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História Minha Melhor Amiga - A verdade dói parte II


Escrita por: anafelissimo

Notas do Autor


Michael e Jennifer tem muito o que resolver tanto um com outro como consigo mesmos. Mas isto pode ser mais difícil do que se imagina.

Capítulo 23 - A verdade dói parte II


 

 Jennifer chegou ao salão de beleza da Pam era um espaço amplo luxuoso com dois andares com o que havia de mais moderno em termos de estética e uma clientela distinta. Aquele salão tinha sido um pequeno presente do Michael para agradecê-la por ter salvado literalmente a sua pele anos atrás. Jennifer era além de amiga da dona frequentadora assídua do espaço tanto que nem precisava marcar hora ao chegar já era encaminhada para o melhor cabelereiro do lugar. Ramon era homossexual de origem latina com boa aparência, extremamente solidário com os problemas das suas clientes Jennifer o tinha como seu confidente e amigo. Enquanto ele enrolava seu cabelo, a manicure cuidava de sua mão tensa, pois era novata e aquela era uma cliente importante.

 -Ramon você não vai acreditar no que o canalha do meu marido fez. –Começou seu desabafo feminino tão comum naqueles salões.

 -Me diga minha diva. Oque ele fez para magoar seu coração? –Disse Ramon com seu tom de voz quase paternal.

 -Sabe que eu estava louca pra ir com ele naquela festa de gala que ele foi convidado. Além de não me levar aproveitou a oportunidade para paquerar uma loirinha. –Completou revirando os olhos. –Enquanto eu fiquei maravilhosa pra nada. –A cliente ao lado a olhava pelo canto do olho

 -E como você ficou sabendo de uma coisa dessas?

 -Ele teve a cara de pau de dar o numero lá de casa pra ela. Fui eu que atendi pediu para falar com ele claro. –Apertou os dentes ao lembrar. –Tive vontade de xinga-la de todos palavrões possíveis.

 -Você fez isso? –Perguntou quase sussurrando.

 -Nada fingi ser uma empregada para descobrir se tinha rolado alguma coisa. Também não ia deixar os dois de sobre aviso.

 -E rolou alguma coisa?

 -Esta falando de sexo? Parece que não.

 -Tem certeza que não era assunto de trabalho? –Tentou amenizar a situação.

 -Que nada ele já arrastava a asa para ela a um bom tempo. Ai! –Exclamou quando a manicure machucou seu dedo se distraindo com a conversa. –Cuidado!

 -Me desculpe senhora não vai acontecer de novo. –Disse a moça abaixando a cabeça.

 -Assim espero. –Se ajeitando na cadeira continuou. –E eu ainda tenho que aguentar a família dele se bem que meus cunhados não são de todo mau. Pelo menos dois deles são bem interessantes. –Brincou. –Mas a minha sogra ela sim e detesta não quer nem ver o neto a velha.

 -Tá pensando em pedir o divorcio? –Perguntou Ramon colocando os bobs em seu cabelo.

 -E deixa-lo livre para se divertir enquanto eu fico sem nada nem pensar.

 Jennifer continuou com seu monologo com Ramon entretido em terminar seu penteado enquanto ela enaltecia seus atributos ressaltando a sorte de Michael em tê-la como mulher. Na cadeira ao lado uma senhora balançava a cabeça, nunca tinha ouvido uma mulher que se adorava tanto quanto aquela jovem bonita, mas tão cabeça oca. Aquilo chegava a ser engraçado ate que num descuido a manicure esbarrou num vidro de esmalte derramando tudo sobre a bolsa Chanel de Jennifer.

 -Olha o que você fez sua desastrada! –Jennifer gritou se levantando da cadeira. Assustando quem estava ao redor.

 -Sinto muito senhora. –Disse a moça tentando inutilmente limpar o esmalte do couro.

 -O que você tem na cabeça? Minha Chanel nova.

 -Eu posso pagar por ela. –Disse a jovem quase chorando.

 -Nem se você trabalha-se a vida inteira iria conseguir comprar outra igual. Isto é original não veio das lojinhas onde você compra suas coisas.

 -Cale essa boca. –Disse a mulher do lado se levantando para defender a moça. –Você não tem o direito de falar com ninguém assim.

 -Mas é que ela... –Jennifer tentou se explicar.

 -A moça já te pediu desculpa. O que mais você quer? Chega de tanta futilidade! Não é a toa que seu marido esta com outra nem eu aguentaria uma mala como você.

 Jennifer ficou parada por alguns segundos depois que a mulher saiu ate ter um ataque de choro, que deixou todos no lugar sem saber direito como reagir ela parecia a beira de um ataque. Ramon a levou direto para o escritório da Pam depois de explica rápido e detalhadamente o que tinha acontecido deixou as duas as sós para conversarem. Pam lhe deu um copo d’agua enquanto ligava pra Hazel pedindo que as encontra-se no salão, depois do que Ramon lhe contou soube que precisaria de reforço.

 -Jenni se acalma, por favor. –Pediu lhe entregando uma caixa de lenços.

 -Como é que eu posso me acalmar com tudo o que tá acontecendo comigo?

 -Ramon me contou o que aconteceu. Que cena foi aquela amiga?

 -Você não tem noção do que aquela mulher me disse.

 -Você não tá assim por causa do Michael?

 -Também. Pam você acha que eu sou fútil?

 -Fútil é meio pesado, mas você nunca ligou para que os outros dizem. Por que tá me perguntando isto?

 -E se for verdade que Michael tá com outra por não me aguentar mais.

 -Isso não desculpa. –Disse Hazel entrando.

 -Chegou rápido. –Observou Pam.

 -Você disse que era urgente oque aconteceu?

 Pam recontou a historia inteira quanto mais ouvia sobre o que tinha feito mais Jennifer se sentia envergonhada e se convencia de que aquela mulher estava certa ela era fútil. Pensou na coitada daquela moça que se tornou alvo da sua raiva como deveria estar com medo de perder o emprego talvez ela seja que devesse pedir desculpas.

 -Há quanto tempo as coisas estão ruins entre eles?

 -Acho que desde que se casaram. –Respondeu Pam.

-Me digam uma coisa eu sou uma perua arrogante?

 -Jenni você não precisa passar por isso agora. –Disse Hazel tentando poupa-la.

 -Por favor. –Insistiu com olhos vidrados.

 -Amiga. –Pam resolveu abrir o jogo. - A verdade é que você tem mudado muito nos últimos tempos e não foi para melhor.

 -Continue. –Pediu engolindo o choro.

 -Antes você estudava, gostava de sair, ajudar as pessoas. Depois que e casou você simplesmente parou de viver sua vida fica atrás do Michael igual a uma sombra. E quando ele não esta por perto faz compras ou cabelo para passar o tempo.

 -Sabemos que esta tentando cumprir seu dever. –Explicou Hazel. –Mas isto não é saudável você não pode viver sua vida através de outra pessoa, mesmo que seja seu marido. Me diga uma coisa você quer ir nas premiações para ficar perto dele ou para se exibir com seu marido rico?

 -Eu não sei. –Completou voltando a chorar.

 -E a Jennifer que eu conheci jamais surtaria por causa de uma bolsa por mais cara que fosse. –Disse Pam segurando a bolsa manchada.

 -Eu sou um monstro! –Disse redobrando choro estava botando pra fora todo o que tinha guardado todos estes anos.

 -Não. Não é. –Disse Pam colocando seu cabelo pra trás. –Você só esta confusa se casou muito nova com cara rico e famoso. Sua vida virou de cabeça pra baixo não deu pra segurar todas as pontas. Isto mexeu com a cabeça de todo mundo imagina a sua.

 -Mas o que eu vou fazer?

 -Você vai para casa refletir sobre tudo isto e pensar em algo para fazer com sua vida. –Disse Hazel.

 -Qualquer coisa sabe onde nos encontrar. –Afirmou Pam segurando sua mão.

 -Jenni você esta se sentindo bem? –Perguntou Hazel vendo que seu choro não cessava.

 -Estou só precisava desabafar. Pam pode chamar a moça que derrubou esmalte na minha bolsa?

 -Por quê? - Perguntou um pouco preocupada.

 -Eu gostaria de pedir desculpas.

 -Você não é obrigada... –Disse Hazel vendo seu estado.

 -Eu preciso.

 -Só um minuto. -Pam chamou a moça que entrou um pouco assustada no escritório já prevendo sua demissão

 -Olá qual o seu nome? -Sentada no sofá Jennifer havia recobrado sua calma e postura habitual.

 -Carol senhora. Eu só queria dizer que sinto...

 -Carol. –Jennifer a interrompeu. - Eu queria pedir desculpas pelo modo como te tratei. Eu não tinha o direito, por favor, me perdoe.

 -A senhora não tem por que se desculpar fui eu que estraguei sua bolsa.

 -Aquilo foi um acidente eu não devia ter gritado. Sinto muito.

 -Esta tudo bem senhora não foi nada.

 Depois que a moça saiu Jennifer decidiu ir pra casa precisava descansar e ainda tinha um assunto pendente Michael não iria se livrar tão fácil. Ao chegar em casa jogou a bolsa estragada no lixo e tomou um longo banho para se acalmar estava exausta, mas ainda tinha muito o que fazer. Assim que saiu do banho vasculhou as gavetas e agendas dele e busca de alguma pista do que estava acontecendo precisava saber a verdade, mas não encontrou nada. Checou os bolsos do esmoquin que Michael usou na  noite anterior, ate que em um deles encontrou o papel  com o numero da Brooke. O guardou consigo e esperou que Michael chegasse a casa os dois teriam muito que conversar.

 Enquanto isto no estúdio Michael mexia na mesa de mixagem organizando os arranjos de uma de suas canções não estava satisfeito com aquilo faltava alguma coisa. Por falar em insatisfação refletiu sobre o que tinha acontecido com seu relacionamento, sentia que estava cada e mais difícil levar este casamento adiante. Sua perda de interesse pela Jennifer não tinha uma origem física apesar de este interesse ser era constrangedor admitir, as fazia algum tempo que seu corpo reagia a simples presença dela. Por mais que tentasse ele era diferente dos outros homens precisava de mais do que seios e bunda para se excitar, precisava de alguém capaz de conversar como ele de fascina-lo. Depois de todos aqueles anos ela continuava linda talvez ate mais do quando se casaram, mas já não era a mesma garota pela qual se apaixonou parecia ter perdido uma parte de si pelo caminho. Os dois já não tinham nenhum assunto melhor ela não tinha nada que valesse a pena escutar e ele não nasceu para ficar sorrindo enquanto ouvia fofocas e bobagens. Ela tinha ficado assim com o tempo ou ele não tinha se dado conta antes?

 -Mike. –Tito chamou vendo que ele estava distante.

 -Que foi Tito?

 -O pessoal já foi embora você ainda vai demorar?

 -Só mais um pouco. Já vai?

 -Sim vou aproveitar a noite com a Dee Dee. Por que não faz a mesma coisa?

 -Não vou atrapalhar vocês? –Os dois riram e Tito puxou um banco para conversar.

 -Faz um tempo que você tem ficado ate mais tarde problemas com a Jenni?

 -Não tá tudo bem.

 -Mike eu sou seu irmão me conta. O que tá pegando?

 -Ela quer que eu passe um fim de semana com ela em algum resort.

 -E por que não a leva? Ia te fazer bem descansar.

-A gente não tá conseguindo se entender.

 -Ciúmes?

 -Não este é o menor dos nossos problemas. É que ela não para de reclamar que eu não lhe dou atenção nem a levo aos eventos.

 -E isso é um problema?

 -Quando se vive debaixo do mesmo teto que ela sim.

 -Como você resolve isto?

 -Compro alguma coisa de grife para ela.

 -E dá certo?

 -Por um tempo, mas depois recomeça tudo de novo. Estou ficando cansado.

 -Michael vocês se casaram muito cedo. E desde que se casou com a Jenni você resolve seus problemas conjugais com presentes caros. Manda ela do salão pro shopping e do shopping de volta pro salão. É a única vida que ela conhece.

 -Então a culpa é minha?

 -Sei que você queria compensar sua ausência por causa do trabalho, mas não pode ignorar uma mulher o tempo todo e depois compra-la com presentes quando precisar dela.

 -E o que eu faço agora?

 -Vai pra casa conversar com ela conserte as coisas. –Disse se levando para sair já na porta completou. –Vai pra casa irmão vai.

 Michael chegou em casa com flores para Jennifer queria se entender com ela se desculpar pelo seu comportamento dos últimos tempos talvez fazer a viagem que ela tanto queria. Recebeu o recado da Brooke havia se esquecido completamente dela, tinha dado o numero da sua casa ao invés do da residência da família Como pode ser tão burro?  Resolveu ligar para ela por um ponto final naquela historia antes que alguém se machucasse, mas não lembrava onde tinha guardado seu numero. Se arrependimento matasse pensou enquanto procurava aquele bendito papel estava olhando nas gavetas do escritório quando uma voz o assustou.

 -Esta procurando por isso? –Perguntou Jennifer reclinada no sofá com o papel entre os dedos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então parece que o tempo fechou.
Continua?


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