meu sutiã, e arranhou dali até o meu ventre. Gemi e tirei a mão dela dali, pra puxar sua camiseta branca e decotada e jogá-la longe.

Com meus indicadores, desenhei as laterais do seu rosto, desci por entre seus seios, causando um arrepio forte em seu corpo. Espalmei as duas mãos em sua barriga, ela usava o braço bom pra se apoiar, me dando uma visão divina do seu corpo da cintura pra cima, os seios apertados num sutiã azul. Apertei sua cintura, olhando sem parar pra seu abdômen sarado. Mordi o lábio com força.

- Tão gostosa. – seu outro braço, do ombro machucado, estava sobre a minha coxa, sua mão na minha cintura, acariciando devagar. Apertei seus seios com vontade, arrancando um gemido dela.

- Porra, Paola... – ri, tirando as mãos dos seus seios e levando-as até o fecho do sutiã, que em poucos segundos já tinha ido.

Os peitos dela eram o par de peitos mais atrativo que eu já havia visto. Tinham o tamanho e o formato ideais. Ideais, é claro, na minha preferência. Eram peitos do jeito que eu mais gostava deles.

Tem como essa mulher ser menos perfeita? Luana foi esculpida, não é possível.

Eu acabei encarando por um tempo maior que o normal e ela ficou envergonhada.

- O que foi?

- Nada... Você tem peitos perfeitos. – ela sorri e acaricia um deles, apertando o bico rígido entre os dedos. Se alguém filmasse isso pra que eu assistisse depois, nessa hora eu já ia gozar.

- Você acha mesmo? – assinto, quase hipnotizada. – Pode olhar mais de perto, sabia? Vai ver nem é tudo isso. Você deveria provar. – não penso duas vezes antes de empurrá-la deitada na cama e tocar o bico do seu seio com a minha língua, deitando entre suas pernas, pressionando minha barriga em sua intimidade ainda coberta por uma calça jeans escura e colada. – Caralho, Paola, que língua é essa? – sorri e abocanhei seu seio direito, estimulando seu bico com a língua com mais vontade do que antes. – Ah! – ela força minha cabeça em seu peito, os dedos puxando meus cabelos com força.

- Porra... – a terceira voz que eu não esperava ouvir se faz presente.

- Aline?

- Não precisa parar, Paola, eu já tô aqui há alguns minutos. Posso apenas observar por agora. – ela diz, encontro-a sentada no sofá do quarto, num lugar ótimo para observar o que acontecia, e foi por isso que não percebi que ela havia entrado.

- É bom que você aprende algo. – diz a Luana.

- Já sei que uma mulher vestindo nada além de uma calça jeans é muito sexy. –concordo, Aline. Luana ri.

- Me chupa, Paola. A Aline quer olhar, e eu quero gozar.

- Do jeito que quiser, Sánchez. – fiquei de quatro sobre ela e abri os botões da sua calça, puxando-a pra baixo aos poucos. Sua calcinha combinava com o sutiã que vestiu, e era minúscula. Lamentei por não ver como ficava a visão da parte de trás. Quando a tirei do caminho e tive Luana nua na cama do quarto do hotel em que eu estava hospedada, tive que parar.

Parar pra não ficar louca com o quão molhada ela estava. Luana estava pingando, praticamente.

- Vai, Paola. – ela diz entre os dentes. Penetro-a com meu indicador até a metade e levo sua excitação até minha boca. Chupo o dedo.

- Quero que sente na minha boca, Luana. – falei já levantando e me afastando daquela parte dela onde eu me perderia. E deitei na cama ao lado dela.

- Tira a roupa antes. – assenti e obedeci, ficando completamente nua ao lado dela. Aline já se encontrava seminua na poltrona. Sorri por isso. – Que tesão. – ela diz baixinho, seus olhos analisando meu corpo de baixo a cima.

Usando como apoio a cabeceira da cama, Luana fica de joelhos, a minha cabeça entre suas pernas. Recebo-a com a língua em sua entrada encharcada, já melando minha boca e o queixo.

Luana era muito gostosa. Não sei se era saudável eu gostar tanto de tudo que viesse dela.

Nesse momento eu estou falando dessa parte específica dela, mas no que eu disse de gostar, não é mentira. Acabei descobrindo que temos muito em comum.

- V-você pode ficar nua e vir aqui, Aline. – Luana diz. – Quero que você toque a Paola... Porra! – comecei a chupá-la indo nos lugares certos, Luana não conseguiu mais emitir nenhum som que não fossem gemidos até que a Aline gentilmente massageasse meu sexo.

Como, durante o jantar que tivemos, as três juntas, havíamos alcançado um nível necessário de intimidade e estávamos à vontade, mesmo sóbrias, eu não falei nada sobre ela nem ter feito algum tipo de conhecimento no meu corpo. Ela já foi direto onde interessava, ou talvez quis apenas obedecer a Luana, que estava gemendo como uma puta, mas ainda comandava aquilo ali, afinal, foi ideia dela.

Minha puta.

- Vou gozar, Paola! – ela diz, tentando se esfregar na minha boca. Seguro seu quadril, acalmando sua agonia e parando com tudo. – Filha da mãe, você gosta de torturar, não é? – respondi com um beijo em sua virilha, que a fez gemer deliciosamente manhosa. Porra!

- Mais forte, Aline. – falei, ela me obedeceu, suspirei, sentindo tudo esquentar.

Luana saiu da posição e olhando sua bunda eu lamentei mentalmente por não deixá-la gozar. Ela ficou de frente para meu sexo, puxou a Aline e beijou. As duas começaram com umas mãos bobas e eu desejei muito estar entre elas. Bem, meu corpo estava entre elas, mas não fazia diferença. Luana colocou a mão entre as pernas de Aline, desconcentrando-a totalmente do que fazia comigo. Mas os gemidos dela e o jeito que olhava pra Luana, como se pedisse por mais, era muito sexy.

Eu estava sendo torturada naquele momento. Sendo obrigada a apenas assistir.

Porque, quando tentei fazer algo, as duas me empurraram deitada novamente. Achei até engraçado.

E assim foi até Aline gozar. O que, pra falar a verdade, não demorou muito.

Luana tirou a mão do sexo dela, que ofegava, e a colocou no meu, me olhando tão safada que eu quis muito fodê-la sozinha.

- Vai pra onde eu estava antes, Aline.

- Vem, Aline. Não vou torturar você. – Luana arqueia a sobrancelha.

- Ah é? – diz. Pra em seguida me penetrar com dois dedos e muita força.

- Luana! – falei alto, jogando a cabeça pra trás. Ela voltou a se mexer dentro de mim, porém devagar. Muito gostoso.

- Que delícia gemendo o meu nome. Quero a noite toda. – eu agora estava com a cabeça entre as pernas da Aline. – Por que a Aline não está gritando como eu estava? – porque eu estava gritando agora. Por dentro.

- Fode, Luana. – falei e comecei a chupar a Aline, que já estava perto de gozar.

Luana empurrou os dedos dentro de mim e começou a estocá-los muito rápido em seguida. Eu abafava e continha meus gemidos chupando Aline com mais força. Do nada, ela tirou a mão.

- Merda, filha da puta. – falei parando o que fazia, quando meu sexo contraiu-se no vácuo, dolorosamente. Ela interrompeu um orgasmo glorioso que eu teria.

- Até parece que você não sabia que eu ia fazer isso. – ela ri. Eu nem tinha pensado nisso, só em gozar. Desgraçada, gostosa.

- Você interrompeu meu orgasmo também, Luana. – diz a Aline.

- Eu sei disso. Gostosa. – resolvi que não daria a mínima e daria o orgasmo da Aline. Por isso continuei.

Qual não foi minha surpresa quando Luana ficou por cima de mim?

- O que? Você acha que pode fingir como se eu não estivesse aqui?

- Vou satisfazer a Aline. – eu sorria, mas ela não atentou pra isso.

- Quero ver ignorar isso aqui. – fico na expectativa dos seus dedos mais uma vez me torturando, mas sou surpreendida novamente quando ela encaixa nossos sexos. E rebola, me fazendo parar mais uma vez.

- Oh, Luana... – fechei os olhos pra aproveitar aquilo.

- Quem te deu o direito de parar? – Aline pergunta e eu imediatamente volto minha pouquíssima atenção pra ela. Quando paro pra respirar/gemer, elas estão se beijando.

Meu corpo todo esquenta, vendo aquilo. Me perguntei como Luana conseguia fazer duas coisas ao mesmo tempo, duas coisas que exigiam aquele nível de concentração.

- Segura minha cintura. – Luana diz pra ela. – Pode forçar. – ela estava ofegante.

Entendo por que ela pediu a Aline para fazer isso quando voltei ao sexo dela determinada a fazê-la gozar e do nada Luana se esfrega em mim muito rápido.

Acho que mordi a Aline em algum lugar ali, porque recebi um tapa.

Depois do tapa, ela resolveu massagear meus seios e eu não estava aguentando mais. Nem ela, senti suas contrações na minha língua e seus gemidos ficaram mais altos. A fiz gozar e chamar meu nome, em seguida o da Luana.

- Eu quero gozar com você. – ouço a voz da morena em cima de mim. Como Aline tinha saído da posição, com as pernas bambas, eu podia olhar Luana agora. E ela não tirava os olhos de mim.

- Estou perto. – falei e sentei na cama, abraçando a cintura dela pra dar o apoio necessário pra que ela aumentasse a velocidade. Luana agradeceu com os olhos e me beijou enquanto rebolava no meu colo. Fechei meus olhos pra ela não ver que eu os revirava de prazer. Nossa respiração estava no mesmo ritmo desordenado.

- Goza comigo, Paola... – ela diz, tremendo levemente, nossas testas coladas. Trocamos mais um olhar, dessa vez mais intenso, devido à nossa situação. Cheguei ao ápice segundos depois, caindo de costas na cama e puxando Luana junto.

Ficamos ofegando por uns minutos, eu acho. Ela por cima de mim e com o rosto no meu pescoço. Sim, me arrepiei incontáveis vezes com sua respiração acalmando-se lentamente.

- Isso foi foda, vamos de novo? – essa é a Aline.

- Fizemos uma lésbica. – Luana diz e bate um high-five comigo, sem sair de cima de mim, com a cabeça no meu peito. Ri. – Parece comigo quando perdi minha virgindade. – Aline ri.

- É, comigo também. – ganho um selinho da Luana depois disso. Infelizmente sorri pra fofura dela. – Por que fez isso?

- Não sei. – e faz de novo. – Importa? – mais uma vez. Nego com a cabeça, ela sorri pra mim. Ai meu lado fangirl.

- Eu quero transar pra sempre com vocês duas.

- Acho que criamos um monstro. – falei, Luana gargalhou.

- E quando eu quiser transar só com a Paola, Aline? – quero quero bastante sempre quis quero agora

- Não é um casamento, façam isso sem que eu saiba. Tô nem aí. Adoro vocês duas juntas. São até fofas, olha.

- Olhar o que?

- Vocês duas deitadas aí, uma por cima da outra. Parecem um casal com uma vida sexual ótima. – rimos. – Sério, vocês duas combinam demais. – eu não sabia o que pensar sobre Aline dizer isso. Mas não vou mentir, ficar com a Luana não é má ideia em parte nenhuma.

- Eu gostava do ciuminho que você tinha da Paola, Aline.

- Nunca tive ciuminho. Foi só... Sei lá, mas eu não queria que a Paola chegasse na frente, eu cheguei primeiro.

- E olha só onde você acabou... Sentada na minha cara.

- E muito feliz por isso. – gargalhei.

- Vamos fazer uma pausa e continuar mais tarde? Amanhã, talvez? Estou um pouco cansada. – Luana disse, concordamos. Trabalhamos hoje, né. Eu e a Aline. Foi um dia cansativo. – Tem algum problema eu não sair de cima de você, Paola? – ri.

- Acho que não, está confortável?

- Estou. – ela deita ao meu lado, com a cabeça no meu peito, abraçando-me com um braço e uma perna.

- Seu ombro dói?

- Não. Estou bem. – ela me abraça com um pouquinho mais de força. Oi eu estou tentando não surtar. – Boa noite.

- Boa noite. – dissemos as duas juntas.

Aline deita do meu outro lado, com a cabeça no meu braço e de costas pra mim.

Fico um pouco imersa em pensamentos sobre o dia de hoje, tudo o que aconteceu, e quando volto a olhar, ambas dormiam. Luana ainda me abraçando feito uma criança e Aline segurando minha mão entre as dela, na mesma posição.

Eu sei que aceitei dizendo que daria merda, porque eu realmente achava que daria, e aceitei sem pensar duas vezes, mas... Poderia dar certo.  Talvez desse certo.

Até eu ficar possessiva com uma das duas. Ou apaixonada por uma delas.

Pra dizer a verdade, eu ficar possessiva é um sinal de que eu posso estar apaixonada. É uma coisa que eu faço, é ruim, mas sei lá, nasceu comigo, não posso culpar ninguém. O signo, talvez, se eu acreditasse nisso.

Melhor eu parar de pensar e dormir.

Pov Bárbara

- Bárbara! Que honra. – diz um algemado Hugo quando entro na sala destinada para os interrogatórios. Segurei-me pra não mandá-lo à merda.

- Eu avisei para me mandarem o Roger primeiro.

- Cada um tem o que merece, não é mesmo?

- Eu vou garantir que você tenha o que merece. Pode ter certeza.

- Por que não senta? – ele aponta a cadeira do outro lado da mesa e se debruça sobre a mesma, exibindo os pulsos presos por uma algema novinha. Reluzente.

Antes que eu diga algo, a porta da sala se abre.

- Obrigada por vir rápido, Paola.

- Que nada, eu tava aqui do lado. Toma aqui a ficha dele. – ela deu um sorriso cínico pro Hugo, entregando-me uma pasta. – Está tudo aí.

- Ok. Hugo Dória. É o seu nome. Não é um prazer conhecê-lo. – ele nega com a cabeça, olhando pra mim com... Não sei, acho que era o melhor olhar de psicopata dele. Fraco, sei fazer melhor. Sento na cadeira que ele havia apontado antes e abro a pasta. – Hmm. Suposto envolvimento com tráfico de drogas, membro de um cartel. Tentativa de homicídio, sequestro... Você sabe que já está condenado por fraude, certo?

- Qual é a prova que vocês têm? – como assim, qual é a prova? Hugo some do mapa coincidentemente quando o primeiro registro de William aparece e os dois têm a mesma aparência. Ridículo ele me fazer essa pergunta.

- Não posso dar essa informação. Sabemos que você encomendou o sequestro das jogadoras Luana Sánchez e Júlia Becker. Por quê?

- Quero um advogado. – começou a putaria. Só por essa porra eu não posso interrogá-lo.

- Tem dinheiro pra um bom advogado?

- Tenho.

- Dinheiro limpo?

- Não sou obrigado a responder essa pergunta.

- Se sabe quais perguntas tem que responder e quais não tem, não precisa de um advogado.

- Eu não sou obrigado a responder nenhuma pergunta. Só responderei com o meu advogado. – como eu odeio quando eles ficam assim, irredutíveis. Não tenho paciência.

Pior que essa desgraça já esteve presente em incontáveis interrogatórios feitos por mim, e sabe que fazer isso me irrita muito, porque eu não posso fazer nada além de esperar. E eu gosto de adiantar meu trabalho, sempre.

- Então chame seu advogado. Chame quem quiser. Tem meia hora, e aí eu voltarei para terminar isso com você.

Saí da sala meio que soltando fumaça. Queria muito que ele fosse queimar no inferno, mas infelizmente existem direitos e leis que eu devo cumprir pra continuar exercendo minha função de Agente sem problemas. Mas tudo bem, eu vou juntar tudo o que puder da melhor forma que puder contra ele.

Fui para a outra sala, onde me disseram que estava o Roger. A ficha dele estava sobre a mesa e ele estava como o Hugo, sentado e algemado.

- Bárbara...

- Agente. E eu falo aqui. Você está sendo acusado de envolvimento com o cartel, consequentemente com tráfico, também o sequestro das duas jogadoras, porte ilegal de arma, tentativa de homicídio, um provável homicídio culposo... – pelo Tobias. – E uma tentativa de estupro. – Júlia me contou que ele tentou estuprá-la. Só por isso ele deveria ser torturado com fogo.

- Em outras palavras, eu estou fodido. – em outra situação, eu riria. Mas sou uma agente séria. E detestava ele. Ele tentou tocar a minha mulher.

- Pelos meus cálculos, você ficará preso até o final da vida e ainda ficará devendo. – ele assente. – Mas, podemos fazer um acordo. Diminuiremos sua pena caso nos forneça informações. – eu não queria nada desse homem, mas como precisava disso para o meu trabalho seguir em frente e seria mais fácil conseguir dele do que do Hugo, tive que continuar.

Roger já aceitou que se fodeu, ele vai abrir o bico.

- Diminuirão quanto?

- Uma boa quantidade.

- Direi o que puder dizer.

- Não é assim que funciona. Terá que nos dizer tudo. – ele pondera.

- Tudo bem.

- Se eu perceber que está mentindo, fim do acordo. – assente. – Por que sequestraram as jogadoras Luana Sánchez e Júlia Becker?

- Não sei exatamente, não estava no início. Tudo o que eu sei é que isso era algo que o Simas precisava fazer a mando do Hugo, porque o garoto Sánchez havia feito muita merda no passado, com ele. E quem estava arrumando isso era a irmã, que por um acaso é uma jogadora de futebol famosa.

- Onde está Simas?

- Morto. Hugo o matou quando descobriu que ele havia pego a outra garota pra se dar bem, ganhar dinheiro em cima dela. A ordem era apagar quem estivesse com a garota Sánchez. E não se desobedece a ordens superiores. Eu fui chamado pelo Hugo depois que ele se livrou do Simas.

- Com a outra garota, você quer dizer a Júlia Becker. – ele assente. – Que você tentou estuprar. Por quê?

- Eu estou naquele meio há anos, provavelmente devo estar louco. Apenas vi a oportunidade fácil, já que ela estava vulnerável.

- E, de acordo com o depoimento, tentou matá-la quando fugiu.

- Quis desacelerá-la, sabia que se ela fugisse eu estava morto.

- Quem ia matar você?

- Os superiores.

- Quem são?

- Esses realmente são pessoas da alta sociedade e de alto poder aquisitivo, o trabalho sujo é feito por pessoas do Hugo para baixo. Eu estava no mesmo nível dele, porém ele é mais levado a sério por estar infiltrado. Bem, era. Tobias, Simas e Sánchez estavam abaixo.

- O que você fazia lá dentro?

- Cuidava de dois pontos de distribuição da nossa mercadoria. – que nós já sabemos que são drogas. – Que agora acabaram. E treinava iniciantes.

- E o que Hugo fazia lá dentro?

- Ele e Sánchez traziam novos membros até que Sánchez foi pego roubando a gente. Depois disso, e de trazerem o Sánchez de volta, Hugo aceitou ser um infiltrado, porque era inteligente. Levou só algumas semanas pra ele ser mandado pra Porto Alegre e começar a trabalhar. Ele trazia toda a informação necessária e falava muito sobre os agentes que poderiam representar um perigo para o nosso trabalho, como todos os informantes que temos nas subdivisões.

- Então, tem mais infiltrados?

- Espalhados pelo país inteiro. – eu acho que já sabia disso, mas mesmo assim a confirmação me deixou doente.

- Certo, acho que... Já está bom. Assim, você confessa todos os crimes.

- Sim.

- Vai ficar aqui por mais algumas horas, vamos checar se você já está pronto pra ir e te encaminhar para o presídio. – levantei e saí da sala.

Fui até a sala do chefe, onde estava sendo solicitada desde cedo.

- Finalmente, Bárbara.

- Só tive tempo agora, senhor. Perdão.

- Está tudo bem. Falou com o Roger e o William?

- Hugo, é o nome dele, não William. Sim, falei com os dois, mas Hugo está fazendo aquela coisa chata de "preciso de um advogado", dei a ele meia hora pra arranjar um.

- Já provou que ele não é William, e sim Hugo?

- Falei a ele que sim, mas ainda preciso fechar todas as provas. Só um depoimento de Lucas Sánchez dizendo isso já estava mais do que bom, mas infelizmente eu não posso conseguir isso agora.

- Serve a irmã dele? – na verdade, até que sim.

- Serve, por quê? Ela está aqui?

- Está, veio ver a Aline. Achei que soubesse.

- Não vi a Luana.

- As duas devem estar por aí em alguma sala. – imaginei o que estariam fazendo e quase ri porque só me vinham na cabeça coisas erradas de se fazer num ambiente de trabalho. Mas me controlei pra não dar bandeira.

- Vou pedir à Paola pra acompanhar o depoimento dela. – mandei uma mensagem pra Paola e recebi um ok imediatamente.

Ah, a eficiência dos nossos agentes.

- Tendo o depoimento da Luana, você já pode tentar tirar algo do Hugo antes de encaminhá-lo para o presídio pra aguardar o julgamento.

- Sim, certo. Mas por que o senhor me chamou?

- Para parabenizá-la. Pelo sucesso no caso do sequestro. Mais um caso que você fecha.

- Obrigada, mas dessa vez, eu preciso dizer que não ajudei. Estaria morta agora se não fosse a Paola.

- Mas você é o nome do caso, estava no comando, você pensou em tudo, por isso merece os parabéns também. Parabenizei a todos os envolvidos. – assenti, sorri e agradeci como fui ensinada. – E, falando na Paola, fizemos um acordo. Conto com você pra segurá-la aqui, não gostaria de perder uma agente como ela. – ri.

- Claro, farei o possível pra segurar a Paola aqui.

- Obrigado por fazer com que ela viesse, pra começar. O seu departamento estava precisando de uma agente como ela.

- Concordo. Mas acho que continuamos precisando, já que tivemos uma perda. – ele assentiu. – Por falar nisso, quando conversei com o Roger, ele confirmou minha suspeita de que há outros informantes espalhados pelas unidades em todo o país. Eu sugiro combater isso imediatamente. Tem algum plano?

- Olha, Bárbara, vou ser sincero. Isso exige investigações longas e profundas de agente por agente, uma revisão no sistema. Nós aqui temos recursos, mas não temos tempo pra isso. Há outras unidades na mesma situação que a nossa, e há ainda outras que não têm recursos. Podemos propor uma reformulação nas de maior influência, mas isso exigiria que você tomasse a frente. – merda.

- O que provavelmente ia expor minha operação, atraindo uma atenção desnecessária pra mim, que facilitaria no caso de alguém lá estar me caçando. Como estão me caçando.

É o tipo de coisa que essa gente sem noção faz, mas eu não tinha receio de que estivessem seguindo todos os meus passos. Acho que as chances de dar um fim nisso, ou seja, achar mais gente com peito pra isso e sem medo do que pode vir a acontecer, eram muito remotas.

O que eu quero dizer é que é praticamente impossível dar um fim nisso por causa do poder desses caras. É triste que eles sejam temidos até por nós, agentes.

- Não sei se estão, mas há boas chances, porque você pegou esses dois. Um deles é fonte de informação, então você bagunçou um pouco o esquema de lá. Recomendo cuidado onde estiver, e congelar sua operação. Pode reabri-la daqui a um tempo, depois de colocar esses dois na cadeia.

- É uma boa ideia, mas já estão atrás de mim há tempos, Hugo disse a mim quando achava que ia me matar, o que, ainda bem, não aconteceu. Arquivar minha operação não iria surtir efeito para a minha segurança. Talvez para a dos envolvidos, então pra fazer isso eu precisaria de um consenso. – mas eu acabaria arquivando-a no final. Não sou nenhuma super-heroína e logo ficaria muito difícil e eu necessitaria de muita ajuda pra seguir em frente.

Ajuda que não viria.

- Admiro sua coragem e tenho que dizer que seu trabalho é mais do que satisfatório. E você é uma agente essencial aqui, apesar do pouco tempo. – isso era ele grato pelo reconhecimento que receberia e quase implorando pra que eu ficasse aqui mesmo com o arquivamento da minha operação.

- Muito obrigada.

- Agora, vamos falar de finanças. – me segurei pra não revirar os olhos. Claro que não poderia fazer isso na cara dele, essa é a hora que meu dinheiro aumenta.

Pov Júlia

- Então a Bárbara salvou você?

- Ela armou uma operação e salvou a gente, eu e a Lu. Mas ela também foi salva, aquele homem ia matá-la. Não gosto nem de pensar nisso. – lá estava eu naquele hospital ainda, agora com Marismin ao meu lado. E minha mãe do outro lado. Ela tinha ficado no mesmo lugar desde ontem à noite. Queria saber como.

- Se eu já amava a Babi, agora amo mais ainda. – diz a Yasmin, limpando algumas lágrimas. Não sei por que ela estava chorando.

Grávidas.

- Ela é minha. – falei, rindo. – Ainda não aprova eu ter deixado a Luana, mãe?

- Deixe de idiotice, eu sempre adorei a Bárbara. – mas reclamou quando soube que eu tinha terminado com a Lu e estava com a Babi. – Adorei a Luana também, assim como a família toda gostava dela. – verdade. – Bárbara não teve a chance de conhecer a família toda.

- Não, mas eu já tive a chance de contar pra ela sobre uma boa parte desses parentes que a gente só vê no Natal, e olhe lá.

- Eu já sei que você ama a Bárbara, Júlia II. Vocês se amam, não precisa ficar tentando me fazer engolir o que vocês têm. Já disse que gosto dela, ela foi a melhor namorada da sua adolescência. – sim, a melhor da minha vida inteira.

- Acho que papai iria gostar mais da Babi do que da Luana.

- Porque você gosta mais dela. Ele notaria isso de primeira. – lembra que eu falei que nunca teria deixado a Bárbara se alguém me sacudisse pelos ombros e dissesse que eu não deveria fazer isso? Meu pai seria essa pessoa. – Mas por que disse isso agora?

- Não sei, senti que deveria. – depois disso, um silêncio se fez e a minha mãe ficou emotiva. E resolveu sair, deixando-me com Marismin. – Eu me sinto com energia acumulada. Isso é tão estranho, considerando que tô presa a essa cama.

- Tô com fome de gelatina de limão.

- Gelatina de limão é horrível, Yasmin.

- Me erra, Marina, eu quero. Será que tem gelatina aqui?

- Tem. Comi hoje. – falei. – Só que de morango.

- Acho que talvez alguém dê pra mim. E tomara que tenha de limão, porque eu só quero de limão. Desculpa Ju, mas é um desejo do meu filho. – que é uma menina. Melhor ela parar de chamar de filho antes que venha mais uma sapatão.

Brincadeira.

- Relaxa.

- Eu preciso ir com você, pequena?

- Não, fica aí com a Ju. Viemos visitá-la, já é ruim eu querer sair.

- Tá bom. Vê se toma cuidado e não faz escândalo se não tiver.

- Claro que não, que tipo de exemplo eu vou dar pro meu bebê se fizer escândalo por qualquer coisa? – ri. Agora, rir incomodava, nos pontos da cirurgia. O monte de analgésicos e sei lá o que mais já estavam fora do meu organismo. 

- Yasmin é uma figura. – diz a Mari.

- Espera as mudanças de humor. Agora ela só tem fome, Marina. Espera que você vai ver. – acho que ela sentiu-se intimidada.

- Tem horas que eu não aguento ela reclamando dos enjoos. Um saco. E ela não gosta que eu esteja lá quando tá vomitando, não.

- Você gosta, é?

- Claro que não, assim, é nojento, mas a reclamação é porque ela briga comigo por causa disso. Eu a vi vomitar no dia que conheci ela. Ela foi parar lá em casa por causa disso, eu beijei ela depois disso só com um halls preto por cima e eu virei namorada dela mesmo assim. Noiva. E mesmo depois de tudo isso, ela acha que é ruim vomitar quando eu estou por perto.

- Você já disse tudo isso que acabou de dizer, pra ela?

- Ela sabe disso, ela estava lá, Júlia. São as nossas memórias, é o nosso início e só estamos aqui por causa daquilo.

- Mas... Já faz bastante tempo. Ela lembra, claro, mas você deveria dizer isso pra ela mesmo assim. Às vezes tudo o que a gente precisa fazer é dizer algo óbvio pra entender tudo o que acontece. Talvez quando você disser isso pra ela, você entenda o lado dela. Eu mesma ia detestar ficar enjoando e vomitando na frente da minha mulher, pra que ela guardasse a cena na mente. Iria preferir me trancar no banheiro e deixar que ela lembrasse de mim naquela lingerie antes daquele sexo que dura a noite toda.

- Hm. Você tem razão. Tá parecendo a Bárbara falando. – ela me dá um tapinha no braço, rindo. Sorrio. – Exceto essa última parte.

- Isso é um elogio, obrigada. É uma parte da Bárbara que vive comigo. Às vezes ela fala essas coisas inteligentes e ao mesmo tempo simples.

- Vocês duas são preciosas. Amo vocês.

- Também te amo.

- Fiquei muito preocupada com você. Graças a Deus que ficou tudo bem, você se machucou bastante, mas tudo bem.

- O que eu gosto de pensar é: eu caí no asfalto, tomei um tiro de raspão, um murro no estômago me fez sangrar até precisar de cirurgia, passei por um trauma muito forte, mas... Pelo menos não distendi nenhum músculo nem desloquei nada.

- Porra, Júlia. Sério que você falou isso?

- Sim, porque tem pouca coisa pior do que distender músculo e deslocar articulações. Deslocar o ombro, o joelho, distender a posterior da coxa... Não gosto nem de pensar. A Luana tá aí, com um braço duro por causa do ombro deslocado. Somos atletas, Marina. Ela vai precisar dar muita atenção a esse ombro por um bom tempo.

- É, eu meio que concordo com você. Lembro quando eu perdi uma parte do campeonato porque machuquei o tornozelo.

- Eu lembro que você chutou uma bola depois de se machucar. E muito forte.

- É, fiz o gol e quase pedi pra sair carregada, de tanto que aquele pé doía. Eu devia estar doida. Você ainda me avisou pra não chutar.

- Porque eu ainda tento colocar juízo na sua cabeça.

- Que?

- Isso soou como qualquer melhor amiga, menos eu. – Marina gargalhou.

- Verdade. – um pequeno silêncio se faz. – Júlia, a pergunta que não quer calar é: como você vai ficar com a Babi morando lá na casa do caralho?

- No meu loft em Madri, você quis dizer. – pisquei pra ela, que revirou os olhos. – Faz isso porque nunca pisou lá. Vou te levar lá em casa um dia desses. Nas festas de final de ano, pode ser?

- Claro, a Yasmin vai adorar viajar pra Madri.

- Vamos fazer uma festa lá em casa no ano novo. Chama a Laura, a Tay, o Luís, todo mundo.

- Todo mundo, em Madri.

- É, por que não? Talvez nem todo mundo possa ir, mas seria bem legal, né não? – Mari concorda, finalmente.

- Mas você não respondeu minha pergunta. Quero saber.

- Não respondi porque não sei a resposta. A gente vai se ajeitar, e vai dar certo. Eu acredito.

- Esse casamento sim vai demorar.

- Você que pensa, quase que eu perguntei ontem. Perguntei indiretamente, porque quero fazer um pedido muito foda. – e eu meio que já sabia o que queria fazer. Só que ia precisar de grande ajuda, digamos.

- Vou ficar feliz se puder ajudar.

- Você ia ter que ajudar nem que não ficasse feliz com isso, eu ajudei você a pedir a Yasmin em namoro. Ajudei muito, inclusive.

- Foi mesmo. Um dos dias mais felizes da minha vida, aquele. – sorri pra o sorriso bobo e nostálgico dela. – O que quer fazer pra Babi?

- Não sei exatamente, mas tenho uma ideia. Vai ser lá em Madri.

- Na festa?

- Não, provavelmente depois. Tem que ser perfeito. E eu ainda nem assumi a Babi. Ela acha que eu tô pensando um pouco longe demais, quer dar um passo de cada vez.

- Ela está certa.

- É, e eu ainda tenho os fãs. – que iam me encher muito se eu namorasse a Babi e noivasse um mês depois. Mas se ela quisesse noivar um mês depois, um dia depois, eu ia, sem me importar nem um pouco. Só que isso não tem nada a ver com a Babi adulta e segura de si.

Ou segura de mim, porque ela tem certeza de que não vai me perder. Claro que não vai, ela é a pessoa que eu correria atrás.

- Não querem ter um filho antes dessa formalidade toda?

- Até parece, não somos loucas.

- Ah, meu filho vai precisar de um melhor amigo ou amiga.

- Já falei que a Yasmin tá carregando uma menina. Pode usar o feminino pras palavras. – francamente, era capaz de ser um menino só porque o óvulo é da Marina e ela adora me contrariar.

- Tá, a minha filha precisa de um melhor amigo ou amiga. E eu preciso ser madrinha também.

- Um filho não é uma coisa e não dá pra fazer acidentalmente, no nosso caso. Tenha calma.

- Mais uma vez, parece a Bárbara falando. – ¯\_(ツ)_/¯ 


Notas Finais


té mais


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