História Miraculous Ladybug - The Awakening. (Adrinette e Marichat). - "Uma vez vilão, sempre vilão... Ou será que não?".

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 Completamente sem saberem que a sua vida poderiam mudar drasticamente em questão de dias, Adrien, Marinette, Nino e Alya estavam andando juntos, indo encontrar com o resto dos amigos para tomarem sorvete. 

 Os dois amigos observavam o casal que tinha demorado tanto para dar certo com quase lágrimas nos olhos. As vezes era difícil acreditar que Adrien e Marinette finalmente ficaram juntos, principalmente porque quando isso aconteceu era algo vago na sua mente. 

 Com as memórias apagadas e modificadas, eles não sabiam das interações que os dois tiveram como Ladybug e Cat Noir e até mesmo para os dois que sabiam, ainda era confuso, porque muita coisa teve que ser modificada para parecerem cenas normais e não cenas heroicas ou de batalhas. 

 Mas isso não era um fato que eles se atentavam muito, porque era nítido para quem quisesse ver o quanto Marinette e Adrien se amavam. 

 - Eu sei que a gente brinca, mas de verdade, eu quero ser madrinha do casamento. - Adrien e Mari se "assustam" com o pedido brusco e riem, sem graças. 

 - Claro, Alya. - O que mais eles poderiam responder? 

 - Tão fofinhos... - Era engraçado o quanto os amigos os amavam como casal. Como se tivessem torcido por isso por muito tempo e ver ao vivo fosse um sonho realizado. 

 Sua caminhada, porém, é interrompida, com o celular de Adrien tocando alto. 

 - Um minuto, gente... - Ele solta a mão de Marinette com um sorriso de desculpas e se afasta, para poder atender a ligação do seu pai. 

 Os três esperam pacientemente e quando Adrien volta, sua expressão não é das mais felizes. 

 - Eu tenho que ir fazer os ajustes do desfile de sábado... - Todos aparentam ficar tristes com a notícia, mas, pelo menos, tinha algo bom. - Meu pai convidou vocês para almoçarem lá, como uma forma de desculpas. 

 - A gente adoraria... - Alya começa, mas, seu tom já indicava que teria uma negação a seguir. - Eu só tenho tempo para algo rápido, como o sorvete, porque preciso ir ficar com os meus irmãos daqui a uma hora. - Nino concorda. 

 - Eu vou ajudar ela. Fica para a próxima, irmão. - Eles se despedem e acenam quando se afastam. 

 Adrien e Marinette observam o carro dos Agrestes se aproximarem e mesmo que ainda estivessem um pouquinho tristes de perder a tarde com os amigos, eles sorriem ao darem as mãos um pro outro. Pelo menos estavam juntos e isso era o que importava. 

 *

 - Meu deus do céu, Adrien... - Marinette está quase roendo as unhas, olhando para a janela enquanto o Gorilla dirigia até a casa do namorado. 

 - O que foi? - Ele ri, sem entender o porquê do seu nervosismo e ela se vira para ele. 

 - O seu pai vai querer falar comigo? - Era tanto uma pergunta quanto uma afirmação. 

 - Provavelmente. Ele gosta de ser educado com as pessoas, então, se prepare para receber um "oi". - Ele zomba, rindo, mas para, quando sente uma dor aguda a onde Marinette o acerta com o cotovelo. 

 - Eu estou dizendo, um dia vão achar seu corpo no meio do mato e eu não vou ter o mínimo remorso ao admitir que foi eu. - Toda a dinâmica provocativa que eles tinham como Ladynoir existiam neles agora. Porque, no fundo, sempre foram eles, sendo eles mesmos, não importam se estavam com máscara, ou sem. 

 - Você jamais faria isso, Mariboo. Você me ama. - Ele se aproxima, sorrindo e ela apenas coloca a mão no rosto dele, virando a sua cara. 

 - Sai. - Adrien ri, tentando de novo e Marinette cruza os braços, enquanto ele a abraça. 

 - Admita. - Ela nega. 

 - Eu nem sei do que você está falando... - Adrien rola os olhos, divertido, colocando as mãos na sua barriga, pronto para fazer cócegas. 

 - Que você me ama. - Mari tenta conter o sorriso, mas antes mesmo dele fazer cócegas nela, ela já está rindo. 

 - Mas isso seria uma mentira... - Ela não precisa terminar e Adrien já está, mais do que indignado, fazendo cócegas nela, fazendo que ela tenta se afastar enquanto ri. 

 - Eu sei que você me ama. - Ele para, por fim, depois dela estar quase chorando de tanto rir. 

 Secando uma lágrima, ela concorda. 

 - Sim, claro que eu amo você... - Com o sorriso maior que o rosto, ela completa:- Como um amigo. 

 - Marinette! - Ela volta a rir, por saber que ele sempre ficava "bravo" por ela provocar ele por isso. 

 - Eu já pedi desculpas, okay? - Dessa vez, é ele que cruza os braços, chateado.

 - Oh, meu deuso, vem aqui, meu gatinho bobo. - Como Adrien nunca rejeitaria um pouco de atenção, principalmente vindo de Marinette, ele vai mais do que feliz pros seus braços abertos, se aconchegando ali, mas não por muito tempo, já que eles  chegam na mansão. 

 - Ah, que droga... - Mesmo que eles passassem muito tempo juntos, no final das contas, eles não tinham tantos momentos a sós e para eles mesmos quanto queriam. 

 - Se você terminar rápido, talvez ainda sobre um tempo... - Mari tenta ver as coisas pelo lado positivo e ele suspira, concordando.

 - Então vamos, para eu poder terminar logo. 

 *

 Marinette já estava acostumada a acompanhar Adrien em coisas assim, por isso basicamente ser a sua rotina diária e, talvez até parecesse estranho para quem estava de fora, mas ela adorava estar ali. Tanto pela sua presença, quanto para acompanhar de perto todas as etapas de um desfile, principalmente de um grande, que eram o que normalmente a marca Agreste estava envolvida. 

 Indo atrás dos estilistas que estavam vestindo Adrien, apenas para dar uma olhada nos novos designers que Gabriel estava criando, por ser curiosa, ela esperava encontrar as roupas, não o próprio designer ali. 

 Gabriel, que estava pondo as roupas que queria em ordem na arara de cabides, se vira, encontrando a namorada do filho parecendo que tinha visto um fantasma. Era engraçado como ela sempre tinha essa reação perto dele, o que quase o deixava preocupado, se perguntando o que ele estava fazendo de tão errado para causar essa má impressão. 

 - Olá, senhorita Dupain-Cheng. - Marinette sempre tinha sentimentos mistos em relação a Gabriel. 

 Ele era seu designer preferido, então, ela tinha o lado fã presente. Mas, também... Tinha outra coisa. Que ela não sabia explicar. Essa coisa, eram as suas memórias enterradas, memórias essas que ela, muito que provavelmente, nunca mais teria contato outra fez. Mas, felizmente, Gabriel não fazia nada para alimentar isso e nem pretendia, sem os miraculous na sua vida, ele era, literalmente, outra pessoa. Nada para se preocupar. 

 - Hã... Senhor Agreste, hã..Hey, eu estava vindo, bem, eu... - Ela começa a gesticular, como geralmente fazia quando estava nervosa. - Eu só queria ver mais um pouquinho da coleção, o pouco que o Adrien já experimentou estava tão bonito, desculpa se eu estou atrapalhando ou... 

 - Está tudo bem. - Ele interrompe, antes que a adolescente tivesse um colapso e morresse ali mesmo. Adrien nunca o perdoaria se ele fosse o responsável da sua namorada ter tido um ataque cardíaco. - Fico feliz que tenha gostado. Pelo pouco que eu vi dos seus próprios designers, mostrados pelo meu filho, vejo que você tem muito bom gosto. 

 Ele estava se esforçando bastante para tentar ter uma boa relação com ela, mesmo que não estivesse acostumado a ter muito contato com pessoas sem ser da sua família ou seus empregados. 

 - O senhor não tem noção do quanto isso significa vindo do senhor... - Ela estava bem perto de desmaiar ali e isso era uma certeza. Ela poderia ter parado de ficar nervosa perto de Adrien, mas isso não significava ficar bem perto de todo mundo.

 - Eu imagino... - Gabriel sorri, se voltando para as roupas. - Gostaria de me ajudar, senhorita Dupain-Cheng? Eu preciso escolher apenas 10 modelos, mas até agora só consegui me decidir em três... - Era um dos dias mais felizes da vida de Marinette, com certeza. 

 Os dois designers, uma bem mais nova e inexperiente e o outro um mestre da indústria, começam a "trabalhar", escolhendo as peças de roupa e estavam se dando muito bem, apesar da sensação nunca abandonar Marinette. 

 O colar, pendurado em seu peito, parecia esquentar, toda vez que alguma coisa chegava perto de ativar alguma memória, ele trabalhava para que isso não acontecesse. Lembrar que Gabriel já tinha sido o Hawk Moth apenas atrapalharia na realização do seu desejo de ser "normal" e, além disso, enquanto ele não apresentasse problema, ele não era uma ameaça. 

 O Poder, preso no colar de Marinette, parecia quase ter vida própria, mesmo que não fosse "bom" nem "mal". Assim como os miraculous, ele era o perfeito equilíbrio e estava ali para proteger Marinette, mesmo que de forma fraca, por ela não saber ainda controlar ele. 

 O Guardião sabia que ele seria a arma que iria definir o peso na balança do que aconteceria com o futuro de todos, enquanto meditava na sua casa e sentia a sua aura. Emma estava brincando com os kwamis na sala e tudo estava calmo... A questão era saber por quanto tempo, porque ele estava apenas esperando a oportunidade certa e o plano perfeito para trazer os heróis de Paris de volta e, assim ele esperava, a paz novamente. Dessa vez, em definitivo. 

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