L A U R E N
— Lauren!
Ela estava surpresa. O divã, passava uma sensação desconfortável. Eu me sentia cansada e percebi que se eu ficasse em pé, não teria coragem para nada. Apenas para o silencio.
— É.
dei de ombros. Em casa não foi legal. Camz não falou comigo e hoje durante o café percebi os olhares atentos de Sofia misturados com preocupação e tristeza. — hoje é um dia difícil. Me sinto perdida Gray. Não contei a Camila sobre minhas consultas, ela se chateou. Percebi que todo esse tempo apenas passou, me sinto no piloto automático.
— É uma fase Lauren!
— Não tenho 18 mais sim 38 anos. Sinto-me longe de mim.
— Encare isso como um processo. Um dia, depois de toda essa confusão você vai se achar , você vai. E quando acontecer, também vai entender que é um processo necessário.
— Me sinto depressiva, não me permito ser feliz, por que, quem sabe, não me sinto merecedora disso. Sempre imagino as pessoas me magoando de maneiras diversas, causando um profundo sofrimento.
— Talvez essa seja a Lauren de 18 anos. Você estar alimentando o medo de antes. Criando maneiras para continuar se magoando e acreditando que mesmo que o final mude sempre vai existir alguém para te magoar.
— Eu sei que nada disso é real, Gray. Tenho consciência de que tudo faz parte de uma conspiração maligna de algum componente químico, mas o saber não altera o que sinto. Tudo continua me afetando como se eu não soubesse de nada. Então não me basta saber que algo não é normal, por que a ciência disso não muda muita coisa; você apenas passa a poder culpar algo além de sim mesma.
Desenvolvi um sentimento de auto destruição. Procuro coisas onde eu sei que vou encontrar e que irão me magoar. O problema é que eu continuo a procurar e encontrar e a me magoar e o ciclo não para, ele nunca para. E mesmo que eu não encontre, minha mente sempre cria um jeito, como eu bem já disse antes.
As pessoas vão me deixando, e eu vou me deixando, ate não sobrar nada. Até terem levado tudo de mim ate sobrar apenas, a poesia dolorida que já tenho em excesso.
...
C A M I L A
— quanto tempo vocês estão indo para o psicólogo?
— tem dias. Você estar mal por isso, ou por não se você a pessoa que ela se sinta confiante em conversar?
— Não Dj, não é isso. Eu não sou a pessoa indicada para ela se sentir confortável eu sou psicóloga, mas não posso ser psicólogo dela.
—Minha mãe estar indo ao psicólogo? — sofie entrou em meu quarto. Largou os livros e sentou junto de nós. Em minha cama. — como assim, o que estar acontecendo?
— O que você acha que pode estar acontecendo, Sofi?
– Sabe , vocês se fazem de besta, mas Lauren é minha mãe e tanto você quanto eu, tenho direito de ajuda-la e se preferem me afastar vai ser bem pior. — avisou . — eu não sou uma criança, cresci e entendo das coisas. Preferia que fosse vocês que me aconselhassem com o melhor a se fazer.
— Sofia! — tentei impedi-la de ir embora. Dinah foi rápida e saiu atrás da menina. Calcei minha sandália e tentei acompanhar e assim que chego na sala, elas estavam abraçadas, Sofia Chorava compulsiva nos braços da maior. Dinah também chorava contida. Formos interrompidas pelo som da campainha. Eu fui abrir e encontrei Caio, com flores na mão.
— Caio... — chamava Sofia por cima do ombro de Dinah. Ela se afastou e DJ a cochichou algo, ela abriu um sorriso tímido. Teve suas lagrimas enxugadas pela maior que a tomou de volta para seus braços. — eu preciso ir agora.
— te trouxe flores. — Caio disse.
— Fica calma. Vamos resolver tudo isso juntas, por que juntas somos mais fortes. — eu estava encolhida e perdida no calor do carinho que Dinah transmitia.
— Eu vou dar uma volta com ele, não vou muito longe. — falava passando por mim.
— Estar tudo bem Sofi? — perguntou Caio quando lhe entregou as flores e ela deixou algumas lagrimas contente escaparem. Dinah estava olhando para o garoto perversa. Que lhe respondeu dando de ombros e o olhar curioso sobre mim.
— Estar. Camila, guarda pra mim?
— sim, deixarei em seu quarto.
Ela saiu abraçado por ele.
— Ele é um bom garoto. — falou Dinah cruzando os braços ao meu lado. — Eu vou ligar para Ally, conversar um pouco com ela.
— O que você falou?
— Falei que tudo ficaria bem. Ela não precisa se preocupar. — depois disso Ela me acolheu no seu abraço quente. Ficamos na porta um bom tempo, sem falarmos nada.
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