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História Mine (fanfic em correção) - O Hispo


Escrita por: explicitylan

Notas do Autor


Oieee 💕
Espero que gostem :)

Capítulo 46 - O Hispo


Fanfic / Fanfiction Mine (fanfic em correção) - O Hispo

P.O.V Angel

Cont.

—Deve ser o Dylan. Klaus o chamou.—Comento assim que Bekah fez menção de ir atender e me ponho de pé, criando coragem enquanto me aproximava da porta de entrada da mansão.

Respirei fundo antes de abri-la, não sabendo se estava mesmo preparada para encontrar meu amigo depois de tudo oque aconteceu, só que não era Dylan que estava do outro lado a minha espera e sim um homem a qual eu nunca havia visto em toda minha vida. Ele era alto, de corpo esguio e rosto fino, seus cabelos eram tão claros que quase se assemelhavam ao branco, mas seu olhar enigmático e até mesmo surpreso cravado em mim, fez-me estremecer, recuando um passo para trás, enquanto um único nome, subitamente, apareceu em minha mente:

—Lourenzo?

—Depois de tanto tempo, finalmente a encontrei...—Sua voz finalmente se fez presente e a reconheço de imediato sendo aquela que ouvi próximo a floresta, no momento em que a trilha de cravos-amarelos surgiu a minha frente. Era ele, não há mais dúvidas.

—Quem é, amor?—Me surpreendo com a presença de Klaus ao meu lado e o fito com certo receio, não sabendo oque dizer, já que nem eu mesma sabia quem era este homem, apesar de aparentemente ter proferido seu nome.

—Pois bem, já que não fará as honras de me apresentar ao seu amigo, Angelina, eu mesmo faço isso. Sou Lourenzo de Tirreno, Rei da Escócia e...—Seus olhos mais um vez caem sobre mim, antes que ele prosseguisse com as palavras carregadas de superioridade e soberba:—Futuramente da França também.

—Desculpe, como disse?—O híbrido questiona com uma expressão falsa de confusão, soltando uma fraca risada e faz menção de dar um passo a frente, mas o impedi, segurando seu braço com pressa e finalmente me manifesto:

—Bom, é Lourenzo, não é? Respondendo oque acabara de dizer, eu não posso apresentar alguém que no máximo me recordo o nome. Por outro lado, voçê parece me conhecer muito bem...

—Tenho conhecimento de que suas memórias lhe foram tiradas, majestade, mas de acordo com oque vivemos, achei que se lembraria de mim, já que até meu nome voçê disse.—O homem admite com um meio sorriso que simplesmente não me agradou, mas apenas mantive minha postura, pendendo o rosto um pouco para o lado, prestando atenção em seu jeito.

—Porque não entra para terminarmos essa conversa?—Ofereço devolvendo o sorriso provocador, vendo-o arquear uma sobrancelha, por fim aceitando:

—Acho uma ótima ideia.

—Amor, diga-me que estou enlouquecendo, por isso estou vendo voçê permitir que essa criatura adentre em nossa casa...—Argumentou Niklaus assim que o tal Lourenzo passou por nós e fecho a porta, respirando fundo.

—Quem é esse?—A voz de Rebekah fez eu e o híbrido nos aproximarmos, notando a confusão nítida no rosto de cada um, sendo que Hayley se punha em frente a Hope, em alerta a qualquer movimento do desconhecido.

—Como havia dito, sou...

—Ele é aquela criatura horrenda que ficou nos vigiando durante todo esse tempo. Quanto ao resto, nunca ouvi falar dele.—Ironia exalou pelo breve esclarecimento de Nik, fazendo com que o homem cruza-se os braços na altura do peito, com uma expressão de indignação e se vira para mim:

—Angelina, minha querida, creio que esteja absorta em dúvidas e posso esclarecê-las rapidamente. Porém, não há como obtermos uma conversa decente com todas estas interrupções.

—Certo, então me acompanhe até o ateliê. Lá terá todo o tempo do mundo para esclarecer minhas dúvidas.—Proponho procurando ser o mais complacente possível, já que minha vontade era de empurrar esse cretino contra a parede e lhe arrancar respostas da maneira difícil, assim por dizer, mas eu precisava me conter.—Klaus, sinta-se a vontade para nos acompanhar.

Dito isso, rumo em direção ao corredor, sendo acompanhada pelos dois homens e lanço um rápido olhar a Bekah, que se mantinha mais tranquila, satisfeita por saber que eu não ficaria sozinha perto desse "desconhecido".

—Quem é voçê, Lourenzo?—Questiono sem rodeios, observando-o distraído com algumas das obras de arte de Niklaus espalhadas por todo o ateliê.

—Já lhe disse quem sou, querida.—Ele responde como se fosse óbvio e o híbrido balança a cabeça em discordância, informando que a resposta estava incorreta.

—Me refiro a quem voçê seja... De fato. Sem levar em conta seu título da nobreza.

—Oh, claro!—Lourenzo exclama estalando os dedos e sorri orgulhoso.—Eu sou um Hispo. Uma espécie de lobo monstro, sendo 75% lobo e 25% humano, mas não me subestimem, sou o único de minha linhagem e isso não é atoa.

—Vejam só, os Hispos ainda não foram extintos... Voçê tem sorte.—O Mikaelson comenta em um tom divertido, por outro lado, eu apenas me mantive calada, assim que o homem de cabelos platinados ressaltou:

—Mas isto não é tudo...

—E oque é que está faltando?

—Eu também sou seu noivo, Angel.

—Oque!?—Minha voz escapou esganiçada dentre meus lábios, banhada em incredulidade diante oque eu acabara de ouvir. Isso não fazia o menor sentido, porém as peças começaram a se encaixar, amenizando minha confusão.—Os Duques... Foram eles, não foram?

—Exatamente. Voçê consegue se lembrar?—Seu olhar se ascendeu sobre mim, com um brilho diferente, possivelmente contente, mas somente então me dei conta de que não estávamos sozinhos neste cômodo.

—Voçê tem um noivo, Angelina!?—A pergunta foi cuspida com repulsa por Nik e engulo em seco, não sabendo oque lhe dizer diante essa revelação.—Vamos, diga alguma coisa!

—Eu recordo-me apenas de alguém ter chegado ao castelo por causa dos Duques, mas é impossível que seja voçê, Lourenzo... Eu não tenho um noivo!—Me defendo com afobação, me recusando a acreditar que isso pudesse de fato estar acontecendo e vejo o híbrido se afastar, indo para o outro lado do ateliê e bufando em descontentamento.

—Os Duques conseguiram um tratado com os governantes do trono Escocês. A união da Princesa da França e do Príncipe da Escócia resultaria em muitos benefícios para ambos os reinos no futuro e meus pais imediatamente acataram esta decisão, achando ser o melhor.—Explica o homem parando á minha frente e passo a mão em meus cabelos, não escondendo o nervosismo que me atingia.—Mas infelizmente as coisas não saíram como planejamos... Pandora a levou de mim dois meses antes de nosso casamento.

—Então o casamento foi consentido... Ambos foram de acordo e levaram isso a diante?—Klaus conseguiu capturar nossa atenção após essa indagação e fecho meus olhos por meros segundos, sabendo muito bem quais eram suas intenções.

—O casamento foi consentido tanto por mim, quanto por Angelina. As regras eram muito severas aquela época, mas eu nunca iria força-lá a algo que não quisesse.

—E porque veio atrás de mim somente agora?—Mudo o foco da conversa, não permitindo que Niklaus continuasse se martirizando com a resposta que obtivera.

—Somente agora? Estou a sua procura desde que foi levada por Pandora, mas voçê desapareceu... Nenhum rastro foi encontrado durante todos esses incontáveis anos, até o presente momento. Foram dias vagando por aquela floresta, apenas ao seu aguardo. Qualquer movimentação me fazia crer que era voçê que havia retornado de viagem e eu não poderia esperar mais para vê-la...

—Sua abordagem de aproximação foi péssima. Achamos que pudesse ser um...

—Inimigo.—A palavra me foi roubada, enquanto uma linha reta se formava em seus lábios.—Isso está longe de acontecer. Sou incapaz de lhe causar algum mal.

—Isso é oque veremos.—Rebate o híbrido ao dar a volta na mesa a qual ele estivera recostado por alguns minutos e usa sua velocidade para se por ao meu lado novamente. O lugar á qual ele nunca deveria ter saído.—Mas oque vem agora? Irá remarcar o casamento com Angelina para quando? Semana que vem?

—Isso não irá acontecer.—Afirmo em um sopro.—Não há mais casamento. Nós não vivemos mais em 1711, portanto, se este for o motivo de sua volta, voçê perdeu seu tempo, Lourenzo.

—Mas voçê precisa reassumir seu trono por direito, independente se for me ter ao seu lado como Rei...

—Um trono não é nada hoje em dia! Céus, vivemos no século XXI, o Reinado Lamartine não existe mais!

—É aí que voçê se engana. Os tempos podem ter mudado, a monarquia deu lugar a república democrática, mas muitos dos Duques do Reinado de Stella continuam vivos até hoje e com grande poder sobre a França. E este poder é seu, Angelina. O castelo ainda existe, passou por algumas restaurações ao longo dos anos, até mesmo um museu queriam que ele se tornasse, mas o seu povo impediu que isso acontecesse. Eles vivem no que um dia foi o vilarejo, aos arredores do castelo, e clamam por sua volta.—Informa Lourenzo com um meio sorriso iluminando suas feições e isso me pegou de surpresa, principalmente suas palavras finais.

—Okay... Acho que preciso de um tempo para absorver todas as informações.—Anuncio quebrando o silêncio que se instalou entre nós três e o Hispo afirma em concordância, sem tirar o sorriso do rosto.

—Contanto que esse tempo não dure mais alguns séculos, estará tudo bem.

—Não durará. Fique tranquilo quanto a isso.—Solto uma fraca risada.—Como podemos manter contato?

—Estou com uma reserva no Crowne Plaza.

—Entendido. Então, acho que...

—Até breve, majestade.—Sou surpreendida assim que ele pegou em minha mão, depositando um suave beijo no dorso.

—Faço questão de escoltar o Rei da Escócia até a saída.—Niklaus abriu caminho entre mim e Lourenzo, praticamente arrastando o homem para fora do ateliê sem a menor delicadeza.

Suspiro profundamente assim que eu era a única a habitar o cômodo e caminho até a mesa á qual o híbrido deixava suas tintas e pincéis, e empurro alguns desses objetos para o lado, arrumando um lugar para me sentar, mesmo que o sofá fosse o local mais adequado.

Isso tudo chegava a ser surraal... Um noivo? Eu realmente queria me lembrar disso. Do modo que Lourenzo contou, eu estive de acordo com o casamento. Eu aceitei ele como meu marido... Como é possível? Como pude me apaixonar por outro pessoa que não fosse Niklaus? Mas de qualquer maneira isso é oque menos me cativou a atenção, já que é insignificante. Por outro lado, o fato do homem ter dito que meu povo clama por mim... Confesso que isso, sim, atraiu minha atenção de forma positiva. Eu poderia assumir meu lugar por direito e dar continuidade a todo trabalho árduo de minha mãe. Os Lamartine's deixariam de existir apenas em livros e reassumiriam a base como a linhagem mais poderosa de toda a França. Pandora, não significaria mais nada. Tudo que ela fez seria voltado contra ela mesma. Ela tanto quis me tirar do poder, mas acabarei voltando a me sentar no trono de Stella Lamartine, como futura e legítima Rainha da França. É perfeito...

Abandono meus devaneios graças ao barulho da porta batendo e observo o loiro caminhar a passos duros pelo ateliê, pegando uma larga tela em mãos e a levando ao cavalete, tudo isso sem se quer me dirigir o olhar.

P.O.V Klaus

—Amor?—Ouço a voz doce de Angelina me chamar, mas ainda assim permaneci de costas a ela, apenas relaxando meus ombros.—Vem aqui...—Demorou alguns segundos, mas em um piscar de olhos eu já me encontrava entre suas pernas, com meus olhos fixos nos seus, analisando suas feições com extrema atenção.—Está bravo comigo?

—Claro que não.—Respondo depressa, circundando sua cintura com meus braços, trazendo-a para mais perto e afundo meu rosto na curva de seu pescoço, inalando o cheiro adocicado de seu perfume, mas logo um grunhido irritado escapou dentre minha garganta e me afasto, lembrando-me do homem que estivera aqui a minutos atrás e dissera da forma mais normal possível, que era o noivo de minha Angel—Lourenzo não é confiável.

—É muito cedo para tirarmos qualquer conclusão e...

—Já tenho minha própria conclusão.—Afirmo, interrompendo sua contestação, que para mim seria completamente inútil.—Ele aparece do nada, como nos contos de fada e diz ser seu noivo? Quem nos garante que isso não é apenas mais um truque de Pandora e Mikael para nos atrapalhar?

—Faz sentido, se não fosse o fato de eu sentir que o conheço de algum lugar. Voçê sabe Nik, desde que isso começou eu me mantive assustada com essa criatura misteriosa, algo familiar... É estranho e eu dificilmente estou errada em meus palpites.

—Amor, voçê já caiu por depositar confiança demais em quem não devia. Não cometa o mesmo erro.

—Mas agora é diferente!—Angelina rebate um pouco irritada, sem dúvidas por eu ter tocado em sua ferida, mas eu preciso abrir seus olhos.—Meus instintos dizem que ele não é confiável também... Mas ao mesmo tempo meus olhos não conseguem associa-lo a algo ruim. Lourenzo não é uma ameaça.

—Não posso dizer o mesmo quanto ao nosso relacionamento. Ele quer se casar com voçê, caso não tenha percebido.—Lembro-a, dando ênfase em minhas últimas palavras.

—Mas eu não irei me casar com ele! Isso está fora de cogitação... Para ser sincera não sei como um dia pude aceitar essa ideia maluca de casamento arranjado.—A híbrida sussurra o final com nojo e engulo em seco, por mais que eu quisesse ignorar isso, eu não conseguia. 

Saber que em minha ausência na França, Angelina já estava de casamento marcado com outro, me pegou de surpresa. Lourenzo deixou muito claro que ambos estiveram de acordo e isso significa que a loira aceitou. Ninguém aceita se casar com alguém atoa, existia algo... Quem sabe até mesmo amor.

—Eu posso imaginar oque está se passando nessa sua cabeça desmiolada e isso não me agrada.—Ela me repreende, tirando-me de minha linha de pensamentos e suspiro, sentindo suas mãos se encaminharem até as minhas, entrelaçando nossos dedos.—Mas se lhe agrada saber, Lourenzo não significa nada para mim e nem irá significar. É com voçê que eu estou e acho que o mundo literalmente conspira a nosso favor, mesmo depois de tudo...—Sua risada ecoa pelo ambiente e a acompanho. Isso realmente é verdade, pois mesmo depois de tantos desentendimentos, aqui estamos nós, juntos outra vez.—E não importa o quão difícil as coisas fiquem... Sabe que daremos um jeito. Sempre demos, não é mesmo?

—Sim, daremos um jeito. Como sempre demos.—Afirmo ganhando um aceno de cabeça vindo dela e logo inclino meu rosto em sua direção, a procura de seus lábios.

P.O.V Angel

—Atrapalho?—Dylan anuncia ao adentrar em meu quarto e apenas faço um sinal negativo com a cabeça, permitindo que ele se aproximasse.—Voçê não me parece muito bem... Para ser sincero, todos lá em baixo também estão com umas caras péssimas.

—É porque Niklaus já deve ter lhes contado oque aconteceu.—Murmuro mais para mim do que para ele, mas isso não o impediu de ouvir e com receio ele se sentou aos pés da cama, mantendo-se quieto.

Pude perceber suas mãos se moveram com pressa sob seus jeans, enquanto ele tentava secar o suor e seu coração desregulado atraía minha atenção, comprovando o quão nervoso ele estava. Eu por outro lado tentava ao máximo me manter firme diante sua presença, não sabendo se era uma boa ideia me mostrar vulnerável. 

—Eu sei que voçê pediu pra ele me compelir...—O garoto confessa com o olhar perdido em qualquer canto desse cômodo e abraço meus joelhos, sentindo-me péssima por ter feito isso, mas era necessário.

—Só queria mantê-lo a salvo, longe dela...

—Sei disso.—Ele afirma com um fraco sorriso, trazendo seu olhar de volta a mim e pude notar as lágrimas ali, fazendo suas orbes escuras como a noite brilharem, translúcidas em tristeza.—Eu fui um idiota, Angel. E-eu tenho o mesmo pesadelo repetidas vezes e tenho certeza que agora não é um sonho induzido por Pandora. Sou eu, apenas eu e minha culpa me remoendo. Em todo momento quis fazer o melhor para voçê, mas como Niklaus mesmo disse ontem, isso poderia ter custado sua vida e desta vez para sempre. Eu arrisquei muito, sabendo de tão pouco... Me desculpa, pequena, por favor. Não quero que nossa amizade acabe desta maneira, por um erro estúpido meu... Voçê é tão importante para mim.—Comprimo meus lábios em uma linha reta, ficando sem palavras diante oque ele acabara de me dizer e sua mão se encaminha para o meu rosto, só que na metade do caminho ele para, se retraindo e respirando fundo.

—Faça isso.—Minha voz saiu embargada e Dylan me olha com o cenho franzido, mas um rastro de esperança lhe corria o rosto e mais uma vez balanço a cabeça, desta vez positivamente e não demorou para que sua mão grande tocasse minha bochecha, acariciando minha pele com extremo carinho.—Oh, seu idiota!—Exclamo e sem mais delongas me atiro em seus braços, pouco me importando em derruba-lo de costas sobre a cama.—Eu deveria bater em voçê Dylan Walker! Voçê é um idiota, idiota, idiota...—Repito inúmeras vezes, apertando-o ainda mais contra mim.—Se soubesse o medo que senti ao pensar que nossa amizade pudesse ter sido destruída...

—Não diga uma coisa dessas, nesse curto tempo em que estivemos afastados eu já estava sentindo falta de suas manias irritantes ao meu redor. 

—Também senti sua falta.—Me afasto um pouco, permitindo que ele voltasse a se sentar e céus, eu não conseguia conter o sorriso.—Klaus, quem me aconselhou a ter essa conversa com voçê...

—Sério?

—Aham.

—O híbrido de quatro dentes conseguiu me surpreender.—Meu amigo comenta realmente surpreso e solto uma fraca risada, enquanto recostava minha cabeça em seu ombro e logo ele começou a me fazer cafuné.—Prometo ficar sempre do seu lado, pequena. Me desculpe por ter errado tanto.

...

—Então aquele monstro horroroso que cercava a casa da Hayley é na verdade o seu noivo que retornou da França? Meu Deus! Será que o mundo sobrenatural não pode ser menos confuso? Isso está virando uma novela mexicana.—Dou risada diante seu comentário e tombo minhas costas para trás, observando Dylan com Lola em seu colo e a julgar pelos olhos fechados de minha bolinha de pelos, ela está adorando.—Como está se sentindo depois disso tudo? Não me esconda nada, mocinha.—A seriedade e preocupação exalaram por cada sílaba proferida e respiro fundo, fazendo uma careta.

—Pra ser sincera eu não sei muito bem como estou me sentindo... É confuso.—Confesso enquanto desenhava círculos imaginários na colcha branca abaixo de mim.—Eu tenho um noivo e se quer me lembro dele. Não sei como isso foi acontecer e aonde eu estava com a cabeça para aceitar isso. Casamento arranjado é tão... egoísta.

—Já naquela época era a coisa mais normal no mundo. E isso ainda existe hoje em dia, infelizmente.

—Como pode?

—É desrespeitoso. Forçar alguém a algo nunca é uma solução. Pena que nem todo mundo acha isso, Angel. 

—Sim, mas acho que meu casamento não foi forçado. Eu quis isso.—Sinto um nó se formar em minha garganta e me levanto, caminhando pelo quarto.

—Isso me parece bom, ninguém a obrigou a nada.—Ressalta o garoto tentando ver o lado positivo, mas levo minha mão ao peito, tocando sob a Estrela de Dez Pontas por cima da roupa, sentindo uma leve pontada.

—Já para mim não parece bom. Fora que Niklaus...—Contenho minha fala no momento em que percebi que estava entrando em um assunto restrito e ouço Dylan se remexer sobre o colchão, virando-se para mim com um olhar confuso, indagando:

—Oque tem Niklaus?

—Bom, há algo que ainda não lhe contei...—Comento em um tom baixo, mas com a incerteza falando mais alto e mordo meu lábio inferior.

—E oque é? Sabe que pode me contar tudo. Se ele lhe fez algo...

—Nós voltamos.—Informo e junto à isso era como se um peso enorme saísse de minhas costas, porém, não pareceu agradar a quem ouviu.

—Quando isso aconteceu?—Meu amigo pergunta com uma expressão desacreditada e põe Lola sobre o colchão, levantando-se logo em seguida e parando a minha frente, atento.

—Foi ontem a noite. Klaus, conversou comigo, se disse arrependido de ter terminado a sessenta anos atrás e que agora queria tentar concertar as coisas. Ele foi tão sincero, Dylan...

—Isso só pode ser brincadeira!—Ele exclama com um pouco de raiva e me da as costas, rumando a passos pesados até a janela e ali se mantendo, mas essa posição não durou nem um segundo, pois no outro ele se virava bruscamente para mim.—Mesmo depois de tudo voçê ainda voltou pra ele!? Francamente, Angelina!

—Dylan, eu o amo!—Admito algo que ele parecia não entender ainda e engulo em seco, prosseguindo:—E não será voçê que me fará mudar de ideia.

—Certo, é aí que vemos um belo exemplo de trouxa.

—Não haja dessa maneira, por favor.—Peço em súplica.—Sua aprovação é importante para mim. Voçê é como um irmão... Sempre esteve ao meu lado e sempre reclamou que eu precisava ser feliz. Então, agora que posso ser feliz voçê me diz ser loucura? Deixe-me tentar.

Complacência irradiou por suas feições mais relaxadas, enquanto ele passava as mãos pelo rosto, como se não acreditasse no que estava prestes a fazer, mas mesmo assim ele o fez, fixando seu olhar em mim:

—Tudo bem...—Um gritinho animado escapou de minha garganta nesse momento e lhe abraço, dando leves pulinhos.—Espere, voçê não me deixou terminar.

—Okay, desculpa.—Dou um passo para trás, vendo-o soltar o ar preso nos pulmões.

—Bom, como eu ia dizendo, eu aprovo sua volta com esse cara, apesar de eu achar ele um lunático! Mas se isso a fizer feliz, terá sempre meu apoio, pequena. Porém, caso ele lhe machuque novamente, eu juro que espero voçê dormir, roubo seu sangue, morro com ele em meu sistema, viro um vampiro e vou atrás desse cretino acabar com a raça dele. Estamos entendidos?

—Estamos.—Concordo entre risos, achando graça de seu termo para que eu pudesse voltar com Klaus.—E não se preocupe, se algo do tipo acontecer, eu mesma farei questão de lhe dar meu sangue.


Notas Finais


E então, mereço alguns comentários? Sério eu tô amando vcs comentando sempre 💞💞💞 me digam oque acharam. Gostaram do noivo da Angel?


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