|¡|CONTINUAÇÃO|¡|
Assim que digo isso me levanto, vejo sorrindo pro nada. Como se estivesse lembrando de algo ou alguém.
- que coisa Boa, feliz desse jeito em plena manhã de domingo. - digo o encarando e o mesmo retribui o olhar.
Cheguei mais perto para aprecia-lo.
- sabe? Eu queria ter um tempo só com você para matar a saudade que senti e para sair um pouco do meu mundo. - Ele desanima na última parte o que me deixa parcialmente curiosa.
- como assim sair do seu mundo? - pergunto voltando a me sentar na cama agora segurando suas mãos. - tem algo que esteja escondendo de mim Kook?
Minha aflição em saber que pode acontecer algo com o meu Kook de baixo do meu nariz e eu não ter conhecimento, me deixa assustada. Demais até.
Conheço esse tipo de coisa, já vi pessoas que eu amava tentando tirar a própria vida e isso me deixa com ainda mais medo de perder alguém. Principalmente o Kook.
- não é isso, é que... as vezes, mesmo com minha mãe aqui, me sinto sozinho. - seu semblante triste me atordoa me deixando com pena do meu bebê se sentir assim.
Não quero que ele pense que sou apenas uma amiga para as horas boas e alegres, ele tem que enxergar em mim um refúgio para, como ele disse "sair do seu mundo".
Não falo nada e o abraço. É disso que ele precisa, de carinho e de um calor humano. De alguém ao seu lado quando se sentir assim. De alguém que faça parte dos momentos mais felizes de sua vida.
Todos nós precisamos de alguém. Tenho que ser esse alguém do Jung.
Acariciei seus cabelos enquanto suas mãos se mantinham firmes em minhas costas. Sua cabeça estava encaixada na curvatura do meu pescoço. Que sensação Boa.
Mesmo tendo crescido tanto e ter desenvolvido um físico de causar inveja em qualquer um, diga-se de passagem, Kook ainda continua sendo um bebê que precisa de atenção.
- olha para mim amor, eu tenho tido muito trabalho ultimamente e por isso não tenho te visitado com mais frequência. Me Desculpa, sei que não nos falamos muito. - toquei em seu rosto e me sinto um pouco culpada por ele se sentir assim.
O Jung é muito sensível desde sempre, e eu tenho que cuidar dele.
- você não tem culpa Noona! eu só não sou muito sociável. - sorriu um pouco para quebrar a tensão. Mas sei que isso é mais sério do que parece.
- vou fazer o possível para compensar o tempo perdido. Vem! Temos um logo dia pela frente. - Seguro sua não e o puxo para se levantar, mas a sua preguiça estampada no seu rosto não quer deixar ele sair da cama.
- só mais um pouquinho Noona! - com a voz super manhosa, pediu fazendo um bico muito fofo.
Como resistir a esse nenê?
- aigoo! - toco suas bochechas. - te dou o tempo do meu banho. Depois venho te buscar. - digo apontando meu dedo para ele que assente com a cabeça.
Sorrio me lembrando de todas as vezes que ele fazia isso. É tão bom ter essa relação com o Kook, somos tão ligados um ao outro. É tão gostosa essa amizade.
Saio do quarto dele e me direciono ao meu. Entro no mesmo e vou direto para o closet a procura de uma roupa simples confortável.
Optei por um shorts jeans e uma camisa preta. Tenho que ficar confortável o suficiente para aproveitar o meu dia com o Kook.
Entro no banheiro com uma em mãos toalha e começo a me despir. Apesar de tudo que aconteceu em pouco tempo - o que parece ser pouca coisa mas para mim foi muita. - me sinto mais leve, como se estivesse no meu lugar de verdade. Sem aquilo tudo de vida de famosa e regras a serem seguidas. Me sinto eu de verdade aqui. Com os meus tios e com o Kook.
Entro de baixo do chuveiro e deixo-me ser descarregada por essa água. Me relaxando totalmente. Terminei o banho mais lenta possível. Sim! Para dar tempo de um cochilo decente para o Jung.
Ele deve passar noites acordado fazendo coisas que adolescentes fazem. Bom, eu fazia na minha época.
Han! Até parece que sou muito velha falando dessa maneira. Para ser sincera não sou tão velha assim. Tenho 30 anos.
Ok! É muito. Mas sou mais jovem do que aparenta ser pela a idade. Pelo menos é o que me dizem.
Saio do banheiro e me visto sem pressa. Termino e volto ao quarto do Kook. Ele estava agarrado ao travesseiro que usei. Muito fofo.
- Kook. Seu tempo acabou. - digo perto do seu ouvido fazendo ele abrir os olhos vagarosamente.
- Bom dia. - disse e sorriu.
- Bom dia. Levanta, vou descer e preparar um café para a gente. - sorri e ele se levantou todo preguiçoso.
Saio do quarto e desço as escadas indo direto para a cozinha. Vou preparar algo que o Kook adora comer.
Juntei todos os ingredientes e comecei a preparar sem muita pressa. Quando estava pondo os pratos a mesa, o telefone da casa tocou me chamando atenção.
Deixo os pratos onde estavam e sigo para sala. Logo atendo.
- alô! - digo assim que pego o telefone.
- S/n? Ah, querida! Sou eu a mãe do kook. Como está tudo por aí? Meu filho não aprontou nada não né? - sorri ao ver que era minha tia.
Claro que ela não é minha tia de verdade, mas é que eu fui adotada quando pequena e ao contrário do que acontece por aí, eu fui muito bem acolhida. E Não! Não tenho vontade de encontrar meus pais biológicos. Estou bem sem eles.
- Ah! Como pode alguém como o Kook aprontar tia? Está tudo bem. - digo me sentando no sofá mais próximo.
- ok, vou fingir que acredito em você. Hahaha! Como se você não fosse o motivo do meu filho se tornar outro quando está com você. - ela dizia com a voz divertida e me fazendo rir por ela saber a verdade.
- que horror tia! Falando assim parece até que sou uma má influência.- soltou uma gargalhada assim que falo.
- vamos fingir que não, tá?! Só liguei para avisar que vou passar mais de uma semana aqui. Provavelmente 2 ou até mais. Avise ao Jeon e por favor não quebrem a minha casa. - falou com um tom brincalhão.
- ok, pode deixar que eu aviso. Tchau tia e não se preocupe com a casa. - digo rindo do quão sou confiável para minha tia.
Nos despedimos rápido e eu voltei para a cozinha.
Assim que a mesa estava posta e o cheirinho da comida se exalava no cômodo, um garotinho muito esfomeado aparece com um sorriso gigante no rosto.
- que cheio bom Noona! Senti falta disso. - disse sentando na cadeira e logo se servindo.
- eu tambem senti falta de tudo isso. - sorri e sentei na cadeira ao seu lado.
Comemos rapidamente e logo estávamos saindo de casa. Iríamos á um parque já que o sol não está tão quente e o dia está nos favorecendo.
- o que vamos fazer? - perguntou colocando as mãos em seus bolsos e andando em minha frente.
- vamos apenas relaxar, como antes. Quando íamos nos parques e passávamos horas sem fazer nada. - digo e o vejo sorrir.
Segurei em seu braço e começamos a caminhar pelas calçadas. É domingo e todas as pessoas estão possivelmente relaxando como a gente, ou simplesmente se desestressando da vida corrida.
Caminhar em um parque é algo muito optado por todos. O que me faz ver que será muito movimentado hoje. O que não sou muito fã.
Mas eu relevo qualquer coisa quando se trata do meu Kook.
- como está indo na sua escola? - perguntei o que a muito tempo queria saber. Não é só por educação ou por não ter assunto. Com o Jeon sempre tenho.
- tudo normal. - seu tom não estava normal e pelo que parece esse assunto não é tão confortável para ele.
Então é melhor não focar muito. Daí continuamos a caminhar e caminhar, cada vez mais. Em um silêncio prazeroso. Sei que o Kook é desses de não conversar muito sobre coisas triviais. Só quando estamos em casa e sem nada para fazer.
- Oh! Uma lanchonete. - finjo surpresa apontando para o estabelecimento. - vamos lá. - finjo uma empolgação além do normal e ele ri.
Que risada deliciosa.
- Aigoo! Você sempre faz isso. - disse ainda sorrindo.
- não posso perder o hábito. - digo fazendo ele revirar os olhos e logo sorrir.
Essa lanchonete é nosso lugar favorito. Sempre que podíamos íamos até lá e tomávamos um sorvete gigante.
E desde que conhecemos essa lanchonete eu sempre finjo surpresa ao vir para ela. Claro! Sempre para ouvir a risada do Kook quando faço isso.
- ok... vamos comer. - Seguro em sua mão o puxando para atravessar a rua.
Entramos no estabelecimento e demos sorte por ter uma mesa vazia.
- o que vocês irão querer? - logo fomos atendidos por uma garçonete... parecia ser nova.
E bonita também. O que geralmente não me incomoda se ela não estivesse fitando o Kook como se ele não houvesse outro homem no mundo.
Ela o encara tão descaradamente que me faz sentir nojo. Coitado! Estava todo vermelhinho, fofo.
- cof cof... com licença querida vamos querer duas fatias de torna de morango e dois sucos naturais de laranja por favor. - falei mas parece que ela não notou minha presença.
- com licença querida! - falo um pouco mais alto desta vez a fazendo notar-me.
- desculpe senhora... é que o seu filho é muito bonito. - descaradamente falou essas baboseiras sem nem ao menos se perguntar se a sua conclusão idiota não iria incomodar.
Não consegui falar Nada, ela me chamou de velha e disse que o Kook era meu filho. Não me pareço tão velha. Aff. Só consegui abaixar um pouco a cabeça e cobrir meus olhos com as mãos.
- ela não é minha mãe, é minha namorada. - meus olhos reagem simultaneamente ao que ouvi. Como assim namorada?
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"O que você sente por mim Kook?"
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