1. Spirit Fanfics >
  2. Minha Melhor Amiga >
  3. Desilusões

História Minha Melhor Amiga - Desilusões


Escrita por: anafelissimo

Notas do Autor


Oi gente eu espero que gostem deste capitulo.
Beijos

Capítulo 67 - Desilusões


Já passam das dez da manhã quando Michael se levantou ele estava exausto mal havia dormido, sentindo o seu corpo dolorido se sentou na cama esfregando o rosto numa tentativa de despertar. Contemplou o silencio do quarto vazio o fazendo se lembrar de que sua família não estava mais naquela casa, sentindo como se não pudesse manter a si mesmo de pé se arrastou ate o banheiro. Ao lavar rosto parou alguns momentos se olhando no espelho percebeu que sua aparência estava péssima, observou as marcas de cansaço e seus olhos vermelhos devido à insônia e as lagrimas. Há alguns meses aquilo seria motivo o suficiente para que ele não quisesse sair de casa ou ligar para Karen, mas agora tinha coisas muito mais importantes com que se preocupar do que a sua aparência. Sua família o havia abandonado e não tinha ninguém a quem culpar por aquilo além dele mesmo, comparado ao que estava vivendo não estar com a sua melhor aparência não era absolutamente nada. Tinha passado a noite inteira se revirando na cama enquanto as lembranças do dia anterior o atormentavam, ainda não acreditava como tudo em sua vida pode desmoronar de uma hora para a outra. Lembrou-se do que Tito havia dito talvez nem tudo estivesse perdido afinal, respirou fundo e foi se arrumar precisaria de toda sua calma e bom senso além de sorte se quisesse convencer Jennifer a perdoa-lo.

 Em seu quarto Jennifer terminava de separar as roupas por nas malas tinha pressa em terminar, ainda faltavam seus casacos que estavam na lavanderia precisaria deles no lugar para onde iria. Não confiava nas empregadas para este trabalho não havia como elas saberem exatamente o que pretendia levar e não queria correr o risco de ficar sem algo que iria precisar estando em outro país. Após ver que ela havia se acalmado Pam e Vic a tinham deixado sozinha depois das onze para que ela pudesse descansar, mas Jennifer não dormiu não conseguia passou as ultimas 48 horas em alerta. Ao invés de ficar na cama se lamentando decidiu seguir em frente e colocar sua vida em ordem, tanto que naquela manhã havia tido duas reuniões uma com o seu agente e outra com o seu advogado. A única sensação que parecia tomar conta de seu espirito desde que havia descoberto tudo aquilo era a de estar cheia, já não aguentava mais ter que lidar com Michael, o divorcio, a mídia tudo a tinha cansado. Não queria mais se envolver com nada daquilo por isto tinha entregado os pontos, mas não havia motivos para ficar triste o mundo era grande e poderia encontrar um lugar onde pudesse recomeçar. Por mais difícil que fosse precisava juntar os cacos e seguir em frente já não havia mais nada para ela ali, estava pensando em como iria reconstruir sua vida quando ouviu baterem na porta.

 -Entre. –Disse fechando uma das malas.

 -Com licença senhora Jackson. –A empregada pediu ao entrar. –Seu ex-marido esta na sala e pede para vê-la.

 -Oque esse homem ainda quer de mim? –Se perguntou com raiva

 -Eu não sei senhora.

 -Diga a ele que não estou.

 -Eu tentei, mas ele já confirmou com porteiro que a senhora esta em casa.

 -Porcaria.

 -Devo manda-lo embora?

 -Não. -Respondeu se levantando. -Eu vou recebê-lo.

 Na sala de estar Michael esperava por Jennifer pensando em quais palavras usar para explicar a investigação, sabia que tinha errado ao agir daquela forma ainda mais depois que se entenderam. Lutou contra a ansiedade crescente que parecia querer sufoca-lo pensando que Jennifer não o receberia, perguntou-se como ela teria passado aquela noite provavelmente estava sofrendo tanto quanto ele. Olhou em volta se lembrando da dança que tiveram naquela mesma sala aquele foi um dos momentos mais mágicos que já havia vivido, mas também tinha sido o mais dolorosos quando se despediram. Provavelmente Jennifer deveria o estar odiando aquela altura, mas tinha que pelo menos tentar explicar o que tinha acontecido ela precisava perdoa-lo não seria tão cruel ao ponto de deixa-lo assim. Michael foi tirado de seus devaneios pelo som dos saltos sobre o assoalho, sentiu o coração saltar ao ver Jennifer se aproximar usando um vestido preto curto se levantou para cumprimenta-la.

 -Como vai Jennifer?

 -Não tão bem quanto você. –Respondeu lhe indicando o sofá. –O que deseja?

 -Precisamos conversar. –Disse se sentando de frente para ela.

 -Por quê? Eu me esqueci de assinar algum documento?

-Jennifer eu entendo que esteja zangada você tem toda razão em sentir raiva, mas eu...

 -Não Michael. –Respondeu de maneira calma. –Você está enganado eu não estou com raiva apenas um pouco constrangida.

 -Constrangida?

 -Sim tenho que admitir que seja muito vergonhoso para uma mulher adulta acreditar em algo tão tolo como um sonho adolescente. –Disse lutando para conter as lagrimas. –Eu fui muito ingênua.

 Aquelas palavras queimavam como óleo fervente despejado direto sobre o coração de Michael, ouvir Jennifer dizendo que sentia vergonha por ter acreditado nele era como ter a carne rasgada. Sua expressão junto com o vazio em seu olhar denunciava a mais completa desilusão, viu todos os sonhos dela e o que restava de sua de sua inocência morrendo diante de seus olhos e isto o destruía. Ela não estava querendo brigar nem exigindo explicações apenas ficou olhando para as próprias mãos em silencio, não havia mais o brilho intenso em seu olhar era como se estivesse morta por dentro. Sabia que o quanto ela estava magoada a conhecia bem de mais para acreditar que aquilo não a afetava, por mais que Jennifer tentasse disfarçar podia ver que estava sofrendo com tudo o que aconteceu. Michael não suportava vê-la assim isto lhe dava vontade de abraça-la consolando, mas não se atrevia a toca-la podia imaginar a repulsa que deveria estar lhe causando pelo que a fez passar.

 -Você não foi ingênua apenas se permitiu viver um momento de magia não há nada de errado em se permitir ser feliz. Não tem noção em como eu me senti ao te proporcionar isto.

 -Sabe o que é engraçado? Se você queria tanto que eu assinasse aqueles papeis era só me pedir. Não precisava ter armado todo aquele circo para me convencer.

 -Aquilo não foi um circo nem teve nada haver com o processo, a ultima coisa que passou por minha cabeça quando organizei aquele baile foi em me divorciar. Por favor, me deixe explicar como tudo aconteceu.

 -Então se explique. –O desafiou.

 -Jennifer quanto eu contratei aquele detetive nós dois ainda estávamos casados e eu comecei a desconfiar de você. Depois veio o divorcio e nos vimos no meio de toda aquela guerra, atacando um ao outro de todas as maneiras por isto recorri a isto para te atacar. Eu sei que agi mal e que você não merecia passar por tudo isto sinto muito.

 -E depois?

 -Como assim?

 -Michael por que você não me disse nada depois que nos reaproximamos?

 -Jennifer tinha muita coisa acontecendo ao mesmo tempo eu não sabia se nossa reaproximação iria funcionar mesmo. E eu também não sabia como você reagiria a esta noticia.

 -Então por que não mandou seu advogado parar com a investigação depois que nos reaproximamos?

 -No começo eu não sabia o que você queria ao me procurar no hospital. Depois eu simplesmente parei de pensar nisto.

 -Não me diga que se esqueceu disto você tem uma maldita memoria fotográfica! –Gritou com raiva.

 -Você tem razão eu deveria ter dado um fim a aquela historia de relatório quando nos começamos a nos entender.

 -Eu passei semanas ao seu lado naquele hospital enquanto seus advogados me investigavam. –Lembrou o fuzilando com o olhar. –Isto é errado.

 -Você tem razão. –Admitiu dando um longo suspiro. –Jennifer entenda que tudo eu fiz foi antes de nós nos reaproximarmos estávamos em pleno processo de divorcio.

 -Não me importo com quando ou onde você fez isto, mas pela forma como agiu você tentou tirar o Phil de mim. Por que foi tão baixo?

 -Eu fiquei tão furioso por tudo que você tinha feito depois daquela briga que tivemos aqui que não me importei com mais nada. Estava tão revoltado quando você disse que poderíamos ser amantes realmente achei que não seria uma boa mãe para ele.

 -Você conversou comigo em como era bom ter minha amizade enquanto sua equipe revirava minha em busca de algo pudessem usar contra mim. –Disse se levantando irritada. –E ainda quer me dar lição de moral? Sinto muito, mas isto eu não posso aceitar.

-Jennifer eu não quis dizer... –Tentou se explicar.

 -Michael chega. –O interrompeu. –Eu realmente não estou interessada em nada que você tenha a me dizer tudo o que quero é que você saia da minha casa.

-Esta bem com licença. –Disse se retirando.

 -Antes que saiba por terceiros eu vou para a Itália a trabalho e Phillip ira comigo.

 -Você não pode fazer isto ele também é meu filho.

 -Eu posso fazer o que quiser já falei com meu advogado e providencie tudo inclusive a autorização para leva-lo para fora do país. –Afirmou com uma firmeza fria. –Você pode ficar com o dinheiro, com a casa tudo mais que quiser, mas não com meu filho.

 -Você não vai se mudar para um país desconhecido como uma língua que não domina em outro continente com o meu filho.

 -Pelo menos estarei com alguém que fala italiano.

 -Não vou permitir uma coisa dessas.

 -Phillip ira comigo e você não pode fazer nada para me impedir. –Afirmou com uma pintada de desdém na voz. - É horrível quando alguém em quem confiamos nos trai deste jeito não?

 Michael saiu daquele apartamento atordoado aquela discussão tinha sido demais para ele, sentia com se tivesse lutado dez rounds contra um pugilista profissional e perdido era devastador. Procurou seu advogado não podia acreditar que Jennifer havia feito mesmo aquilo, mas se fosse verdade teria que agir rápido para impedi-la não deixaria levar Phillip embora de forma alguma. Ao chegar ao escritório foi informado de que Jennifer tinha mesmo conseguido a autorização para levar Phillip e que realmente não havia nenhum argumento que pudesse usar para impedi-la de leva-lo embora. Sua única alternativa seria abrir um processo revendo seus direitos a visita e pagamento de pensão, mas para dar entrada neste teria que permanecer em Los Angeles pelos meses seguintes cancelando sua turnê. Michael não poderia abandonar tudo para dar inicio a um processo cujas suas chances de ganhar eram mínimas, descartou a ideia não poderia cancelar a turnê para começar uma batalha judicial perdida. Percebeu que estava de mãos atadas diante daquela situação, Jennifer havia ganhado aquela batalha se quisesse ver seu filho teria que ir visita-lo em seu novo endereço na Itália. Ao se despedirem o advogado lhe devolveu o relatório agora desnecessário com os papeis assinados, Michael apenas segurou a pasta sabendo que não havia lá nada que ele já não soubesse sobre Jennifer.

 No banco de trás do carro Michael segurava a pasta com o relatório tanto sofrimento para saber que estava errado, suspirou ao pensar em o quanto aqueles papeis haviam lhe custado tanto por nada. No começo ficou com raiva de seu advogado por ter ligado deixando aquele recado que Jennifer ouviu, mas não adiantava culpar os outros por seus erros negar a culpa não iria livra-lo dela. Ao chegar a casa Michael se trancou no escritório estava exausto e abatido tanto físico quanto fisicamente, tanto que nem ao menos conseguia sentir raiva de Jennifer ou de seu advogado por ter ligado. Seu único desejo era se trancar no quarto e não sair nunca mais tamanho era o seu desanimo, mas não podia fazer aquilo precisava se preparar para a turnê de despedida do The Jackson. Largou o relatório sobre a mesa junto com os papeis do divorcio e o pré-nupcial assinado por Jennifer, faltava apenas a sua assinatura para que seu divorcio se tornasse um fato consumado. Segurou o divorcio observando o espaço para sua assinatura em branco segurou a caneta pensando no pedido dela, não pode deixar de sofrer ao lembrar-se de sua expressão ao pedir para que a deixasse em paz.

 Nos dias seguintes Michael participou de todos os ensaios para turnê foi como de costume, afinal precisava fazer de tudo para que se seus fãs vissem a melhor apresentação de suas vidas. Sua entrega e dedicação aos ensaios continuavam sendo completa e profissional ele se mantinha a frente do grupo, mas nos bastidores destes a sua postura mudava completamente seu animo desaparecia. Ele tornava-se apático permanecendo em silencio enquanto o restante da equipe conversava, Michael se afastava buscando um lugar distante dos demais onde pudesse descansar sem ser incomodado. O seu abatimento não passou despercebido por seus irmãos nem pelo resto da equipe que começavam a ficar preocupados, tanto que muitos deles tentaram conversar com ele na tentativa de ajuda-lo. Apesar de entender suas boas intenções Michael não sentia qualquer vontade de se abrir com ninguém, nem mesmo com Tito ele quis conversar a cada dia ele estava se fechando mais em si mesmo. Seu estado estava piorando tanto que nem mesmo Katherine suportou ficar apenas assistindo, não podia ficar parada enquanto seu filho definhava estava começando a temer pelo pior. Uma tarde ela foi procura-lo em casa o encontrou na suíte principal, deitado na cama que havia se tornado seu lugar de permanência sempre que não estava ensaiando. O viu deitado de costas para ela todo enrolado em um cobertor se sentou ao seu lado preocupada, tocou no ombro de Michael que se irou para ver quem era que estava lá ele deu um sorriso forçado ao vê-la.

 -Mãe? –Perguntou surpreso ao vê-la. –O que faz aqui?

 -Michael precisamos conversar estou muito preocupada com você.

 -Eu estou bem. –Disse se sentando na cama.

 -Não. Não esta me diga o que aconteceu para te deixar deste jeito.

 -Esta bem. –Se rendeu.

 Michael se ajeitou na cama e contou o porquê de sua depressão sobre o que tinha acontecido entre ele e Jennifer, tomando cuidado para poupa-la de alguns detalhes um pouco sórdidos. Falou como as coisas tinham se tornado complicado desde que tinham começado a brigar e que tinha tentado se reconciliar com Jennifer de todas as formas, mas que ela o rejeitou de todas as formas. Explicou sobre o processo tumultuado de divorcio que haviam enfrentado e o inferno que aquilo tinha se tornado, também falou da vergonha que sentia de algumas de suas atitudes que teve naquela época. Katherine apenas ouvia com atenção percebendo o quanto tudo aquilo era desgastante para Michael, nunca tinha visto seu filho tão abatido parecia que luz dele tinha se extinguido por completo. Ficou um pouco surpresa ao saber sobre o detetive particular, mas não o culpou por agir assim apenas sentiu um pouco de desconforto ao imaginar quantos casos dela teriam sido descobertos. Balançou a cabeça lamentando o fato de ele ter rompido com Brooke por causa de Jennifer, realmente acreditava que se os dois não tivessem se reaproximado nada daquilo teria acontecido.

 -Então ela assinou os papeis? –Katherine perguntou.

 -Sim inclusive um pré-nupcial.

 -E o que isto quer dizer?

 -Que ela não tem direito a nada que esteja em meu nome. Ou seja, eu fico com todo dinheiro e ela com Phillip.

 -Nossa! –Disse surpresa com a revelação. –Não vai fazer nada para ajuda-la com o menino?

 -Eu jamais os deixaria desamparados, mas não sei se Jennifer vai aceitar o meu dinheiro.

 -Provavelmente ela ira aceitar pelo Phillip.

 -Acho que sim, mas não suporto a ideia de ficar tão longe deles. Não posso perdê-la de novo isto está me deixando louco.

 -Eu não entendo como você pode deixar que esta mulher ainda tenha poder sobre sua vida.

 -Por que deixa o Josef mandar na sua?

 -Eu o amo. –Admitiu um pouco sem graça.

 -Então eu também amo Jennifer. Acredite em mim é muito mais fácil amar Jennifer do que Josef.

 -O que ela tem de tão especial?

 -Por que a senhora mesma não vê? –Disse lhe dando a pasta do relatório.

 -O que é isto? –Perguntou sem entender o que eram aqueles papeis.

 -O relatório de o detetive particular ai estar tudo que Jennifer fazia enquanto estava casada comigo.

 -O que está escrito nele?

 -Não sei eu nunca li.

 Jennifer estava terminando de revisar suas falas na sala de estar tinha um conseguido um papel num filme importante, apesar de não ser sua vocação seu futuro seria no cinema nos fins das contas. Com o roteiro numa mão uma taça na outra começava a criar noção de qual era a sua nova identidade, seria mais uma daquelas musas repletas de admiradores só que sem nenhum companheiro. “Pelo menos ainda poderia contar com o carinho de seus fãs”. Lembrou ao olhar as cartas numa mesinha próxima não podia negar que muitos deles eram pessoas adoráveis, apesar de haver um ou outro ser desagradável que insistia em lhe escrever obscenidades. Havia decidido mergulhar no trabalho para se esquecer de Michael não queria pensar em tudo o que aconteceu, era doloroso demais sempre que se lembrava de tudo o que ele tinha lhe feito passar. Sorveu mais um gole da taça de vinho enquanto lia uma cena de amor que estava no roteiro, era muito mais fácil fingir estar feliz em frente às câmeras do que lidar com sua própria dor na vida real. Por mais que tentasse parecer forte sentia-se destruída por dentro tanto que sua única vontade era chorar, mas continha as lágrimas ninguém a veria chorando por um homem já havia sido humilhada demais. Respirou fundo pensando na viagem para a Itália três meses longe de tudo lhe faria bem, depois estaria mais calma para lidar com Michael quando ele descobrisse que sua mudança não tinha sido definitiva.

 -Senhora Jackson? -A empregada chamou ao entrar na sala.

 -Sim Dóris. -Respondeu erguendo os olhos do roteiro.

 -A senhora Katherine esta aqui e pede para vê-la.

 -Oque eu fiz para merecer isto? –Disse revirando os olhos.

 


Notas Finais


O que será que Kate quer?
Ate o próximo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...