1. Spirit Fanfics >
  2. Minha Dona >
  3. Retorno

História Minha Dona - Retorno


Escrita por: Entrophya_ e Gizze

Notas do Autor


Sim, estamos de volta. Com que frequência?
Não faço a menor ideia. Eu tô bem? Nem um pouco,
mas eu tava com saudade de escrever isso daqui
e os comentários sempre me dão um gás e mais vontade.
Nesse capítulo teremos a resolução do caso LukaxChloéxSabrina
e LadyNoir voltando a interagir — finalmente — kk Eu ia esperar
até amanhã pra postar, mas eu sou uma pessoa muito ansiosa então
capítulo fresquinho pra vocês depois desse hiatus gigante
e dessa confusão. mds a minha vida mudou demais durante esse ano,
tanta coisa aconteceu.

Capítulo não corrigido, mas boa leitura e espero que gostem ^^

Capítulo 34 - Retorno


A luz do sol, que entrava pelas grandiosas janelas, dava um calor gostoso e o som das cordas do violão enchiam todo o ambiente, era arranhado, os acordes eram meio travados. Era uma tarde de sábado e as garotas estavam sentadas em uma das suítes mais caras, do hotel mais caro, da cidade; a morena deitada de costas na cama seu corpo meio afundado nas milhares de almofadas e travesseiros chiques de pena de ganso, brincando de maneira desanimada com uma pelúcia de Ladybug enquanto a loira, sentada ao seu lado de pernas cruzadas e como instrumento na mão, tentava colocar em prática todas as coisas que havia aprendido durante os últimos tempos.

Marinette não poderia dizer que eram um som bonito, ao menos agradável. Mas a Dupain-Cheng apreciava ao máximo todo o esforço que a amiga fazia, afinal, Chloé Bourgeois não era acostumada a tal coisa.

Foi durante um acorde e outro, de uma música que Marinete não conseguia identificar qual, que Chloé resolveu entrar no assunto que sabia ter levado a outra até ali.

— Então… — sua tentativa de falar enquanto continuava o treino de violão apenas resultou nela trocando as cordas, soltou um bufo antes de desistir e finalmente encarar a outra — qual dos dois fez mais merda e qual foi a dita cagada?

Marinette soltou uma risadinha triste.

— Eu sou uma péssima amiga, né? Apareço na sua casa, num sábado, só pra desabafar, te trazer problemas… e olha que a gente nem era tão próximas assim antes de toda essa bagunça começar.

— Não tem problemas, todo mundo sabe que eu adoro uma boa fofoca, ainda melhor se ela for em primeira mão.

Tikki, que estava deitada sobre a cabeceira da cama e dentro de uma bandeja de cookies, fechou a boquinha que havia acabado de abrir para defender sua portadora.

— Talvez seja um tanto egoísta, mas eu não acho que seja um problema, principalmente se considerarmos que estamos falando da Ladybug, e você pode me compensar por isso depois, ouvindo o meu problema.

— Você sabe que eu estou aqui para ajudar também. — Marinette disse, sentando de pernas cruzadas para começar a contar. — Bom, você lembra que tive um… caso, com o Chat a algum tempo atrás, as que as coisas não terminaram com chocolates e alianças já que ele é um sem vergonha que não pode ver uma mulher solteira, não que ele, provavelmente, não tenha ido atrás das casadas também…

— Peraí, para tudo. Você teve um caso com o Chat Noir? E eu aqui achando que ele me amava que nós dois íamos fugir juntos para o Caribe!

A careta no rosto bonito da loira não deixava dúvidas sobre a brincadeira e azulada a encarou com pouca paciência.

— Se você for ficar de piadinha eu não termino de te contar essa fofoca direto da fonte. — resmungou de mau humor diante das risadinhas de Chloé, que apenas abanou a mão para que Marinette continuasse sua história.

— Enfim, a gente acabou terminando tudo isso, seja lá o que fosse, e as coisas acabaram finalmente avançando com o Adrien. Você viu como foi: a gente começou a ficar, foram três meses perfeitos e aí, no dia do seu aniversário, eu vi ele agarrando a Kagami. Ele disse que foi ajudar ela a se equilibrar, que ela pegou ele de surpresa com o beijo…

— Eu lembro disso tudo, inclusive de você acreditando no que ele disse.

— Em partes — suspirou — no começo eu achei meio difícil de acreditar, mas depois até o Luka entrou em defesa do Adrien e, bem, é o Luka né!

— Eu acredito nele Mari. Sabe, o Adrien é todo feito de pose e falsa confiança, mas a verdade é que quando alguma coisa fora da sua zona de conforto ocorre, ele fica completamente sem chão.

A franco-chinesa confirmou com um aceno de cabeça antes de soltar um suspiro cansado.

— Mas aí o Adrien começou a agir todo estranho, espalhando nas redes sociais que estava completamente apaixonado e até mesmo falando isso quando alguma garota chegava ‘pra pedir autógrafo. E você sabe como o pai dele e a Nathalie são rígidos com esse tipo de coisa já que interfere na publicidade, no jeito como a imagem dele é vendida. E até aí tudo bem, — Marinette emendou quando viu que Chloé já estava abrindo a boca. — Eu até conseguiria lidar com o surto do Agreste, se ontem a noite o Chat não tivesse aparecido na minha casa dizendo que estava apaixonado.

— Como? — a loira estava com as sobrancelhas cerradas e a cabeça jogada sobre o ombro, como se tentasse montar um quebra cabeças.

— Pois é!, ele chegou lá falando que se sentia sozinho, que queria conversar e do nada solta que estava apaixonado e antes que eu pudesse sequer questionar ele soltou aquele sorrisinho filho da puta dele e fugiu. — dizia em tom de ultraje — eu não o encontrei desde então e agora eu tô aqui no maior surto por que esses dois resolveram pirar de vez.

Bourgeois apertou os lábios e cerrou os olhos, antes de sacudir a cabeça e finalmente seus olhos encontrarem os da amiga e a loira abrir um sorriso de canto.

— Eu não acho que eles tenham ficado mais loucos do que eles sempre foram, ou que estejam brincando com você ou alguma coisa do tipo. Eu acho que eles perceberam o que estavam perdendo, o que estava em risco, no caso do Adrien, e aí resolveram começar a correr atrás do prejuízo.

Marinette suspirou, negando com a cabeça antes de abrir um sorriso cansado.

— Acho que nós duas que deveríamos fugir juntas ‘pro Caribe. — disse em tom pensativo, olhando sobre o ombro da outra como se pudesse visualizar a cena.

— Sabe Dupain-Cheng, acho que é exatamente o que estamos precisando.

— Talvez seja exatamente isso: férias entre amigas. — A azulada disse, Alya passando por seus pensamentos. Precisava se reaproximar dela. — Mas isso nos leva até você e o que a grandiosa Queen Bee poderia querer compartilhar comigo.

— Lembra quando você tinha medo de perder a amizade do Adrien se dissesse que gostava dele?

~*~

A loira andava de um lado para o outro diante da mesa perfeitamente posta que ficava na sacada do seu quarto do hotel. Respirou fundo, prendendo sua respiração enquanto escorava-se no beiral e encarava o céu sem estrelas, mas que tinha uma bela lua crescente.

Ouviu as batidas leves na porta e apenas gritou um “pode entrar” sem nem mesmo se dar ao trabalho de olhar para trás. Mas logo ela sentiu aquele cheiro que era uma mistura aconchegante e perfeita de blueberry, livros velhos, madeira encerada e algum perfume amadeirado. Chloé sabia que Luka não poderia realmente ter todos aqueles odores misturados e cheirar tão bem, que provavelmente era sua mente a dizendo sobre todas as coisas que Luka gostava e que ele significava: o conforto de uma tarde chuvosa, enrolado em um cobertor. Mas era fácil acreditar nisso quando ela sentia sua palma quente tocar seu ombro e aqueles olhos cianos a encararem com ternura.

Na verdade, era preciso admitir, era assim que ele olhava para quase todas as criaturas vivas. Às vezes Chloé se perguntava de que livro de romance moderno — porque Luka Couffaine era bom e cabeça aberta demais para qualquer obra do século 19 — que ele tinha saído.

— Tudo bem? Você parece pensativa. — perguntou colocando uma mecha dourada atrás de sua orelha e deixando um selo suave em sua bochecha.

— Tudo sim, — ela anuiu com a cabeça, como se isso fosse tornar tudo mais real. — Você quer comer alguma coisa?

— To sem fome, mas a gente pode sentar se você quiser, se achar melhor conversar assim.

Eles continuaram lado a lado escorados no beiral da sacada, sentindo o calor um do outro.

— Eu tive uma conversa interessante hoje com a Mari, sabe aparentemente o Adrien tem agido de maneira estranha, mais parecido com um ser humano que com o merdinha que ele tem sido esses últimos anos.

— Sério? — ele tentou disfarçar o sorriso com uma mordidinha no lábio inferior — e…?

— E eu sei que isso tem dedo seu, Luka Couffaine, já que o Adrien é completamente incapaz de formular um plano de conquista tão bom em tão pouco tempo. — Chat Noir sofreu pela Ladybug por tempo demais para que isso fosse coisa do Adrien. Ela completou em pensamento.

— Ok — ele suspirou — talvez eu esteja ajudando ele a fazer a coisa certa e finalmente, e definitivamente, conseguir o coração da Mari.

Chloé encarou o perfil bonito por um momento.

— Mas eu pensei que…

— Eu sei o que todo mundo pensa. — Ele a cortou com um tom seco. Parou, respirou fundo jogando a cabeça para trás antes de encarar seus olhos. O azul ciano dominando o azul royal. — Eu já estive ardentemente apaixonado por ela, já me desiludi com isso e não posso negar que ainda sinto alguma coisa. Algo muito forte e que eu nem sei nomear. Talvez eu realmente a ame profundamente, e então tudo que eu quero é que ela seja feliz e eu sei que o amor dela é Adrien Agreste e que, por mais que nós possamos nos iludir numa fantasia, e que poderíamos ser bons juntos, não seria real. Ou talvez tudo que eu sinta seja uma afeição gigantesca, uma amizade genuína e um outro tipo de amor e eu tenha confundido tudo; mas pode ser que tudo isso esteja certo ao mesmo tempo e além disso eu tenha a capacidade de amar e dividir, já que pessoas não são posses.

Ele deu uma risada verdadeira, escorando as costas na sacada e jogando a cabeça para trás, a luz prateada da lua banhando seu rosto enquanto os cabelos escorriam por seu pescoço.

— Todo mundo acha que eu estou sempre pleno, em paz e que entendo das coisas. Mas a verdade é que eu sou uma confusão, eu só deixo isso longe da superfície enquanto ela vaza pela música.

— Uau — ela soltou depois de alguns segundos em silêncio — isso foi, uau e todas essas coisas que você sempre é, mas a verdade é que esse papo de poeta não te ajuda realmente, enquanto fica aí ajudando os outros você fica sozinho, por que ninguém vai fazer o mesmo por você.

— Quase um coach motivacional do Instagram loirinha, muito bem. — Ele zombou e tentou fugir quando ela bateu de brincadeira no braço dele. — Se as pessoas vão se aproveitar da minha boa vontade, isso é uma falha de caráter delas Chloé, não sou eu quem tem que mudar.

— “Nunca deixe de ser uma pessoa ruim por causa de pessoas boas”. — disse ela, com um dedo levantado como se estivesse dando uma palestra e agora foi a vez de Luka a olhar com descrente diante do deboche. — Ta aí o seu coach motivacional.

Ele fechou a cara, como se estivesse zangado e avançou sobre ela, pegando o corpo menor que o seu e carregando sobre os ombros como se fosse um saco de batatas.

— Luka! — Chloé gritou entre os diversos outros gritinhos — o que você pensa que ‘tá fazendo?

— Sendo uma pessoa ruim. — respondeu os levando para dentro do quarto.

— Não tem graça, me solta, você é muito alto.

Ele riu soltando-a sobre a cama, os cabelos loiros se espalhando para todos os lados e se ajoelhou sobre ela sentando sobre seus calcanhares enquanto a atacava com cócegas até que Chloé estivesse com o rosto vermelho.

— Prontinho, agora que já saímos daquele clima, que tal a gente conversar sobre o verdadeiro motivo de ter me chamado?

Ela respirou fundo algumas vezes para normalizar a respiração, ajeitando o corpo mas sem sair debaixo de Luka.

— Luka, você e eu, você sabe que…

— Oi Chloé. — Sabrina, que cortou a fala da loira ao entrar no quarto estacou na porta, seus olhos atentos aos dois na cama. — É… eu ia dizer ‘pra gente conversar sobre o ano que vez, mas eu não quero atrapalhar e, — ela deu uma risadinha sem graça — depois a gente conversa. Tchau.

— Sabrina, espera. — Luka chamou, já saindo da cama. — Eu já tava de saida, e eu sei que vocês duas tem muito o que conversar.

Ele enviou a Chloé um sorriso que fazia o canto de seus olhos se apertarem e naquele momento ela sabia. Não havia a necessidade de conversas e esclarecimentos, ou mesmo de pedidos de conselhos, seu relacionamento com Luka sempre foi bem claro e ele sempre disse que ela deveria ser sincera, consigo mesma e com a outra.

Luka saiu dando uma empurradinha para que Sabrina entrasse mais no quarto e se despediu com um aceno. A ruiva coçou a bochecha e mordeu o lábio inferior enquanto se aproximava para poder sentar na beirada da cama.

— Não ‘tô mesmo atrapalhando? — perguntou com insegurança e Chloé revirou os olhos, se aproximando perigosamente da amiga.

— Você passa tempo o suficiente comigo ‘pra saber que nunca me atrapalha. — Chloé enganchou suas mãos, puxando Sabrina mais para o meio da cama. — Você sempre ‘tá na frente de qualquer um.

Ela abriu um sorriso de canto, colocou os braços um de cada lado do corpo dela, como se fosse sentar sobre seu colo, mas sem que realmente se tocassem.

— O quê?

— Eu cansei de ficar me refreando e de ficar com medo. — Chloé aproximou os lábios do ouvido dela. — Então, Sabrina, se você tem alguma coisa contra isso, agora é a hora de dizer.

Por um momento nenhuma das duas se moveu, os corações batendo rápido, seus rostos quentes. Sabrina levou as mãos até as laterais do rosto fino, olhos nos lábios e depois se encarando até que os lábios se tocassem. Finalmente olhos fechados.

O perfume doce de Chloé inebriava Sabrina, que só usava uma colônia suave. E a ruiva deu uma risadinha satisfeita, ao se separarem, ever que o vermelho do batom mate da loira não estava borrado, mas brilhava um pouco depois de ser misturado com seu gloss de menta.

Chloé abriu o sorriso mais bonito e verdadeiro que Sabrina já viu ser produzido por aqueles lábios perfeitos.

— Eu quero que você venha ‘pra New York comigo. — falou com a mão nas suas bochechas e Sabrina nunca gostou tanto de um dos planos de Chloé.

~*~

~*~ 02:40 horas da manhã / domingo ~*~

O mundo foi uma bela confusão de vermelho e preto enquanto as milhares de joaninhas consertavam toda a bagunça.

— Zerou!

— Bem, Bugboo, por mais que você adore a minha presença, está na minha hora — Chat levantou a mão, mostrando os três minutos restantes de sua transformação.

Ele não desgrudou os olhos dos dela enquanto segurava levemente a sua mão, puxando-a para deixar um beijo sobre as costas. — Boa noite, My Lady.

— Boa noite… Espera Chat, — ele já estava se preparando para partir, se não fosse o aperto firme que Ladybug deu em seu pulso. — Aquele dia, na minha casa em que você disse que estava apaixonado, o que foi aquilo tudo?

Chat Noir abriu um sorriso de canto, aproximando-se dela a toda velocidade antes de enganchar sua cintura e levá-la para o topo de um prédio.

— Aquilo, Ladybug, fui eu dizendo que estou realmente, e perdidamente, apaixonado. — disse em seu ouvido, ainda a segurando. — Um amigo me fez perceber que, se alguém tinha o direito de saber disso, esse alguém era você.

Ele selou a bochecha corada dela para então sumir na noite antes que sua transformação terminasse. 

 


Notas Finais


eu não sei mais escrever aaaaaaaaaaa
provavelmente isso aqui foi uma merda, sério,
me perdoem por isso. Mas enfim, eu queria falar tanta
coisa com vocês, mas ninguém se importa, então boa noite gente
eu tava com saudades, ate mais.

P.S. Eu realmente agradeço por todo o apoio de vocês.
Foi de extrema importância pra mim.

Isso aqui é só pro pessoal desse site aqui: gente, eu estou pensando seriamente em sair daqui e ficar apenas no wattpad. Eu não sei se tem gente que só lê por aqui, mas Minha Dona pode ter problemas com as regras do Spirit.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...