— Oi Mel. – Fernanda diz, assim que eu passo pela porta. Ela estava sentada em sua cadeira, atrás de uma mesa enorme e cheia de papeis e um computador que pelo que eu vi era da Apple. A Nanda me mostra a cadeira na frente de sua mesa e eu me sento. Ela estava linda e eu morrendo de saudade.
— Essa empresa é a sua? – Pergunto, tirando meus olhos dela e reparando na sala.
— Sim, é a empresa Castiel. Surpresa? – Ela sorri para mim.
— Sim, a Natália não disse o nome da empresa e quando cheguei só entrei. – Digo.
— Hum, já está assim, chamando minha secretária pelo nome? – Diz, fazendo uma cara séria.
— Desculpa. – Eu falo, sem jeito.
— É brincadeira. – Fernanda diz, pegando o telefone e discando um número. — Natália, pode me trazer o contrato por favor? Obrigada.
— Contrato? Você não vai me entrevistar primeiro? – Pergunto, eu deduzi que o contrato fosse para mim.
— Na verdade eu deveria mas eu confio em você e sei que está procurando um estágio então já é seu. – Natália bate na porta e entra entregando alguns papeis para a Nanda, quando se vira para sair dá uma piscadinha para mim.
— Obrigada. – Eu digo à Nanda, depois que a Natália sai.
— Seu cargo será Assistente Administrativo, seu salário vai ser de R$ 750,00 juntamente com passagem e seu horário é de 13h às 19h. Você vai ajudar a Natália com o trabalho. Alguma dúvida? – Eu nego com a cabeça. Se tratando de trabalho a Nanda era bem séria. Leio o contrato, tudo certinho e assino. — Você começa na quinta feira.
— Tudo bem. – Falo sorrindo. Nem acreditava na sorte que eu estava hoje, estava doida para ver a Nanda e olha só, agora trabalho na mesma empresa que ela.
— É só isso Mel, te espero na quinta. – Fernanda levanta, me acompanhando até a porta, meu contrato em suas mãos. — Natália, pode encaminhar esse contrato para o RH por favor? – Nanda entrega meu contrato para a sua secretária se despede de mim e entra novamente em sua sala.
— Seja bem vinda. – Natália diz, sorrindo para mim. — Começa quando?
— Na quinta. – Eu digo retribuindo o sorriso.
— Então até quinta. – Ela pisca para mim e me despeço dela indo embora.
Voltei para casa e conversei com Carla e Diego no whatsapp o restante da tarde toda. A noite contei para a mamãe sobre a novidade, que agora eu tinha um estágio e que era na empresa da Fernanda. Ela ficou radiante. Eu estava contando as horas para chegar quinta.
Quarta feira passou arrastando. A noite quando eu me preparava para dormir, escuto barulhos na minha janela. Vou até lá e abro, vendo Carla lá embaixo, com a mochila dela na mão. O que ela está fazendo aqui? Desço em silêncio e abro a porta para ela, mal abro a porta e ela se joga em mim me beijando.
— O que... você está fazendo... aqui? – Tento perguntar, em meio ao beijo.
— Quero dormir com você hoje. – Ela diz, ainda me beijando.
— Carla... – Ela me cala com um beijo e simplesmente enfia a mão dentro do meu short e da minha calcinha passando a me masturbar lentamente me fazendo suspirar. Ela só pode ser louca, se alguém descer e ver aquela cena, ela com a mão dentro do meu short, imagina a confusão que não vai ser? Mas infelizmente não consigo pará-la até porque já estou completamente excitada. Retiro sua mão que me acariciava e fecho a porta levando-a para o meu quarto, trancando-a em seguida.
Agora que ela tinha me atiçado, que aguentasse. Hoje tenho pressa, ao contrário dela. Passo a tirar sua roupa com uma urgência gritante, quero ser a primeira hoje. Deito-a em minha cama e a admiro, depois de retirar toda a sua roupa, me concentro em seus seios, chupando-os. Carla passa a gemer baixinho. Faço o caminho em seu corpo descendo até seu sexo e provocando-a ao extremo. Seus gemidos aumentam gradativamente.
— Geme baixo. – Digo, piscando para ela. Carla passa a segurar meus cabelos com força com uma das mãos e com a outra acaricia seus seios, me olhando de uma forma safada. Tento prolongar o máximo do prazer até ela não aguentar e me presentear com seu gozo em minha boca. Subo dando beijos nela vendo-a ainda ofegante, beijo Carla e ela passa a me acariciar, passa a mão primeiro em meus seios depois descendo até meu sexo. Carla troca de posição comigo ficando por cima mas sem deixar de me beijar e passa a me penetrar, depois de muita tortura, Carla desce e começa o seu ótimo trabalho com sua língua em meu clítoris. Não consigo segurar por muito tempo e tenho um orgasmo maravilhoso.
Não sei se alguém da casa escutou mas eu não estou nem aí, foi bom, assim como a primeira vez. Carla volta novamente a me beijar e ficamos assim por muito tempo antes do sono nos embalar de vez.
Enfim quinta chegou e eu começaría no estágio. Quando acordei com o despertador, Carla estava dormindo ainda, nua, agarradinha em mim. A acordei com delicadeza e falei para ir tomar banho que eu iria logo depois dela.
— Toma banho comigo? – Carla pergunta, sonolenta mas com uma cara safada.
— Acho que não é uma boa ideia. – Falo, já sentindo sua mão passeando por meus seios. Carla me atormenta tanto que acabo indo tomar banho com ela, ou melhor, o que menos fizemos foi tomar banho. Assim que entramos no chuveiro, Carla me encosta na parede, se abaixa e passa a me chupar me levando a gozar em sua boca, logo ela levanta e me beija, fazendo com que eu sinta meu próprio gosto em seu beijo.
— Tá vendo como você é gostosa? – Carla pergunta, ainda me beijando. — Você está me deixando louca Mel, não consigo parar de pensar em você, tenho sonhos eróticos toda noite e assim que te vejo minha vontade é de tirar toda a sua roupa e te chupar até não aguentar mais.
— Carla, para de falar besteira vai? Vamos chegar atrasadas na aula. – Fujo da conversa, saindo do chuveiro e me enrolando em uma das toalhas que tem penduradas lá, a outra é para Carla.
Nos arrumamos em silêncio, sei que dei um fora nela mas talvez essa história esteja indo longe demais. Descemos para tomar café e encontramos com minha mãe lá.
— Ué, quando você chegou Carla? – Mamãe pergunta para Carla.
— Ontem a noite. – Carla diz, sorrindo.
— Ah, sei. – Mamãe fala, reparando em nossos cabelos molhados. — Já terminei aqui, vou subir. Tenham uma ótima aula e você Mel, um bom estágio. – Ela diz, me dando um beijo.
— Obrigada – Carla e eu dizemos ao mesmo tempo.
— Olha Carla, desculpa ter cortado o seu barato mas é que eu acho que está indo longe demais essa história, você não acha?
— Não. – Carla diz, passando geléia em uma torrada.
— Como não? Você agora quer andar de mãos dadas na faculdade. – Digo.
— Qual o problema? Amigas andam assim. – Carla fala, me olhando. — Eu sei qual é o problema, você está achando que eu estou confundindo isso com namoro não é? – Ela pergunta e eu confirmo sem jeito. — Não se preocupa com isso, não estamos namorando. Sexo de vez em quando é bom, só isso. E sem contar que eu sei que quando você começar a namorar com a Fernanda, eu vou ser carta fora do baralho. – Ela diz, levantando e indo lavar seu copo.
Vamos para a faculdade sem falar mais sobre o assunto. Carla até tem razão, sexo de vez em quando é bom mas se ela já está pensando que vai ser carta fora do baralho, isso significa que ela pode estar sentindo algo a mais por mim. Tomara que não, eu iria odiar ser a responsável por machucar seus sentimentos.
— Muito bonito hein, já estão morado juntas? – Diego pergunta, quando chegamos.
— Não mas se a Mel deixar eu me mudo hoje mesmo para a casa dela. – Carla diz, piscando para mim.
— Pelo visto transaram a noite toda né? – Diego ainda com suas brincadeiras, aff.
— Para de falar besteira Di. – Eu falo, sem achar graça nas brincadeiras.
— Tá, tá. Você deve estar soltando a franga né? Vai trabalhar para a Fernanda, aquela deusa dos olhos azuis. – Diego diz, mudando de assunto.
— E estou mesmo, estou contando as horas. – Falo, percebendo que Carla emburra a cara.
A aula transcorre sem nenhuma novidade. Ao final, me despeço de Carla e Diego indo almoçar em casa e seguindo para o estágio.
— Boa tarde. – Eu falo para Natália. Ela estava tão concentrada no computador que nem me vê chegando.
— Boa tarde Melissa. – Ela diz, sorrindo. — Bom, essa é a sua mesa e seu computador. Vou te ensinar tudo com calma e quando você tiver alguma dúvida não hesite em perguntar, ok? – Confirmo com a cabeça e olho para a mesa que ela mostrou, aquela mesa não estava ali da última vez que vim.
Natália começa me explicando coisas básicas como ver os documentos no computador e o site da empresa.
— Boa tarde Mel. – Fernanda diz, ela estava parada vendo a Natália me ensinando. Olho para a Nanda e perco o fôlego, ela está divina, com um salto alto preto, uma calça social apertada e uma blusa também social, os cabelos estavam soltos. Minha voz parecia ter ido para o espaço e então sorrio para ela. Acho que é o suficiente pois ela me dá um sorriso e se dirige a Natália.
— Leva aqueles papéis na minha sala por favor. – Natália levanta e vai até sua mesa procurando por algo. A Nanda entra em sua sala deixando a porta aberta. Depois que a Natália sai de lá, fechando a porta, ela se senta ao meu lado para darmos continuidade.
— Natália, a Fernanda é muito brava? – Pergunto.
— Ela é quando tem que ser, mas na maioria das vezes ela é muito simpática com todos, eu nunca vi ela tratando ninguém mal. – Ela fala, me olhando. — A dona Fernanda é muito exigente em relação a certas coisas, é bom você tomar cuidado.
— Exigente com o que? – Eu pergunto.
— Ela gosta de ver todos trabalhando e não a toa, ela exige respeito e detesta que alguém dê em cima dela porque aqui é um ambiente de trabalho. Se você seguir essas regras vai gostar de trabalhar aqui e ter uma chefe como ela. – Natália diz.
— E você já viu alguém fazer isso Natália, dar em cima dela?
— Como vamos trabalhar juntas você pode me chamar de Nat. – Ela diz, com um sorriso sedutor. Hoje a Nat estava com uma calça social preta e com uma blusa na cor creme, uma ruiva de parar o trânsito. — Respondendo a sua pergunta, eu já vi sim. Teve um funcionário que se encantou pela dona Fernanda e passou a mandar recadinhos, flores, tudo isso aqui na empresa e ela acabou demitindo ele.
— Ah. – Eu digo. — Ela é minha vizinha. – Nat me olha.
— Deve ser por isso que ela te chamou de Mel né? – Ela pergunta.
— Sim mas você também pode me chamar assim se quiser. – Ela sorri.
— Vamos continuar? – Eu confirmo.
Sabe, mesmo gostando da Nanda e transando com a Carla, eu ia ter um colírio para os olhos todas as tardes porque a Nat era muito gata. Eu pelo visto ia ter muito trabalho com essas três.
A tarde passou bem rápido, a Nat me ensinou outras coisas e me passou algumas tarefas para fazer, ela era bem divertida, nos demos muito bem. De vez em quando ela me pegava olhando para o seu decote mas fingia que não via. Quando me dei conta já era hora de ir embora. Nem vi a Nanda depois dela ter chegado do almoço, Nat disse que ela sempre ia mais tarde para casa. Se continuasse assim, eu teria que fazer alguma coisa a respeito pois só ia vê-la uma vez no dia.
Arrumei minhas coisas e estava me levantando para sair quando a Nat fala:
— Quer carona? – Eu olho para ela e vejo que está sorrindo.
— Não precisa não. – Digo sem jeito.
— Tem certeza? – Ela insiste. Aceno com a cabeça. Do jeito que eu estava tarada ultimamente, já até imaginava que uma carona resultaria ela na minha cama. Me despeço e vou para casa.
Chego cansada em casa. Ainda senta um cara do meu lado no ônibus e dorme quase babando em cima de mim, ô raiva.
— Como foi o estágio? – Mamãe me pergunta na hora do jantar.
— Foi bom. – Respondo.
— E a Fernanda, viu ela? – Faço um sinal de positivo com a mão pois estou com a boca cheia de comida.
— Só vi ela uma vez hoje, ela não sai da sala dela. – Digo, depois de engolir a comida. — A secretária dela é bem legal.
— Mais uma concorrente. – Ricardo diz, sorrindo me fazendo revirar os olhos.
Rodrigo mais uma vez não desceu para jantar, azar o dele, vai comer comida gelada depois. Subo para o meu quarto depois de comer e vou estudar. Semana que vem é a última semana de prova, depois só vou para pegar os resultados e então estarei de férias.
Estudo até estar quase dormindo em cima do livro e depois vou deitar, pego no sono bem rápido, um sono sem sonhos.
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