História Minha Garota - Camren - De olhos fechados

LAUREN

Casualmente passando em uma cafeteria avisto Naya, sentada com um livro na mão e a outra conduzia o liquido preto ate sua boca. Poxa a vontade de parar e falar com ela foi algo surpreendente para mim. Ultimamente as coisas só acontecem em minha vida. Prefiro não precipitar e estragar tudo. Naya parece ser uma boa pessoa, sabe conversar e fazer sorrir, possui senso de humor e é tagarela. Mas eu tenho meus motivos para acreditar que outra pessoa no momento não é bom pra mim. 

Sai caminhando rua adentro. Com roupais sociais e minha pasta a colo. O cabelo ficou do jeito que deu, eu pulei as cinco da manha da cama, tinha uma reunião com alguns empresários do estado. Eles estão planejando algo grande e para ser sincera não estou muito interessada em fazer parte. Prefiro continuar com os bares e boates de grande porte em meu nome, esse foi meu grande negocio e ate hoje vem dando certo, Alias, quem não tem me ligado é Ally, desapareceu com minha filha e suposto caso amoroso dela, tem dias.  Meu filho não atende minhas ligações...

— Lauren? — senti um cutucado em meu ombro. Naya estava linda, não sei quão besta fiquei com ela ali, virei-me para melhor observa-la e pensando bem eu poderia ter a cumprimentando. — que coincidência te encontrar.

— Não acredito em coincidência. — respondi forçando meu melhor sorriso.

— Besta. Para onde vai agora?

— Acabei de sair de uma reunião chata. To afim de ir para casa e dormir. — na real era o que mais queria, mas o olhar dela me mostrava que aquilo poderia ser mudado. — E você o que faz tão cedo acordada?

— Não dormi. Amanheci com alguns amigos , eles já se foram eu fiquei tomando um café. Você já?

— Já. Em casa comi torradas e com o  pessoal comi frutas.

— Qual seu trabalho? Se quiser posso te acompanhar ate em casa. — ela falou com tanta naturalidade, meu coração.

— Ate topo!

Não, eu não poderia topar. Pra falar a verdade , eu sei que ela tem uma filha, mas idade não. Aff tenho que apagar essas  lembranças e costumes antigos fora.  Isso é seguir em frente. Viver a vida, afinal Camz estava com um cara que eu não conheço. Ela debochou de mim, com o rostinho fofo, o olhar dela caindo, sabe? Tipo ela me seduzia ao mesmo tempo que me controlava , me dominava. Olhar moto dela, porra, é o pior defeito. Aqui estou eu novamente pensando na Camila. Isso estar me torturando. Ela se direcionou no sentindo da minha casa, não muito longe, mas entendem? Ela já estava me guiando. Não demoramos muito, abri a porta né. ElA observou cada canto. Puts. Ela acaba comigo. — Que tomar alguma coisa? Sei lá, agua, vodka? — dei de ombros.

— Não Lauren. Eu quero agua. Passei a noite tomando vodka. Se estiver afim não se importe comigo fique a vontade com sua amiga vodka. — retribuiu não se importando oferecendo um olhar absurdo de grudento.

— temos duas opções. — Sugeriu bem observadora — Ficamos aqui e você toma a vodka conversamos, ficamos aqui de boa. Por que eu quero te ouvir. Isso é difícil pra mim, sabe te passar isso, mas por favor entenda. Quero mesmo dividir isso com você. SEGUNDA!— Num estralar de dedos? Me tirou do transe das palavras e voltou a falar.— Ficamos aqui de boa, nos amassando. Essa é minha melhor opção.

— concordo! —respondi acompanhando seu raciocínio. — Vamos ficarmos de boa. O que gosta de fazer? Tipo, você curtiu a noite fora e deve estar cansada. — não queria ser grossa.

— Eu estou com você e pra mim estar maravilhosa nossa primeira manhã juntas.

Eu parei, travei, ela me olhava com a simples pergunta no rosto; vem. E não consegui mover um centímetro. Cocei a barba, querendo encontrar resposta pra mim e nada. Ela continuava me olhando, e eu parecendo veia.

— Eu estava frequentando uma clinica de psicologia. ENFRENTO problemas com drogas. Na maior parte do tempo, tento acreditar que nada disso me pertence. Preciso voltar pro meu começo e perceber onde errei nesse momento da minha vida, acredito que se eu souber é um ponto crucial pra mim.

— Crucial? — perguntou bem assustadora. — ALCOOLOTRA?

— Maconha. Eu gosto de fumar me faz esquecer do dia. É uma chatice ficar conectada toda hora, e toda hora pra mim é hora. — ela ria do meu jeito — Só que não tenho agora. E quando não tenho prefiro não ter. Mas também não é isso, eu prefiro me acabar e descobrir mundos. Ou TALVES seja medo de ser só.

—  Relaxa Lauren, uma ervinha não assusta. Eu já fumei, fumo algumas vezes com a galera. Oh a sofia fuma, só pra você se ligar.

— Será? Ela é tão certinha.

—Eu vi ontem, ela continua com o garoto de pele bronzeada e sexy, sem a namorada. — gostei, sofia se ferrou com essa.— EU gosto de ficar chapada de vez em quando. Não faz parte da minha vida, eu compreendo o medo. É Difícil  mesmo fazer ou realizar algumas coisas. Eu acredito que você tenha crescido com muita disciplina.

— meu pai, me educou bem. Foi na faculdade, mas tudo que não quero relembrar agora, te quero de agora pra frente. Saber que você é afim de mim, me ascende faíscas, quero acreditar, que...

Devaneios.

Era de madrugada, e ófrio adentrava janela da pausada que Camz escolheu pra gente passar o final de semana. Ela se apertou em mim, tão quentinha nem parecia estar procurando abrigo. Retirei minha mãos do alto da cabeça, abracei aquele corpinho que parecia ser tão frágil. Não fui capaz de ir até aquele frio e acabar com ele. Me aqueci com minha latina...

— Eu te amo Lolo. Brigada pelo dia maravilhoso. — ela falou com os olhos fechados. Não parecia estar falando comigo, era um sonho. — você é a faísca que me incendeia. Queimo junto ao teu corpo. — ela falava pra mim...

...

Eu não posso dar espaço. Camila tem que continuar sozinha. Eu a impedi de realizar muitos sonhos não posso deixar que ela fracasse, só que entre a gente não pode rolar mais nada, eu não vou suportar ficar encontrando com ela. É temos nossos filhos, mas vou tentar resolver tudo o mais distante possível.

... — me faz querer viver. — continuei a falar para ela que permanecia me olhando atenta —Acreditar que muitas coisas mudam é real, e que a gente corre e corre, sempre em círculos que é pra dar tempo do tempo nos encontrar. Ou não, talvez seja um caminho sem percurso, perdido e acreditando que era real.

— Ok, você deve estar chapada agora! — brincou

— Não estou mulher... — respondi sorrindo a moça simpática e de magia pura. — fica a vontade, vou guardar essa pasta já volta. —fiquei alguns segundo encarando a situação, criando coragem ; — Naya, eu topo que role algo entre nós. Mas prefiro ter calma estar, você apareceu bem na hora certa, mas não é hora certa ainda.

— Caramba, como você é melosa. Mulher vamos ficar de boa, aqui estar calor. Posso tirar a blusa? — ela me perguntou e nem me esperou consenti ela arrancou a blusa. E bem em cima da hora, a porta é quase arrancada. – levei as mãos aos céus e pensei: que maravilha.

Abri a porta... engoli seco Camila Cabello parada bem superior a mim. Aspecto preocupado, mas não me agradou a presença dela ali. No meio do combate a porra toda punk crazy e tudo que detinha a guerra era uma porta feia. — ME ENTENDE AGORA  e vai embora.— Foi tudo que consegui implorar e queria transmitir com minhas investida arregaladas para ela. Consegui a fazer  fraquejou se apoiando na perna esquerda. Não foi legal quando ela me mandou embora. Poxa Nicolas estava lá ela sabia. Nem olhando o garoto chorar, parecia causar comoção na mulher. Ser dos infernos.