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História Blood for Revenge (Reescrevendo) - Interrogatório


Escrita por: Llzzle

Capítulo 5 - Interrogatório


Fanfic / Fanfiction Blood for Revenge (Reescrevendo) - Interrogatório

Nos paramos de procurar monstro embaixo da cama, quando percebemos que eles estão dentro de nós -Coringa

Depois de toda aquela confusão eu voltei pra casa, mas não consegui pregar o olho, fiquei acordada a noite toda pensando se havia cometido algum erro, e se haveria alguma pista que pudesse me incriminar, e esse era o meu maior medo. Eu não posso cometer nenhum erro, não antes de matar todos. Passou-se as horas e quando me dei conta já era cedo, minhas mãos suavam cada vez que os minutos passavam —Suspirei e me encarei no espelho que possuía em meu quarto, arrumando meu uniforme.

(...)

A escola estava cercada de olhares curiosos, olhares aqueles que não expressavam tristeza e sim curiosidade pela desgraça ocorrida ali. Era nítido o olhar dos estudantes, estavam horrorizados, e principalmente aqueles infelizes... ah, eu amava as expressões de seus rostos, era inacreditável. Alguns pensavam que era um assassino se passando pela Amy, uns mais crentes, pensavam que era a minha assombração querendo vingança. Só que muitos não sabiam quem era os verdadeiros culpados, se questionavam o por quê de um garota tão doce como Debrah tenha sido morta de uma maneira tão cruel. —Fitei os policiais criando uma barreira entre as pessoas, as impedindo que passassem para ver o corpo. A minha expressão era de uma pessoa totalmente com tédio, era tedioso estar ali. —Bufei pensando no teatro que teria que fazer.

—Por que? —Suspirei chorosa, permitindo-me deixar lágrimas caírem.

—Você chorando? —Levantei o olhar e pude ver aquele sinalizador vermelho parar do meu lado, enquanto encarava tudo aquilo sem expressão. 

—Era minha amiga... você... não está horrorizado? —O encarei e ele deu de ombros, me fazendo franzir o cenho.

—Não. —Disse por fim colocando as mãos no bolso. —Ela não era a princesinha que todos pensavam, e eu sabia que ela tinha uns podres.

—Podres? Que podres? —Perguntei curiosa, e ele se virou me encarando.

—Sinto muito pela sua amiga. —Deu algumas batidinhas em meu ombro e saiu, ignorando totalmente minha pergunta, me deixando intrigada e no minimo curiosa. O que ele sabia sobre a Debrah? Ele estava falando sério ou era apenas um blefe?

—Alunos... —Pigarreou a Diretora chamando a atenção dos estudantes presentes. —Como já sabem, infelizmente ocorreu uma tragédia hoje... —Suspirou. —Portanto a escola será interditada para a investigação, antes de serem liberados haverá um interrogatório, caso desconfie de algo por favor entre em contato com a polícia e não hesite contar. Isso é tudo. —Alguns alunos se encaravam surpresos, e logo os responsáveis pelo caso chamaram um por um, até que enfim chegou minha vez. E eu precisava mostrar tranquilidade, não podia ser suspeita nenhuma só vez.

—Quando foi a última vez que viu Debrah? —Um policial baixinho sentou-se a minha frente com um bloco de notas, enquanto me encarava seriamente.

—Ontem... —Levantei meu olhar, secando minhas lágrimas. —Eu pedi pra que ela fosse na minha casa, mas ela não apareceu — Abaixei a cabeça e comecei a chorar, a gente precisava fazer um trabalho juntas, ela era minha única amiga... —Passei as mãos no cabelo, mordendo o lábio inferior.

—Entendi. Fique calma estudante, nós iremos achar o responsável por isso. —Não pude deixar de soltar um sorriso diabólico. —Pode sair.

—O-obrigado —Me levantei da cadeira, saindo da sala.

Apressei o passo para voltar pro campus, onde pude notar duas silhuetas paradas, era Dake e Nathaniel. —Andei sorrateiramente até eles, sem que pudessem notar, pude ouvir a conversa dos dois.

—E se ela estiver viva? Cara, eu não quero morrer! —Disse o covarde do Nathaniel, enquanto passava os dedos entre seus cabelos desesperado.

-—Ela está morta! Eu e você vimos muito bem, aquela puta já foi. Relaxa. —Dake disse me fazendo rir daquela situação cômica.

—Meninos? Tudo bem? —Me aproximei dando o meu melhor sorriso, vendo seus semblantes mudarem completamente, para uma expressão serena.

—Claro! Quer dizer... nem tanto, a Debrah. —Suspirou Nathaniel, vindo em minha direção e me abraçando. Sério? 

Fechei os olhos e retribui o abraço, sentindo um cheiro amadeirado e doce vindo do mesmo. —Era incrível como aos olhos de muitos ele era um príncipe.

—Vou deixar o casal a sós, até mais otário. —Saiu Dake um tanto irritado, desfiz o abraço e encarei Dake acenando para o mesmo. —Até mais gatinha. —Piscou para mim, sumindo de nossas vistas.

—Evelyn, você parece muito uma antiga queda minha. —Sorriu, e eu sabia exatamente de quem ele falava. 

—Sério? —Falei cruzando os braços. —Mas eu sou mais bonita, né?

—É claro! —Exclamou encabulado... sínico. —Enfim Eve... eu preciso arrumar alguns papéis. —Sorriu ladino. —Até. —Disse e eu retribui o respondendo com apenas "Uhum", vendo o loiro já sumir de minha vista.

Duas semanas depois.

Acordei com a chuva intensa que batia em minha janela, a preguiça era grande e eu não queria ter que levantar. —Suspirei e me arrumei, vestindo o agasalho da escola... hoje eu tinha alguns planos, se é que me entendem.


 Cheguei na escola e as pessoas estavam conversando normalmente, andando sorridentes pelos corredores, era incrível a falsidade das pessoas que diziam ser amiga da Debrah, eram realmente todas interesseiras que apenas andavam com ela para ter um pouco de popularidade, já estavam esquecendo do acontecimento, e da "assombração", mas hoje seria o dia em que eles se lembrariam mais uma vez de mim.

—O que você esta fazendo ai parada? —Disse o garoto de cabelos vermelhos me tirando de meus devaneios... sério... ele era um pé no saco, mas parecia ser bastante útil, então deveria ao mínimo me esforçar.

Levantei a sobrancelha e me encostei na árvore do campus.

—Seu nome? —Disse brincando com a folha caída da árvore, sem tirar os olhos do seu.

—Castiel. —Completou indiferente.

—Não vai perguntar o meu? —Cruzei os braços o encarando

—Não. —Deu de ombros devolvendo o olhar sarcástico.

Eu já esperava uma reação como essa, ele era um completo idiota, e nem adiantava eu dar mole para ele, ele continuava igual... sem nenhum progresso... —Ficamos nos encarando, e um clima constrangedor pairou sobre nós, graças ao céus o sinal tocou.

—Falou, idiota. —Revirei os olhos, desencostando da árvore e seguindo meu rumo para sala.

(...)
A aula havia acabado fazia um tempo, e essa foi minha deixa para correr pra casa, precisava arrumar minhas coisas... e eu tinha que me apressar, já estava tarde e eu sabia que ele não estaria no grêmio esse horário, mas mesmo assim tenho medo que possa falhar, não quero matá-lo hoje, apenas um sustinho bastava. Já estava no grêmio, e em alguns minutos deixei um bilhete escrito em spray no vidro:

"Nath, Nath... você me amava não? Amanhã você me terá inteirinha pra você —Amy"



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