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História Miraculous - As aventuras de Lady Bug - Amor revelado - A força do amor


Escrita por: CrisAgreste

Notas do Autor


Boa noite queridos! Segue mais um capítulo feito com muito carinho pra vocês! Boa leitura!

Capítulo 32 - A força do amor


Fanfic / Fanfiction Miraculous - As aventuras de Lady Bug - Amor revelado - A força do amor

Adrien estava se arrumando para o almoço na casa de Marinette. Ele havia ficado extremamente feliz com o convite da garota para almoçar. Aquilo iria mudar totalmente seu domingo que até então não tinha nenhuma perspectiva agradável, além de ficar sozinho em seu quarto, vendo o tempo passar em total tédio. Mas tudo havia mudado com aquele telefonema. Marinette era como um raio de sol entrando na escuridão da sua manhã. Seu coração mal cabia dentro do peito tamanho o amor que o preenchia só de pensar na garota de cabelos negros e olhos da cor do céu de verão. Mal conseguia acreditar em tudo que acontecera na noite anterior e que agora eles estariam juntos.
Não podia negar que estava um pouco nervoso por ir à casa dela. Não que já não tivesse ido algumas poucas vezes, mas agora era diferente. Ele tinha intenção de pedir aos pais dela para namorá-la. Não iria ficar esperando depois de tudo que já haviam sofrido.
Queria o quanto antes tornar tudo oficial, por assim dizer.

Avisou a Nathalie sobre o almoço e ela concordou parecendo bem satisfeita, o que fez Adrien pensar que a secretária já teria notado sua paixão pela garota e parecia aprovar. Só esperava que seu pai também aprovasse e os pais da Mari, é claro!

Gorila deixou Adrien na porta da casa de Marinette no horário combinado. Ele despediu-se do motorista, mas não entrou na padaria, deu uma volta pelo quarteirão até encontrar um local reservado, próximo a uma floricultura. Uma idéia brilhou em sua mente.

Enquanto isso no quarto de Marinette, a garota se arrumava para receber sua visita mais que especial para o almoço. Ficou em dúvida sobre que roupa usar, mas no final, com ajuda de Tikki, escolhera uma calça parda e blusa azul turquesa de manga comprida, além de um casaco creme, um tom mais claro que a calça e nos pés sapatilhas marrons para completar o traje. Enquanto penteava os cabelos lembrou-se da conversa que tivera com sua mãe mais cedo.

 

Marinette havia descido as escadas correndo após falar com Adrien ao telefone e chegara à cozinha ofegante. Estava ansiosa e empolgada ao mesmo tempo.

- Que foi minha filha? Tudo bem? – Sabine que estava lavando a louça a olhava com espanto, estranhando sua agitação.

- Mãe, você se importa se tivermos visita para o almoço?

- Claro que não meu amor. É a Alya?

Marinette corou, para variar.

- Não...

Sabine sentiu a filha exitar e logo percebeu quem poderia ser

- Então de quem se trata?

- Hã... é o... Adrien. Ele está sozinho em casa com a secretária e hoje é domingo. Ele me ligou e parecia triste, daí eu tive a idéia de chamá-lo e... – ela havia atropelado as palavras enquanto explicava alucinadamente a situação.

- Calma filha, tudo bem. Acho maravilhoso ter o Adrien conosco para o almoço. Já dissemos a você o quanto gostamos dele.

Marinette sorriu feliz e agradeceu

- Obrigada mãe! – Girou nos calcanhares e já ia saindo pela porta quando ouviu a voz suave de Sabine

- Marinette! – a garota virou-se, olhando para a mais velha – Não tem nada que queira me contar?

- Hã... contar? Sobre o que?

Sabine limitou-se a olhá-la com uma expressão risonha no belo rosto. Marinette suspirou

- Tudo bem mãe... Eu gosto do Adrien – sorriu – Não, na verdade eu estou apaixonada por ele. Mas você já sabia disso não é...?

Sabine terminara de lavar a louça e aproximou-se da filha a abraçando

- Sim, eu e seu pai já desconfiávamos.

- Papai também sabe?

- É claro querida, você é muito transparente.

A garota suspirou

- Ontem nós... Finalmente nos acertamos, nos declaramos um ao outro e... Mãe eu o amo muito! 

Sabine viu nos olhos da filha o sentimento do qual ela estava falando e percebeu que aquilo não se tratava apenas de algo volátil e passageiro, uma simples paixão adolescente. Havia algo de muito profundo no olhar da garota que levou lágrimas aos olhos da mais velha que estava emocionada pelo quanto sua filha havia crescido. Ela deu-lhe um beijo no alto da cabeça e olhou-a nos olhos.

- Adrien será muito bem vindo em nossa família. E se você o ama, nós também o amamos. Além disso, confiamos em você e nas suas escolhas.

Marinette sorriu

- Obrigada mãe! Não esperava menos de você e do papai. Significa muito pra mim.

Desfizeram o abraço e Marinette subira para se arrumar.

 

- Você está linda Marinette! - A voz de Tikki trouxe a garota de volta ao presente. Ela decidiu deixar os cabelos soltos

- Obrigada Tikki! Confesso que estou um pouco nervosa... Isso realmente está com cara de primeiro encontro.

- Vai dar tudo certo não se preocupe.

Marinette assentiu e olhou a hora no celular

- Ele já devia ter chegado...

- Ele quem? – Marinette deu um pulo para trás ao ouvir a voz de Chat Noir que havia acabado de entrar pela janela.

- Chat, seu gato atrevido! Quantas vezes tenho que te pedir para não fazer isso?

Chat aproximou-se e ela percebeu que o felino segurava um buquê de íris, a flor símbolo da França, que tinha o tom exato dos olhos de Marinette. Ele beijou-lhe a mão em um gesto costumeiro e entregou-lhe as flores, fitando os olhos azuis com intensidade.

- É assim que você trata seu gatinho? – fez um bico engraçado levando Marinette a sorrir – há poucas horas atrás você me disse que estava com saudades...

Ela sentiu o suave perfume do buquê em suas mãos.

- São lindas Chat, obrigada!

- Você é a mais linda e perfumada de todas as flores chérie...

Ela sorriu. Aquele gato sabia aplacar sua ira como ninguém

- Sabe gatinho, eu estava com saudades. Por isso te chamei para almoçar. Mas era para você entrar pela porta da frente e não pela janela do meu quarto! Muito menos transformado em Chat Noir!

Ele riu enquanto acariciava os cabelos soltos da garota e sentia o delicioso perfume de baunilha que ela exalava.

- Acontece que eu precisava urgentemente fazer uma coisa que não poderei fazer enquanto estiver na frente dos seus pais.

Chat puxou delicadamente sua cintura com uma das mãos enquanto a outra permanecia pousada em sua nuca

- E-e o-o que... seria exatamente? – a respiração da garota já estava suspensa, os olhos não desgrudavam das íris felinas. Ela já sabia a resposta para sua perguntava e ansiava pelo que viria a seguir

- Isso. – Chat aproximou-se devagar e beijou-a lentamente. A mão que estava na nuca subiu para o rosto de Marinette em uma carícia suave. Logo aprofundou o beijo arrancando um suspiro da garota que estremeceu em seus braços. O beijo longo e profundo terminou deixando os dois ofegantes. Chat enterrou o rosto na curva do pescoço de Marinette aspirando aquele perfume maravilhoso que emanava dos cabelos sedosos.

- Eu te amo Mari... Amo seu perfume, seu gosto e o brilho intenso dos seus olhos – ele falava com a voz enrouquecida pelo desejo e ela sentiu um calor inundar-lhe todo o corpo.

- Eu também te amo gatinho. Mais do que pensei que seria possível!

- Quando você fala coisas desse tipo meu coração vai parar na garganta sabia Lady princess?

Ela riu quando ele usou o seu mais novo apelido

- Lady princess? Você sabe que esse apelido não tem nenhuma coerência não é?

- E quem se importa? O mais importante foi que eu inventei, ele é único, assim como você!

- Você é um amor chaton – ela acariciou os fios dourados por uns momentos antes de desvencilhar-se do abraço do felino com um sorriso – Mas agora você precisa chegar para o almoço lembra?

Ele suspirou e ela percebeu que ele estava protelando aquele momento

- O que foi? Está nervoso?

Ele fez uma careta

- Chega a ser assustador a forma como você consegue ler minhas expressões sabia?

Ela riu

- É bom que você esteja ciente disso. E eu já disse que meus pais amam você então pare de se preocupar!

- Mas eles gostam de mim como seu amigo Mari, o que vão dizer quando eu pedir para namorar você?

Ela arregalou os olhos e sentiu a face enrubescer

- V-você vai fazer isso hoje?

Ele sorriu

- Claro que sim. Já está mais do que na hora! – ele a puxou para seus braços de novo lhe dando um beijo rápido nos lábios

- Ora gatinho, mas você sequer me pediu em namoro?

Ele riu com vontade agora e encostou a testa na dela

- Acho que já pulamos essa etapa mon amour. Você não vai fugir de mim nunca mais, sem chance. Nós já somos namorados, falta apenas oficializar! – piscou o olho de modo sedutor

- Argh, você é muito convencido garoto! – Ela o empurrou para fora da janela rindo - Vai embora e mande o Adrien vir almoçar!

Ele gargalhou e saiu pela janela.

Minutos depois Marinette ouviu a campainha. Desceu a tempo de ouvir seu pai cumprimentar o visitante

- Adrien! Que bom que veio almoçar conosco. Vamos entre e fique a vontade!

- Obrigado Tom, o prazer é meu.

Adrien estava lindo com calça jeans, blusa verde e jaqueta preta. Nas mãos segurava um pequeno vaso de narcisos embrulhado para presente com um belo laço dourado. Onde o garoto arrumava tantas flores? Ele sorriu ao ver Marinette no último degrau da escada.

- Oi Mari!

- Oi Adrien, seja bem vindo!

Sabine saiu da cozinha e ao ver o loiro deu-lhe um abraço caloroso.

- Adrien! Que bom vê-lo querido. Tudo bem?

- Sim Sabine, é bom estar aqui novamente. – ele estendeu o vaso de flores para a mais velha – obrigado por me receber para o almoço.

- Oh querido, eu que agradeço a gentileza. Para nós é um prazer recebê-lo. Fique a vontade eu já vou servir. Marinette me ajude a colocar a mesa, por favor?

- Claro mãe! – Marinette viu o olhar desesperado de Adrien quando viu que ficaria sozinho com seu pai. A garota não pôde deixar de rir baixinho, saindo da sala com um breve aceno.

- Então Adrien, sente-se aqui filho. – Tom apontou o sofá cor de salmão em formato de L. As mãos do homem eram simplesmente enormes, Adrien pensou - Como vão as coisas?

- Hã... tudo bem Tom. Agora que as férias chegaram podemos relaxar um pouco com os estudos e descansar a mente, mas ainda tenho que cumprir os compromissos profissionais até o final do ano.

Tom assentiu

- Marinette me disse que essa sua rotina de modelo é bem puxada. Seu pai também me pareceu um homem exigente, além de um excelente profissional é claro.

- Tem razão, e é exatamente por causa desse profissionalismo que ele é exigente com todos os seus funcionários e eu por ser filho não fujo a regra, muito pelo contrário, ele exige ainda mais de mim por isso.

- Ele tem sorte por você ser um rapaz responsável e compromissado, mesmo sendo tão jovem. – Tom declarou e lhe deu um tapinha nas costas, fazendo Adrien tombar um pouco pra frente no sofá.

O modelo sorriu agradecido pelo elogio do pai de Marinette. Talvez não fosse tão difícil que Tom o aceitasse como genro afinal.

- Meninos, a mesa está posta. Vamos? – Sabine chamou. Tom e Adrien se dirigiam a cozinha de onde vinha um aroma delicioso de comida caseira.

Sabine havia feito torta de salmão com espinafre. Adrien não conteve o sorriso e Marinette confidenciou-lhe

- Mamãe fez a torta quando soube que você viria Adrien. Ela sabe que você adora!

- Puxa, obrigado Sabine. Eu realmente me apaixonei por essa torta desde a primeira vez que experimentei.

A mais velha sorriu satisfeita

- Não precisa agradecer querido, espero que esteja boa.

Eles almoçaram em um clima leve e descontraído, conversando sobre diversos assuntos. Adrien logo se soltou, deixando o nervosismo de lado, fazendo seus pais rirem com piadas e acontecimentos de sua infância. Marinette se deliciava com aqueles momentos a mesa junto a seus pais e o amor de sua vida. Nem em um milhão de anos ela imaginou-se naquela situação com Adrien.
A felicidade estava estampada no sorriso da garota e refletia nos olhos verdes do loiro que constantemente a olhava com ternura. Fato que não passou despercebido pelos pais de Marinette.

Sabine serviu as sobremesas, torta de maça e os tradicionais macarons de várias cores e sabores. Eles se deliciaram com os doces enquanto a conversa girava em torno do mundo da moda.
Após o almoço, Adrien ajudou Marinette a tirar a mesa e lavar a louça. Ambos trabalharam em um silêncio agradável, cada um absorto em seus pensamentos e expectativas para aquele restante de tarde.

Tom chamou Adrien para jogar vídeo game enquanto Marinette e Sabine os assistiam e faziam torcida.

O som da risada de Adrien era como música aos ouvidos de Marinette. Ele parecia feliz e muito a vontade em sua casa. Após algumas partidas, Marinette também entrou na jogada e como de costume massacrou o pai, sobrando apenas Adrien que também já estava a um fio da derrota.

- Isso! Você já era Adrien! - a garota comemorou, fazendo uma dancinha que deixou o loiro com vontade de tomá-la nos braços e beijá-la sem parar. Precisava se conter, ainda não podia fazer aquilo na frente dos pais dela.

Após a partida que fez Marinette campeã pela milésima vez, Sabine chegou com um álbum de fotos e chamou Adrien para sentar-se do lado dela no sofá.

- A não mãe! – Marinette reclamou – fotos da infância não!

Adrien riu do biquinho contrariado da sua princesa. Bateu com a mão no sofá a seu lado para que ela se sentasse.

- Eu estou super curioso para ver suas fotos antigas Mari – ele sorriu, mas só a garota percebeu que ele estava se divertindo à custa dela.

Ficaram folheando os álbuns e Adrien se divertia com as histórias da família Dupain-Cheng. Sabine lhe contou como havia sido sua vinda para a França para terminar os estudos e como conhecera Tom na faculdade de gastronomia. Ele havia se apaixonado pela chinesa desde que a vira pela primeira vez, porém Sabine estava muito focada nos estudos para notar o interesse de Tom por ela. Então ele passou a tentar chamar a atenção da amada destacando-se nas aulas e tornando-se um dos primeiros da turma até que os dois começaram a testar diversas receitas juntos e em uma dessas experiências Tom havia declarado seu amor e Sabine descobrira-se também apaixonada pelo seu colega. Eles haviam se casado e montado a padaria juntos, trabalhando com afinco dia e noite até ficarem bastante conhecidos na cidade pelos famosos pães, doces e bolos.
Adrien ouvia tudo fascinado, absorvendo todas aquelas experiências que faziam parte da formação do caráter da sua amada, seus valores, sua base familiar. Aspectos de sua vida que a tornavam a garota doce, meiga, inteligente e corajosa, que estava sempre pronta a ajudar os outros. Adrien a amou ainda mais se é que era possível. Olhava para a garota a todo momento percebendo o orgulho que ela sentia em fazer parte daquela família. As fotos da pequena Marinette eram tão fofas que Adrien tinha vontade de apertar-lhe as bochechas.

- Olha essa Adrien... Foi quando a Marinette fez seu primeiro recital na escolinha – Sabine apontou a foto e o loiro admirou a menina que usava um pomposo vestido rosa e uma tiara de princesa na cabeça, moldurando os longos cabelos negros azulados. Ela deveria estar com uns seis anos na época. Nas mãos segurava um microfone e os olhos brilhavam, mesmo pela foto antiga dava para ver o semblante de felicidade enquanto cantava alguma canção.

- Desde novinha já tinha talento para cantar... – ele lhe lançou um olhar que era um misto de orgulho e doçura. Marinette se derretou por dentro e corou

- Sim, ela sempre teve uma voz linda. Nós amamos ouvi-la cantar não é Tom?

O homem enorme pegou Marinette em um abraço apertado e rodou com ela pela sala.

- Com certeza, se minha menina quisesse ser cantora, seria a mais linda e talentosa de todas!

Ela riu e conseguiu falar em meio às gargalhadas.

- Você é suspeito papai!

- Mas é verdade! Ela arrasou no trabalho de história e na entrega do prêmio não foi Adrien?

O loiro concordou

- Verdade Tom. Ela é incrível! – Adrien falou com tanta admiração que era impossível não notar o tom apaixonado que usara para falar da garota.

Sabine deu uma risadinha leve e Tom parou de rodar a filha que estava mais do que corada e não era por causa dos rodopios nos braços do pai. Adrien percebeu que aquela era sua deixa para conversar com os pais de Marinette.

- Hã... Eu... Queria aproveitar essa oportunidade para conversar com vocês sobre... Meu relacionamento com a Mari.

Marinette sentou-se novamente no sofá. Ela estava nervosa, era a primeira vez que um garoto pedia a seus pais para namorar com ela e por mais que ansiasse por aquilo ainda sentia-se agitada naquele momento.

- E o que exatamente quer nos falar Adrien? – Sabine o incentivou

- E-eu gostaria – limpou a garganta – de pedir a vocês... Respeitosamente... para namorar a Marinette.

Tom aproximou-se de Adrien e este percebeu o quanto o homem era grande, ainda mais porque o loiro permanecia sentado no sofá enquanto o pai da garota estava em pé. Adrien levantou-se para não ficar tão em desvantagem em relação ao homem a sua frente.

- E quais suas intenções com minha filha garoto? Porque eu não vou deixar a minha menina andar por aí de namorinhos que não vão dar em nada ou vão fazê-la sofrer.

Sabine segurava o riso, sabia que o marido estava curtindo com a cara de Adrien. Marinette revirou os olhos e fitou a cara assustada do modelo que parecia avaliar o tamanho do seu oponente e suas opções de fuga.

- Senhor Dupain, eu tenho as melhores intenções com a Mari. Eu a amo e nunca a magoaria... – Marinette achou muito fofo o modo como Adrien havia tomado coragem e num tom sério dito que a amava. Os olhos de Sabine se encheram de lágrimas quando viu a sinceridade do garoto.

- Hum... Eu não sei – Tom colocou a mão no queixo, pensativo – Você parece ser um bom rapaz, mas... Será que vai cuidar direito da minha menina?

- Papai... – Marinette tentou com um olhar suplicante para que o pai parasse com a brincadeira, mas Adrien lhe lançou um olhar do tipo “deixa comigo” e ela calou-se, segurando o riso diante da expressão séria do loiro.

- Eu vou cuidar dela sim! Acredite Tom, eu sempre irei proteger a Marinette! Com a minha vida se preciso for!

O casal mais velho trocou olhares, sentindo e estranhando a seriedade nas palavras do garoto. Apenas Marinette entendeu perfeitamente o que ele dissera. Adrien já fazia aquilo durante as batalhas e as rondas noturnas. Desde que se conheceram ele sempre a protegera e realmente quase havia perdido a vida para preservar a sua. Se seus pais soubessem o que ele havia feito por ela...
E ele continuaria a fazê-lo, conforme a promessa que acabava de fazer a eles.

- Não sei não... – Tom ainda lançava um olhar desconfiado a Adrien

- Vamos Tom, pare de provocar o garoto. Diga logo que ele pode namorar nossa filha – Sabine compadeceu-se do loiro que já estava apavorado com a possibilidade de uma negativa.

Tom olhou para a esposa e para Marinette soltando uma gargalhada contagiante. Pegou Adrien em um abraço semelhante ao que dera em Marinette momentos antes, levantando o garoto no ar.

- É claro que pode namorar minha filha rapaz! Você é um bom garoto Adrien e nós gostamos muito de você.

O alívio na expressão do modelo era tanto que todos riram. O pai de Marinette desfez o abraço e apertou-lhe a mão.

- Bem vindo a família garoto.

Adrien achou aquilo o máximo. Sentia-se muito feliz e agradecido por ter sido tão bem acolhido.

- Obrigado Tom.

- Apenas cuide dela rapaz. Ela é muito importante pra nós.

Adrien assentiu e olhou para Marinette que até então permanecera em silêncio

- Ela é muito importante para mim também.

 

- Você ficou apavorado gatinho, confesse! – As lágrimas escorriam pela face de Marinette por causa do riso incontrolável. A face corada e os cabelos soltos bagunçados pelo vento. Adrien a olhava com cara de poucos amigos mesmo achando a aparência da mestiça maravilhosa daquele jeito.

Eles haviam saído para caminhar um pouco na praça que fica bem ao lado da casa dela. Depois daquele pedido de namoro atípico,  o passeio veio muito a calhar, considerando que Adrien ainda sentia seu rosto esquentar com a lembrança do episódio.

- Você já viu o tamanho do seu pai? Ele é pelo menos o dobro do meu tamanho! – ele cruzou os braços emburrado – Pensei que teria que me trasnformar para ter alguma chance de defesa.

Ela gargalhou ainda mais e parou na frente do loiro enlaçando seu pescoço e fitando os olhos verdes com amor. Ele não conseguiu manter a pose de bravo por muito mais tempo. Marinette mexia com todos os seus sentidos. A doce voz da garota e seu olhar profundo o cativaram totalmente.

- Eu achei muito fofo tudo que você falou pra ele...

Adrien colocou uma mexa dos cabelos negros atrás da orelha dela e aproveitou para acariciar a bochecha corada da garota.

- Obrigado. Fui sincero em tudo que falei e falaria muito mais até ele me deixar namorar você.

Marinette sorriu, totalmente derretida pelas palavras do loiro

- Eu te amo Adrien

- Também te amo Mari

O beijo que se seguiu foi terno, cheio de calor. Adrien saboreava os lábios macios de sua princesa e as línguas faziam uma dança íntima e sensual que arrancavam suspiros do casal e de quem estivesse presenciando a cena romântica.
Mesmo após o término do beijo, os olhos de ambos não se deixavam, o verde no azul em uma sintonia sobrenatural, como se sempre pertencessem um ao outro. Estavam parados em frente à fonte de águas cristalinas, o sol se punha no horizonte e um vento frio já começava a soprar. Logo eles teriam neve.
O casal de namorados se deu conta de onde estavam. Adrien foi o primeiro a quebrar o silêncio.

- Mari, foi aqui... que nós...

- Nos beijamos pela primeira vez – Ela completou com um sorriso – Eu planejava me declarar naquele dia... Mas fiquei tão extasiada com o beijo que não consegui formular uma frase coerente.

- E eu estava tão confuso com o turbilhão de sensações que havia sentido com o beijo que interpretei mal sua atitude, pensando que você havia ficado magoada.

Ambos riram

- Apesar de tudo isso ter sido a pouco mais de um mês atrás, depois de tudo que aconteceu, sinto como se já tivesse se passado anos...

Adrien tocou no queixo da garota com carinho

- Eu sei, me sinto da mesma forma – suspirou – parece que demos um salto enorme em tão pouco tempo. É bom crescer e amadurecer, mas não gostaria de perder momentos singelos como aquele ou como esse que estamos tendo agora.

Marinette acariciou os fios loiros sentindo a textura macia em suas pequenas mãos. Adrien simplesmente amava aquela carícia

- Não vamos perder gatinho... Vamos viver tudo juntos. Enfrentaremos as batalhas e os perigos, mas também vamos sair pra tomar sorvete e ir ao cinema...

- Hum... - ele quase ronronou quando afundou a cabeça na curva do pescoço da namorada ainda se deliciando com o toque dela em seus cabelos – Falando nisso, você me deve uma sessão de cinema.

- Eu sei... – a expressão dela tornou-se um pouco triste ao lembrar-se do porque não havia acontecido o passeio ao cinema naquele dia com os amigos – Adrien, queria te perguntar uma coisa

Ele percebeu a expressão dela e suspirou arrependido de ter tocado naquele assunto de cinema e tê-la feito se lembrar daquele dia fatídico.

- Desculpe, não queria que se lembrasse daquilo, mas pode perguntar.

Ela sorriu

- Está tudo bem, só que... quando eu disse a você, quer dizer, ao Chat que amava o Adrien e o tinha visto beijando a Chloé, no dia seguinte você não negou ou tentou explicar... Por quê?

Ele a puxou pela mão e sentaram-se em um dos bancos de frente para a fonte

- Acontece que você contou para o Chat e não para o Adrien. Eu não podia falar a princípio, mas daí você não foi à aula e a Alya me escurraçou...

- O que? A Alya foi tirar satisfações com você? Ela não me contou isso.

- Não fique brava com ela. Ela estava arrasada por sua causa e acabou comigo também – ele riu sem humor – E foi aí que o Adrien soube do amor da Marinette. Eu fiquei muito preocupado porque você não havia ido à escola e implorei para a Alya me deixar levar as lições pra você porque eu precisa te ver de novo. E também a convenci a não lhe contar que eu sabia dos seus sentimentos.

Marinette tentava entender a atitude do loiro, mas estava achando difícil

- Porque você não queria que eu soubesse?

Adrien segurava as mãos da garota porque não conseguia deixar de tocá-la. Levou as mãos dela até seus lábios depositando ali pequenos beijos.

- Alya havia me dito que em uma conversa por telefone você disse a ela que precisava daquele dia fora da escola para refletir e conseguir me encarar de novo... – Ela fechou os olhos e ele a abraçou – eu não quero que você reviva tudo aquilo Mari...

- Está tudo bem Adrien... eu estou bem, acredite. – ela recostou a cabeça no peito do namorado, enquanto as mãos permaneciam enlaçadas em sua cintura. Ele prosseguiu enquanto lhe acariciava os cabelos

- Bom, por causa disso, do que você disse a Alya, eu achei melhor você não saber... por que iria se sentir pior ainda se tivesse ciente que eu já conhecia seus sentimentos entende?

Ele tinha razão. Se ela soubesse que ele havia descoberto sobre seu amor naquelas circunstâncias, morreria de vergonha e humilhação. Marinette então entendeu que ele havia preferido assumir temporariamente uma culpa que não era dele apenas para poupá-la de mais sofrimentos.

- E foi aí que o Chat Noir começou a virar meu mundo de cabeça pra baixo – ela riu e ele a acompanhou

- Outra de minhas idéias brilhantes! Fui te visitar como Chat tentando reconquistar sua confiança, mas qual não foi minha supresa quando percebi como estava apaixonado pela doce Marinette mesmo ainda nutrindo sentimentos pela Lady Bug! – ele fez uma careta engraçada – Foi a vez de Plagg acabar comigo. Passando-me vários sermões de que eu não deveria brincar com seus sentimentos etc e tal

- E daí o Chat resolveu me abandonar...

- Sim e não me orgulho disso, mas a última coisa que eu queria era magoar você de novo. Estava decidido a conquistar seu amor como... eu mesmo.

Ela assentiu e levantou os olhos para fitá-lo

- Sabe, ontem você me disse que eu havia feito você se apaixonar por mim duas vezes... Acontece que o mesmo aconteceu comigo. Você conseguiu me fazer apaixonar por você e pelo Chat Noir. Também me senti confusa no meio do...

- Caos? - ele adivinhou e ambos sorriram em completo entendimento.

- Como você me disse certa vez “Nós dois somos péssimos em declarar nossos sentimentos”. Fizemos uma grande confusão, mas a força do amor nos salvou não foi? – Ele a encarou, a boca quase colada na sua

- Foi sim... fomos salvos pelo amor.

Beijaram-se sem pressa, saboreando aquele momento único e especial em que só conseguiam expressar o puro e simples amor que sentiam transbordar de seus corações.

 

Adrien a deixou na porta da padaria, não sem antes entrar para despedir-se de seus pais e agradecer pela hospitalidade e por lhe confiarem a filha deles. Despediu-se da namorada com um selinho e um sussurro bem perto de seu ouvido

- Nos vemos a noite my lady? – Marinette arrepiou-se

- Claro chaton, para trabalhar! – Enfatizou bem a última palavra a fim de apagar o fogo dos olhos do loiro. Mas este sequer deixou-se abalar.

- Como quiser Bugboo, primeiro o trabalho e depois o prazer... – Com mais um beijo ele se foi, entrando na limusine que viera buscá-lo, deixando uma Marinette corada e ansiosa para trás. Seria uma longa noite!


Notas Finais


Estão gostando amores? Espero que sim. Só mais alguns caps para chegarmos ao final da Fic. No próximo cap tem LadyNoir para quem quer um pouco mais de ação em meio a esse açucar todo kkkk. Beijokas e até lá!


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