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História Miraculous - As aventuras de Lady Bug - Amor revelado - Labareda


Escrita por: CrisAgreste

Notas do Autor


Boa tarde fãs de Miraculous! Segue mais um capítulo feito com muito carinho. Boa leitura!

Capítulo 7 - Labareda


Fanfic / Fanfiction Miraculous - As aventuras de Lady Bug - Amor revelado - Labareda

Na manhã seguinte, Alya veio de encontro a Marinette e quase pulou em cima dela na escadaria do Colégio Françoise Dupont.

- Pode começar a falar! E não esqueça nenhum detalhe!

Marinette riu

- Você não existe Alya! Bom dia pra você também! O que houve que não atendeu meu telefonema?

- Eu saí com meus pais amiga e não podia ficar ao telefone. Daí, cheguei super tarde e só então vi sua mensagem para te ligar. Tive que me segurar, para não ligar para você durante a madrugada! Agora me conta tudo!

- Primeiro você vai me responder sinceramente se realmente teve que me deixar lá na casa do Adrien para ficar com seus irmãos.

Marinette viu a ruiva ruborizar e gaguejar para falar.

- Eu... Hã... Meio que... Pedi ao Nino para me mandar a mensagem. – Emendou depressa - Eu não podia ficar lá Marinette! Só iria atrapalhar! Perdoe-me por mentir pra você, por favor!

- Ora, ora... Srta. Alya Césaire gaguejando... Isso é inédito! Onde coloquei meu celular... – caçoou fingindo que procurava o aparelho na mochila – Tenho que gravar isso!

- Você está me enrolando sabia! Diga-me de uma vez!

- Está bem! Primeiro, eu perdôo você, mas só porque você estava certa Alya! Deu tudo certo, eu consegui cantar, ele beijou minhas mãos, disse que éramos uma dupla e que eu era arma secreta. Depois ficamos conversando sobre um monte de coisas e... – Ela falava rápido, extremamente empolgada e nem percebeu a cara de espanto da ruiva.

- Ei, calminha aí garota! Não pense que vai me contar essa história na correria não. Quero saber de Tudo! Ele beijou você? E como assim vocês são uma dupla?

Marinette riu e começou a contar mais pausadamente desde o momento em que Adrien abriu a porta para ela até a despedida no portão, omitindo apenas sobre as sensações indescritíveis que havia experimentando. Esses detalhes pertenciam apenas a ela, estavam no seu íntimo.

Alya ficou de boca aberta e quando ia perguntar mais alguma coisa viu a limusine de Adrien estacionar na calçada. Ele desceu e cumprimentou as garotas.

- Bom dia meninas! – Ele olhou para Marinette – Tudo bem Marinette?

- S-sim, tudo. B-bom dia pra você também.      

- E como foi o ensaio ontem Adrien? Nossa amiga aqui canta ou não?

- Ela é incrível Alya! Te devo um presente por ter nos contado sobre esse... Talento escondido! – Ele piscou para Marinette. Ela ficou vermelha como um tomate.

Nino chamou os amigos do alto da escadaria

- Ei galera! A aula vai começar! Vamos?

Adrien subiu na frente para cumprimentar Nino. Alya e Marinette subiram um pouco mais devagar logo atrás. Alya sussurrou:

- Mais que troca de olhares é essa? E que clima de romance é esse! Tô boba.

Marinette balançou a cabeça em negação

- Não tem nenhum clima amiga. Ele só está sendo gentil como sempre!

- Ah minha amiga inocente, aquele olhar não tem nada de gentileza não!

Elas riram e entraram na sala.

De longe, Chloé e Sabrina observavam tudo.

- A Marichata está achando que só porque está fazendo o trabalho com o meu Adrien, vai tomá-lo de mim? Eu vou dar um jeitinho nessa situação!

- O que você vai fazer Chloé? – Sabrina perguntou já com um pouco de pena da Marinette. Sabia que a Chloé iria aprontar alguma.

- Estou tendo uma idéia brilhante, como sempre! Só preciso da oportunidade certa para colocá-la em prática. A Dupain-Cheng nunca mais vai pensar em olhar para o Adrien!

À tarde Marinette chegou à casa de Adrien para mais um ensaio na hora combinada. Ele a recebeu na porta novamente.

- Oi Marinette, boa tarde?

- Oi, boa tarde! Eu trouxe tortinhas de salmão – Estendeu o pacote pra ele

Ele pegou super feliz. Amava aquelas tortinhas da padaria do pai dela.

- Se você continuar a trazer essas delícias em todo o ensaio, vou engordar e meu pai vai ficar bravo porque não poderei mais ser o seu modelo principal. – Disse fazendo uma careta engraçada.

Marinette riu

- Você não vai engordar! Está em fase de crescimento e precisa comer bem.

- Puxa, isso alivia minha consciência! Posso comer essas tortinhas deliciosas em paz! – Abriu o pacote para espiar as tortinhas.

- Sim, mas só depois do ensaio – Ela fechou o pacote nas suas mãos.

- Você é mandona senhorita Cheng! – Riram juntos e subiram para a sala de música.

Dessa vez ela conseguiu reparar mais na decoração da sala. Como na biblioteca, o cômodo era bem arejado, mas um pouco menor. O piano branco ficava próximo à janela que tinha lindas cortinas de linho vermelho. Havia algumas poltronas estilo Luiz XV, uma maior e duas menores e também algumas cadeiras do mesmo estilo. O chão era de madeira, mas coberto por um carpete branco e macio no centro da sala e uma mesinha com um vaso de flores brancas e vermelhas. No teto um lustre maravilhoso com várias lâmpadas que no momento estavam apagadas.

Adrien pegou uma das cadeiras e colocou-a a seu lado no piano, convidando-a a sentar-se.

- Eu não me perdôo por ter deixado você de pé ontem por mais de duas horas. Mas estava perplexo demais com sua voz para notar o quão grosseiro estava sendo.

Ela hesitou um pouco em sentar-se. De pé tinha mais controle sobre si mesma. Depois de uma pequena luta interna, achou melhor sentar do que ter que explicar porque não poderia fazê-lo.

- N-não s-se preocupe por isso. O tempo passou tão rápido e eu não me importo em ficar de pé.

- Nada disso. Hoje ficará sentadinha aqui do meu lado. Isso também irá ajudar a acertarmos o tempo da música que está um pouco desalinhado. – Isso era uma desculpa deslavada, ele pensou, mas não podia evitar. Queria tê-la perto de si.

- Está bem. – Ela concordou seriamente e Adrien se sentiu um pouco culpado por ludibriá-la assim. Ultimamente ele não estava se reconhecendo quando o assunto tratava-se de Marinette.

Começou a tocar os primeiros acordes de La vie em rose.

Eles ensaiaram por cerca de duas horas. Adrien precisou se esforçar muito para se concentrar na partitura a sua frente. Talvez não tivesse sido uma boa idéia deixar Marinette tão perto. O perfume dela tinha um aroma de baunilha que embriagava seus sentidos. E a voz melosa cantando aquelas palavras de amor mais perto dos seus ouvidos o deixava sem fôlego. Fizeram uma pausa quando Nathalie bateu na porta e ele agradeceu pela interrupção. Do contrário, não tinha idéia de quanto tempo suportaria ficar do lado de Marinette sem beijá-la.

- Boa tarde Srta. Cheng. – A secretária a cumprimentou

- Boa tarde Nathalie!

- Adrien, não se esqueça que você tem aulas de mandarim daqui a meia hora.

- Tudo bem Nathalie, obrigado – A secretária saiu e ele virou-se para Marinette – Desculpe, eu havia me esquecido dessa aula.

- Está tudo bem, acho que avançamos muito hoje.

- Sim é verdade, você aprende muito rápido sabia?

- Meus dias são muito corridos, tenho que me desdobrar para pegar as matérias da escola então... Acho que é por isso.

- E o que exatamente preenche tanto o seu dia Srta. Cheng?

Ela gelou por dentro. Isso era algo que não poderia lhe contar:

- Hã... A escola... Eu ajudo meus pais na padaria... Dentre outras coisas – Improvisou – Porque não vamos provar aquelas tortinhas de salmão antes de eu ir embora e você fazer sua aula?

Ele sentiu que ela havia ficado desconfortável com a pergunta, mas deixou pra lá, por hora.

- Acho uma ótima idéia! Estou mesmo com fome.

Mais uma vez Adrien levou Marinette até o portão de sua casa. Ela não morava muito longe, mas ele se sentia um pouco culpado por não levá-la em casa. Porém ele tinha tantos compromissos que era impossível sair. Havia remarcado sessões de fotos e remanejado sua agenda várias vezes para conseguir participar dos ensaios. E ela recusava-se em aceitar que seu motorista a levasse.

- Não precisa Adrien, sério. Eu gosto de caminhar.

- Está bem! Te vejo amanhã – Beijou-a no rosto de leve. Aquele gesto já era costumeiro para os dois.

- Até amanhã!

Adrien entrou em casa e já estava preparado para subir as escadas quando ouviu um forte barulho lá fora. Não conseguiu identificar o que era, mas uma sensação de urgência o fez correr até a janela mais próxima e o que ele viu tirou-lhe todo ar dos pulmões.

Marinette mal havia saído da casa de Adrien quando ouviu o som dos carros se colidirem. Ela olhou para trás e viu um homem vindo em sua direção. Ele usava uma roupa estranha, uma espécie de avental e óculos de soldador. Nas mãos carregava uma espécie de lança chamas, parecia um personagem de filme de terror. Ele começou a tocar fogo nos carros batidos. As pessoas conseguiram sair e corriam desesperadas pelas ruas. Droga Hawk Moth, estava demorando... Pensou com ironia.

Adrien viu o akumatizado pegar um dos carros apenas com as chamas ardentes que saíam daquela arma estranha. Viu Marinette na rua bem na linha de frente, cara a cara com o perigo. Ele entrou no primeiro cômodo que encontrou. Estava se arriscando, mas não havia tempo para pensar.

- PLAGG MOSTRAR AS GARRAS!

Sem tempo e sem lugar para se transformar, Marinette pensou. Havia muitas pessoas na rua e o akumatizado já estava pronto para lançar um carro envolto em uma bola de fogo que a atingiria em cheio. Avaliou suas opções e viu que não tinha nenhuma, mas iria pelo menos tentar! Correu, no entanto mal havia saído do lugar, sentiu as mãos negras agarrarem sua cintura e rolar com ela pelo asfalto enquanto a bola de fogo atingia o chão a poucos metros de onde ela havia caído por cima do... Cat Noir!

Ela olhou aqueles olhos de gato que a fitavam com um misto de medo e alívio. Ele se levantou e pediu

- Esconda-se, agora!

Ele avançou contra o seu oponente, mas não contava com outro carro em chamas que foi jogado em sua direção atingindo-o em cheio e lançando-o na parede de um prédio.

Marinette correu até onde ele havia caído, ele estava fraco, mas ainda conseguiu dizer:

- Saia daqui... P-por f-favor...

A cabeça dele doía e ele lutava para não perder os sentidos, porém uma escuridão se abateu sobre seus olhos felinos. A última imagem que ele viu foi o rosto de Marinette com uma expressão de puro pavor... Ele desmaiou.

- Cat Noir... Não! – Marinette olhou a sua volta e viu um beco entre dois prédios. Usou toda sua força para puxar o parceiro até lá. As lágrimas começaram a inundar os seus olhos. Estava com muito medo. Porque ele não acordava? Droga Cat!

Enquanto isso ela ouviu os gritos das pessoas, chamas lambiam o asfalto, precisava da Lady Bug!

- TIKKI TRANSFORMAR!

Lady Bug jogou o ioiô, prendendo as mãos da criatura que já havia feito um grande estrago só naquele quarteirão. O fogo se alastrava pelas ruas, carros, ônibus. Ela não podia deixar que ele atingisse as casas e prédios.

- Ah! Lady Bug! Você não conseguirá me impedir. Me entregue seus miraculous!

- É sempre a mesma história não é? – Ela puxou o ioiô apertando ainda mais as mãos dele – Venha pegar!

Ele a puxou pela corda do ioiô e a jogou longe. Pegou o lança chamas que havia caído no chão e apontou para ela que saltou com habilidade se esquivando da rajada de fogo.

- Quem é você? – Perguntou

- Meu nome é Labareda! Essa cidade vai conhecer minha maior invenção e o meu nome será conhecido e temido!

Labareda tinha uma espécie de foguete nas costas. Ele o acionou e saiu voando sem dar tempo da joaninha laçá-lo. Não iria conseguir vencê-lo sozinha, pensou. Precisava do seu parceiro.

Cat Noir sentiu as mãos quentes tocando seu rosto. Abriu os olhos e viu o rosto da sua Lady. Levantou-se assustado.

- Onde ela está?

Lady Bug o abraçou, sentindo-se aliviada.

Ele a segurou pelos ombros e repetiu apavorado

- Onde ela está?

- O que... Onde está quem Cat?

- A garota, a Marinette?

Lady Bug o olhou confusa e depois tentou tranqüilizá-lo.

- Ela está bem! Eu cheguei e a mandei de volta para casa. Ela está segura.

Ele suspirou visivelmente aliviado

- Você tem certeza?

Ela lhe deu um meio sorriso

- Confie em mim. Ela está bem! E você como está se sentindo? Parece que levou uma pancada forte nessa cabeça dura! – ela o ajudou a se levantar

- Olha quem fala! – ele retrucou

- É sério Cat. Você apagou. Tem certeza que está bem?

- Tenho. – Ele passou a mão na cabeça, ainda estava doendo - Apenas me diga que conseguiu acabar com aquele akuma.

- Infelizmente não. O nome dele é Labareda. Após o nosso breve confronto ele saiu voando em um foguete na direção leste.

- Ele deve estar atrás de alguma coisa...

- Também acho! – Ela abriu seu comunicador, que também era um micro computador – Vamos ver as notícias.

“Um incêndio na Universidade Federal deixou várias pessoas feridas. Testemunhas dizem que um homem com uma arma lança chamas está mantendo reféns...”

- Vamos pegá-lo – Cat Noir armou seu bastão

Chegaram à Universidade onde já se instalava o pânico total. A polícia também já havia chegado. Foram até o Policial Roger

- Lady Bug, Cat Noir! Chegaram atrasados dessa vez heim! – Ele gostava de pegar no pé dos super heróis da França.  Lady Bug o ignorou

 – Onde está o Labareda?

- Ele está lá dentro – Apontou o prédio – Ele era professor de química da Universidade. Aquele era o laboratório dele. Parece que uma de suas invenções não foi aprovada pelo conselho, ele foi demitido e seu projeto cancelado.

- Excelente motivo para ganhar uma borboleta negra – Cat Noir presumiu

- Sim, só pode ser isso! E o akuma deve estar naquele lança chamas esquisito, a invenção dele que não foi aprovada.

- Muito bem My Lady!

- O problema é que agora ele está mantendo o Reitor e demais membros do conselho como reféns – o policial informou

- Precisamos de um plano Cat Noir!

- Sou todo ouvidos my lady!

- Primeiro precisamos libertar os reféns – o policial interferiu – Vamos negociar com ele.

- Negociar! É isso! O que o Hawk Moth mais deseja?

- Nossos miraculous! – Cat Noir entendeu o raciocínio dela

- Então é isso que vamos negociar com o Labareda. Em troca dos reféns.

- Entendi My Lady, porém ao invés de entregar nossas jóias, vamos lutar!

- Você pega rápido gatinho! – Fez carinho no queixo dele.

Ele não perdeu a oportunidade. Sussurrou no ouvido da joaninha

- Você sabe que isso me faz ronronar...

Ela o empurrou levemente, como de costume

- Vamos trabalhar!

Chegaram à porta do laboratório

- Ei Labareda! Queremos lhe fazer uma proposta!

Labareda destruiu a porta com uma rajada de chamas ardentes.

- Não quero negociar com vocês, seus vermes!

- Não quer nem mesmo nossos miraculous? Solte essas pessoas e vamos entregá-los para você!

- Não! Eles vão continuar... Ahhhhh... – Ele deu um grito de dor – Está bem Hawk Moth! Eu vou soltá-los, mas quero garantias Lady Bug. Você, aqui do meu lado e minha arma apontada para o seu rostinho lindo.

Cat Noir rilhou os dentes

- Pode esquecer cabeça de fósforo!

- Tudo bem Cat! – Ela caminhou até Labareda e ficou ao seu lado – Estou aqui. Agora os deixe ir!

Labareda deixou os reféns saírem do laboratório, enquanto mantinha o lança chamas apontado pra ela.

- Agora, me entreguem as jóias, começando por você Lady Bug!

Ela jogou o ioiô pra cima que se agarrou no mastro do prédio da Universidade. Labareda lançou rajadas de fogo que por muito pouco não atingiram seu corpo:

- Eu já disse! Venha pegar!

Com um grito de ódio Labareda a ignorou e avançou contra Cat Noir lançando as chamas ardentes das quais ele se desviou com dificuldade.

- TALISMÃAAA! – Lady Bug recebeu um ventilador portátil

- A não isso é sério? O que eu vou fazer com isso?

Enquanto isso Cat Noir continuava usando o bastão para se defender

- Poderia ser um pouquinho mais rápida My lady...a coisa aqui está esquentando!

Demorou só mais alguns segundos para descobrir

- Já sei! – Correu até onde Labareda lançava as chamas sobre Cat e pulando na frente dele acionou o ventilador fazendo com que as chamas se voltassem contra seu oponente.

- Cat Noir, agora!

- CATACLISMOOOO! – Ele tocou o lança chamas que foi destruído, liberando a borboleta negra.

- Hora de aniquilar a maldade! Lady Bug capiturou o akuma e os miraculous fizeram toda a limpeza.

- Zerou!

  - Bom acho que já vou andando – Cat Noir falou ao ouvir o som de alarme do anel

- Cat espere! – Dessa vez foi sua lady que o impediu de sair – Precisa se cuidar e dar uma olhada nessa cabeça entendeu?

- Está preocupada comigo BugBoo?

- Já não conversamos sobre esse apelido? E é claro que estou preocupada!

- Isso quer dizer que gosta de mim, pelo menos um pouquinho – Ele beijou a mão dela – Não se preocupe! O gatinho aqui ainda está com as sete vidas intactas! Até mais!

Ele se foi e dessa vez foi ela quem ficou sozinha olhando ele ir

Mais tarde, já em casa, Adrien andava de um lado para o outro no enorme quarto. Ele estava preocupado. Já havia ligado várias vezes para o celular da Marinette, mas todas as chamadas caíam direto na caixa postal. “Onde ela está?”

 Será que ela havia se ferido e estava em algum hospital? Ele se sentia frustrado por não ter notícias dela e sentia-se ainda mais culpado por tê-la deixado sozinha. As coisas que poderiam ter acontecido com ela se Lady Bug não tivesse chegado... Não queria nem pensar!

- Qual o problema garoto? Quer fazer um buraco no chão? – Plagg percebeu a agitação do loiro e o olhar aflito

- Não consigo falar com a Marinette, Plagg! Preciso saber como ela está!

- Lady Bug não disse que ela estava bem e que havia ido para casa? Pare de se preocupar!

- Não consigo, preciso vê-la - Adrien olhou para o kuami com determinação - E já sei como!

Plagg entendeu perfeitamente o que ele queria  

- Você não vai fazer isso... Seus poderes não são para ficar fazendo visitas sociais!

- Porção dupla de camembert por uma semana – Adrien propôs

O kuami suspirou

- Está bem, mas somente dessa vez, porque também estou preocupado com a garota.

- Sei... – Adrien riu – Plagg, mostrar as garras!

 

Marinette estava no quarto escrevendo em seu diário. Aquele dia tinha começado tão bem, mas o surgimento de mais uma vítima de Hawk Moth havia tirado seu sossego. Não gostava nem de lembrar-se da imagem de Cat Noir desmaiado naquele beco. Ela sentiu um medo real pela vida do seu parceiro. Passou a mão no braço com desconforto. Havia se ferido ao cair no asfalto quando Cat a salvou. O ferimento não era muito profundo, mas estava ardendo. Precisava dar um jeito naquilo, concluiu com uma careta.

Tikki estava sentada perto do computador saboreando um cookie.

- Marinette, você precisa cuidar desse ferimento!

- Eu sei Tikki, mas tenho que esperar meus pais dormirem. Não quero que eles vejam e fiquem preocupados por que...

Foi interrompida por uma batida suave que vinha da portinhola que dava acesso a seu terraço.

- Se esconde Tikki!

Subiu as escadas e abriu a portinhola devagar.

- Cat Noir!

Ele a viu e teve que se conter para não puxá-la para um abraço tamanho o alívio que sentia.

- Está tudo bem Cat Noir? – Ela saiu para o terraço – Houve algum problema?

- Não... Hã... Eu só estava preocupado com você...  Marinette... Certo? Quando eu... Acordei você não estava mais lá.

- É... Lady Bug chegou e pediu que eu saísse de lá por que... Era muito perigoso.

- Foi você quem me arrastou até o beco?

- F-foi... Lady Bug nos encontrou lá – Estava tentando dizer meias verdades porque mentia muito mal.

Cat Noir se aproximou e tocou em seu braço machucado. Ele ficou pálido.

- Você se machucou – sussurrou – Por minha culpa!

Ele ficou devastado ao ver a ferida no braço dela. Porque havia deixado ela sair da casa dele sozinha? Porque não havia insistindo para que o gorila a levasse?

- Mas o que você está dizendo Cat Noir? Não foi sua culpa! Você me salvou! Se não fosse você me pegar naquele exato momento, com certeza teria sido atingida pelo carro em chamas.

Ele suspirou. Isso não aliviava muito sua consciência.

- Por que você ainda não cuidou desse ferimento? – Perguntou

- Estava esperando meus pais dormirem. Não quero que eles vejam e fiquem desesperados.

- Não seja insensata princesa! Tem que cuidar disso agora. Você tem kit de primeiros socorros?

Ela ficou desconfiada

- Tenho... Está na cozinha.

- Então pegue pra mim. Eu vou cuidar disso aí.

- Não precisa... Sério. Eu... Posso fazer isso sozinha.

- Eu sei que pode, você é muito corajosa – lembrou-se de que ela o havia salvado também quando o arrastou para o beco – Mas me deixe fazer isso por você princesa.

O olhar de gatinho perdido a convenceu

- Espere aqui - murmurou a contragosto

Ele a viu descer para o quarto e sorriu. Parece que ela não era muito fã do Cat Noir afinal. Ele já tinha se encontrado com Marinette antes usando sua máscara e tinha que admitir, todas às vezes ele tentou-lhe jogar seu charme, mas sem muito sucesso. Todas as garotas ficavam malucas quando ele aparecia, com exceção dela! Não que gostasse dessa fama toda, nem como modelo, nem como herói, mas admitia que ficaria feliz se ela gostasse dele um pouquinho. Marinette voltou trazendo o kit de primeiros socorros.

- Aqui está. – Estendeu a pequena caixa vermelha

- Sente-se aqui – Ele pegou a caixa e apontou para a cadeira

Ela sentou-se com um suspiro de impaciência que o fez rir. Ajoelhou-se ao lado da cadeira e pegou o braço dela com delicadeza. Começou a limpar o ferimento.

Ela sentiu a pele arder e fechou os olhos. Ele sabia que ela estava sentindo dor, mas não podia parar. Estava desgostoso consigo mesmo por ter deixado ela se machucar assim, mesmo sabendo que não tinha muita escolha naquele momento. Quando viu que ela seria atingida pelo carro em chamas não pensou, simplesmente pulou em sua direção e a agarrou como pode, caindo os dois no asfalto.

Ele terminou de limpar o ferimento.

- O pior já passou – Ele fez um curativo – Pronto!

Ela abriu os olhos, agradecida. O remédio que Cat Noir tinha colocado já começava a fazer efeito.

- Obrigada!

Ele a olhou com os grandes olhos verdes de felino. O rosto dela estava corado, um rubor causado pelo esforço de manter-se firme enquanto ele limpava o ferimento. Os cabelos estavam um pouco atrapalhados e alguns fios haviam escapado das presilhas e caíam sobre os olhos azuis que lacrimejavam com lágrimas retidas porque ela se recusava a chorar com a dor. Ele achou-a linda daquele jeito. Ela passou a língua nos lábios e a atenção dele foi imediatamente desviada para a boca rosada. Aquela urgência em tocá-la, que ele já conseguia reconhecer com facilidade, o assolou juntamente com a vontade de experimentar aqueles lábios.

Ele se levantou. Não iria conseguir responder pelos seus atos se continuasse ali.

Marinette permaneceu sentada. A intensidade dos olhos verdes lhe despertou sensações familiares, como se aquilo já tivesse acontecido. Claro que ela, como Lady Bug e o Cat Noir já haviam tido alguns momentos assim, quando ele cismava de dar em cima dela. Mas sentiu algo diferente e não sabia explicar por que.

Ele curvou-se e pegou na sua mão, como costumava fazer com lady Bug

- Fico feliz que esteja bem – Ele sussurro com a voz rouca e depois beijou sua mão - Te vejo por aí princesa.

- Sim... Hã... Adeus!

Ele sorriu e pulou da sacada em direção a rua, sumindo na escuridão da noite.

Ela ficou sentada ali ainda por algum tempo, tentando acalmar as fortes batidas do seu coração.

- Gato bobo...

 


Notas Finais


O que acharam de uma pitadinha de Marichat heim! Amoooo! Não perca os próximos capítulos porque grandes acontecimentos virão! Abraços!


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