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História Minha Dona - Ciúmes


Escrita por: Entrophya_ e Gizze

Capítulo 11 - Ciúmes




~*~ 14:00 Horas / Sábado ~*~

Mari abriu os olhos com dificuldade, ainda estavam meio inchados pela choradeira da noite anterior e da manhã do sábado, sentou-se na cama e observou a Kwami que ainda dormia um sono agitado provavelmente pela preocupação com a mestra. Antes que pudesse tentar evitar as lembranças do que havia visto na noite anterior voltaram e com elas o restante das lágrimas que ficaram de cair conseguiram escapar.

“Já era bem tarde, mais do que uma ronda noturna costumava durar, Ladybug ficou horas esperando o parceiro de batalha mas o gato preto simplesmente não apareceu. Desistiu de esperar e como estava com o coração ainda meio apertado resolveu dar uma volta antes de voltar para a casa já sabendo que não mais receberia visitas durante a noite nem teria companhia de seu melhor amigo.

A volta estava funcionando, ela estava conseguindo espairecer, se concentrar nas tarefas da escola e nos deveres de casa. Até que passou por uma casa e um brilho dourado já bem conhecido por ela se fez presente. A azulada escondeu-se por detrás de um telhado próximo apenas para ver uma cena que quebraria seu coração mais que ela imaginava, apesar de admitir sentimentos pelo parceiro ela não pensava que eles fossem tão fortes.

Mas lá estava Chat Noir, deslumbrante como sempre, saindo da sacada mais alta da casa e assim que subiu na mureta para pular uma garota correu de dentro do que devia ser um quarto, enrolada em um lençol e aparentemente sem nada por baixo, ela agarrou o gato e lhe beijou com tanto desejo que pareciam ter tido uma noite incrível. Assim que os braços de Chat enlaçaram a cintura da garota retribuindo ao beijo com o mesmo desejo que ela mostrava ter, as lágrimas da joaninha começaram a descer. Ela lançou-se para casa o mais depressa que pode e deixou o corpo cair ao chão assim que passou pela janela.”

Suspirou pelas memórias enquanto se levantava e foi dar um jeito de disfarçar a tristeza, seu estoque de “cookies da Tikki” estava acabando e ela teria que fazer mais, além de arrumar seu quarto e terminar as tarefas da escola a tempo de seu encontro com Nathanael. Seria um dia cheio, o que era uma coisa muito boa considerando que ela queria ter o mínimo de tempo possível para pensar em como a vida estava uma merda.

~*~

Fez cookies de chocolate ao leite com gotas de chocolate branco para Tikki, terminou o dever de geografia e adiantou a matéria de história, arrumou e limpou seu quarto, derrotou um akuma com a ajuda de Chat. mas ela nem se deu ao trabalho de olhá-lo nos olhos, o que o fez abaixar as orelhas e sentir um certo desespero crescendo no peito. 

Enfim, às seis horas da tarde ela já estava experimentando os vários vestidos “chiques” que ela mesma havia confeccionado. Seria um evento de gala, muitos famosos foram convidados, mas ela sabia que não correria o risco de ver seu ex melhor amigo por lá, depois que entrou na fase da rebeldia Adrien Agreste não comparecia mais a este tipo de evento, quando comparecia ficava pouco.

Escolheu um vestido longo, colado no corpo até a cintura e de tecido leve e solto pelo resto do comprimento, tinha um tom claro de rosa e alguns pontos de brilho que rodeavam as minúsculas pérolas que ficavam espalhadas por seu dorso. Não seria o vestido mais chamativo da noite, mas era o suficiente para atrair os olhares de todos. Um salto alto para poder pelo menos alcançar a altura dos ombros do ruivo, que havia crescido muito no último ano, um coque frouxo com algum fios soltos, uma leve maquiagem perolada e ela parecia ter saído de um conto de fadas.

— Você sempre é linda, mas eu entendo que queira ficar ainda mais linda por minha causa. — Ele estava lá, escorado na parede com sua pose confiante lindo e majestoso, como se nada tivesse acontecido. Ela pensou em espancá-lo, jogá-lo janela abaixo, mas sabia que nada seria pior para ele que sua indiferença.

— Realmente, eu sempre estou linda, mas meu acompanhante dessa noite merece que eu faça esse esforço por ele. — Ela falou se olhando no espelho, dando uma última ajeitada no cabelo. Mesmo de costas ela pode perceber ele fechando os punhos e sua máscara de deboche caindo por um momento. — Hoje é a exposição dele, um dia importante na vida de um artista, e ele merece todos os agrados que quiser essa noite.

Um aperto forte e um puxão em seu braço, como um raio Chat a prensou contra o espelho do guarda-roupas de um jeito que o teria feito rachar se não fosse composto de um vidro grosso. Se encararam ofegantes e com olhares furiosos por alguns minutos, conversando em silêncio, ele incrédulo a desafiando a fazer aquilo e ela convicta aceitando o desafio.

As respirações misturando-se no quarto silencioso durante aquela conversa de olhares, o gato aproximou aos poucos o rosto do da garota, lutando com todas as forças contra seu maior desejo até que, por fim, cerrou os lábios nos lábios rosados dela. Sem muita demora afastou-se, lambeu de seus próprios lábios o doce do gloss que ela usava. Seu gosto, seu cheiro, a sensação da pele dela sob seus dedos, ele não resistiu chocou seus lábios contra os dela, que assim como ele lutava consigo mesma.

Por alguns instantes foi como se eles nunca tivessem brigado, sequer discutido, as mãos dele passeando pela cintura fina enquanto os dedos dela se emaranhavam perfeitamente nos cabelos dourados dele. Parecia que aquele toque nunca teria fim, que todas as desavenças estavam resolvidas, e Chat estava gostando daquela sensação. Mas Marinette recobrou o juízo assim que um resquício das memórias da noite anterior voltaram, ela não permitiria que o gato fizesse aquilo consigo, ela não seria usada, ela não seria só mais uma.

Segurou em seus ombros o afastando e levou a palma da mão ao rosto dele, dando o primeiro tapa-na-cara que Chat Noir levou na vida…

O garoto vestido de gato deu dois passos para trás enquanto levava a mão ao rosto e olhou-a com olhos arregalados. Encararam-se por mais de dois minutos, enquanto a marca dos dedos de Marinette começava a aparecer. Chat olhou sua imagem refletida no espelho, por cima do ombro da garota, e não pode evitar um leve rugido.

— O que você pensa que tá fazendo? — Inquiriu nervoso aproximando-se dela.

— Sai daqui. — Ela respondeu indo para o lado, afastando-se dele, que apenas parou de andar, mas continuou a olhá-la como se não houvesse entendido. — VAI EMBORA CHAT!

E então, tão rápido e “do nada” quanto apareceu, Chat Noir desapareceu do quarto noite afora. Mari encostou as costas no guarda-roupas e escorregou ao chão numa tentativa desesperada de assimilar tudo o que havia acabado de acontecer. Sentia a vontade de chorar crescendo, sentia seus olhos se encherem de gotas salgadas. Mas ela era maior que isso. Ela era melhor que isso. Ela não daria esse gostinho a um gato de rua que não merecia seu sofrimento.

A pequena Kwami abraçou como pode o ombro da amiga mas nada disse, sabia que tudo o que ela precisava agora era se acalmar, pensar em tudo que estava acontecendo e superar.

O timbre de que uma mensagem havia chegado foi ouvido de seu celular, ela o pegou com a mão meio trêmula e ainda com uma certa ardência, e após verificar que era seu acompanhante, levantou-se de cabeça erguida e seguiu para fora do quarto. Ela não pretendia realmente fazer “todos os agrados” com Nathanael, não que o garoto fosse pedir algo assim, assim como ela, ele a via apenas como um boa amiga e já estava interessado em outro alguém.

Mesmo assim ela se esforçaria ao máximo para não transparecer nenhum de seus problemas, essa noite ela estava decidida a se divertir com o amigo e não lembrar da existência dos loiros.

~*~

Adrien se desfez da transformação assim que seus pés tocaram o chão do quarto. Estava triste, contrariado e um pouco chocado. Como a azulada podia ter feito aquilo consigo? Ele não conseguia entender, como ela podia ter feito tudo aquilo, como ela podia sair com Nathanael? Como? Mas ele não deixaria por estar, assim que Plagg saiu do anel jogou para ele um queijo camembert inteiro e pegou o celular enquanto ia ao banheiro para já ir adiantando.

— Alô, Adrien?

— Kagami, aceita minha companhia para a exposição do Louvre dessa noite? — Disse usando seu melhor tom sedutor e não pode deixar de abrir um sorriso satisfeito quando ouviu a esgrimista do outro lado da linha soltando “gritinhos de felicidade” de maneira baixa. — Claro que, se já tiver acompanhante…

— Claro que não! Nenhum acompanhante é melhor que você, Adrien, sabe disso. — Respondeu com a voz mais suave que seu tom sério permitia, quase esperançoso, e o loiro disfarçou a risada diante do entusiasmo da garota.

— Esteja pronta em trinta minutos. — Desligou o telefone antes que ela pudesse discordar e foi direto para o banho.

Se Marinette queria jogar aquele jogo era melhor estar preparada pois ele era o melhor naquilo.

~*~

A limousine preta e brilhante com detalhes cromados parou em frente a entrada do Museu Du Louvre e assim que ele desceu os fotógrafos, que estavam parados de prontidão ao lado da placa onde em letras douradas era possível ver o nome do rapaz que acabara de descer do carro “Nathanael Kurtzberg” estava em destaque, tiraram fotos do ruivo de todos os ângulos e no momento em que ele abriu a porta para a garota de cabelos negro-azulados os paparazzi ficaram encantados com o tamanho da beleza que a acompanhante do artista exibia.

De braços dados, bochechas coradas e alguns tchauzinhos discretos para os fotógrafos o casal começou a entrar no museu, já estavam quase dentro do estabelecimento quando um carro esporte, mais exatamente um “Maybach Exelero” preto, chegou cantando pneu e atraindo toda a atenção para si. 

Não era preciso olhar para saber de quem se tratava, o maior playboy de Paris gostava de ser o centro das atenções, mesmo assim a mestiça virou a cabeça a tempo de ver o loiro abrindo a porta para Kagami. “Um casal perfeito de requintes metidos” era o que a mente da azulada gritava. Mas os olhares se cruzaram em meio a multidão que se aglomerava ali, ela deslumbrada com o verde dos olhos dele enquanto ele sentia o ciúme o corroer vendo-a, tão maravilhosa, de braços dados com Nathanael.

O evento estava indo bem, as pessoas apreciaram mesmo os quadros do ruivo, mesmo ele sendo o pintor mais jovem e inexperiente da exposição. Até Lila estava dando encima dele, mas isso não era novidade para ela. A única coisa que incomodava nossa heroína eram os olhares indiscretos de algumas pessoas do local, Adrien além ficar a encarando também fazia de tudo para provocar ciúmes, abraçava e beijava Kagami como se ela fosse um pedaço de chocolate cookies n' cream. Adolescentes ricos e bonitos, sempre prontos para brincar com o sentimento das pessoas.

E agora ela estava lá sozinha, admirando o que para ela era o quadro mais bonito naquele lugar: uma pintura a óleo do ruivo, com traços que lembravam o estilo de Van Gogh retratando uma solitária rosa branca. Mas apesar de sozinha não trazia o sentimento de tristeza, ela era tudo o que precisava, tinha a beleza de suas pétalas, a companhia própria de suas folhas e a proteção de seus espinhos.

— É realmente muito linda... — Marinette virou em sobressalto dando de cara com aqueles olhos azuis e cintilantes de Luka, ele apoiou o case da guitarra no chão e apontou para a rosa no quadro. — Ela me lembra você.

— Eu? — Perguntou corando e sem entender, mas já esperando algo de certa forma poética.

— Sim, olha... — respondeu sereno apontando para o quadro. — Repare bem nessa rosa branca, tímida, mas que tem muito mais para mostrar se estiver disposto a descobrir. Isso faz das duas, você e ela, ainda mais encantadoras que se fosse apenas aquela beleza óbvia.

— Ah... É… eu.. Eu nem sei o que dizer…

— Não precisa dizer nada Mari. — Interrompeu-a ainda olhando para a pintura, — só disse a verdade. Isso merece atenção virar uma música. 

— Obrigada Luka. É bem legal saber que, pelo menos alguém não vê só a menina tímida e desengonçada que só serve para dar ótimos conselhos amosoros. — Marinette falou com um toque de humor negro e o músico seguiu seu olhar.

— Não ligue pra ele Mari, — falou segurando o rosto dela, a fazendo olhar em seus olhos. — Muita gente sabe o quão valiosa você é, não se importe se um playboyzinho não percebeu a tempo.

— Você tem razão. Qualquer dia ele perde tudo, fica humilde e começa a dar valor às pequenas coisas da vida!

Ainda estavam rindo, bolando uma vingança maligna contra Adrien, quando a mestiça percebeu que já era bem tarde. Nathanael, depois de milhares de desculpas, explicou para Mari que não poderia acompanhá-la na volta para casa pois teria que ficar para resolver a venda de alguns de seus quadros. Então agora ela e Luka, que já havia terminado seu papel como músico da exposição, estavam dentro do carro dele, parados em frente a padaria naquele silêncio constrangedor.

— É melhor eu entrar, pode ser perigoso ficar tanto tempo aqui fora no meio da noite... — A azulada falou já se preparando para sair.

— Eu te acompanho até a porta! — Antes que ela pudesse contradizer Luka já havia saído do carro e estava abrindo a porta para ela. — Mademoiselle, — falou brincalhão e ofereceu a mão para ela igual aqueles valetes dos hotéis de luxo.

— Obrigada monsier. — Respondeu rindo e dando a mão para ele.

Ele segurou a mão quente e macia dela aproveitando daquele toque até chegarem em frente a porta. Mas ele não queria soltá-la, então a segurou com mais força e levou a outra mão até seu rosto.

— Você é realmente deslumbrante, Mari. — Falou acariciando a bochecha já rubra dela, que corava cada vez mais. — Sei que talvez você não goste disso, e que talvez nunca mais queira falar comigo, mas eu não aguento mais... — Curvando-se um pouco devido a sua altura ele rompeu o pouco espaço que restava entre eles, e juntou seus lábios aos dela.




Notas Finais


Gente a minha internet ta péssima, o capítulo que foi postado antes estava pea metade.

Pessoas, vamos bater um papo aqui...

Quando eu comecei Minha Dona, muita gente vinha reclamr dizendo que Adrien/Chat jamais seria desse jeito, ele jamais daria preferencia para outras garotas ao invéz da Mari/Lady.
Bom, vimos claramente que foi isso que foi isso que aconteceu.
É o seguinte pessoal, eu raramente vejo o desenho, geralmente alguma das minhas amigas que conta o que ta acontecendo ao longo dos episódios e sejamos honestos, o Adrien está sendo meio meh de vez em quando... e o fato de eles demorarem para descobrir quem são enche o saco, eu sei, eu sempre achei o mesmo do Super Homem e advinha? NUNCA eu fui ofender ou desreseitar alguém por isso.
Agora vamos esclarecer umas coisinhas:
1- Isso é uma história de romance, se Adrien e Marinette ficarem juntos logo a história acaba.
2- Se o desenho te desagrada, pare de assistir, mas isso é uma história independente do desenho então, não venha me ofender por estar puto como desenho.
3- Miraculous possuem magia, aceitem que ninguém se reconhece de máscara.
4- ISSO AQUI É UM CLICHEZÃO SIM!!!

Só um adendo, não vejo novela da Globo e nem Mexicana, trabalho e estudo, mas honestamente, levo isso como um elogio. Imagina minha história passando numa novela no SBT gente!

É só isso... huehuehe

Titia ama muito vocês, usem camisinha e kissus de paçoca ˆˆ


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