Namjoon...
Estava guardando minhas coisas depois da minha garota sair da sala, mostrando aquele lindo sorriso.
É incrível como aquela garota mesmo sendo tão tímida consegue me fazer bem ao seu lado.
Não suporto a ideia, de saber que seu pai lhe bate e eu não posso fazer nada para protegê-la desse monstro. Algum dia a tirarei daquela casa. Só tenho que reorganizar minha vida depois do divórcio conturbado que tive.
- olá professor! – a diretora entra e fecha a porta. – posso falar-lhe um minuto?
- sim! O que deseja senhora?
- por favor, não me chame de senhora! Chame-me pelo meu nome.
Ela aproximava-se com uma feição estranha.
- desculpe-me! Mas não estou entendendo? – soltei um riso abafado.
- bom querido Namjoon... – ela chega bem próxima a mim fazendo-me dar alguns passos para trás. – desde que você chegou nesse colégio, não consigo vê-lo apenas como funcionário!
- Diretora? Estou mais confuso do que antes?!
- Quero ter algo a mais com você...
- olha! Diretora a senhora só pode estar brincando?!
- porque estaria?
Ela se aproxima mais colocando suas mãos em meu peito.
Retiro-as em seguida.
- espera!
- por quê?
- estou apaixonado por outra pessoa!
- Sim! – Ela solta um sorriso sarcástico, e anda próximo a uma classe. – Por acaso é a aluna que você beijava lá na rua?
Eu tentei me fazer de desentendido, fazendo uma cara de confusão.
- do que a senhora está falando?
- não banque o fingido! Eu vi tudo da minha janela. – Ela aproximou-se mais uma vez. – ah Nam... Como pode se apaixonar por uma pirralha como ela?
- ela pode até ser uma “pirralha”, mas tem muito mais caráter do que “muitas” por aí...
- Ai essa doeu querido.
Ela percebeu a indireta. Sorrindo sarcástica como sempre.
- Nam... Nam... Porque que invés de jogar ódio com os lábios venha e me dê um beijo!
- o que? A senhora só pode estar louca?
- Ai querido você não sabe do que sou capaz!
- o que vai me demitir? Se quiser eu mesmo saio?!
- claro que não! Vou fazer algo com sua querida amada rs.
- eu não vou deixar ninguém se aproximar dela!
Falei firme segurando seus braços.
- eu não precisarei chegar perto dela, para fazer o que quero!
- do que está falando?
- posso expulsa-la da escola! Assim farei com que seu “querido” papai a espanque como sempre fez.
Agarro-a pelo pescoço sem sufoca-la (ainda). Meus olhos queimavam de raiva fitando-a, ela continuava com o mesmo sorriso nos lábios.
- como sabe disso? E nunca denunciou para ninguém! Você é um monstro mesmo!
- simples o próprio pai dela me contou, quando estávamos transando.
Soltei-a com certo nojo.
- que nojo! – exclamei olhando-a com raiva. – como? Porque sente tanta raiva dela?
- eu não sentia raiva dela até você chegar! Eu sentia raiva de sua mãe!
- por quê?
- porque eu estudei um tempo no Brasil, e ela era da minha turma. Era a mais popular e todos a amavam, e quanto a mim era a nerd da turma a mais feia de todas.
- isso não é raiva! Isso é inveja! – sorrio sarcástico recebendo um olhar mortífero de sua parte.
- inveja? Hum talvez que sabe? Agora não importa! O que importa é você e eu...
- Você está louca! Não existe você e eu na mesma sentença!
- mas vai existir, ou então faço que disse que ia fazer!
Naquele momento eu só queria esgana-la ali mesmo.
Ela aproximou-se de novo, eu fiquei paralisado com nojo de sua cara.
Ela tocou seus lábios com os meus, nem se quer fiz o trabalho de abrir minha boca.
A única coisa que queria era vomitar.
Ouvi um barulho.
É _________, ela viu aquilo! Droga!
Ela observa com um olhar de tristeza.
Ela respira ofegante, e sai correndo da sala.
- _____________!
Gritei-a, mas ela continuou correndo. Vire-me para ver a bruxa.
- Viu o que você fez?!
- “buá” Ela vai chorar. – ela gargalha em desdém. – que “bonitinha” está apaixonada como você. Isso me dá até dor de barriga.
Aproximo-me para pegar eu seu pescoço. A vontade de torcê-lo e só parar quando ela estivesse desacordada era grande, mas parei no meio do caminho apenas pegando minhas coisas de cima da mesa.
Sai a passos firmes pelo corredor até chegar à sala dos professores, fui direto para o banheiro. Ligando a torneira e jogando a água em meu rosto. Tentava controlar minha raiva daquela mulher, tenho que pensar um jeito de acabar com ela! Mas como?
O pior de tudo foi que _____________ viu tudo... Devo imaginar como ela está agora! Queria ir lá e esclarecer tudo, mas depois do que ela viu não sei acreditaria.
Voltei para a sala dos professores, sem a menor disponibilidade de ficar ali.
Ouvi o sinal tocar! Não posso esperar até o final da aula tenho que ir falar com __________!
Esperei até os professores saírem, dei um tempo até levantar-me e seguir pelo corredor.
Minhas mãos suavam muito por conta do nervosismo.
Cheguei à sala dela e estava aberta! Consegui vê-la debruçada em cima de seus braços. Corta-me o coração saber que ela estava chorando.
- Professora? Posso falar com a senhorita ___________?
Ela levanta um pouco sua cabeça e quando percebe que era eu volta a debruçar-se.
- Claro professor! Senhorita por favor?!
- professora com todo o respeito, não estou a fim de falar com ninguém!
Ela exclama com a cabeça baixa ainda.
- mas senhorita...
- é urgente! – Exclamei fitando-a.
- É seu professor que está mandando! Agora vá!
Ela levantou-se, estava pálida. Ela parou der repente colocando sua mão na testa e apoiando-se na classe.
- ___________? – Larry exclama segurando-a.
Entrei na sala as pressas segurando-a. Percebi ela amolecer desmaiando em seguida.
Todos os alunos vieram para tentar ajuda-la.
- professora vá chamar ajuda!
JungKook exclama, para a professora.
Eu a segurava em meus braços tentando faze-la reagir.
- Amiga acorda pelo amor de Deus! Não me dá um susto desses!
Larry segura seu rosto.
Resolvi pega-la no colo e leva-la para enfermaria já que a professora estava demorando em voltar.
- Deem passagem para o professor passar com ela!
Jin exclama levando todos para trás para que eu pudesse passar.
Larry nos acompanha até a enfermaria.
Entrei e a coloquei na maca.
- Podem se retirar para que eu possa examina-la!
O enfermeiro exclama!
Larry e eu saímos até corredor esperando o enfermeiro dar noticias.
Sento-me no banco com as mãos eu meu rosto. Larry se escora na parede a minha frente.
- Você sabe que tudo isso que está acontecendo com ela é sua culpa?! – Ela exclama fazendo-me olha-la. – Não finja que não sabe ___________ me contou tudo chorando.
Abaixei minha cabeça fitando o chão.
- você não sabe o que diz! E nem o que acontece!
- hum, eu não sei professor? _____________ me contou o que viu na sala! E eu não sei o que acontece?
- ela viu uma coisa totalmente errada!
- há “prof.” vai me dizer que ela viu uma miragem?!
- não seja sarcástica comigo! Estou tentando te explicar...
- não é para mim que você tem que explicar, e sim para ela!
Larry aponta para aporta da enfermaria. Em seguida o médico sai da sala.
- e aí? Doutor como ela está?
Nós nos aproximamos do enfermeiro querendo noticias.
- felizmente não foi nada grave, apenas a pressão dela baixou um pouco! Ela só precisa descansar! E não ter nenhum estresse.
- ela está acordada?
Pergunto.
- sim!
- posso entrar para falar com ela?
- acho que você não ouviu o médico! Ela não pode se estressar!
Larry exclama, com certa revolta na voz.
- eu o ouvi, só preciso de alguns minutos!
- pode entrar professor, mas não a cansem!
Entramos na enfermaria, e ela continuava deitada dessa vez com a cabeça virada para a janela.
- Amiga! – Larry exclama, abraçando-a. – nunca mais me dê um susto desses!
- desculpa! Não foi minha culpa!
Ela exclama olhando a amiga, nem percebeu que estava ao lado dela.
Ela virou a cabeça fitando-me.
- o que faz aqui?! Eu quero que saia daqui agora!
Ela exclama furiosa com os olhos lacrimejando.
- eu preciso te esclarecer!
- esclarecer? Desculpa Namjoon, mas está tudo muito claro na minha mente! Você apenas me usou para seu divertimento. Apenas mais uma aluna boba encantada por seu professor!
- claro que não __________! Não é isso que você está pensando...
- mas é claro que é! E o que ainda está fazendo aqui? Já disse para ir!
- por favor, professor...
Larry pediu calmamente.
Abri a porta ouvindo o choro de __________ sendo abafado pelo abraço de Larry. Meu coração se quebrou novamente ouvindo seu choro desesperado.
Infelizmente tive que ir para casa, pensar em um plano para convencê-la de que aquilo que ela viu foi um mal entendido.
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