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História Minha Gata - Penicillium


Escrita por: _StandByMe

Notas do Autor


Olá de novo meus amores

Pensei que não veria vcs tão cedo mas cá estou.

Good reading~

Capítulo 13 - Penicillium


Fanfic / Fanfiction Minha Gata - Penicillium

— Você vai pegar o jeito depois, acontece.


Disse Jimin, enquanto estavam na fila do caixa do mercado. Lisa ficou o caminho todo triste por ter queimado o arroz, então ele tentou tranquilizá-la. Ela suspira pesadamente.


— Tudo bem, mas vou ter de treinar sem você por perto.


— Por quê?


— Porque minha atenção vai toda para você, oppa! — Disse, em um tom bravo.


Jimin não conseguiu segurar e começou a rir, tentando disfarçar com as mãos, olhando para os lados.


— Do que está rindo? Estou falando sério, oppa.


— Tudo bem, vamos falar disso depois.


Após comprarem mais mantimentos, foram a uma feira, onde escolheram alguns peixes e verduras frescas. Andando por aquele lugar um tanto frio, Jimin pegou uma lagosta e finge atacar Lisa, que gritou ao ver aquilo. Ele riu e colocou o pobre animal marinho de volta no lugar. Pechinchou pelas barracas e conseguiu bons preços.


— Oi! Quanto tempo! — Disse a idosa, de porte baixo e cabelos grisalhos.


Estavam na parte aberta do lugar, onde havia verduras e frutas.


— Sim, muito tempo. — Disse com um sorriso, e se cumprimentam. — A senhora está bem? Melhorou do joelho?


— Ah, sim, melhorei. Obrigada querido. — Sorriu gentil.


— Fico feliz por isso. — Sorriu. — Não esqueça de tomar os remédios na hora certa.


— Sim.


Lisa o olhou docilmente, vendo como ele era atencioso com a mulher.


Jimin decidiu subitamente fazer um almoço especial para Lisa e Yoongi. Sentia-se de bom humor, mesmo após ter checado sua conta bancária. Afinal de contas, nunca fora mesquinho, se é para gastar com comida então que seja.


Ele escolhe algumas verduras e temperos, então andam mais um pouco. Após alguns minutos, avistam uma barraca que vendia espetinhos de porco, que Jimin gostava.


— Vou querer dois espetinhos, por favor. — Pediu.


— Claro. — Sorriu.


A mulher prepara-os e os pega da panela, enfim dando-lhes aquele suculento espetinho.


— Você e a sua esposa formam um lindo casal.


Jimin sorri, sem graça.


— Obrigado. — Dá o dinheiro a ela e continuam andando.


Andavam entre as ruas, enquanto saboreavam aquele espetinho. Logo, jogam o palitinho em um lixo perto do semáforo.


— Deixe eu segurar as sacolas, oppa, estão muito pesadas. — Disse, tentando tirá-las da mão dele.


— Não, eu vou carregar, não precisa fazer isso.


— Mas oppa…


Ele negou com a cabeça, se recusando a dá-las.


Lisa admirava-o, seu oppa estava estranhamente feliz. Algo nele estava diferente, desde ontem.


— Oppa, o que aquela moça quis dizer com “esposa”?


— Ela achou que éramos casados. — Riu nasalado.


— E o que seria isso?


— Hum… — pensou por um momento. — É um contrato que duas pessoas fazem quando estão apaixonadas, namoram e depois se casam. Se der certo, claro. Resumidamente é isso.


Lisa acena a cabeça, entendendo. Acabou se lembrando de algo.


— Ah, Jisoo falou sobre namorados. — Ressaltou.


— Sério? — Olhou-a brevemente.


— Sim.


— Se divertiu lá?


— Muito. Quero visitá-la mais vezes.


— Claro. — Sorriu, e acariciou brevemente a cabeça dela.


Continuam o trajeto, em silêncio, até pararem na beirada da calçada. Quando o sinal fica verde para os pedestres, atravessam a famosa rua de Seul em que as faixas formavam um “x”. Passaram muitas pessoas, quando de repente, surge uma pergunta de Lisa.


— Oppa, somos namorados?



(...)



— É o Taehyung. — Sussurrou.


Silenciosamente, empurra Jennie até o quarto de Jimin.


— Pelo amor de G-dragon, fique quieta! — Fechou a porta na sua cara.


Corre até a porta e abre-a.


— Olá! Como vai? — Sorriu.


— Bem… — respondeu, estranhando a atitude de Yoongi. — Trouxe sopa de ressaca e o chá. — Sorriu, mostrando a bolsa térmica.


— Ah, obrigado.


Ficaram se encarando por um tempo, enquanto Yoongi fica escorado no batente da porta com um sorriso.


— Posso entrar?


— Ah, claro, claro, foi mal. — Responde, abrindo caminho para o amigo passar.


Tae deixa a bolsa em cima da mesa, abrindo-a.


— Vou pegar um prato. — O mesmo vai à cozinha.


— De boa. — Sorriu sem graça, sentando-se na mesa.


Jennie andava em círculos, impaciente. Quando a voz do Tae ficou mais audível, se escorou na porta para ouvir o que estavam dizendo. Yoongi massageava as têmporas, ainda sentindo dor de cabeça. O amigo volta com o prato e um copo de água. Serve a sopa e senta-se junto a ele.


— Obrigado. — Sorriu, grato.


— Que nada, você é meu amigo. — Bate amigavelmente no ombro de Yoongi, sorrindo. — Espero que você melhore. Não beba muito, ok? Futuramente vai fazer mal.


— Vou tentar.


Os dois riem brevemente.


— Eu não te liguei, como soube que eu necessitava disso?


— Pelo estado que você estava ontem, nem precisava. — Sorriram.


De repente, ouve-se um estrondo vindo de trás do apartamento. Yoongi arregala os olhos.


— Que barulho foi esse? — Indagou, curioso.


— Não foi nada, deve ser o encanamento.


— Parece ter sido do quarto do Jimin. — Levantou-se da cadeira, indo em direção.


— Não tem nada lá, deve ser os vizinhos. — Parou em frente à ele.


— Acho que não.


Olhou em volta e viu uma bolsa feminina no sofá.


— Yoongi, tem alguém no quarto?


Sumir era o que Min Yoongi mais desejava naquele momento. Pensou em todos os palavrões possíveis em sua cabeça de descreveria sua situação. Sua ex namorada que é a atual do amigo do seu melhor amigo que agora é seu amigo está no quarto de Jimin. Que explicação ele daria a isso?


— Ahn…


Mas calma, ainda não sabia se estava realmente numa fria.


— Você trouxe uma garota para cá, né? — Sorriu malicioso.


Yoongi riu de nervoso e Taehyung achou ter sido um sim.


— Ok, não vou atrapalhar, já estou indo embora. — Sussurrou. Foi até a porta, acenando para ele.


Tae havia finalmente saído. Min vai até o quarto e abre a porta com tudo, e Jennie acaba tropeçando, já que estava escorada na porta.


— Que merda você derrubou aí? — Adentrou com furor.


Olhou minuciosamente o lugar, até que encontrou um prêmio que Jimin havia ganhado na faculdade, estatelado no chão.


— Desculpa. — contraiu os lábios, culpada.


— Ai Jennie… — Bagunçou os cabelos. — Jimin vai me matar! — Disse, com um tom de voz mais grosso.


— Mas você ‘tá bravo?


Yoongi a encarou com um olhar feroz, mas respirou fundo.


— Tudo bem.


Foi até a sala, ignorando-a e sentou-se no sofá, esticando-se, deitando a cabeça, ereto. Ela o seguiu, acomodando-se a seu lado. Como o silêncio estava irritante, Min resolveu falar.


— Por que ainda está aqui, hein? — Perguntou impaciente.


— Eu quero conversar com você. Sempre está viajando, eu nunca consigo conversar diretamente com você, nunca atende minhas ligações e sempre ignora minhas mensagens.


— A gente terminou, o que esperava que eu fizesse?


Min suspirou pesadamente. Ela não sairia dali se não de fato conversassem.


— Se você ainda sente algo por mim, por que está namorando o Taehyung?


Jennie respirou fundo e disse-lhe:


— Eu queria que… você ficasse com ciúmes.


Yoongi levantou do sofá e Jennie também.


— E você acha isso certo? Namorar o meu amigo só para me provocar? — Indagou,


— Não, mas nós…


— Não existe “mas” — interrompeu-a — E não existe “nós”! Você está ciente de que pode magoar uma pessoa?


— Sim, mas eu...


— Eu terminei com você porque já não estava dando certo. — Interrompeu-a.


A garota estava começando a acumular lágrimas em seus olhos.


— Se você tivesse mudado… — Olhou-a com ternura, ao pensar na possibilidade. — Mas não… Pelo visto, continua sendo a mesma pessoa egoísta e insensível de sempre. — Disse, indo até a saída.


Ele abre a porta e a encara.


Jennie não conseguiu mais segurar, deixando cair aquelas pequenas gotas de água de seus olhos. Pegou sua bolsa com raiva e passou por aquela porta, sem ao menos olhá-lo.


Fechou a porta irritado, indo direto até a mesa e sentou-se, provando a sopa novamente.


— Droga, está fria… — Balbuciou.


Se sentiu tão estranho de repente...



(...)



Jimin ‘P.O.V


— Oppa, somos namorados?


Aquela pergunta foi tão súbita que parei de andar. Ela faz o mesmo, me olhando, ansiosa pela resposta.


Encarei-a. O vento soprava em seus cabelos, enquanto a mesma me olhava com aqueles lindos olhos brilhantes.


Desde quando a vi pela primeira vez, não queria admitir, mas senti algo ao vê-la. Todo esse tempo estava desacreditado que tudo isso era real, com toda razão. Mas depois do que ela me disse ontem, não sei, algo está diferente. Ela se preocupa de verdade, é carinhosa e bondosa, não só comigo mas com todos que a conhecem. Ela é realmente encantadora. Não parece algo falso para mim, ou algo surreal.


Quando a beijei… Foi uma sensação que nunca tinha sentido antes, nem mesmo com Rosé.


Eu não sabia o que falar. Quer dizer, ontem foi tão bom quando eu decidi seguir meu coração. Por que não seguiria agora?


Deixei cair as sacolas que segurava, dei alguns passos apressados até ela, segurei em seu rosto, e a beijei ansiosamente. Não ligo mais.


Comecei com um selinho, sentindo novamente aqueles lábios que já estavam me deixando louco, até que decidi pedir passagem com a língua e Lisa cedeu.


Estranhamente ela soube o que fazer, a mesma apertou-me pela cintura e nosso beijo fluiu. Estava indo devagar, o que me fez aproveitar mais o sabor de sua boca. Nosso ritmo combinava perfeitamente, ela queria tanto quanto eu queria.


Isso estava tão bom, quando de repente alguns carros começam a buzinar, estávamos no meio da faixa e o sinal já havia fechado para nós. Imediatamente paramos de nos beijar e Lisa corre até o outro lado da rua. Peguei as sacolas, então a segui.


Respirei ofegante pela pequena corrida, então a chamei.


— Lisa! Espere! — gritei, a mesma me olha no mesmo instante. — Tudo bem?


— Sim. — Sorriu


— Vamos deixar tudo em casa, e falamos sobre isso. — Peguei na sua mão e fomos em direção ao meu apartamento.


Chegando lá, deixei as sacolas no chão, já que Yoongi provavelmente estaria em casa e apertei a campainha.


— Oppa, por que está fazendo isso?


— Vamos conversar em outro lugar.


Então descemos pelo elevador, indo até aquela praça bonita em que fomos da primeira vez que tomamos sorvetes. Não havia muita gente. O tempo parecia que estava esfriando, enquanto o vento batia nas árvores arrastando suas folhas esverdeadas. Um ótimo lugar para eu falar o que eu queria.


— Parece que essa pergunta é bem difícil de se responder. — Comentou, um pouco triste.


Parei-a com os braços e fiquei na sua frente.


— Lisa, o motivo de ter esperado esse tempo todo para responder, foi porque eu quero te dizer o que eu sinto, não porque a pergunta era difícil.


— Oppa, você é estranho. Ontem ficou tão amoroso de repente, o que foi ótimo. Mas eu não sei se você está levando a sério ou apenas brincando comigo.


— Não, jamais brincaria com você.


Ela estava falando como uma adulta agora, o que achei interessante.


— E hoje me beijou de novo. Não estou entendendo.


— Por isso quero explicar.


Ela me olhou sereno, enquanto o sol refletia sobre ela.


— Esse beijo não foi por impulso, eu estava ciente do que estava fazendo. Eu sinto algo em meu peito sempre quando te vejo, e quando ficamos separados ontem eu senti muito a sua falta.


Ela continuava me encarando, e um leve sorriso abriu em seus lábios.


— Eu estava pensando, e quando me perguntou sobre aquilo eu soube o que queria. Me desculpe se demorei para dizer, estava esperando o momento certo.


— Oppa, eu também sinto isso — sorri ao ouvir aquilo.


— Bem, eu… estou feliz por ter dito isso.


Ela ri nasalado.


— Eu… sinto como se tivesse borboletas no estômago quando penso em ti.


Sorri, aquela frase era tão brega, mas quando sai de seus lábios é tão bonito.


— Eu não me lembro de ter sentido isso antes.


Ela não se lembra? Então… aquele garoto nos seus sonhos não era um namorado? Então quem ele é?


— Você não lembra?


Ela negou com a cabeça.


Bom, vou pensar nisso mais tarde, agora quero me concentrar apenas nela.


— E agora, o que eu faço? — digo.


— Como assim? — Indagou, confusa.


Subitamente, a envolvi em meus braços.


— Acho que estou apaixonado por você, Lisa. — A abracei. — Não, tenho certeza.


Confessei, finalmente. Aquilo estava entalado na minha garganta, demorei tanto para admitir, mas antes tarde do que nunca. Senti um grande alívio ao dizer aquilo.


— Não sei quando começou. Talvez quando a vi pela primeira vez, ou talvez tenha sido ontem ou hoje. Não sei. — Continuei a apertando em meus braços, acariciando seu cabelo. — O que eu sei com certeza, é que quero vê-la o tempo todo. E quando não vejo você, fico ansioso.


A abracei mais forte, acho que estava com medo dela sair correndo. Como eu sou bobo. Ela não me responde.


— Então… podemos ser namorados.


A soltei.


— Eu gosto de você, e não me importo com as circunstâncias ou com o que os outros vão pensar. Eu quero você.


Estava nervoso, falei tanto em tão pouco tempo, mas talvez tenha sido melhor assim. Finalmente me abri e falei tudo o que eu sentia.


— Você é minha penicillium, Lisa.


Continuava a olhando, a mesma sorriu e pude ver um pequeno acúmulo de água em seus olhos.


— O que me diz? Você aceita? Digo… você quer que sejamos um casal? — Falo, ansioso.


Após alguns segundos nos encarando, ela subitamente pula em meus braços dizendo:


— Sim, oppa! Sim! — Disse, eufórica.


Sorri contente, então a abracei mais forte. Não queria sair de seus braços. Ficamos um tempo ali, um bom tempo...


(...)


— Oppa, a Jisoo disse, que namorados são como amigos, aí eu pensei “Nós conversamos muito”, não?


— Sim. — Ri, balançando a cabeça.


Ao pé da porta, digito a senha.


— Ela disse que se abraçam, e se beijam. Já fizemos isso também.


— Certo. O que mais? — a encarei, divertido, abrindo a porta mas sem entrar por enquanto.


— Se conhecem, trocam carícias e saem juntos em encontros. Então ainda temos que fazer isso.


— Mas você já não me conhece? — arqueei as sobrancelhas.


— Não totalmente. Eu não sei que comida você mais gosta, por exemplo — disse, chateada.


— Temos todo o tempo do mundo para isso. — Digo, acariciando seus cabelos.


— Eu vou chorar de emoção, que fofos! — Yoongi gritou, correndo até nós e nos abraçou. — Demoraram demais, senti muita saudade.


— Não nos vê desde ontem, eu entendo.


— Também senti saudades, Yoongi-hyung! — disse Lisa, acariciando os cabelos dele.


Então desfizemos o abraço e adentramos no meu domicílio.


— Já comeu? — indaguei, indo até a cozinha.


— Só uma sopa, Tae trouxe para mim. Isso e o chá de ressaca.


— Ele leva o “amigo” realmente a sério.


— Verdade. Ah, deixei as sacolas aí no balcão.


Yoongi foi sentar no sofá assistir televisão. Lisa me seguiu.


— Precisa de ajuda, oppa?


— Sim, pode lavar as verduras e guardar os peixes na geladeira.


Ela assente.


Ainda não posso deixá-la manusear uma faca, muito menos ficar no fogão. Algum dia eu sei que ela vai aprender.


— Talvez se pensar que eu não estou aqui te ajude a se concentrar. — Mencionei, olhando-a.


— Seria mais difícil, como iria me esforçar se você não está por perto?


— Então faça isso. — Sorri e ela também.


Pude perceber os olhos reguladores de Min Yoongi sobre nós. Ele estava desconfiado.


Enfim, terminamos o jantar. Peguei os pratos e pedi para Lisa pegar o suco na geladeira. Yoongi já estava na mesa.


Quando voltei para a cozinha pegar os acompanhamentos, Lisa faz o mesmo e pega copos. Pude perceber que acumulava-se pequenas gotas de suor na sua testa, então peguei uma pano que tinha na gaveta.


— Lisa.


A mesma me olha, direciono o pano até sua testa e limpo carinhosamente. Sorrimos, enquanto intercalava entre olhar em seus olhos e na sua boca.


Não posso negar que já sinto falta do sabor de sua boca.


Sentamos à mesa. Servimos um ao outro, em meio ao almoço, Lisa põe mais comida em meu prato, então faço o mesmo.


— Oppa — me chama.


Lisa direciona o hashi com comida na frente da minha boca, então eu a abro e ela sorri, contente.


— 'Tá, o que está acontecendo com vocês dois? — disse Yoongi, largando o talher na mesa, impaciente.


— O que foi? — indaguei, surpreso ainda com a boca cheia.


— “O que foi”? — indagou, indignado. — Primeiro vocês deixam sacolas na porta e somem sabe-se lá Deus onde, e ainda por cima vocês estão parecendo dois apaixonados não me falam nada do que diabos está acontecendo entre vocês dois eu estou enlouquecendo! — disse sem pausas.


Eu e Lisa nos entreolhamos. Bom, eu tenho que contar a ele, não?


— Bem, nós…


— Estamos namorando, Yoongi-hyung! — disse Lisa, sorridente.


Ele nos encarou, boquiaberto.


— 'Quê?


(...)


Rosé trabalhava naquela grande corporação onde Jungkook frequentava. Deu sorte ao conseguir uma vaga. Dá o seu máximo em tudo que mandam fazer, para não ser mandada embora.


De repente, um carro preto para em frente à porta, junto com vários outros carros de empresas, provavelmente de mídia. Estava rodeado por jornalistas, e então soube o que estava acontecendo. O seu dito cujo aparece, saindo de um conversível, vestido de terno e gravata, tornando-se extremamente atraente. Bom, não precisava de muito para isso, mas vê-lo com aquela roupa a deixou com vontade de tirá-la.


Rodeado por seguranças, ele caminha pelo saguão. Sério e impaciente, visto que andava apressado, contudo, seu caminhar ainda parecia que estava desfilando em uma passarela.


Ele a encarou, mas continuou seu caminho, ignorando-a. A mesma, um pouco incomodada, vai até ele.


— Oppa! — chamou indo até ele, mas os seguranças impedem.


Jungkook faz um sinal com a mão e se afastam alguns centímetros, então ela se aproxima.


— Que tal fazermos uma coisa hoje? — Sorriu, mordendo os lábios.


Ele vai até seu ouvido e sussurra:


— Se me chamar de oppa novamente, vou providenciar que seja demitida. Se quiser ser prostituta, vá a um bordel.


Rosé o olhou boquiaberta, com tamanha petulância do rapaz. Alguns jornalistas e fotógrafos se entreolharam.


— O quê?


Ele entrou no elevador e seus seguranças o seguiram, esbarrando na moça, que olhava para um ponto fixo, indignada.


— Jungkook! — o chamou, tarde demais. — Não acredito que ele falou isso. — Mordeu os lábios, incomodada.


Rosé, apesar da raiva, sentiu algo a mais, ela estava… Magoada. Ela nunca tinha se magoado com ele, mas hoje foi diferente, por algum motivo.


A ruiva vai até o banheiro, empurrando todos à sua frente, lava o rosto e respira fundo. Desde cedo estava sentindo enjôos, mas não sabia do que era.


Se sentou na tampa do vaso sanitário e trancou a porta.


— Idiota, babaca… Aish! — pôs os cabelos para trás, irritada. — Mas eu não vou desistir, eu tenho que ficar com ele. — Disse, determinada.


De repente seu celular toca. Era Jennie, sua amiga, então rapidamente ela atende.


— Alô?


— E aí, vaca? Tudo bem?


— Sim, sim, só um pouco… Nervosa. Ah sei lá.


— Vamos jantar juntas hoje?


— Pode ser.


— Aconteceu algo hoje e eu preciso conversar com você.


— Eu também preciso, estou meio mal.


— Então nos vemos à noite, onde sempre fomos.


— Ok.


Jennie encerra a chamada.


Subitamente, Rosé sente uma forte ânsia de vômito, rapidamente se abaixa e abre a tampa do vaso, vomitando ali mesmo.


— Que merda… — balbuciou.


E continuou…


(...)


— É isso mesmo que você ouviu. Você estava certo o tempo todo sobre meus sentimentos para com Lisa. Então decidi aceitar e seguir meu coração. Não fiz isso com a música?


Ele olhou para mim e depois para Lisa, boquiaberto. Subitamente ele começou a gritar que nem louco com os braços para cima, vem até mim e me abraça.


— Eu tinha razão, sociedade! Eu te falei seu corno!


— Eu sei, mas também não precisava me xingar. — sorri, envergonhado.


Lisa começou a gargalhar conosco.


— Me desculpa, não podia ter usado essa palavra,  é a emoção. Acho que ainda estou sob efeito do álcool.


— Também acho.


Começamos a rir.


Não achei que ele ia ficar tão feliz. Ele sabe por tudo que eu passei, e que é difícil sair de uma relação. Sempre me apoiou e tentou me animar. Eu não lembro de nenhuma vez que ele me deixou sozinho. Caramba Yoongi, você é meu melhor amigo mesmo.


Após comermos, Lisa foi tomar banho. Eu e Yoongi ficamos na cozinha, e enquanto lavava louça, ele enxugava.


— Jimin.


— Huh? — o olhei rapidamente.


Ele ficou alguns segundos em silêncio, então fiquei preocupado.


— O que houve?


Ele estava cabisbaixo. Nunca o vi assim há um bom tempo.


— Jennie veio aqui.


— O quê? — perguntei espantado. — Como ela sabe onde eu moro?


— Sei lá, aquela garota é louca.


— E o que ela quis com você?


— “Conversar” — imitou uma voz de mulher e estendeu a mão como uma.


Eu iria rir se ele não estivesse tão sério.


— E então?


Ele respirou fundo e disse-me:


— Ela deu em cima de mim Taehyung apareceu bem na hora e eu tive que escondê-la no seu quarto aí ela quebrou o seu troféu da faculdade discutimos e ela me disse que ainda gosta de mim e que está com o Tae só para me fazer ciúmes.


Fiquei impressionado com o fôlego que ele tem de tão rápido que disse.


— Você está bem? Espera, me explica isso direito. Ela quebrou o quê? O que ela fez com o Tae?


Ele foi até o sofá e sentou bruscamente, então o segui, sentando do seu lado, encarando-o.


— Ela quebrou seu troféu da faculdade. — Disse, tristonho.


— Dane-se isso. O que aconteceu entre vocês?


— Bem, ela continua a mesma. — continuou encarando a televisão. — Está com o Tae só para eu ficar com ciúmes e reatar com ela. Mas eu não vou, não enquanto ela continuar sendo do jeito que é. Isso é ridículo, o Tae não merece estar com uma pessoa dessas. Olha o que ela está fazendo com ele, Jimin, está o magoando. — Me encarou. — Se o Tae souber… — virou para o lado.


— Ele vai ficar péssimo… — disse.


— Pois é…


Pensei por um momento. O que poderíamos fazer para ele não sair machucado ou pelo menos não tanto?


— Enfim, vou andar por aí e espairecer a cabeça. — Yoongi se levanta, indo até a porta. — Não me espere para a janta.


— Okay. Ah, hyung! — o chamei.


O mesmo vira para encarar-me.  


— Não faça nenhuma besteira.


Ele solta uma piscadela e sai. Espero que ele não vá a nenhuma balada e chegue bêbado de novo. Não gosto de vê-lo assim e muito menos que vá a esses lugares.


Fui até meu quarto e separei minhas roupas. Vi o troféu que quebrou no chão, então o peguei e joguei no lixo ao lado da escrivaninha. Não me importava, já que era troféu da faculdade, algo que ganhei por me empenhar numa simulação de julgamento.


Sentei na cama e fiquei pensando na situação de Yoongi e Taehyung.


São amigos agora, mas o amor de uma garota pode acabar atrapalhando...


Lembrei de uma situação parecida que enfrentamos no fundamental.


Gostávamos da mesma garota, a mais popular da escola. Era de se esperar, não? Metade dos garotos admiravam ela. Éramos tão nerds e infantis, acabamos disputando pela garota, discutimos, para no final ela acabar namorando um babaca, e isso até os dias de hoje. Então, a partir daquele dia decidimos que, se gostarmos da mesma garota outra vez, nenhum dos dois ficaria com ela.


E nossa amizade prevalece até os dias de hoje.


De repente, escuto a porta sendo aberta. Olho de soslaio e noto Lisa abraçar meu pescoço por trás. Beijo carinhosamente seu braço. Sinto seu doce perfume exalar o ambiente.


— O que foi, oppa? — Indagou, timidamente em meu ouvido.


— Nada, é só… Eu só estou pensando.


— Uma garota está magoando o Tae mas ele não sabe.


— Não é melhor contar para ele?


— Sim mas… — Virei de frente para ela, a mesma sentou de pernas cruzadas, encarando-me. — Ele vai ficar muito magoado e pode brigar com o Yoongi, não sei.


Um silêncio instalou-se, por alguns segundos, até que Lisa decide quebrá-lo.


— E se… Ele gostar de outra pessoa?


A olhei, confuso.


— Olha, — remexeu da cama — se ele se apaixonar por outra pessoa, não vai sair tão magoado, já que estará ocupado demais com ela.


Bom, até que não seria uma má ideia.


— E quem seria essa pessoa?


Lisa deu um sorriso. Ela estava aprontando alguma coisa.


(...)



Yoongi passeava entre as ruas de Seul, pensante. Não queria que Taehyung estivesse passando por isso, mas por enquanto, fugirá o máximo que puder daquela mulher, pois nunca trairia um amigo. Enquanto passava por aquela ruas estreitas, avistou um lugar curioso e rústico, com casinhas de gato e potes de areia na frente, com alguns felinos.


— Hm… deve ser aqui que Jimin pegou a Lisa.


Uma dupla de garotas o olhou de cima abaixo. Ele as viu também e deu de ombros.


— Parece que nunca ouviram essa palavra na vida. — Disse debochado, em um tom mais elevado para que elas escutassem.


Yoongi aproveitou e olhou seu reflexo no vidro da porta, arrumando o cabelo, e acabou vendo dois homens conversando. Um usava traje preto, de porte alto, aparentava ser mais velho que si, e o outro homem muito mais ainda, parecia ter meio século de idade e tinha barbas brancas, semelhante às do papai noel. Pareciam dois loucos conversando.


Enfim, voltou ao seu percurso. Quando estava na metade do caminho, se lembrou da gatinha ter sido transformada na Lisa que é hoje. Arregalou os olhos e voltou para lá, mas não havia ninguém. Correu até o apartamento de Jimin. Ambos estavam assistindo algo na tv, quando Yoongi abre a porta com tudo, assustando-os.


— O petshop está aberto. — Disse Yoongi, ainda na porta, ofegante.


— O quê?




Notas Finais


Espero que tenham gostado desse capítulo, e queria falar para vocês que eu não estou conseguindo escrever os capítulos muito bem da fic, eu sinto que não está bom o suficiente, não tá tão bom, não quero publicar qualquer coisa aqui só pq estou apressada, sei lá tô meio insegura. Espero que entendam e não desistam de mim.

~XoXo


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