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História Minhas Lembranças - Snamione - Capítulo 5 - Pesadelos acordados


Escrita por: BeatriceBRiddle

Notas do Autor


Voltei, meus amores!
A cada nova pessoa que vejo favoritando, cada notificação que chega de comentário, eu fico ainda mais feliz e segura em compartilhar minha fic com vocês!
Nem sempre me sinto segura do que escrevo, as vezes penso que está horrível, mas obrigada por estarem aqui comigo!

Capítulo 5 - Capítulo 5 - Pesadelos acordados


- Só vou ataca-lo um pouquinho. – Disse Belatriz apontando sua varinha para o Potter, que estava furioso, na nossa frente. Ela estava desobedecendo a mim e as ordens específicas que tínhamos de não atacar o garoto, mas eu não conseguiria ser suficientemente rápido para impedi-la.

Porém ali estava um grito agudo de raiva profunda quando seu feitiço bateu em um escudo de proteção, que não havia sido projetado pelo garoto que nem com a varinha pronta estava. Mas logo a fonte da proteção estava lá. Hermione. Exceto por um corte na testa que sangrava de forma considerável, a garota queimava com o mais puro ódio exalando dos seus passos seguros e dos olhos em chamas.

- Duele com alguém que seja superior a você para enfim entender o verdadeiro significado de um duelo, Lestrange. – Ela definitivamente sabia como chamar a atenção de uma comensal, já que logo o feitiço estava na sua direção, sem, no entanto, ter maior sucesso do que havia tido com o garoto, já que o escudo invisível e silencioso estava ali novamente com um simples giro de varinha. – Achei que a vadia do Lorde das Trevas poderia ser mais forte, mas pelo visto me enganei. – Nunca esperei que a morena conseguisse usar tais palavras tão naturalmente, mas de repente o feitiço contra a sua barreira estava muito mais forte, atingindo até mesmo níveis que poderiam matar alguém, tal era o poder de uma maldição nas mãos da Belatriz, porém a barreira continuava ali, intacta e sem exigir nenhum esforço aparente da garota, o que só aumentou a irritação da comensal.

- Você não sabe com quem está lidando, sangue ruim. – Apesar da grifinória não aparentar precisar realmente utilizar sua força para se defender, Belatriz mostrava seu sorriso cheio de dentes, o que só podia significar que ela sabia que não venceria facilmente.

- Você é quem não sabe, capacho das trevas. Posso fazer isso o dia todo, enquanto você precisa correr para o seu lordezinho antes que a dor no seu braço se torne realmente insuportável. – O sangue ainda escorria pelo corte na cabeça, que me preocupava profundamente não saber como ela havia conseguido, mas ela mantinha a postura e agora um sorriso angelical, sabendo, de alguma forma, que o Lorde já nos chamava para ir embora.

- Dumbledore está morto, e você será a próxima, garota estúpida. – E por mais que aquilo fosse uma promessa, apenas saímos dali sabendo que a garota estava certa e que precisaríamos ir imediatamente até a presença do Lorde.

Mesmo com meses já tendo se passado, aquela lembrança sempre parecia ter acabado de acontecer, e ela vinha para me atormentar em todas as noites, onde quer que eu estivesse, apenas me mostrando mais uma marca de dor que eu havia recebido por ter que levar a vida de um espião em tempos de guerra.

Aquela noite havia ido da melhor de todas para o pior pesadelo em poucos segundos, quando o meu braço começou a queimar na marca. Algo estava absolutamente errado, e ela percebeu isso quando soltei um grito de dor pelo chamado repentino.

Não tive tempo para explicar porque precisava correr para a torre de astronomia, mas incrivelmente ela parecia saber que não poderia me impedir nem me seguir naquele momento, contra tudo que eu poderia imaginar Hermione apenas assentiu firmemente quando a olhei por alguns segundos. Nem mesmo eu sabia o que esperar daquele momento, mas a grifinória apenas pegou sua capa rapidamente, me deu um beijo na bochecha e saiu para a noite, ainda mais escura, que já estava presente nas masmorras.

Nunca mais a vi da mesma forma depois daquela noite, não pude aproveitar a sensação que o beijo havia me trazido antes de ter que correr, sabendo que nada voltaria a ser como era antes, qualquer que fosse o problema que precisaria enfrentar. A partir do momento em que me permiti sair da minha sala, soube que a escuridão do lado de fora estaria comigo até que eu pudesse tê-la por perto novamente, até que eu não fosse mais de ambos os lados e que a marca no meu braço fosse apenas uma lembrança ruim.

Precisaria sobreviver à uma guerra, mas o faria com prazer só para poder conseguir ser o motivo do patrono dela novamente. Mesmo que levasse anos, sobreviveria por ela e a protegeria no que estivesse ao meu alcance e além disso, não importando tudo que eu certamente teria que fazer de errado antes que o momento certo chegasse.

O ataque ao Dumbledore, a única pessoa que ainda confiava totalmente em mim, parecia agora apenas uma lembrança de um passado mais tranquilo. Não o havia matado por puro luxo, e mesmo nos meses de dor que se seguiram após isso e também naquela noite em que a Hermione provocou uma comensal, mas não dirigiu o seu olhar para mim, eu sabia que nada poderia ter sido diferente. Draco não era capaz, não estava pronto para fazer algo assim, então ou era eu, ou era a minha morte.

A partir dali, junto com a queda do antigo diretor, vi minha paz de espírito se acabando. Não podia impedir que a mulher que eu amava participasse de missões, nem sabia como ela havia conseguido nos alcançar tão rápido e já saber o que estava acontecendo no primeiro dia, quem dirá no resto do tempo.

Eram festas regadas com tortura, estupro e assassinato de trouxas, vilas destruídas para causar ainda mais pânico e duelos contra aurores quando milagrosamente eles conseguiam chegar a tempo. Em tudo eu vestia minha máscara de comensal que não se importava com nada e seguia em frente, porém o desespero realmente me tomava quando sabia que haviam tido alguma pista do paradeiro do menino que sobreviveu. Ela estava com ele. Em algum lugar, escondida e sem que eu pudesse ajuda-la. Cada dia mais eu sentia o dia que viria a notícia de que haviam sido capturados, já que haviam escapado antes e recebido proteção da família Weasley, mas agora ninguém mais conseguia se arriscar por eles.

Minha carga diminuiu quando fui escolhido para assumir a diretoria de Hogwarts, não precisava mais fingir que me importava com as festas, nem tinha necessidade de estar presente, além de que não era chamado para qualquer ataque e passava o meu dia vendo alunos, que não queriam respeitar as novas diretrizes da escola, serem severamente castigados.

Em meu tempo livre, buscava por qualquer informação que pudesse me dizer como achar a Hermione. Sabia que não poderia ir atrás dela, e que se fosse descoberto fazendo isso, ainda teria que entrega-la para tortura antes de conseguir achar alguma forma de leva-la para um lugar seguro, mas não conseguia evitar. Era impossível não querer saber sua localização, era doloroso demais não saber se ela estava realmente bem.

E estava até indo bem na rotina de andar pelo castelo, ver torturas, me torturar mentalmente lembrando da última noite da Hermione ali, pensar onde ela poderia estar e dormir um pouco para não estar totalmente acabado no dia seguinte, já que nunca saberia quando seria necessário duelar novamente, ou ir em alguma missão perigosa ou, mais possivelmente, horrível.

Meu passeio pelo castelo estava milagrosamente tranquilo, já que os alunos já haviam cansado de lutar contra algo que não mudaria tão cedo, e já estavam agora acostumados com o caos que poderia vir com a presença de comensais, porém quando passava próximo dos jardins uma coruja veio até mim e senti o meu coração falhar uma batida quando a reconheci como sendo dos Malfoy.

“O Potter e seus amigos foram capturados.

D.M.”

Não parei para pensar nem em uma desculpa para estar lá, apenas corri para os portões da escola e aparatei sem ter planejado qualquer coisa. Não sabia o que ou quem encontraria lá, apenas tinha que manter a grifinória viva. Não existia eleito para matar o Lorde das Trevas ou uma mansão cheia de comensais. Se a Hermione estava na casa, minha única prioridade era tirá-la de lá o mais rápido possível.

Mesmo com pressa entrei na casa em completo silêncio, já que antes de mais nada precisava descobrir onde ela estava, tendo até mesmo uma chance de não ser visto ao removê-la da mansão. Porém logo que entrei encontrei com o Draco próximo da porta fechada da sala. O garoto estava mais pálido do que o normal e seus olhos estavam arregalados antes mesmo de me ver. Logo entendi sua reação, já que de dentro da sala trancada vinham gritos fortes, cheios de dor e desespero, que estavam se espalhando pela casa toda.

Antes mesmo de pensar em perguntar eu reconheci de quem eram aqueles gritos, e consegui ouvir além deles com as risadas histéricas da Belatriz. Ela estava torturando a Hermione naquela sala. E ninguém parecia pronto para fazer com que ela parasse.

- Eles estavam escondidos em uma floresta, mas caçadores de recompensas os encontraram e os trouxeram agora pela manhã. O Potter estava camuflado com algum feitiço ou poção, porém estava com a Granger e o Weasley. Os garotos estão presos, mas assim que ela colocou os olhos na garota pediu para todos saírem e se trancou com ela na sala. Desde então os gritos só têm aumentado, mesmo que ela sempre tente segurar por alguns momentos isso só tem deixado a Belatriz com ainda mais raiva. – Draco engoliu em seco mostrando o quanto estava desesperado com o que estava presenciando, mesmo que ele nunca tenha gostado da menina, a conhecia, e não fazia realmente parte desse mundo.

- Temos que parar isso já, antes que ela acabe matando ou enlouquecendo a garota. – Disse pronto para abrir as portas com a varinha em mãos e nem um plano em mente.

Mas mais uma vez a sorte não estava ao meu lado, ainda não era o momento em que eu poderia vê-la novamente, mesmo que dessa vez a vontade de ignorar o chamado da voz que gritava na minha mente era ainda maior. Os gritos dela estavam quase mais altos do que a fúria do Lorde, o que só piorava o dilema entre o meu coração, que só queria ir até ela e confortá-la, e a minha mente, que começava a clarear e a dizer que se eu não respondesse ao chamado não viveria para vê-la novamente.

Porém não tive que continuar escolhendo já que uma movimentação na sala aconteceu, os gritos acabaram e o Draco foi chamado com quase tanta fúria quanto a do Lorde por parte da Belatriz. Antes de sair, no entanto, vi o caos presente na sala com as portas abertas, onde Hermione estava jogada no chão com os braços abertos e respirando fracamente, e seus amigos, que de alguma forma haviam conseguido escapar, já indo em sua direção. 


Notas Finais


O próximo capítulo já está pronto e é tão, mas tão legal *0*


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